Behind Blue Eyes escrita por Nannah Andrade


Capítulo 13
Capítulo 13 - When I found you


Notas iniciais do capítulo

Oi amoras.... demori mas chegui... kkkkk.... desculpem meu sumiço estou sem net.... mas enfim vou atualizar uns dois caps de BBE, então preparem os dedos porque QUERO COMENTÁRIOS!!!!!!!!!!
Boa Leitura!



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Três meses depois...

POV – Gabe

Senti a consciência me tomando pouco a pouco, já faziam meses que eu não dormia direito. Abri os olhos devagar.

- Bom dia meu príncipe – me assustei quando vi Meredith com o rosto apoiado no meu colchão a milímetros do meu rosto.

- O que você está fazendo aqui? – sussurrei com medo que alguém me ouvisse. Meredith que estava sentada no chão se levantou e deitou na minha cama, onde a minutos eu estava deitado.

- Não precisa sussurrar – ela falou se esticando no colchão e colocando os pés no meu colo – Não tem ninguém em casa, exceto nós dois...

- Você é louca de aparecer aqui – tirei os pés dela de cima de mim e me levantei indo até a porta conferir o corredor – Você deixou seu rastro uma vez na floresta, agora vai deixar ele no meu quarto?

- Vou ter que falar mais uma vez que eu não deixo rastros... aquele dia foi um deslize, Gabe. – ela revirou os olhos.

- Eu devia era entregar você pro meu pai, ou pros Cullen – falei.

- E você conseguiria? – ela se sentou escorando na cabeceira da cama e deixando uma perna esticada e a outra dobrada com os joelhos na altura dos seios dela – Você conseguiria me entregar? Deixar eles cuidarem de mim... ou melhor... deixar eles me matarem.... hein Gabriel.

Merda, eu odiava quando ela falava meu nome assim, sussurrado. Eu não sabia o que acontecia comigo em relação à Meredith, eu nunca conseguia contar sobre ela pra ninguém, não conseguia dizer ao meu pai que era dela o rastro ou mesmo fazer ela ir embora daqui eu mesmo.

- Quando você vai me contar o que está fazendo aqui? – perguntei acho que pela milionésima vez .

- Na hora certa... – ela cantarolou.

- Na hora certa, na hora certa.... você é como todo mundo, sempre me deixando de fora de tudo...

- Hey, não fala isso – ela se levantou parando na minha frente – Eu não sou como todo mundo. Sou a única que te entende... sou a única que te dá tudo o que você quer...

- Menos a resposta pra única pergunta que eu te faço. – reclamei ignorando a cara de safada que ela fazia enquanto se esfregava em mim – Eu não quero saber quem é você, ou de onde você vem... eu só quero saber o que você está fazendo aqui. Por que eu Meredith? Por que você me escolheu?

- Eu não te escolhi Gabe, nós fomos escolhidos... escolhidos um pro outro. Você é meu, eu sou sua... simples assim... e você vai ter a sua resposta no dia que você decidir aceitar isso. Se você vier comigo agora, você terá a sua resposta hoje mesmo.

- Você sabe que eu não posso ir. – falei – Eu não posso sair daqui quando tá todo mundo louco por causa do sumiço da minha mãe.

- Já faz quase um ano... vocês deviam ter se conformado já... – ela deu de ombros e voltou a se jogar na minha cama – O que faz vocês acreditarem que ela ainda tá viva?

- Meu pai sente. Eles tem uma ligação forte demais, se minha mãe estivesse morta, ele saberia.

- E é só o sumiço da sua mãe que te prende aqui? – ela me olhou de sobrancelhas arqueadas – Não teria também um certo filhote de cachorro????

- Já pedi pra você não falar assim da Liz. – fechei a cara pra ela.

- Se eu te entregasse sua mãe... você viria comigo?

- Como assim entregar minha mãe? – praticamente gritei parando em cima dela em um segundo – É você quem está com ela? Fala de uma vez Meredith!

- Calma, príncipe... – ela não ligou para o fato de eu estar possesso com ela e apenas passou as pernas por minha cintura, me puxando para mais perto – Eu não estou com ela, mas posso descobrir onde ela está, meu pai é influente...

- E porque você nunca me disse isso?

- Porque eu aprendi que certas informações são valiosas e devem ser usadas na hora certa...

- Onde ela está? – falei tirando as pernas dela da minha cintura e me afastando.

- Eu ainda não sei, mas te digo, se você se comprometer a ir embora comigo. – ela falou séria – Se você deixar tudo pra trás, se desligar de tudo nessa tribo... inclusive da cadela....

- Deixar Liz? – perguntei sentindo meu coração pesar – Eu não... não sei se consigo.

- É ter sua mãe de volta, Gabe. Pensa bem nisso... seu pai ficaria feliz de novo, sua irmã também... sem contar os seus amigos, tios, até os Cullen ficariam felizes... se você olhar por esse lado, seu sacrifício seria mínimo... Sem contar que eu não sabemos onde e como sua mãe está.... talvez ela não consiga viver por muito mais tempo... Ela pode estar bem fraquinha sabe...

- Descubra onde ela está. – falei sério – Me dê provas concretas que ela está com você e eu vou com você.

- É assim que eu gosto, com atitude. – ela tirou as pernas da minha cintura e pegou o celular do bolso – Oi paizinho... quero um favor grande. Preciso que o senhor descubra onde a feiticeira está. Não pai, eu preciso disso, o Gabe disse que vai embora comigo se eu conseguir a mãe dele de volta... sim eu espero.

- E então? – perguntei ansioso.

- Ele pediu para esperar um pouco, logo ele me liga com a resposta. – ela voltou a enlaçar minha cintura – Bem que nós podíamos nos divertir por enquanto...

- Não vou trair a Liz. – falei me afastando.

- Pfff você tá indo embora comigo – ela fez um biquinho.

- Só que eu vou terminar com Liz primeiro. – falei – Não vou simplesmente partir. Antes eu tenho que ter certeza que minha mãe está em casa segura e depois tenho que terminar com Liz, não vou abandoná-la sem uma explicação.

- Ok, ok. Eu sou paciente. Te esperei por 50 anos, um dia a mais um dia a menos não faz diferença.

Eu ia pedir que ela me contasse logo porque estava aqui, mas o celular dela tocou.

- Oi pai. Sim tenho um computador perto. – ela indicou meu notebook que eu rapidamente peguei e coloquei na frente dela – Certo vou olhar, obrigada pai. Logo estarei ai, eu e meu príncipe...

- Então o que ele disse? – perguntei já agoniado.

- Ele mandou o mapa pro meu e-mail. – ela acessou o provedor do e-mail e logo a imagem do mapa apareceu na tela – É aqui que ela está.

- Manda imprimir – falei me levantando e vestindo uma bermuda e uma camisa. Corri no banheiro e lavei o rosto e escovei os dentes.

- Aqui. – ela me esticou o mapa impresso – Assim que sua mãe estiver em casa nós vamos embora, certo?

- Certo. – falei – Agora é melhor você ir, logo a casa vai estar cheia de gente.

Não esperei ela ir embora, apenas corri pra oficina onde com certeza meu pai estaria. Coloquei meu Camaro pra voar nas ruas de La Push e Forks freando com tudo na porta da oficina.

- Onde é o fogo garoto? – Quill me perguntou assim que entrei no galpão onde ficavam os carros.

- Cadê meu pai? – perguntei, Quill me indicou o escritório. Corri até lá e entrei com tudo – Eu encontrei a mamãe.

POV – Kaileena

A melhor coisa do mundo era acordar e ver que meu pequeno ainda estava do meu lado. Jr estava fazendo 3 meses e fechar os olhos à noite era a coisa mais difícil pra mim, eu tinha medo de Stephan tirá-lo de mim enquanto eu dormia. Por essa razão eu dormia muito agarrada à Jr, se eu pudesse o colocaria debaixo da minha pele e cada vez que o dia amanhecia e eu via que meu bebê ainda estava comigo eu ganhava mais um motivo pra continuar lutando.

- Bom dia anjo da mamãe. – falei depositando um beijo na testa dele que me sorriu de volta.

Jr estava usando a blusinha que mais gosta de vestir nele. Tinha sido uma tentativa frustrada de Ícaro de me fazer sofrer por estar longe de Jake, a blusinha era branca e tinha um lobo estampado nela. Eu fiquei tão encantada pela roupa que fiz Jr usá-la várias vezes. Eu mesma lavava a blusa no banheira, eu sabia que se a colocasse junto das outras roupas Ícaro ou Stephan iam jogá-la fora.

Me levantei e fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal e voltei para o quarto. Jr estava brincando com um patinho de borracha, ele agora passava a maior parte do tempo assim, praticamente engolindo o brinquedo. Às vezes ele ficava agitado e o patinho caia no chão e ai ele abria o berreiro chorando, como agora.

- Hey... calma meu filho eu já vou pegar pra você... – me abaixei pra pegar o patinho que tinha caído debaixo da cama, e minha atenção foi atraída para o que parecia ser um pedaço de papel saindo do colchão.

Peguei o patinho e fui depressa no banheiro lavá-lo pra que Jr. parasse de chorar. Voltei no quarto e entreguei o brinquedo para o meu filho que calou na mesma hora. Me abaixei de novo e tentei tirar o papel do colchão, puxando a pontinha que estava aparecendo, mas se eu forçasse o papel ia rasgar.

Peguei a tesourinha que eu usava pra cortar as unhas de Jr e comecei a desfazer a costura que tina sido feita pra manter o papel escondido. Demorou um pouco porque a tesoura era pequena, mas eu consegui abrir tudo e tirei o papel de lá.

Eu reconheci a folha, era a mesma dos papeis que eu tinha encontrado quando cheguei aqui. Fui até a escrivaninha e peguei o bolo de papéis que eu tinha colocado em ordem e lido umas dez vezes.

Não tinha nada muito extraordinário escrito ali não, parecia só uma história de amor de uma bruxa que amava um lobisomem, mas ela foi sequestrada por um louco que queria seus poderes. Ela sabia que ia morrer assim que ele tomasse os poderes dela, mas ela foi mais esperta e criou um feitiço para aprisionar esse poder.

Era ai que a história que eu li acabava. Peguei a folha e comecei a ler.

POV – Stephan

Eu não sei que dia tinha me apaixonado por ela, só sei que não conseguia mais não admirá-la. Eu sei que seria impossível fazer ela tirar aquele vira-latas da cabeça, mas eu a teria mesmo com ela amando outro, com o tempo ela ia esquecer dele. Ela ia aceitar, afinal o remelento dela ia ficar com o pai.

Me levantei e me vesti, era hora de levar o café pra minha feiticeira e hoje ela tomaria café comigo.

Mal levantei e a porta do meu quarto foi praticamente arrancada, revelando Meredith.

- Olá princesa, a que devo sua visita?

- Preciso da feiticeira. – ela respondeu séria me fazendo a encará-la e arquear uma sobrancelha.

- Precisa? O que te faz acreditar nisso? E como você me achou?

- Meu pai me disse onde você estava, e me entregou um mapa, que eu entreguei pro Gabriel, ou seja, em minutos os lobos de La Push vão estar aqui pra resgatar a feiticeira.

- Você fez o que? – quase gritei, só me refreei porque lembrei de Kaileena no quarto ao lado – Está louca? Como você pode Meredith? Como depois de tudo o que eu fiz!

- Gente quanto drama! Você já tem os poderes dela, certo? Então deixa eles levarem ela embora, volta pra casa do meu pai comigo, você vai estar seguro lá, e mais poderoso que qualquer bruxa que possa querer seu couro.

- Eu ainda não tirei os poderes dela – falei andando de um lado para o outro.

- Não? Porque seu idiota? Ela esteve aqui por quase um ano!

- Porque tinham fatores que me impediam de tirar os poderes dela!

- Ótimo, então vai lá e tira agora...

Renesmee também apareceu na minha porta, interrompendo a fala de Meredith.

- Jacob e o bando dele mais os Cullen estão chegando aqui – ela falou sem cerimônias – Eu sugiro que você comece a correr.

- Como você me achou? – perguntei

- Do mesmo jeito que eles vão te achar se você não fugir agora.

- Eu vou levar Kaileena pra outro lugar – falei tentando passar pelas duas.

- Não, você não vai. – Meredith segurou forte meu braço e colocou o rosto a centímetros do meu – Eu fiz um trato com Gabe, ele vai embora comigo assim que a mãe dele estiver segura em casa.

- Você não podia ter feito isso. – falei – Não podia ter prometido algo que não esta nas suas mãos decidir.

- Stephan, pense. – Meredith falou – Se Gabe vem comigo tudo vai se resolver! Está quase no dia da lua vermelha...

- Você pode conseguir que ele venha com você depois. – falei – Eu não posso perder a feiticeira!

- Eu não acredito, você se apaixonou por ela! – Meredith começou a ficar nervosa – Seu imbecil! Como você pôde se apaixonar por ela?

- Me apaixonando, porra! – falei entredentes – e eu não posso deixar ninguém levá-la, ela é minha agora.

- Não, chega dessa palhaçada. – Meredith continuou séria – Você a pega de novo depois, ela não vai ter poderes, você vai ser mais poderoso... mas agora o Gabe tem que salvá-la pra ir embora comigo! Você teve o que sempre quis Stephan, teve seus poderes, agora é minha vez!

- Está certo, já sei o que fazer – falei – Eu não vou tirar os poderes dela agora, vou tirar a criança.

- Que criança? – Meredith perguntou.

- Kaileena estava grávida quando eu a peguei. O menino já tem três meses. Eu enviá-lo para o cachorro, mas já que ele vai me tirar a Kaileena, não vai conhecer o filho.

POV – Kaileena

Eu ainda não acreditava no que tinha nas mãos. Quando li a primeira vez achei que não se passava de uma história inventada, mas agora eu podia ver que era tudo verdade, tudo aconteceu mesmo.

Foi uma bruxa, Alyria, quem escreveu tudo isso. Stephan a pegou, assim como fez comigo, para tomar os poderes dela, mas ela foi mais esperta, fez um feitiço para aprisionar os poderes dela e depois se matou. E agora eu tinha o feitiço nas minhas mãos, eu só não podia toma-lo pra mim. Stephan tinha meus poderes de feiticeira bloqueados, e se eu acrescentasse mais os poderes de Alyria eu estaria dando de presente pra Stephan o que ela protegeu com a própria vida.

Coloquei o papel debaixo do travesseiro no mesmo instante que a porta foi aberta com brusquidão. Stephan entrou no quarto a passos largos caminhando na minha direção. Me encolhi e minhas mãos automaticamente alcançaram meu filho, mas Stephan foi mais rápido e tirou Jr dos meus braços.

- O que... o que você vai fazer? – perguntei sentindo o desespero crescer dentro de mim.

- Espero que tenha se divertido bastante com seu rebento. É hora de dizer adeus. – ele voltou a caminhar na direção da porta.

- Stephan, me devolve ele, por favor, me devolve meu filho – pedi me levantando e segurando o braço de Stephan.

- Eu sinto muito, mas não tem a menor chance de vocês ficarem juntos.

- O que você vai fazer com ele? Você vai leva-lo pro Jake? Por favor não machuca meu bebê! Eu te dou meus poderes, todo ele, mas por favor, não machuca meu filho!

- Eu não vou machuca-lo feiticeira, e sim... você vai me dar seus poderes em breve... – ele saiu do quarto voltando a trancar a porta.

- Stephan!!! – gritei esmurrando a porta trancada – Jr.! Por favor, Stephan, me devolve meu filho!!! Stephan!!!!

Isso não podia estar acontecendo, tinha que ter uma chance, uma forma de sair daqui, de pegar meu filho e mantê-lo seguro.

Corri até a cama, eu não podia receber os poderes de Alyria, também não podia enviá-los para minha mãe, afinal ela já era um bruxa e na carta/história Alyria disse que outra bruxa não poderia receber. Eu não tinha ligação suficiente para conseguir mandar esse poder para Leah, apesar dela ser a pessoa perfeita para isso, forte, destemida... a única pessoa pra quem eu poderia enviar esses poderes era minha filha, Sarah.

- Me desculpe por isso minha pequena. – murmurei antes de começar a recitar as palavras do feitiço de Alyria.

POV – Sarah

- Seth, já falei que não quero você perto de mim – falei quando o vi atrás de uma árvore. Eu tinha saído para pensar na campina onde costumávamos namorar.

- Me deixe te explicar, por favor pequena, me deixa te contar o que aconteceu de verdade...

- Eu vi o que aconteceu. E quer saber, há meses a cena que vi me perturba, eu não consigo dormir, mal consigo comer... e ainda sou obrigada a ficar encontrando com o traidor do meu pai pelos corredores da minha casa, sem contar que tenho que ficar olhando pra cara aguada de Renesmee que insiste em tomar o lugar da minha mãe e ainda tenho que ver aquela piriguete da Megan desfilar pela escola com aquele ar de superioridade me mostrando que ela conseguiu se deitar com o MEU namorado!

- Mas nós não fizemos nada, eu juro!

- Eu não acredito em você, Seth.

- Por favor, acredite.

- Você é um menti... – ia terminar de falar, mas senti uma vibração estranha no ar ao meu redor e logo em seguida uma dor lancinante no peito. – Ahhhhh. – gritei e cai de joelhos no chão.

- Sarah! – Seth gritou, mas não conseguia se aproximar por conta da ordem de imprinting que eu tinha dado a ele.

- Dói... muito! – falei ofegante e entre gritos.

- Doi onde??? Sarah por favor deixe eu me aproximar. – ele suplicou agoniado. Eu queria que ele se aproximasse porque a dor era muito grande – Por favor, pequena, me deixa te ajudar, me mata te ver assim e não fazer nada.

- Me... me... ajuda. – pedi e como se tivessem aberto uma porta Seth se aproximou rápido de mim e me segurou nos braços.

- Onde dói princesa? – ele pediu me aconchegando como podia nos braços dele.

Eu senti meu corpo levitar e em seguida cai de volta nos braços de Seth, só consegui ouvir ele gritar meu nome antes de eu apagar.

POV – Jake

Meu coração batia acelerado, a adrenalina corria solta nas minhas veias. Eu não queria ter esperanças, mas Gabe estava certo de que a Kay realmente estava naquele lugar que era impossível não imaginar ela de volta em casa.

- Como você conseguiu essa informação Gabriel? – perguntei pela milionésima vez.

- Não importa, só importa que eu consegui – ele respondeu a mesma coisa – Ela está lá pai, acredite. Comece a pensar apenas na forma como o senhor vai explicar pra mamãe o porque da Renesmee ter passado tanto tempo na nossa casa.

- Você também não Gabe. – pedi, eu já estava sendo julgado por todos, principalmente por Sarah.

- Você sabe que eu não concordo com o que o senhor fez, pai. Voce prometeu pra mamãe que não se aproximaria da Renesmee, e como se deixar ela ficar na nossa casa não foi o suficiente, o senhor ainda a beijou!

- Foi um incidente, eu me deixei levar e não tive como reagir ao beijo dela. Mas não significou nada, Gabe...

- Ahhh sim claro, assim com não significou nada pro Seth transar com a arqui-inimiga da Sarah....

- Chega disso – reclamei – Vamos nos concentrar em achar sua mãe.

Gabe pisou fundo no acelerador do Camaro. Pelo mapa de Gabe, Kay estava num prédio no centro de Caldwell, Idaho. Pra uma pessoa dirigindo no limite de velocidade seriam no mínimo 11 horas até lá, mas para dois lobos num carro potente, foram 3 horas. As três horas mais longas da minha vida.

Gabe freou o carro com tudo e nós dois descemos correndo.

- Devemos esperar os outros? – Gabe me perguntou enquanto avaliávamos o prédio.

- Você é capaz de fazer algum feitiço? – o olhei e ele deu um sorriso de lado, o garoto tinha passado tanto tempo lendo o grimório que Kay deixou pra trás que eu apostava todas as minhas fichas que ele seria capaz de fazer mais feitiços que a mãe.

- Vamos nos divertir um pouco – Gabe falou entrando no prédio, mas parou antes de começar a subir as escadas – Vai demorar pra encontrar ela. – ele falou me olhando sério – São nove andares e ela pode estar em qualquer lugar.

- Mas só um andar vai ter o cheiro dela – falei pulando para o primeiro degrau.

Quem visse nós dois andando pelos corredores do prédio iriam achar no mínimo cômico, dois homens enormes farejando o ar como dois cachorros. Mas eu não estava ligando em parecer ridículo, eu só queria encontrar Kay.

O cheiro me atingiu como uma bolada na cara. Não era o cheiro de Kay, mas era um outro que eu nunca esqueceria, era o cheiro que estava na roupa da minha mulher que encontramos na cabana no Canadá.

- Ela está aqui – falei já arrombando a porta do apartamento. A sala estava vazia, e o cheiro era mais forte ali. – Kay! – gritei, mas só tinha silencio ali.

De novo não, por favor, outra esperança perdida não. Avancei procurando em cada canto até que ouvi a voz de Gabe.

- Aqui pai! – ele chamou e eu me aproximei no instante que ele arrombou a porta de um quarto.

Meu coração perdeu uma batida e voltou a bombear o sangue rápido. Kay estava caída no chão, desmaiada.

- Kay. – sussurrei antes de alcança-la e a apertar nos meus braços – Amor, acorda, abre os olhos pra mim. – pedi com o coração apertado pelo medo dela estar morta.

- Ela só está desmaiada pai. – Gabe falou verificando o pulso de Kay – O feiticeiro deve ter apagado ela pra conseguir fugir. Vamos levar a mamãe pra casa, quando os outros chegarem eles vão vasculhar tudo e encontrar qualquer pista que possa levar à quem tirou a mãe da gente.

- Você tá certo – falei me levantando com Kay nos braços – Vamos pra casa.

(...)

Essa era a cena certa, um pouco distorcida, mas certa. Kay deitada na nossa cama, na nossa casa. Ela estava diferente, um pouco mais magra, com o rosto mais abatido. Ela se mexeu um pouco e acordou se sentando assustada, quando nossos olhares se encontraram eu senti meu mundo voltar a rodar no eixo certo.

- Jake... – ela sussurrou com os olhos se enchendo de lágrimas e pulou no meu colo. Foi automático o encontro dos nossos lábios.

- Deus eu quase morri sem você aqui, pequena. – falei a abraçando, ela retribuiu e depois se afastou me olhando assustada.

- Vocês o pegaram? – ela perguntou.

- O feiticeiro que estava com você? – ela fez que sim com a cabeça – Não, ele fugiu, mas fica tranquila ele não vai voltar, nós não vamos permitir que ele se aproxime de você novamente.

- Ele... ele... fugiu? – as lágrimas aumentaram, eu não entendia o desespero que emanava dela – Ele fugiu com o Jr?

- Jr? Quem é Jr, Kay?

- Nosso... filho.


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Notas finais do capítulo

E agora meu povo??? A Kay tá de volta, mas o Stephan levou o Jr... E a Sarah? O que será que aconteceu com ela??? Será que o que Kay fez deu certo??? E a Renesmonstra?? Qual vai ser a reação da Kay quando souber que a trampire (aprendiz de uma certa atriz) andou ciscando no seu terreiro??? E a pergunta que não quer calar, como vai ficar o casal Gabe-Liz????? Todas essas respostas estarão no próximo capitulo... Inté mais procês....



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