De Volta ao Passado escrita por Laura_Delacour, YinLua
POV Dafne
Fiquei desesperada quando a Fleur desmaiou na minha frente. O que será que era? O que causou aquilo? Estávamos falando do Bonapartt e apenas isso...
Rapidamente procurei com os olhos alguém que pudesse me ajudar a levar ela para a enfermaria. Estamos no subsolo ainda, a enfermaria fica no primeiro andar, teríamos que subir escadas até sair das masmorras. Aqui é perto do Salão Comunal da Sonserina... Talvez um deles possa ser bonzinho – coisa nada normal para alguns tipos de sonserinos – e me ajudar...
Já estava perdendo a paciência e levando ela eu mesma lá para cima, quando vi alguém que eu realmente me senti aliviada de ver. Era o Riddle. Pelo menos alguém que preste! E alguém que quer ser um bruxo das trevas, mas estou investigando isso no momento.
- Ei, Riddle. – chamei-o de longe. Ele parecia estar concentrado em algo e previ que, ele iria passar por mim e nem me ver. Logo, chamei sua atenção antes.
- Sim? – perguntou educadamente. Odeio esse jeitinho dele de mauricinho, embora ele tenha vindo de um orfanato. Se aproximava em passos leves e altivos e, tenho certeza que, se fosse perguntar, diria que a lembrança de Voldemort na minha mente fazia igualzinho.
- Ajude-me a levá-la para a enfermaria! – ordenei, apontando para Fleur, que estava caída, apoiada na parede, onde eu tinha a deixado. Ele apenas ergueu a sobrancelha direita sem mexer um dedo. Revirei os olhos e bufei. Mauricinho idiota. Pensei com raiva. Idiota que você gosta, sua besta! Escutei em minha mente e revirei os olhos mais uma vez. – Por favor. – disse entre dentes para o ser a minha frente.
- Muito bem. – ele deu um sorriso de lado. Só o vi pegando a varinha e apontando pra ela. Já ia questionar o que ele iria fazer com a minha prima, quando vi que ela lentamente começou a flutuar. Saiu em minha frente, com o corpo inconsciente de minha prima atrás dele.
Olhei aquilo com as duas sobrancelhas arqueadas, tentando entender. Foi quando eu percebi o que ele havia feito e senti vontade de me bater por tanta estupidez. Um simples feitiço Levicorpus. Mas não! Não tinha nem pensado nisso.
Após meu espancamento mental em mim mesma, segui os dois.
---***---
POV Tom
Deixei a Dafne com a Fleur na enfermaria e saí de lá. Tinha que terminar o meu dever de poções. Fui direto pro Salão Comunal da Sonserina e fiquei numa das mesas que tinha ali. O problema até o momento era que eu, até agora, não tinha ânimo nenhum para fazer o dever, o que por si só já é estranho. Mas eu não conseguia parar de pensar na conversa que tive com Dafne no caminho à enfermaria.
- Não acredito que não consegui pensar nesse simples feitiço... Ou até no Wingardium Leviosa! – escutei uma Dafne admitir atrás de mim. Ela parecia estar brigando consigo mesma por não se lembrar dos feitiços.
- Você é ou não é uma bruxa, loirinha? – debochei, usando o pequeno apelido carinhoso que tinha dado a ela.
- Claro que sou, Riddle! Mas estava mais preocupada com minha prima do que com feitiços idiotas. – ela respondeu. Seu tom expressava raiva. Era e é divertido irritar ela por motivos tão banais...
- Pois não deveria. – rebati indiferente. – Numa situação de perigo a primeira coisa que deve saber são os feitiços que pode usar para atacar, para defender e outros que pode ajudar na fuga. – disse, como se estivesse recitando um livro.
- Eu sei, eu sei. Não sou idiota, Riddle.
- Então não aja como tal! – brinquei de forma imperceptível. Sabia que ela ficaria com extrema raiva de mim. Nisso, escutei um zumbido no meu ouvido esquerdo e algo amarelo passou rente de mim.
- Como estava dizendo, oh, Príncipe da Sonserina? – dava para sentir o sarcasmo de longe. Dei um sorriso de lado, sem nunca me virar para ela.
- Príncipe não, Rei. – corrigi, virando a curva do corredor e escutando um estalo de feitiço bater na parede. Ri baixo, tinha a certeza que aquele feitiço era para mim. – Calminha, loira. Eu não disse nada demais... Fora que errou os dois feitiços. – debochei, subindo as escadas.
- Vai ter volta, Riddle, vai ter volta. – ouvi ela dizer enquanto subíamos as escadas. É, parece que alguém tinha desistido de me atingir.
Ri.
- Sim, sim. Acredito. – disse. – Mas... – comecei, antes que fosse atingido de vez. – E então? O que houve com sua prima? – perguntei.
- Eu contei a ela sobre o Bonapartt, e ela desmaiou. – disse simplesmente, dando de ombros. É, nem parecia a garota que alguns minutos atrás estava preocupada com a prima.
Esse horário estava deserto pelo fato de estarem em aula. Eu tinha terminado a tarefa mais cedo e a professora me liberou. Já a Dafne não sei, não fazemos as mesmas aulas.
Ficamos em silencio depois disso.
Não sei porque essa simples conversa voltava várias e varias vezes na minha cabeça. Não sei dizer o porquê, o que por si só já me dava muita raiva. Odeio não saber das coisas; odeio muito mais não saber das coisas que acontecem comigo ou a minha volta.
Desistindo de fazer o dever, abandonei a pena na mesa, guardando o dever nos bolsos da imensa capa de Hogwarts. Suspirei, passando a mão no cabelo, mas logo a tirei. Estava parecendo o anencéfalo do Henry Potter.
Segui diretamente para a enfermaria. Não sei porque, e isso me irritou ainda mais.
Quando cheguei lá, encontrei a Dafne do lado da Dellacour inconsciente e, com ela, estava um caderno preto fechado. Ela estava pronta para abri-lo. Entrei sem fazer barulho, tão silencioso quanto um gato.
Death Note...
Eu conhecia ele, claro que conhecia. Encontrei livros na sessão proibida sobre eles uma vez. É um caderno “mágico” usado por Shinigamis que, segundo os japoneses, são deuses da morte. No livro estava dizendo que quem tivesse o nome escrito no caderno morreria, e se a causa da morte fosse especificado entre 40 segundos, ela aconteceria, caso contrario, a vitima morreria de ataque cardíaco.
Lembro de várias regras desse maldito caderno. Se o nome for escrito e apagado, mesmo assim a pessoa morreria; se os detalhes da morte for especificado em 6 minutos e 40 segundos depois de ser escrito o nome e a causa, aconteceria; que, assim que o caderno fosse tocado por um humano quando caísse na Terra, o humano seria o novo dono do caderno; aquele que escreve e que morre pelo caderno não vão para o céu nem para o inferno, coisa que eu realmente acredito; etc, etc.
São quase 50 regras, citá-las levaria um tempo, e, no momento preciso impedir da Dafne escrever algo naquele Death Note.
Cheguei por trás dela silenciosamente. Ela estava molhando a pena dela na tinta e, supus eu, com um enorme sorriso. Puxei a pena de sua mão com uma das mãos e o Death Note com a outra. Não deixaria ela usar aquilo.
- Ei! – escutei sua exclamação. Ela levantou-se rapidamente e veio na minha direção.
- Oras, Bittencourt querida, assim perde a graça de ser heroína, não? – perguntei com um sorriso sarcástico.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por lerem e feliz natal, pessoal!
Como estão? E o que acharam do cap? Ficou legal? Espero que tenham gostado...
Deixem reviews dizendo o que acharam pra animar a nossa querida Laura, sim?
Bom... Até a próxima!
Beijos,
Lu.