Entre o ódio e o amor escrita por Teddie, Madu Alves


Capítulo 24
Tempo de Natal


Notas iniciais do capítulo

nos vemos lá embaixo.



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Katherine's POV
 


            Lá estavam eles em volta da piscina como se não tivessem nada para fazer, eu e as meninas estávamos preparando o almoço. Eu em particular não sabia o que fazer com todas aquelas coisas de cozinha, mas Madeline e Charlie estavam trabalhando bem juntas.


            - Podíamos decorar a casa para o natal o que acham?


            - Eu acho isso uma bobagem. - Madeline resmungou.


            - Charlie? - depositei todas as minhas esperanças nela, ela revirou os olhos.


            - Só se os meninos quiserem e prometerem ajudar a arrumar a casa.


            - Eu falo com eles.


            Sai saltitante da cozinha e fui falar com meu amor, ele iria convencer os meninos e se ele não fizesse, eu mesma faria.


            - Oi meninos. - sorri.


            - O almoço está pronto? Eu estou com fome. - Christopher falou. Joe e Thomas riram.


            - Não, está quase pronto.


            - Eu conheço esse quase. - resmungou.


            - Tom eu posso falar com você?


            Ele andou em minha direção e me deu um selinho, Thomas ficou me olhando sorrindo e eu me senti no céu. Sorri feito uma criança que acaba de ganhar seu doce favorito.


            - Eu, a Madeline e a Charlie queremos enfeitar a casa pra o natal, convence os meninos a ajudarem a gente? - perguntei fazendo beicinho.


            - Não sei não, mas pode ser divertido. Vou falar com eles.


            - Obrigada. - sorri e o beijei como se a minha vida dependesse disso. Thomas passou os braços em volta da minha cintura e juntou nossos corpos.


            - VÃO PARA UM MOTEL SEUS PERVERTIDOS. - Chris gritou, me fazendo soltar Thomas, voltei para cozinha rindo.


            - Fica fugindo das suas responsabilidades para namorar mesmo. - Charlie falou rindo.


            - Sabe como é, né? Eu não resisto a uns beijos. - ri.


            As meninas terminaram o almoço e eu tive que chamar os meninos para comer, estavam todos na mesa. Todo mundo estava quieto comendo, às vezes rolavam uns beijos, mas todos estavam concentrados em comer, a comida estava boa.


            - Até que vocês não cozinham mal. - Chris riu. - O que vamos fazer para o natal?


            Thomas se engasgou e eu quis bater nele, namorado de merda.


            - Então as meninas querem enfeitar a casa. - Thomas falou evitando olhar para mim.


            - Tipo comprar uma árvore? - perguntou Joe.


            - Sim, o que acham meninas? - perguntei animada.


            - Eu só quero saber quem vai enfeitar ela. - resmungou Chris.


            - Como vocês são chatos, vai ser divertido. - eu estava implorando, eu sempre gostei de enfeitar a casa toda para o natal.


            - Podíamos fazer uma festa de natal. - Sugeriu Charlie.


            - Não sei não, imagina todo mundo bêbado no natal. - comentou Tom.


            - Eu gostei da ideia. - Christopher estava super animado. Madeline revirou os olhos.


            - Você não gostou de nada Christopher.


            Todos começaram a rir e a conversar ao mesmo tempo, eu não escutava mais o meu próprio pensamento.  Madeline e Christopher estavam brigando, Joe e Charlie estavam se pegando e o meu Tom fingia estar morrendo, ele é tão besta e ao mesmo tempo tão lindo.
 


Josephe’s POV
 


            Estávamos todos no shopping, parecíamos uma turma de escola com 30 alunos, e éramos seis. Christopher gritava toda vez que via alguma coisa que ele achava legal e então a Madeline ia atrás dele quase tirando o salto para jogar na cara dele, e o resto de nos caiamos na gargalhada, e os seguíamos.


            Minha mãe não aceitou bem o fato de eu não ir passar o natal em casa, ela tentou me convencer de varias formas, mas eu não queria deixar a Charllote sozinha e depois eu não queria ver meu pai. Além do mais seria divertido passar o natal com as pessoas com quem morei o ano todo e vou morar por mais alguns anos.


            Madeline estava correndo atrás do Christopher outra vez, acho que ele viu um novo vídeo game. Procurei pela Charllote, mas não a achei com os outros, onde a minha pequena se meteu?


            - Kate você viu a Charlie?


            - Não... - respondeu já olhando para os lados.


            - Acho que a vi indo pra lá. - Thomas apontou para algumas crianças que corriam de um lado para o outro com os pais gritando por eles, fui naquela direção, a euforia das crianças era pela loja de árvores de natal.

            Tinha árvores grandes, medias e pequenas algumas estavam enfeitadas, principalmente a da vitrine. Havia uma bem grande quase alcançava o teto estava perfeitamente arrumada, era linda. E lá estava ela, parada olhando para a vitrine como se não houvesse mais nada em volta. Aproximei-me devagar sem tirar os olhos dela.


            - É linda, não é? - Charllote se assustou, mas logo relaxou ao me ver. Apoiou a cabeça no meu ombro e eu a abracei.


            - É sim, eu nunca tive uma árvore de natal. - suspirou. - Nem daquelas pequenas.


            - Você gostou dela?


            - Gostei sim, é linda.


            Charllote me abraçou mais forte, eu sabia que ela estava pensando em seu pai e também na sua mãe, aquele era o ponto fraco dela. Mas no fim o pai era um bom homem e a mãe acabou sendo uma mulher ruim, e ela estava no meio disso e eu me sentia um merda por não poder mudar nada, não poder ajudar, por não ter estado lá quando ela precisava de alguém.
 


Thomas’s POV
 


            Amanhã já era véspera de natal e a casa toda já estava enfeitada. Ela estava bem bonita, só não tínhamos uma árvore, não achamos nenhuma que ficaria legal. Mas a gente espalhou os presentes que compramos pela sala, ficou um pouco engraçado e a Kate desenhou uma árvore e colou na parede e os presentes estão em baixo do desenho, é engraçado. 


            Já estava escuro e todos tinham ido dormir, mas eu estava sem sono então fiquei na sala vendo teve. A Kate estava animada para o natal, ela foi dormir para o tempo passar mais rápido, é uma pequena maluquinha. Mas ela me encanta mesmo com esse jeito bobo que só ela tem.

            E em pensar que eu vim para cá pensando somente em estudar e nada mais, mas nem Kate e nem Madeline me fizeram perder o foco das coisas. É tão estranho o rumo que as coisas tomaram, eu achava que a garota para mim era a Madeline, mas na verdade sempre foi a Kate, eu só não via.


            Ouvi um barulho, levantei devagar do sofá e vi uma sombra. Puta que pariu, eu vou morrer na véspera de natal! Eu devia ter escutado a minha mãe e ter ido para casa. Estava escuro e era uma sombra grande.


            - Thomas? - a sombra perguntou. Ei, eu conhecia aquela voz e aquele sotaque.


            - Joe?


            - O que faz aqui a essa hora?


            - Estava sem sono e você?


            - Vou fazer uma coisa para o natal. Vem, você vai me ajudar.


            Segui Joe até a garagem, ele ligou a luz e foi até um canto mais escuro, tirou o saco preto de cima de algum objeto grande e eu pude ver arvore de natal, ela era bem grande. Joe me fez carregar aquilo junto com ele até a sala, retiramos o desenho da Kate com cuidado pra não estragar e afastamos os presentes para finalmente colocarmos a árvore no lugar.


            - Vamos enfeitá-la com o que? - perguntei.


            - Podíamos enfeitá-la com papeis picados, o que acha?


            Puta que pariu, ele não podia estar falando serio, olhei para Joe, mas ele continuava serio olhando para a árvore. Meu Deus, não pode ser serio. Ele continuava serio olhando a árvore, por fim, sentou-se no sofá e suspirou.

            Por cristo, depois de tanto trabalho tempos uma árvore vazia, mas a intenção é que conta, não é mesmo?


            - Acho que elas vão gostar. - murmurei.


            - Você acha?


            - Sim. - menti.


            Eu e Joe ficamos em silencio, ele estava com a cabeça abaixada. Talvez a ideia dele não tenha sido assim tão boa, mas acho que ele só queria que a Charlie tivesse um natal especial. Meus pensamentos foram interrompidos por uma dor estranha na cabeça, Joe me acertou com uma caixa que tinha tirado de baixo do sofá.


            - Vamos enfeitar logo isso não tenho a noite toda. - levantou rindo. Eu fiquei encarando-o sem saber o que falar.

            Mas que merda esse francês estava fazendo? Ele estava zoando comigo? Quando ele aprendeu isso?


            - Para de me olhar com essa cara feia e vem me ajudar.



            Trabalhamos quase a noite toda, mas a árvore havia ficado incrível. Prendemos o desenho da Kate bem no alto dela e arrumamos os presentes em volta. Subimos para os nossos quartos e esperamos até que a primeira pessoa visse. Nos meus natais com a minha família eu nunca havia tido uma árvore tão grande.

            Eu acho que não foi um erro ter ficado aqui, talvez tudo aqui seja especial. Parece que foi ontem que chegamos aqui, sei lá. Talvez esse tenha sido meu melhor ano, mesmo com esses altos e baixos, parecia que fomos feitos para isso.


            - Tom. - Kate me chamou entrando no meu quarto.


            - Oi, meu amor. - respondi sorrindo e abrindo espaço na cama pra ela, Kate deitou ao meu lado e beijou-me. - Todos já acordaram?


            - Não, quer dizer, não sei.


            Ficamos deitados um do lado do outro como se não tivéssemos mais nada pra fazer, eu não me importaria de ficar assim o resto do dia, ou o resto da semana...

            Kate levantou do nada e saiu correndo, fui atrás dela. Essa menina deve estar ficando louca, só pode. Ela passou pela sala e foi para a cozinha, parou na porta e voltou pra sala e ficou olhando a árvore.

            Charlie estava sentada no chão olhando-a também, a vendo desse jeito ela parecia incrivelmente pequena quase que como uma criança novamente. Fui para o lado da minha menina.

            Joe desceu a procura de Charlie e sentou-se ao lado dela, eles deram um selinho rápido e Charlie o abraçou com força acho que ela estava chorando.

            Christopher estava descendo as escadas correndo e rindo quando me viu abraçado com a Kate e que olhávamos para frente, ele parou. Ficou olhando para a árvore também. Madeline deu um tapa na cabeça dele e perguntou o que estava acontecendo, ela ficou quieta quando viu o que o namorado estava olhando. Acho que isso era novidade para todos.

            Ficamos todos onde estávamos olhando a árvore, ficamos todos abraçados aquilo, ao momento. Acho que até agora desde que chegamos não tínhamos noção do quanto éramos parecidos e de quanto isso era especial.

            Eu não tinha pai, Kate tinha a família perfeita, Joe tinha problemas com o pai, Christopher só fazia besteiras, Charllote tinha problemas com o pai e não tinha mãe, e agora nem pai, e Madeline mudou seu jeito porque se culpava pela perda da mãe.

            Era isso que nos unia e foi isso que reinou sobre o nosso natal, éramos uma família, talvez a mais disfuncional de todas, mas era uma família especial, unidos pela necessidade de uma mudança. E foi o mais especial, o nosso primeiro natal juntos e longe de nossas famílias.

            Talvez fosse o primeiro de muitos.



 


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Notas finais do capítulo

Bem, como sabem (ou não), esse é o penúltimo capitulo de EOA, o próximo vai ser algo bem especial (não tanto quanto esse especial que era pra ter saído no natal).
Qualquer coisa inacabada será resolvida no próximo capitulo. O ultimo capitulo.
Então comentem, comentem bastante, recomendem, divulguem.
Até o próximo.



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