Alugando Hermione Granger escrita por da_ni_ribeiro, thysss


Capítulo 31
Capítulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Hey meninas, tudo bem?
Como prometido, aqui está o capitulo 12. =)
Depois de muito pensar, eu fiz um ask com o objetivo de interagir mais com as leitoras. =) hehehe.
Lá voces podem mandar as perguntas que quiserem, tanto sobre fics, quanto sobre a minha propria vida pessoal! Irei responde-las, com certeza, com o maior prazer.
Dependendo da pergunta, pode ser até que eu revele alguns spoilers... vai saber!
http://ask.fm/daniribeiro406



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A última semana certamente foi a mais corrida, trabalhos e provas finais acabavam por deixá-la esgotada, somado aos enjoos frequentes e a falta de tempo para se alimentar tão bem como a médica sugerira, acabaram por deixá-la esgotada na sexta feira, voltando do seu último dia de aula direto para cama.

Ao abrir a porta do apartamento, Toy logo veio lhe saudar. Cada dia que passava o pequeno samoieda parecia ainda mais esperto, mais carinhoso e consideravelmente maior. Parecia saber o que estava acontecendo com a dona. Era impossível não se apaixonar por aquela pequena bolinha de pelos brancos, que logo logo não seria mais tão pequena. Pegou o cachorro no colo, que a lambeu alegre.

- Hey menino, estou achando que você está com fome. – disse a castanha afagando Toy. – Vou colocar comida para você, e depois vou descansar. Combinado?

                Rapidamente, a castanha colocou comida para o cachorro e trocou o jornal sujo. Depois de cumprir seu ritual, a única coisa que conseguia pensar era em dormir. Foi tirando a roupa a caminho do quarto, se pudesse iria dormir até o dia seguinte, estava frio do lado de fora, mas ali dentro, o calor era aconchegante. A gravidez estava sugando todas as suas energias, deixando-a exausta por qualquer coisa, e mais calorenta do que o normal. Iria abaixar a temperatura do aquecedor quando acordasse.

Ao abrir a porta do quarto, tomou um susto. Draco estava profundamente adormecido, deitado displicentemente na cama. Sem poder evitar, um sorriso bobo brotou em seus lábios. O loiro havia partido no meio da semana, e Hermione não tinha esperanças de vê-lo até o domingo, quando ele voltaria para pega-la.

                Com cuidado, a castanha deitou-se na cama, evitando fazer movimentos muito bruscos. O sono de Draco costumava a ser leve, até mesmo quando estava exausto. Qualquer movimento mais forte ele costumava a acordar, e sempre parecia demorar a pegar no sono.

                Movimentando-se de maneira sutil, Hermione se virou para encará-lo. Parecia muito mais cansado do que há dois dias, quando havia deixado-a depois de ter recebido, o que parecia, uma ligação urgente de algum lord. Com preocupação, Hermione notou as olheiras em baixo dos olhos de Draco, seu rosto parecia ter ganhado algumas marcas de expressão naqueles últimos dias.

- Hermione? – murmurou o loiro com os olhos fechados.

- Quem mais poderia ser? – ela passou as mãos no rosto de Draco, tentando afastar os cabelos loiros que caiam insistentes no rosto do loiro.

- Acabou de chegar? – falou com a voz rouca de sono.

- Sim... Último dia de aula, finalmente! – seus olhos teimavam em fechar, mas queria conversar mais alguns minutinhos com Draco. – Estou terrivelmente cansada.

- Então durma. Agora se vire, vou lhe fazer dormir. – Draco sentiu Hermione virando-se, com a mão livre, começou a fazer carinho nos belos cachos da castanha.

- Me sinto uma criança quando você diz isso – falou com a voz sonolenta, arrancando de Draco um sorriso de satisfação.

- Certo, criança, agora durma. Você precisa descansar.

                Hermione acordou com Toy lambendo seus pés, a brincadeira deveria estar muito interessante para o pequeno cachorro. Ao apalpar o outro lado da cama encontrou-o vazio e frio. Deveria fazer um bom tempo que Draco levantara. Ao olhar para a janela, pode perceber que o dia estava chegando ao fim. Quantas horas havia dormido? Espreguiçou-se, e sentiu que Toy mordia seu pé. Seus dentes de filhote eram afiados, e por diversas vezes havia lhe arranhado a pele. Seu pé já deveria estar todo vermelho aquela altura.

- Assim você vai me machucar, Toy – disse Hermione afastando o filhote. – Vamos, Toy, largue o meu pé – disse Hermione séria. – Não gosto disso! – Hermione elevou o tom de voz, assustando o cachorrinho.  – Agora você vai descer e vai procurar alguma coisa para fazer – disse pegando o filhote no colo e depois o colocando no chão. – Só não vá destruir nada.

                Ao levantar, viu a mala de Draco ao lado da porta do closet. Precisava arrumar suas coisas para poder ir para Londres. Iriam viajar dentro de 24 horas e não tinha nada arrumado. Passou as mãos no cabelo, mas não iria conseguir domar aquela juba daquele jeito, precisava de alguma coisa para prendê-lo.

- Que bom que você acordou. – disse Draco, aparecendo apenas com sua típica calças de moletom, encostou-se à porta do quarto. – Como você está? – disse se aproximando e beijando Hermione calidamente. – Soube que não se alimentou direito durante a semana.

- Posso saber quem você mandou me espionar? – seu tom era duro e seus olhos analisavam as feições de Draco.

- Não mandei que ninguém fosse lhe espionar, apenas comentaram que não haviam lhe visto na praça de alimentação nesses últimos 2 dias. – disse Draco defendendo-se, o humor de Hermione oscilava cada dia mais. – Você não pode deixar de comer, ainda mais agora, Herms – seu tom era cheio de preocupação. – Todo cuidado é pouco. Só estou preocupado com a sua saúde e com a do bebê.

- Quando vamos partir? – perguntou mudando o rumo da conversa, tudo o que queria evitar era uma discussão por causa de comida. Hermione saiu do quarto, com Draco em seu encalço.

- Amanhã pela tarde, mas não tenho um horário definido. Não gosto muito de pilotar a noite.

- Pilotar?

- Vamos de helicóptero e eu vou pilotar. Um dia eu te prometi que te levaria para um passeio. Chegou o dia. – respondeu casual. – Onde você vai querer jantar? 

- Descobri que não consigo comer nada que tenha mostarda – respondeu mal humorada. – Estou com nojo, eu acho. Eu adorava mostarda. – lamentou-se. 

- Certo. – disse o loiro sorrindo. – Podemos comer uma pizza, ou uma boa lasanha naquela cantina que você gosta.

- Lasanha? – os olhos da castanha brilharam. – Gostei da idéia. 

- Vamos?

- Não está cedo? – Hermione olhou o relógio. – Não são 8 horas ainda. Até onde eu sei, você não costuma comer cedo.

- Tenho outros planos para nós está noite. – ele sorriu maroto. – Enquanto você se arruma, eu vou ligar para cantina para reservar a mesa.

                Enquanto se trocava, Hermione percebeu que seu sutiã estava levemente mais apertado. Teria que providenciar peças novas logo, logo. Roupas de grávida eram confortáveis, mas de sensuais não tinham nada. E bem, Draco era um homem que gostava de ver uma lingerie bonita. De repente, Hermione sentiu-se preocupada. A chance de Draco parar de se interessar por ela, depois que estivesse pesada da gravidez e não conseguisse mais usar aquelas peças sofisticadas eram grandes por demais.

Tentou disfarçar seus receios, mas seus olhos recaíram sobre o anel que sustentava em seu dedo. A pedra brilhou conforme a luz incidiu. Sorriu. Estava noiva e esperando um filho de Draco Malfoy.

- Pronta? – perguntou Draco entrando no quarto. – Achei que fosse lhe encontrar de calcinha e sutiã.

- Só faltam os sapatos – disse ela sorrindo, tentando disfarçar a nova preocupação que havia lhe atingindo como um raio.

- Vou me apressar então – disse o loiro entrando no closet. – Se quiser, pode me esperar na sala, não vou demorar.

- Enquanto você se arruma, eu aproveito para por mais comida para o Toy e fechar as janelas. Quando sair, feche a porta do quarto. – disse Hermione abaixando e pegando a sandália. – Não tenho deixado a porta do quarto aberta e nem as portas do banheiro.

- Por quê?

- Nós temos um cachorro agora, você se lembra? – perguntou Hermione sorrindo. – Mas se você quiser deixar a porta de um banheiro aberta e depois juntar o papel higiênico que ele irá espalhar pelo apartamento inteiro, fique a vontade.

- Entendi – disse Draco fazendo uma cara de puro nojo. – O pior é que eu sempre deixo ele me lamber – resmungou o loiro.

- Não seja dramático, Draco – Hermione saiu dando risada. – Termine de se arrumar, vou estar te esperando.

                Depois de longos minutos, Hermione e Draco finalmente saíram do apartamento. Draco abriu a porta da Ferrari para que a castanha entrasse. Havia se acostumado tão fácil com aquele tipo de gentileza, com aquela atenção, que se um dia Draco parasse de fazer isso, iria se sentir menosprezada por ele.

                Ao chegarem ao local, Hermione constatou com pesar que havia mais repórteres do que o previsto, mas Draco não pareceu se importar com o fato. Muito pelo contrario, parecia totalmente a vontade. Lembrava-se de Draco, antes de entrar para a Câmara dos Lordes, sempre querendo fugir daquelas pessoas, agora, tentava agir com a maior naturalidade possível.

- Não se preocupe com isso, aja como você tem feito nos últimos meses.

- Por que eles estão aqui?

- Pelo que eu estou sabendo, alguém notou que você está com um anel de noivado no dedo, e bem, acredito que eles querem confirmar – disse indiferente. – Fique tranquila.

- Estou tranquila. – respondeu ela mecânica. Apesar dos meses ao lado do loiro, o que significava constante perseguição daquelas pessoas, ainda não havia se acostumado. – Só é difícil se acostumar com toda essa atenção.

- Eu estou aqui – disse Draco firme.

- Eu sei, por isso estou tranquila. – admitiu ela.

                E de uma maneira estranha, era verdade. Ao lado de Draco não tinha medo daquele monte de gente lhe rodeando, não tinha medo das perguntas. Sentia-se protegida. Draco sempre tomava conta da situação, e nunca deixava que nada saísse do controle. Ele sorriu para Hermione, antes de sair do carro. Poucos segundos depois, Draco abriu a porta do lado de Hermione, lhe oferecendo a mão. Os flashes vieram em seguidas, e uma chuva de perguntas foi feita.

- Não vamos falar nada no momento. – respondeu Draco.

- Haverá pronunciamento oficial?

- Claro – respondeu o loiro.

- E quando será?

- Em breve.

                Os dois entraram rapidamente no restaurante, andando em direção à mesa reservada por Draco. Sentaram-se na mesa o mais rápido possível, e finalmente puderam relaxar. Estavam seguros e longe dos olhos curiosos das outras pessoas. 

- Daqui para frente vai ser pior – disse Draco ao ver a castanha suspirar. – Mas não se preocupe com isso, vai dar tudo certo. É só você ter paciência...

- E quando ele ou ela chegar?

- É cedo para pensar nisso, vamos deixar para ver quando estiver chegando a hora – o garçom se aproximou, encerrando a conversa. – Uma lasanha ao sugo. O que você vai querer beber?

- Um suco de uva.

- Dois então.

- Mais alguma coisa? – perguntou o garçom.

- Não. Só isso.

- Vai beber suco?

- Vou lhe acompanhar – sorriu o loiro.

- Obrigada.

                Hermione só percebeu quando entraram em casa, sentia-se exausta após sair do restaurante. Essa sensação estava se tornando comum. Pouca coisa lhe deixava cansada. Assim que chegasse a Londres iria dar um jeito de marcar uma consulta e começar o pré-natal o quanto antes. 

Acordou quando o sol já estava alto, e como de costume, Draco já não estava mais do seu lado. Toy, como nos últimos dias, estava deitado no pé da cama, e parecia dormir tranquilamente, apesar da hora.

                Olhou o relógio e assustou-se. Quase meio-dia e suas coisas não estavam arrumadas. Partiriam até o final da tarde. Levantou-se rapidamente, abriu o closet e surpreendeu-se com a quantidade de roupas suas que havia ali. A parte do Draco era mínima perto da sua, acabou rindo com a constatação.

- Bom dia, Herms – a voz de Draco veio da porta do closet. – Como você está?

- Bem, mas acho que comi demais ontem a noite. Estou com um pouco de azia – disse ela na ponta do pé tentando pegar uma mala de viagem.

- Eu pego – disse ele se aproximando. – Acho melhor você tomar um café reforçado, já que, pela hora iremos acabar por não almoçar.

- Você já comeu?

- Faz um tempo – admitiu. – Acabei acordando com um telefonema as 8 horas da manhã.

- Quem era?

- Minha mãe.

- Entendi. Espero que esteja tudo bem por lá.

- Tudo certo – respondeu Draco. Hermione já havia entendido que algumas coisas, nem sobre pressão Draco falava.

- Você não quer me acompanhar no café da manhã? Sabe, estou cansada de comer sozinha. – confessou Hermione.

- Certo, sento com você – disse ele colocando a mala no chão. – Eu também não gosto de comer sozinho, mas tenho feito muito isso, ultimamente – murmurou ele.

- Achei que você sempre tivesse algo para fazer – disse Hermione seguindo Draco, alguns passos atrás, enquanto caminhavam para a cozinha.

- Nem sempre, as minhas tardes e noites são sempre ocupadas, mas as manhãs eu fico em casa, arrumando os papéis.

                Ao terminar a refeição, Hermione sentiu o estômago reclamar. Aquela sensação estava se tornando uma velha conhecida, conforme os dias iam passando. Sem esperar, correu para o banheiro mais próximo. Sentiu-se repentinamente fraca depois de colocar todo o café da manhã para fora. Num último esforço, abaixou a tampa.

- Você está bem? – disse Draco chegando segundos depois.

- Dê descarga, por favor... – murmurou Hermione.

- Se você quiser, podemos ir viajar amanhã.

- Não tem necessidade – respondeu a castanha, enxugando a testa. – Já vou melhorar.

- Isso sempre acontece?

- Todas as manhãs – confessou. – Já estou começando a me acostumar com esses enjôos.

- Engraçado, eu fiquei dois dias fora e você não teve isso – constatou ele, a encarando com uma expressão séria.

- Nem sempre eu coloco todo o meu café da manhã para fora – respondeu mal humorada, diante da insinuação dele. – Mas os enjôos sempre acontecem depois da primeira refeição, ou na hora em que eu acordo.

- Podemos ir ao médico, se você quiser – Draco deu descarga e ofereceu o braço para Hermione levantar-se. – Vamos, eu te levo até o quarto.

- Antes, eu preciso escovar o dente – disse Hermione se apoiando na pia. – Não se preocupe, em 10 minutos eu estarei melhor. Se você puder, vá separando algumas roupas minhas...

- Eu não sei fazer isso – admitiu Draco, mas o rosto de Hermione estava tão pálido que não teve coragem de negar um pedido simples como aquele. – Mas vou tentar.

- Obrigada – disse Hermione colocando pasta de dente na escova.

                Draco entrou no closet e ficou olhando para o montante de roupa. O que deveria separar? Bem, iria tirar tudo e colocar em cima da cama. Depois Hermione poderia ver o que queria levar ou não. Pode escutar Hermione se aproximando, a passos lentos, com Toy em seu encalço, latindo fervorosamente.

- Como você está? – disse Draco aproximando-se da castanha e a abraçando carinhosamente. – Me perdoe por não estar com você nos últimos dias.

- Não tem problema – disse ela se aninhando. – Sei que você não esteve aqui porque não pôde. Não se sinta culpado.

-Como não? – Draco levantou o rosto de Hermione, o cinza e o castanho se encontraram, e um choque passou pelo corpo dos dois. – Eu devia estar aqui com você, não deveria sair do seu lado. Tentarei estar o mais presente possível, daqui por diante.

- Não se preocupe Draco. Eu andei pesquisando, isso acontece até o terceiro mês de gestação. Mais dois meses e eu estarei bem melhor.

- Mais dois meses? – perguntou preocupado. – Vou contratar alguém para ficar ao seu lado.

- Não preciso e não quero – disse firme.

                E foi inevitável Draco não sorrir. Como poderia não ter percebido que estava terrivelmente envolvido por aquela mulher incrível? O mais complicado era admitir que aquela menina, que havia encontrado em um pub, antes do começo do ano letivo o havia cativado de tal maneira que, descobriu-se absurdamente apaixonado por ela. Como podia? Como havia caído naquela armadilha? E de que importava naquele momento? Em um movimento único a puxou, beijando-a com ardor. E naquele momento, percebeu que ela já era, de alguma maneira, o centro do seu mundo. Era por ela que ele tentava ser cada vez melhor, não só por Hermione agora, mas por seu filho ou filha que deveria chegar em um pouco menos de 8 meses.

- Precisamos arrumar as coisas, Draco – disse a castanha, Draco podia sentir o coração dela acelerado pelo beijo que haviam acabado de dar. – Senão pararmos agora, sabe-se lá que horas nós vamos conseguir sair daqui – com satisfação, Draco viu o rosto de Hermione corar ao falar aquilo.

- Você tem razão, Herms. Vamos, te ajudo a arrumar as coisas.

                Em pouco tempo, Hermione fechava a última mala. Olhou tudo com atenção, e fez uma revisão mental. Tudo estava em ordem. Até as coisas de Toy já estavam devidamente arrumadas em uma mala. O cachorrinho já estava dentro de sua caixa de viagem e parecia dormir tranquilamente, depois de ter tomado um remédio para não passar mal durante o vôo.

- Eu estou pensando em cancelar o contrato do meu apartamento. Não tem mais porque mantê-lo. – disse Hermione pegando uma mala pequena e a caixa de transporte onde Toy ia dormindo tranquilamente.  – O que você acha?

- Acho que é o mais sensato a se fazer – respondeu Draco carregando duas malas de cada vez dentro do elevador. – Você está levando todo o seu guarda-roupa.

- Sei que é exagero da minha parte, mas eu não sabia o que levar. Annelise faz falta nessas horas – riu a castanha. – E como anda sua irmã?

- Meus pais parecem empenhados em casá-la com Harry  – Draco parecia lamentar pelo destino de Annelise. – E no final, é algo totalmente previsível, e que já está combinado há muito tempo.

- Combinado? Draco, isso é tão surreal. Achei que esse tipo de coisa não existisse mais – confessou a castanha. – Alguém sabe o que Annelise quer? – a porta do elevador se fechou.

- Hermione, ninguém quer saber o que nós queremos. O principal é manter a linhagem – disse Draco pouco a vontade. – William e eu somos um caso totalmente a parte. Somos uma exceção.

- Isso ainda me soa muito estranho – disse a castanha. – Nosso filho ou filha...

- Não vou deixar ter o mesmo destino que Annelise – disse Draco sério. – Você pode ter certeza, nossos filhos vão poder escolher.

                “Nossos”. Uma alegria sem igual tomou conta de Hermione. Eles seriam uma família de verdade. Teriam os filhos para amar e isso seria o suficiente, mesmo sabendo que o loiro não a amava, de alguma maneira, iria aprender a conviver com isso. Como Draco dissera há alguns dias atrás, eles iriam fazer dar certo. Agora, mais do que nunca, ela estava preparada para fazer a vida dos dois dar certo. Se ele não a amasse, ela amaria pelos dois.

- Tudo pronto? – perguntou Draco ao ver Hermione colocar a caixa de transporte, onde Toy dormia tranquilo, no banco de trás e prende-lo com o cinto de segurança. – Podemos partir?

- Está tudo pronto. Daqui algum tempo não conseguiremos para levá-lo em uma caixa de transporte. E você sabe que isso não vai demorar, não é?

- Sim, eu sei – disse Draco entrando no carro. – Daremos um jeito.

- Você sempre dá um jeito em tudo – disse Hermione ao colocar o cinto de segurança.

- Ainda bem que eu levei minha roupa na semana passada – disse Draco sorrindo. – Se eu fosse levar essa semana, eu teria que fazer duas viagens. E bem, nisso eu não conseguiria dar um jeito.

- Quanto exagero da sua parte – disse Hermione sorrindo.

                A ida até o heliporto foi tranqüila. De certa maneira, Hermione estava tensa. Nunca tinha ido andar de helicóptero com Draco, aquela seria a primeira vez. De certa maneira, estava apreensiva, apesar de confiar no loiro quase que totalmente. Seria aquilo um erro? Sentia-se segura até demais ao lado dele. Sabia que, no final das contas, aquela preocupação toda era um grande erro. Soube através de Annelise que Draco era um excelente piloto. Afinal, ele havia servido junto com William, e havia sido piloto de resgate juntamente com o príncipe. Algumas coisas na vida de Draco ainda permaneciam uma grande incógnita.

                Ao chegar ao local, havia algumas pessoas os esperando. Em pouco tempo, todas as malas e o pequeno filhote estavam dentro da aeronave. Draco checava os controles junto com o co-piloto.

- Está tudo pronto, Hermione – disse o loiro, formal. – Estamos prontos para partir.

- Certo.

                Cordialmente, Draco ajudou a castanha a subir na aeronave, e ajeitou a caixa de transporte do cachorrinho ao lado de Hermione. Ajudou-a a apertar os cintos, e se ajeitar da melhor maneira possível e confortável.

- Você está bem? – sussurrou Draco enquanto checava os cintos da castanha pela segunda vez. – Você parece pálida.

- Estou bem. – respondeu sorrindo. – Que horas são?

- Cinco horas. Em meia hora estaremos em Londres – disse Draco entregando o fone de ouvido para ela.

- Estou com sono.

- Tente descansar – comentou Draco.

- Certo.

                Hermione verificou se o cachorrinho estava confortável. Logo sentiu o helicóptero sair do chão, e sentiu-se tranquila. Saber que Draco era quem estava pilotando a fez relaxar e logo sentiu as pálpebras pesadas. Por quanto tempo dormiu, Hermione não soube ao certo, só notou quando Draco a retirou do helicóptero e a depositou no banco de algum carro.

- Não se preocupe, descanse – sussurrou ele ao depositá-la no banco de trás do carro.

- Dê me um tempo, para que eu possa acordar. – murmurou ela.

- Já disse para não se preocupar, descanse – ele beijou a testa da castanha carinhosamente. – Em breve estaremos em casa.

- Me acorde quando chegarmos lá – resmungou ela antes de adormecer novamente.

                Draco sorriu ao vê-la adormecer novamente. Do jeito que pôde, Draco colocou tudo dentro do carro, e colocou Toy no banco do passageiro. O sol já havia sumido quando o loiro finalmente estacionou o carro na garagem de uma luxuosa casa. Alguns empregados logo se aproximaram, e com poucas palavras, Draco deu as ordens necessárias para que tirassem as bagagens de dentro do veículo e levassem o cachorro para brincar no jardim, depois iria decidir onde as coisas de Toy iriam ficar.

- Irei levar a senhorita para cima. Em duas horas, quero o jantar servido – informou o loiro pegando a castanha no colo.

- Chegamos? – perguntou Hermione se aconchegando melhor junto a Draco.

- Acabamos de chegar.

- Posso saber onde você está me levando? – questionou ela sorrindo, apesar dos olhos fechados.

- Estou te levando para o nosso quarto. Agora volte a descansar.

- Posso te pedir uma coisa?

- Claro.

- Eu gostaria que você estivesse no quarto na hora em que eu acordar.

- Não se preocupe, você não é a única que vai dormir.

- Ótimo.

                Uma hora depois, Hermione acordou e notou um Draco completamente adormecido ao seu lado. Até dormindo ele se mostrava imponente, era algo totalmente incrustado no loiro. Parte total da personalidade dele, mas apesar disso, enquanto estava dormindo, via-se a tranquilidade estampada nas feições dele, algo que não se via quando ele estava acordado. Até perto dela, apesar de todo o tempo que passaram juntos, ele não se mostrava totalmente relaxado. Parecia sempre pronto para agir, em qualquer situação.

- Faz tempo que você está acordada? – os olhos de Draco a encaravam com curiosidade.

- Acabei de acordar. – disse sorrindo.

- E o que você estava fazendo?

- Apenas te olhando – confessou ela, com as bochechas levemente coradas.

- Não fique envergonhada – disse ele tirando uma mecha de cabelo do rosto de Hermione. – Apesar de que gosto de te ver corada desta maneira. Gosto ainda mais de te ver de outra maneira... – ele sorriu traquino. Draco a puxou para cima dele. – Eu não esqueci de hoje cedo.

- É claro que você não esqueceu, mas acho que deveríamos descer sabe?

- E por quê?

- Seria interessante que você me apresentasse a casa – disse ela sorrindo.

- Me prometa que a noite você não irá arranjar desculpas – Draco passou os dedos pela parte sensível do pescoço dela. – Me prometa.

- Eu te prometo. – sussurrou ela.

                Vê-la daquela maneira era irresistível. Em um único movimento, Draco a beijou sofregamente. Iria tê-la de qualquer maneira, antes de saírem daquele quarto. Ainda não tinha tido a oportunidade de amá-la, sentia uma saudades imensa daquele corpo que o fez delirar por diversas vezes, que o fez perder a razão por outras muitas outras vezes.

                Sentiu–a ainda mais querente após acariciar os seios dela por cima da camisa fina que ela usava.

- Temos que descer.

- Podemos descer mais tarde – a voz de Draco saiu rouca, provocando arrepios no corpo da castanha. – Estou com saudades.

- Eu também.

As roupas foram tiradas com rapidez e desespero, em poucos minutos os corpos nus estavam fundidos em um único. Os gemidos de Hermione davam ritmo a transa, e deixavam Draco ainda mais extasiado. Jamais havia desejado uma mulher daquela maneira, daquele jeito. Ela o excitava com um simples olhar, com um simples gesto. E agora ali, embaixo dele, totalmente entregue o excitava de uma maneira quase que indescritível.

O ritmo ficou cada vez mais frenético, até que, juntos alcançaram o ápice. Era algo indescritível. E Draco percebeu que o que eles tinham era algo único, que jamais experimentara algo como aquilo com qualquer outra mulher, até mesmo com Catherine. Nada se comparava a um segundo junto de Hermione.

- Você está bem? – perguntou Draco ao deitar-se ao lado da castanha.

- Não poderia estar melhor – confessou ela sorrindo. – Agora precisamos descer, certo?

- Sim. Temos que jantar.

- Não estou com fome.

- Mas você precisa comer. Se me lembro bem, a médica mandou você se alimentar direito. O começo da gestação é o mais importante.

- Eu sei, mas não estou com fome.

- Coma alguma coisa, mesmo que seja um pouco.

- Certo – respondeu Hermione sem ânimo. – Já que você insiste.

- Sim, eu insisto. – disse sorrindo. – Vamos fazer o seguinte: vou tomar um banho, e depois você vai. Depois descemos juntos para jantar. Pode ser?

- Claro – ela levantou-se, sem levar o lençol junto. – Não demoro. Posso te perguntar uma coisa?

- Uhum.

- Você notou alguma diferença no meu corpo?

                As bochechas de Hermione coraram logo em seguida, mas ela sustentou o olhar de Draco, como nenhuma outra se atreveria a fazer.

- Obviamente.

- Sério? – perguntou ela descrente.

- Não mentiria para você! – disse ele a encarando. – Seus seios estão maiores, sua barriga parece mais arredondada, mas só eu, que tenho a oportunidade de te ver dessa maneira pode notar – ele riu cafajeste. - Você está linda – confessou.

- Agora eu vou tomar um banho. – disse ela sorrindo, corada. – Não se anime!

- Certo, me conterei – disse rindo.

Ao vê-la entrar no banheiro, Draco levantou-se da cama, vestiu sua calça de moletom e seguiu para o escritório que havia na parte de cima da casa. Precisava mandar um e-mail para Gina, as coisas não estavam andando conforme ele gostaria. Precisava apressá-la.

- Herms – disse ele entrando no banheiro, encontrando-a já debaixo da água.

- Oi.

- Vou até o escritório, que fica aqui em cima, resolver uma coisa. Em 15 minutos estarei de volta.

- Ok. Sem problemas. Quando eu terminar, eu vou te chamar.

                A passos largos, Draco rapidamente entrou no escritório e fechou a porta. De seu celular ligou para o número de Gina. De qualquer maneira, um casamento como aquele iria levantar suspeitas. Antes de ligar, algo chamou atenção de Draco, a coluna social mais famosa da Inglaterra estava recheada com fotos dele e de Hermione, muitas com o anel de noivado de Hermione em destaque.

Meus queridos leitores,

Agora é oficial, Draco Malfoy, o próximo Duque de Richmond, está noivo. Sim, meus queridos, a Srta Hermione Granger fisgou o solteiro mais famoso do Reino Unido, e mostra com muito orgulho seu belo anel de noivado. Que convenhamos, meus queridos, merecia ser um pouco maior para alguém com tanto dinheiro quando Draco Malfoy.

(Draco riu, se ele tivesse aparecido com um anel maior que aquele, Hermione o teria jogado em cima dele, e tinha quase certeza de que ela o faria trocar por algo menor e mais discreto. )

               

A família Malfoy ainda não se pronunciou sobre o fato, mas está ai para quem quiser ver. A Srta Granger, será a próxima Duquesa de Richmond. Algo inédito em um clã tão fechado, quanto os Malfoy. Uma das famílias mais antigas e respeitadas de todo o Reino Unido. Será que virou moda casar com plebéias? Aposto que a maior parte das solteiras estão torcendo para que isso aconteça. 

Claro, vocês devem estar se perguntando: E o casamento? Infelizmente ainda não temos nenhum tipo de informação. Agora, nos resta saber quando teremos uma foto oficial, do casal que se tornou o queridinho de todos os cidadãos do Reino Unido.”

                Draco não pretendia fornecer uma foto oficial deles. Não era William e não precisava mostrar esse tipo de coisa. Precisava proteger Hermione ainda mais agora. Todo o cuidado seria pouco dali para frente. Quanto menos exposição na mídia, melhor. Deixaria para William e Catherine a função de ocupar as primeiras paginas dos tabloides ingleses, como o The Sun.

- Alô.

- Virginia, aqui é o Malfoy – disse Draco logo se anunciando.

- Malfoy?

- Sim.

- Em que posso ajudá-lo?

- Irei precisar da sua ajuda. – disse ele indo direto ao assunto.

- Minha ajuda? – perguntou Gina desconfiada.

- Sim. Irei te explicar exatamente o que eu preciso, depois você vê se concorda ou não.

- Certo.

- Só não terei tempo para explicar os detalhes. Hermione logo sairá do banho, por isso, preciso de sua total atenção.

- Estou toda ouvidos – respondeu Gina formal.


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Notas finais do capítulo

Hey, não esqueçam da opção do ASK.
Qualquer coisa,voces tb me acham no twitter: @da_ni_ribeiro