A Sudden Love - Um Amor Repentino escrita por NoNeimeir


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oie, desculpem a demora. Boa leitura!



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"O verdadeiro amor é como os fantasmas. Todos falam nele, mas ainda ninguém o viu."

Fide da Roche


Semanas depois...


Já se passaram semanas e nós estamos lutando na justiça pela guarda do nosso filho, mas meu advogado já havia dito que a causa já estava ganha e que eu iria ficar com Brayan, só faltava o juiz bater o martelinho e se pronunciar.

Os papéis do divórcio foram a parte mais fácil, por que eu só queria que ele pagasse a pensão de nosso filho, mas foi decidido que além da pensão de Brayan, eu receberia mais metade do lucro dos negócios dele e ficaria com o apartamento em que morávamos e o da praia.

Os únicos momentos que eu encontrava Marcos eram nas cortes, nem Brayan ele poderia ver enquanto não saísse a sentença do juiz, foi um combinado que meu advogado fez com o dele.

A muito tentava não pensar no pobre homem, cego por amor, que aquele cafajeste do Marcos traiu, juntamente com aquela loira arruivada estranha, que se chamava Tânia, nunca mais tentei falar com ele. Em pensar nele, será que ele descobriu? Será que ela largou dele para ficar com Marcos? Eu acho que não, pelo que escutava das meninas do hospital que sempre quiseram o namorar, ele ainda estava solteiro, ou eles continuam sendo amantes, ou não se vêem mais.

Sabe o nome dele não me era estranho, eu conhecia aquele nome de algum lugar, mas não conseguia me recordar. Isso chegava a ser frustrante.

– Bella? - Alice perguntou batendo na porta. - Posso entrar?

– Claro amiga. - Disse alto. - Estou na cozinha.

– Você acha que eu não sei? Por isso vim aqui, o cheiro esta uma delicia. Maravilhoso. - Ela disse me dando um beijo e se sentando. - O que esta cozinhando?

– Risoto de frango. - Disse simplesmente.

– Amiga? - Ela disse chamando minha atenção.

– Sim?

– Vamos sair essa noite? - Ela disse parecendo ansiosa.

– Ai amiga bem que eu queria, mas com quem vou deixar Brayan? - Disse desapontada.

– Amiga minha irmã ela esta passando alguns dias na minha casa. - Ela disse, e eu assenti, enquanto sentava ao seu lado na mesa. - E ela tem uma filha da idade do Brayan, ela pode cuidar dele enquanto nos divertimos um pouco. Agora somos solteiras Bella, vamos badalar um pouquinho, por favor? - Ela fez o olhinho tipo do gato do Shrek e eu não resistia àqueles olhos.

– Ok, ok. - Eu disse enquanto ela saltava de alegria. - Mas vamos voltar não muito tarde, não quero ficar longe do meu bebê.

– Ok amiga. Passo aqui as 9 e a gente vai de taxi, quero beber MUITO! - Ela disse saindo toda serelepe e cantando uma música que eu não conhecia.


Quando terminei o risoto, subi e tomei um banho, coloquei um vestidinho preto bem básico e um salto alto, altíssimo. Na maquiagem tive que pedir ajuda a Alice, a muito não saia para baladas, não sabia o que seria melhor. Mas ela fez um trabalho maravilhoso. Acho que hoje eu pegava vários. Que pensamento de adolescente, mas na verdade eu estou me sentindo uma adolescente em sua primeira balada com as amigas.

– Bella você esta linda!

– Obrigada Ali, você também, se fosse homem eu pegava. - Disse brincando.

– Boba. - Ela disse dando risada.

– Boba que você ama. - Eu disse a abraçando.

Descemos as escadas e fomos para a sala, eu me despedi de Brayan, mas ele não deu muita importância estava mais ocupado brincando com Linda, a sobrinha de Alice. O taxi já nos esperava na porta do prédio. Fomos cantando e toda felizes para a boate.


Já estávamos altinhas, e muitas pessoas já tinham virado colegas de balada quando eu o vi, lindo, alto, cabelos bronze, músculos que pareciam naturais nada muito “eu vou a academia todos os dias”, ele era lindo, tinha o rosto de um anjo.

- Que lindo. – Foi Alice que me acordou.

- Um Deus grego. - Eu disse bebericando a Heineken que estava em minha mão.

– Vamos dançando. - Alice me puxou pela mão.

Dançamos muito, mas MUITO mesmo. Mas de repente, senti uma mão em meu ombro e outra em minha cintura, no mesmo momento me virei e dei de cara com um homem moreno, com uma expressão de divertimento no rosto.

– Posso roubar ela um pouco de você? - Ele perguntou para Alice.

– Claro se você me emprestar seu amigo. - Ela disse apontando para o "Deus grego".

– Um minutinho. - Ele disse sorrindo lindamente para mim.

– Você é louca? - Perguntei a puxando para um canto.

– Não Bella, vamos voltar, eles vão atrás de nós e não vão nos encontrar. - Ela disse me puxando para o outro lado.

– Ok, ok. - Eu disse sabendo que a batalha já estava perdida.

Voltamos a dançar, com Alice sempre olhando em direção dos "garotos", pela cara dela, eles estavam discutindo alguma coisa. Resolvi que seria minha vez agora de olhar para eles. Rodopiei junto com Alice para trocarmos de lugar. Mas quando parei eles já estavam vindo em nossa direção.

– Eles estão vindo. - Eu disse perto do ouvido dela.

– Ai que legal. - Ela disse meia serelepe. Eu ri, nunca tinha visto ela tão feliz como hoje.

– Ola meninas. - O moreno disse, quando chegaram perto.

– Oi! - Alice disse.

– E então agora posso roubar sua amiga?

– Eu posso me manifestar? - Disse cortando Alice, que já ia voltar a falar.

– Claro! - O moreno disse.

– Eu acho que vocês dois dão um par melhor do que você e eu. - Eu disse, indicando Alice para o moreno. - E ai o que acham?

– Eu topo. - Ele disse estendendo a mão para Alice.

– Valeu. - Ela disse baixinho para mim.

– Oi . - Eu disse para o deus grego que parecia estar encabulado.

– Ola. - Ele disse dando um sorriso.

– Quer beber alguma coisa? - Perguntei apontando para o bar. Que não ficava muito longe. Ele assentiu. E fomos caminhando até o bar. Ele estava muito calado e isso me deixava nervosa.

– Meu nome é Bella. - Eu disse estendendo minha mão.

– Edward. - Ele disse, e eu embranqueci. - Tudo bem? - Ele disse parecendo preocupado.

– Tudo sim. - Eu disse tentando relaxar existe milhões de Edward's nesse mundo.

– Me da um pouco de água com açúcar? - Ele falou com o barman. - Toma, bebe, deve ter sido alguma coisa que você bebeu, ou foi um pouco de tontura. - Ele disse me entregando o copo.

– Obrigada. - Eu disse. - Estou me sentindo bem melhor. - Disse sorrindo para passar confiança. Ele me devolveu com um sorrio torto. Muito lindo. Depois de terminar o copo d'água, pedi uma dose de uísque para o barman, Edward me olhou com uma cara de preocupação.

– Não vai beber nada?

– Eu estou dirigindo. - Ele disse simplesmente.

– Hum. Por isso vim de taxi. - Disse dando um sorriso torto.

– Acho que você já bebeu demais. - Ele disse pegando o copo da minha mão.

– Mas eu não acho. - Disse pegando o copo de volta. - E te acho intrometido.

– Desculpa, mas eu sou médico, e preso pela saúde das pessoas.

– Ok doutor. - Disse largando o copo e indo em direção à saída. - Vamos sair daqui. - O puxei pela mão e no mesmo instante senti um arrepio, a pele dele era tão macia.

– Eu prefiro que a gente fique aqui dentro. - Ele disse largando minha mão e segurando meu braço. Seu aperto foi forte o suficiente para eu sentir um anel roçando em meu braço.

– Compromissado? - Perguntei apontando para sua mão.

– Noivo. - Ele disse. Agora, sim. Tinha quase certeza que era o Edward de Tânia.

– E o que um noivo, faz em uma balada com o amigo e não a noiva?

– Despedida de solteiro. - Ele disse coitado ainda não descobriu. - E você? Já vi a marca da aliança na sua mão.

– Divorciada. - Disse com desdém. - Já que não vamos sair, vamos dançar? - Disse me sentindo inquieta.

– Claro.

Dançamos muito. Ele era bom nisso, mas minha cabeça estava bem distante. Não queria continuar ali, me sentia mal em saber do que acontecia com ele, e não poder contar. Eu não conseguia, não queria acabar com sua felicidade. De repente, começou uma musica mais lenta. Eu sabia o que poderia acontecer e resolvi que seria melhor para nos dois que não dançássemos essa, mas antes deu poder falar alguma coisa ele estendeu os braços e sussurrou um "posso?", aqueles olhos verdes não me deixaram fugir, sem perceber já tinha aceitado e estava nos braços dele. O cheiro dele era totalmente inebriante, sensual, acolhedor. Eu estava me sentindo nas nuvens, até que meu celular começou a vibrar enlouquecidamente.

– Com licença. - Disse não deixar transparecer a frustração que sentia por ter que sair daqueles braços maravilhosos. Caminhei até a saída da boate, quando abri meu celular meu chão desabou e mil e um pensamentos ruins passaram na minha cabeça.

– France? O que aconteceu? O Brayan esta bem? - Perguntei desesperada.

– Calma Bella. Esta tudo bem, só liguei para avisar que os dois dormiram e que estou levando eles para o apartamento da Alice, tudo bem?

– Ah sim, tudo bem. Obrigada por me avisar. - Nós nos despedimos e quando me virei para entrar na boate dei de cara com Edward.

– Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou.

– Não tudo bem, era a irmã da minha amiga.

– Você atendeu o celular meio alterada, pensei que fosse um problema.

– Não, é que ela esta cuidando do meu filho, e eu me assustei quando vi na bina o numero da minha casa.

– Você tem um filho? - Ele perguntou levantando uma sobrancelha.

– Sim, qual o problema?

– Nenhum, é que eu sou pediatra.

– Isso é bom, eu acho. - Disse.

– Mas você parece muito nova para ser divorciada e com um filho.

– Mas você muito ousado viu? - Eu disse rindo.

– Desculpe. - Ele disse parecendo encabulado.

– Não precisa se desculpar, eu só brinquei com você. - Disse pegando no seu braço e voltando para a boate. - Vem vamos entrar e procurar nossos amigos acho que já esta um pouco tarde.

– É verdade. - Ele disse apenas.

– Então você vai casar amanhã? - Eu disse tentando deixa-lo menos inibido.

– É.

– Assim fica difícil conversar com você, viu? - Eu disse rindo.

– Desculpe, é que eu estou com uma pulga atrás da orelha desde algumas semanas atrás. Estou com a impressão que tem alguma coisa errada no meu relacionamento com Tânia. - Pronto ou eu conto ou eu conto.

– Edward eu preciso conversar uma coisa com você muito séria.

– Fala Isabella.

– Aqui não. Precisamos ir para um lugar mais reservado.

– Ok, tem um pub aqui perto que podemos ir.

– Ok, vou ligar para Alice avisando ela.

Depois de 10 minutos estávamos nos acomodando em um pub não muito longe da boate.

– Obrigada por vir comigo e me escutar. - Eu agradeci e ele assentiu com a cabeça. - Eu juro que, o que tenho para falar é muito importante para você, e peço que escute tudo que eu tenho para falar.

– Isabella...

– Pode me chamar de Bella. - O interrompi.

– Ok, Bella, eu não estou vendo onde você quer chegar.

– Ok, ok, eu vou explicar, mas, por favor, não pire antes deu terminar. - Ele assentiu meio desconfiado. - Tânia, sua noiva, eu não a conheço, mas meu ex marido sim, e infelizmente eu tenho que te contar uma coisa que acabou com meu relacionamento com ele, e que provavelmente vai acabar com o seu relacionamento também.

– Bella, não me diga que...

– Não fique nervoso, acalme-se por favor. - Disse o interrompendo. - Mas sim, é isso mesmo que você esta pensando, que eu sou aquela mulher que a semanas te ligou e mandou mensagens dizendo que ela te trai com meu ex marido.

– Mas que absurdo, eu não posso acreditar nisso.

– Edward se acalme, eu tenho provas e meu ex marido já confessou que eles tem um caso.

– Eu quero ver cada uma. Onde estão essas tais provas?

– Estão na minha casa, eu não sabia que iria te encontrar aqui, eu mal pensava nesse assunto mais. - Quando terminei de falar Robert parecia uma criança que os pais negaram a dar um presente. Desanimado, destruído. - Por favor, não fique assim, eu sei que é difícil. Eu também passei por isso.

– Mas meu casamento é amanhã. - Ele disse quase chorando.

– Por favor, não tome nenhuma decisão precipitada. Eu sei que você deve ser feliz com ela, mas ela sendo infiel não é possível continuar isso. - Disse tentando me conter.

– Bella, eu preciso que você me mostre essas tais provas. - Ele disse firme.

– Mas estão na minha casa.

– Eu te levo ate lá, e você me mostra.

– Tudo bem, mas tenho que avisar para Alice que já estou indo.

– Não precisa vamos voltar rápido.

– Tudo bem, vamos então. - Disse me levantando e pegando minha bolsa. Caminhamos ate um estacionamento perto onde estava o carro de Edward. Ele dirigiu rápido ate minha casa.

– Entre. - Eu disse assim que abri a porta. - Fique a vontade. Eu vou lá em cima buscar a caixa.

– Isabella? - Ele disse antes deu subir as escadas.

– Sim? - Disse sem me virar.

– Obrigada, e desculpe por fazer você passar por esse sofrimento novamente.

– Tudo bem, pela felicidade não só minha, mas a sua também. - Disse voltando a subir as escadas. Não precisei de muito tempo para achar a caixa de sapatos onde havia escondido a razão do meu sofrimento por semanas. Respirei fundo me levantei com a caixa nos braços e fui em direção a sala.

– Aqui esta. - Disse colocando na mesinha de centro da sala. - Tem fotos, faturas do celular e cartão de crédito.

– Mas... - Ele começou. - Como você descobriu?

– Foi fácil, muitos dias ele vinha se afastando de mim, não sentia.. - Hesitei. - Desejo, mas por mim, chegava tarde do trabalho, não me tratava com o mesmo carinho, o celular tocava, ele ia atender em outro cômodo, dizendo que era alguém da empresa, mas não era. Sempre era ela, querendo ir encontrar ele. Às vezes até marca de batom e perfume de mulher eu encontrava em suas roupas. Ai decidi verificar e contratar um detetive. Ele que tirou essas fotos. - Eu disse mostrando as fotos. - Essa daqui foi a mais recente.

– É ela, eu a reconheceria mesmo que estivesse com uma burca.

– Desculpe. - Eu disse abaixando a cabeça e sentindo todas as emoções daquele dia em que expulsei Marcos de casa.

– Não se desculpe Bella, eles são os culpados, nós somos ingenuos só isso. - Ele disse me abraçando enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto. - Por favor não chore. - Ele disse recolhendo minhas lágrimas. - Eles não merecem isso.

– Desculpe, mas é muito difícil para mim.

– Também é para mim. - Ele disse me abraçando mais forte. Aqueles braços em mim me deixavam mais segura, eu estava me sentindo mais confortável do que já havia me sentido em toda a minha vida. - Vamos mudar de assunto. - Ele disse olhando meus olhos. - Prefiro você sorrindo na boate do que aqui chorando.

– Eu também prefiro, mas não vou conseguir, hoje não.

– É melhor eu ir. - Ele disse recolhendo tudo que havíamos tirado da caixa. - Posso ficar com algumas fotos?

– Se você quiser pode levar tudo.

– Não, não. Melhor não. - Ele disse colocando algumas das fotos no bolso. - Desculpe por te fazer encarar isso de novo. - Ele disse me entregando a caixa.

– Tudo bem, eu sabia que se te encontrasse iria ter que mostrar tudo pra você. - Eu disse limpando as lágrimas que sorrateiramente caiam por meus olhos.

– Obrigado. - Ele disse me abraçando.

– De nada. - Disse devolvendo o abraço. Mas já era tarde ele já estava se desfazendo. - Eu te levo até o elevador. - Eu disse me levantando e limpando o rosto com as mãos.

– Obrigado. - Ele disse se levantando, e com um sorriso torto matador.

Caminhamos até o elevador em silêncio. Quando a porta se abriu ele se virou para mim e disse:

– Muito obrigada novamente. - Ele disse.

– De nada. - Disse. - Se precisar de um ombro só me ligar.

– Ok. - Ele disse entrando no elevador. - Bella. - Ele disse segurando a porta.

– Sim? - Disse me virando. Mas de repente senti aqueles braços novamente em mim, e lábios quentes e macios nos meus.

– Desculpe. - Ele disse se separando de mim e voltando para o elevador. Meu único movimento foi colocar alguns dedos onde há segundos atrás estavam os lábios dele.




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Notas finais do capítulo

E ai? Eu mereço reviews???