Estava chegando do trabalho, cheguei algumas horas mais cedo para fazer uma surpresa para minha noiva. Agora faltava pouco para que passássemos de noivos para marido e mulher, exatamente um mês, a data foi marcada a muito. E desde então vínhamos trabalhando no dia feliz que seria em 10 de setembro. Até minha sogra que era contra ao nosso relacionamento no começo agora já nos ajudava nos términos dos preparos. Isso foi uma conquista maravilhosa.

Nem havia percebido que já estava na garagem de casa. Recolhi minhas coisas e sai do carro, indo direto para o porta malas onde tinha deixado as coisas para o jantar maravilhoso que pretendia preparar para ela.

Tânia, ela é linda, simpática, o amor da minha vida. Confiava plenamente nela. Entrei em casa e fui direto para a cozinha, preparar o jantar.

Quando estava terminando o jantar senti meu celular vibrando no bolso de minha calça. O peguei e pelo visor vi que era uma mensagem.

"Seu tolo, não vê quem ela é?"

Mensagem estranha, nunca havia recebido uma mensagem desse tipo, e ainda por cima a mensagem era de um número desconhecido. Provavelmente mandaram errado. Continuei a por a mesa. E senti meu celular vibrar novamente. Era outra mensagem do mesmo numero.

"Não me ignore sei mais de sua noiva do que você mesmo."

Estava ficando irritado com essa pessoa, já não era mais engano, agora provavelmente uma brincadeira de mau gosto, e muito mau gosto. Decidi que iria responder a mensagem.

"Quem é você?"

Espero que essa pessoa não responda, porque não quero estar irritado quando Tânia chegar. Terminei o jantar e subi as escadas para ir tomar um banho. Escolhi uma roupa adequada para a ocasião, e entrei no banheiro. Depois de uns quinze minutos em baixo do chuveiro e os dedos enrugados decidi que era hora de sair. Quando cheguei no quarto meu celular apitava descontroladamente, alguém estava me ligando.

– Alô? - Disse sem ver quem era.

– Edward? - Uma voz feminina perguntou.

– Sim, quem é? - Essa voz me era conhecida. Mas não conseguia lembrar quem era.

– Não importa quem sou, mas sim o porquê da ligação.

– Sim, e por que você me ligou? - Perguntei me questionando por estar gastando meu tempo com essa mulher impertinente.

– Sua noiva, vem me causando alguns desgostos. - Ela disse, e percebi pelo seu tom que ela estava tão irritada quanto eu.

– Que tipo de desgostos?

– Ela vem tendo um caso com meu marido.

– Como é? - Disse indignado.

– Isso mesmo que você ouviu, não venho tentando contato com você por nada, sua noivinha vem tendo um caso com meu marido e eu não aceito isso.

– Minha senhora você acha que eu vou acreditar em uma pessoa que me liga em uma tarde de sexta feira, dizendo que minha noiva tem um caso com seu marido, você só pode estar de brincadeira né?

– É claro que não, você acha que eu gosto de ser chifruda? - Ela perguntou muito irritada.

– É isso que você quer ouvir? - Eu disse quase apertando o botão para desligar a ligação.

– Por favor, se acalme. - Ela disse mais calma. Eu não escutaria mais nem uma palavra dessa mulher. Desliguei a ligação.

– Mas que ousadia, quem essa mulher pensa que é para dizer que minha noiva me traí? Ela só pode estar tirando uma com a minha cara. - Disse caminhando até minha roupa. Optei por desligar meu celular, assim não escutaria mais asneiras de uma mulher insana. Tentaria me acalmar agora, para poder ter uma noite em paz com minha noiva.

Depois de meia hora, Tânia chegou e ao me ver com um buquê de rosas e com a sala de jantar iluminada com velas, ela abriu um sorriso.

– Meu amor que surpresa maravilhosa. - Ela disse vindo me abraçar.

– Você merece. - Eu disse sorrindo e aceitando seu abraço. - Essas rosas são pra significar meu amor por você. - Disse entregando o buquê em suas mãos.

– Ai amorzinho, como eu te amo. - Ela disse me abraçando novamente.

– Amor eu também te amo. - Disse dando um selinho em seus lábios e tirando sua bolsa do ombro. - Vamos jantar?

– Claro meu amor.

Nosso jantar foi totalmente calmo, comemos e bebemos até não agüentar - mos mais. Estávamos nos beijando enquanto subíamos as escadas quando o celular dela tocou.

– Calminha amor, vou atender, ok?

– Não! - Disse fazendo cara de bravo. - Não estrague este momento, por favor?

– Ok, Ok! - Ela disse sorrindo. - Vamos subir? - Ela perguntou com uma voz bem rouca e sexy.

– Com esse seu jeitinho vou até a China com você.

Ela saiu correndo em direção ao quarto e eu fui logo atrás.