Helena Potter escrita por MiKabwb, YinLua
Notas iniciais do capítulo
Gente esse cap tem musica e taí o link:
http://www.youtube.com/watch?v=9-UlPYpxyBc
Espero que gostem....
Já no meu o Six me colocou na cama e deitou do meu lado e deixou que eu chorasse tudo que tinha que chorar, ou seja, eu chorei o rio Nilo. Quando eu me acalmei ele me olhava de um jeito estranho, parecia sentir dor. Esse com certeza não era o Sirius Black que eu conhecia.
Ele não estava mais brincalhão, humilde (tem ironia nessa palavra, ok?), jovem, alegre. Agora ele parecia estar sofrendo, com muita dor, se igualava a minha dor. Foi ai que eu, linda e maravilhosa que estou, toda vermelha e inchada, percebi. Ele estava sofrendo a MINHA dor, estava compartilhando comigo. Agora sim, esse não é o Sirius Black que eu conheço.
― Eu não entendo. ― ele falou com uma expressão confusa.
― O que? ― perguntei passando a mão no rosto dele, queria tirar aquela expressão de seu lindo rosto.
― Seu pai te bate só porque você não conta piadas? E o James sabia que ele e batia e não fazia nada? E sua mãe também não faz nada?
― Calma, Sirius, uma de dada vez. ― falei soltando um suspiro. ― Primeiro meu pai me bate porque eu respondo ele, não porque eu não sou Marota ou algo do tipo. Segundo o Jim só viu a primeira vez, ele deu um soco no nosso pai, e agora. E terceiro minha mãe nem sonhava que meu pai me batia.
A expressão dele voltou a ter toda aquela dor que só aumentava a minha. Voltei a chorar, corando agora o Atlântico, acabei dormindo nos braços dele.
No dia seguinte eu acordei e ele não estava mais lá, aquilo doeu, mas eu estava acostumada com as feridas no meu coração causadas por ele. Fiz a minha higiene matinal e fui para a sala, estavam todos os Marotos e a Liz lá. Assim que eu cheguei o Pete e a Liz correram para me abraçar. Acabei contando tudo para todos eles e o resto do dia passou com piadas para amenizar o clima de enterro que estava entre nós.
Os dias foram passando devagar e cada vez eu e meu pai brigávamos mais, mas os meninos nunca deixou meu pai encostar um dedo NE mim de novo.
Era dia 23 de dezembro quando eu recebi a pior noticia do mundo: meu avô estava internado. Ele já era bem velhinho e já foi internado muitas vezes e os médicos disseram que na próxima ele não sobreviveria. É claro que todos corremos para o Hospital.
Ele estava com aparelhos monitorando seu batimento cardíaco e sua respiração. Ele parecia fraco, mas estava acordado e parecia consciente e conformado do que estava acontecendo.
Chequei mais perto da cama e dei um beijo em sua testa, enquanto meus lábios estavam em contato com sua testa os olhos dele se fecharam fazendo com que escorressem mais lágrimas de meus olhos. Quando eu me afastei dele foi a vez do Jim e depois foi o resto da família e depois os agregados. Nós conversamos um pouco, mas ele parecia muito fraco, então decidimos deixá-lo descansar, mas o que ele falou antes que nós saíssemos do quarto surpreendeu todos, principalmente eu.
― L-lena, can-ta pra mim? ― a voz dele estava fraca, quase um sussurro.
― O que você quer que eu cante, vovô? ― minha voz denunciava as muitas lagrimas que eu estava segurando. Tipo, eu sempre fui muito chegada no meu vô, ele era um pai para mim.
― Q-q-qualquer coisa.
Eu acenti e pensei em uma boa musica para cantar, mas nenhuma parecia boa o bastante. Foi quando uma melodia e a letra veio na minha mente, fiz o mesmo feitiço que fazia com a Lily e deixei a musica falar o que eu estava sentindo naquele momento:
Temporary Home
A little boy six years old
A little too used to being alone
Another new mom and dad
Another school another house that will never be home
When people ask him how he likes this place
He looks up and says with a smile upon his face
This is my temporary home
It's not where I belong
Windows and rooms
That I'm passing thorugh
This is just a stop
On the way to where I'm going
I'm not afraid because I know
This is my temporary home
Young mom on her own
She needs a little help got nowhere to go
She's looking for a job, looking for a way out
Cause the halfway house will never be a home
At night she whispers to her baby girl
Someday we'll find a place here in this world
This is our temporary home
It's not where we belong
Windows and rooms
That we're passing thorugh
This is just a stop
On the way to where we're going
I'm not afraid because I know
This is our temporary home
Old man, hospital bed
The room is filled with people he loves And he whispers don't cry for me
I'll see you all someday
He looks up and says "I can see God's face"
This is my temporary home
It's not where I belong
Windows and rooms
That I'm passing thorugh
This was just a stop
On the way to where I'm going
I'm not afraid because I know
This was my temporary home
This is our temporary home
Casa Temporária
Um menininho de seis anos de idade
Acostumado demais a estar sozinho
Outros mãe e pai novos.
Outra escola, outra casa que nunca será um lar
Quando as pessoas perguntam o quanto ele gosta deste lugar
Ele olha pra cima e diz com um sorriso no rosto
Essa é a minha casa temporária
Não é onde eu pertenço
Janelas e quartos
Pelos quais eu estou passando
São só paradas
Na estrada para onde estou indo
Eu não tenho medo porque sei
Essa é a minha casa temporária
Jovem mãe sozinha
Precisa de uma ajudinha, não tem pra onde ir
Procurando emprego, procurando uma saída
Porque o albergue nunca será um lar
À noite ela suspira para a sua bebezinha
Um dia nós vamos encontrar um luz neste mundo
Essa é a minha casa temporária
Não é onde eu pertenço
Janelas e quartos
Pelos quais eu estou passando
São só paradas
Na estrada para onde estou indo
Eu não tenho medo porque sei
Essa é a minha casa temporária
Velho senhor, cama de hospital
O quarto está cheio com as pessoas que ele ama
E ele sussura "não chorem por mim"
Eu vou ver vocês todos um dia
Ele olha pra cima e diz "eu posso ver o rosto de Deus"
Essa é a minha casa temporária
Não é onde eu pertenço
Janelas e quartos
Pelos quais eu estou passando
São só paradas
Na estrada para onde estou indo
Eu não tenho medo porque sei
Essa é a minha casa temporária
Essa é a nossa casa temporária
Quando eu terminei de cantar estavam todos chorando, quando eu digo todos é todos mesmo, até meu pai e meu avô, nele foi só uma lagrima que escorreu pelo seu rosto que eu logo limpei.
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Quem se emocionou levanta a mão! o/o/o/