Diário dos Enigmas escrita por Chie


Capítulo 2
The Diary




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Dobby estava em apuros, havia uma aura horrenda naquele diário, que vivia o perseguindo. Dobby achava que era o Lord das Trevas agindo sobre ele, então, quando teve sua chance, Dobby fugiu da cozinha para a biblioteca, aonde poucos amigos de Dobby iam. Dobby nunca vira Harry Potter na biblioteca, ele era o menino destinado, tinha responsabilidades maiores do que estudar, não era como os outros meninos de Hogwarts, ele tinha que salvar o mundo bruxo!

Rapidamente Dobby chegou a biblioteca pela passagem secreta da “Moça bonita”, que era como Dobby a chamava. Logo Dobby falou a senha e rapidamente já estava na biblioteca, na Seção de Contos Mágicos e Muggles. Dobby pegou o maldito diário e o colocou entre alguns livros de encantamentos.

Tinha certeza de que nenhum bruxo nunca procuraria nada ali, pois todos achavam que não eram crianças com poderes mágicos que precisavam aprender os encantamentos e sim que quase eram adultos que sabiam de tudo, afinal todo adolescente faz isso, mesmo os adolescentes Muggles. Até Dobby fazia isso quando pequeno, mas logo colocaram Dobby para trabalhar, a escravidão é dura e dói muito em Dobby. Mas com certeza Dobby estava melhor agora, que trabalhava em Hogwarts e não era mais um escravo do malvado Sr. Malfoy.

Logo Dobby já ia voltando para a passagem secreta, quando viu uma jovem ir até aonde tinha deixado o diário, uma jovem bonita com cabelos não muito grandes e cacheados, uma grifinória, ela colocou suas mãos macias e brancas sobre um punhado de livros, logo pegou os livros e com alguma dificuldade os colocou sobre a mesa de estudos. Começou a folheá-los rapidamente e logo percebi que era a Srta. Granger que havia pegado os livros. Dobby se enfureceu consigo mesmo e começou a bater em sua cabeça com força na parede, atraindo a atenção de alguns alunos, e a murmurar para si mesmo:

- Dobby mau! Dobby mau! Dobby mau! Dobby merece morrer! – Disse Dobby um pouco mais alto atraindo a atenção da Srta. Granger. Ela logo se referiu a Dobby com uma perguta:

- Dobby? Dobby! – Disse ela ao ver Dobby se afastar ligeiramente entrando correndo na passagem, ela levantou e tentou ir ao encontro de Dobby, mas já era tarde demais, Dobby já estava no corredor que levava à cozinha. Dobby tinha que avisar a alguém. Mas logo que o Elfo Comandante da cozinha achou o Dobby, Dobby não conseguiu mais sair da cozinha.

...

Eu rapidamente folheava os livros com cuidado, não queria rasgá-los ou danificá-los, não só por causa de Madame Pince, e sim porque eu provavelmente vá relê-los. Até que peguei um pequeno livro que me chamou a atenção pelo enorme buraco em seu meio. Abri o livro e fui passando suas folhas, que me surpreendiam, estando vazias apenas com suas cores brancas e amarelas com um brasão sonserino em sua ponta, cerrei os olhos e já ia fechando o pequeno livro.

Logo me chamou a atenção novamente, quando o buraco, ao meu toque, se fechou, deixando o livro intacto novamente.

Quase caí para trás quando notei o que havia acontecido. O que era aquilo? Eu não sabia. Mas me lembrava de algo que Harry havia dito sobre um livro pequeno e negro com um enorme buraco, como este, mas a lembrança não me ajudava em nada, pois ele não havia me dito, ou eu não estava lembrando, do que ele disse.

Logo uma frase foi aparecendo, palavra por palavra. Com uma letra negra e bela, que ia aparecendo aos poucos no pequeno e negro livro. Logo a frase apareceu por completo.

“Bom dia.”

Quase pulei para trás da cadeira quando terminei de ler, que estava escrito em uma negra e bonita letra, não sabia o que era aquilo. Eu hesitei em responder, mas a curiosidade me venceu e eu peguei a pena e mergulhei no tinteiro, acabei respondendo com certo temor:

“Bom dia. Quem é você?”

Aguardei ansiosamente para saber quem era a pessoa que estava conversando comigo, e como ela fazia isso. Logo apareceu minha resposta.

“Diga-me quem és primeiro que depois te responderei.”

Gelei, se fosse algum Comensal da Morte eu estaria praticamente morta. Mas eu estava em Hogwarts, não estava? Dumbledore estava aqui! Para proteger a todos nós. Com meus temores diminuídos eu respondi:

“Meu nome é Hermione Jean Granger. Muito prazer.”

Logo que respondi eu comecei a tremer, tremer e tremer. Não saberia o que aconteceria a seguir, mas minha curiosidade imensa me impediu de parar minha conversação. Logo as palavras foram aparecendo e minha resposta apareceu:

“Meu nome é Tom Marvolo Riddle. O prazer é todo meu.”

Arregalei os meus olhos cor de mel. Não poderia acreditar que estava falando com Tom Riddle. Ainda me perguntava se ele conhecia a minha existência. Não sei se ele se lembrava de mim desde que a AD lutou com os Comensais no Ministério da Magia. Esperava que não. Eu não sabia o que escrever, até que automaticamente minha mão se remexeu e eu escrevi:

“Tom Marvolo Riddle. Como você faz isso?”

Quando olhei o que eu tinha escrito me espantei. Eu estaria tentando ter uma conversa com Lord Voldemort? Por que eu tinha que ser tão curiosa? Eu era realmente muito estúpida. Ele podia me matar a qualquer momento! E eu estava levando aquilo na brincadeira...
Até o momento que ele me respondeu:

 “Está curiosa sobre mim. Acho que posso lhe mostrar um pouco de meu mundo.”

O que?! Eu tremi mais. Estava realmente ferrada, quando ele visse meu rosto, eu morreria. Mas ele não se chamou de Voldemort, e aquilo me inquietou, ele ainda usou o sobrenome Muggle.

Logo tudo começou a rodar e rodar, eu ia ficando tonta e finalmente desmaiei. Acordei em um quarto, deitada em uma cama, com ele deitado no sofá, me observando. O quarto era todo verde e prata, com os móveis em uma madeira nobre e escura, com uma mesa de estudos, um pequeno sofá, uma enorme cama e um armário muito bonito e grandioso.

Ao meu pé se enrolava uma serpente. Eu tremi ao sentir sua pele fria contrastar sobre a minha pele quente.

- Nagini! Venha! – Logo a cobra saiu de cima de mim e foi para o sofá, onde Riddle estava deitado e enrolou-se em seu corpo. – Bom dia Hermione Granger.

Eu estava completamente ferrada, estava com Voldemort na minha frente. Mas logo que olhei melhor para ele note ia diferença entre o Voldemort que eu havia conhecido como “Aquele que não se deve nomear” e Riddle. Riddle ainda tinha um pequeno resto de sua humanidade, ainda não havia se tornado um monstro, como Voldemort era. Ele era, me doía muito dizer isso, muito bonito. Com cabelos negros e levemente ondulados e olhos azuis extremamente penetrantes. Era alto e magro, com a pele pálida e enormes olheiras, como as minhas. Não sabia se as olheiras eram provenientes de horas de estudo ou de horas praticando magia negra. Vi um retrato na mesa de Slughorn, há algum tempo atrás, e nele estavam os membros do Clube do Slugue e Riddle, só que um pouco mais baixo.

Eu estava petrificada, não literalmente, não conseguia me mover ou pelo menos falar alguma coisa com ele, estava com medo e curiosa, como sempre, sobre o que ele queria comigo, e acredito que eu já vá descobrir.

- Não vai me responder? – Ele perguntou cínico.

- Onde eu estou? – Foi a única coisa que me veio a mente. E eu queria saber, afinal, é a minha vida que estava em jogo.

- Você não consegue adivinhar? Creio que seja muito inteligente. – Ele disse cínico novamente, como se usasse suas palavras para brincar com minha mente.

- No diário... – Eu sussurrei me levantando. – Mas como? – Eu perguntei.

- É aqui que eu moro. Há dezesseis anos, desde que a proteção que Lílian Potter colocou em Harry Potter fez a Maldição da Morte que lancei no maldito bebê ricochetear e acabar com meu corpo, aprisionando minha única existência ainda humana nesse maldito diário. – Ele explicou como se fosse a coisa mais estúpida do mundo. Ele praticamente cuspia as palavras, as falava com muito ódio.

- Mas... Você é uma Horcrúx, um pedaço de alma, e... – Eu não terminei de falar, pois fui interrompida por ele.

- Como sabe das Horcruxes que eu criei? – Ele perguntou enraivecido.

- Como você disse, sou muito inteligente. – Disse cinicamente, do mesmo jeito que ele falava comigo. Então ele, em uma explosão de raiva veio á mim, me colocou contra a parede e disse em meu ouvido.

- Não brinque comigo. – Eu estreitei os olhos e tive uma vontade imensa de socá-lo.

- Digo o mesmo. – Ele me largou e sentou novamente no sofá, massageando a testa em um sinal de irritação. Eu sentei-me na cama, para me acalmar e tentar não ser morta.

- Eu não sou uma Horcrux. Eu sou uma memória, guardada em um diário, a única parte humana do Lorde das Trevas. Eu sou Lord Voldemort. A verdadeira Horcrux foi destruída. Eu sou única parte não transformada de Tom Riddle quando me tornei completamente Lord Voldemort.

- Como assim, completamente? – Eu perguntei curiosa. Não havia entendido.

- Lord Voldemort foi meu passado, é meu presente e será meu futuro! – Ele terminou a fala com um sorriso maquiavélico no rosto.

- Por que você ainda existe? – Eu perguntei. – Quero dizer... Como você consegue existir? Como?

- Eu sou apenas uma memória! Já disse isso! Você não entende? – Ele disse irritado.

Logo eu me senti tonta novamente. Não sabia onde estava só sabia que Riddle não estava mais ali, e eu havia acabado de acordar em um lugar estranho e branco. Levantei-me e olhei. Apenas sussurrei:

- Aonde eu estou?


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Notas finais do capítulo

Ufa... Finalmente ! Comentem! (: