Say When... escrita por EllahJackson, Héracles


Capítulo 19
Clocks


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpa a minha demora.
Música do capítulo: Clocks - ColdPlay
http://www.vagalume.com.br/coldplay/clocks-traducao.html



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P.D.V Rachel Elizabeth Dare

Eu estou me sentindo um pouco estranha ultimamente. O espírito de delfos está me atormentando muito. Ele faz com que eu me sinta vulnerável a uma profecia a todo o momento. Sinto algo ruim. Maligno. Não é tão ruim como Cronos, mas ainda sim sinto uma ameaça. Parece que hoje vai ocorrer uma coisa muito estranha. Algo relacionado ao acampamento.

Depois de sete anos que Percy derrotou Cronos, a minha vida mudou drasticamente. Para começar, eu passei a freqüentar uma escola para socialites, a Academia de Clarion. Sim. Lá eu tinha que usar longos vestidos. Ninguém faz idéia do que tive de passar. O tédio que agüentei. As matérias que eu mais gostava eram: Artes, (obviamente) história, geografia, sociologia, filosofia e um pouco de biologia.

O que eu odiava e tinha muita dificuldade eram as matérias de exatas. Para entendê-las, eu trapaceava só um pouquinho e via o futuro, as respostas corretas das provas e “entendia” a matéria. Os professores me adoravam. Já o professor com quem eu não ia com a cara, eu tentava ver o futuro deles, para ver se tinha algo de ruim. Se eu achasse algo trágico, eu ria secretamente.

Uma coisa que eu tive que conviver foi esse segredo. Era uma lei antiga que eu não deveria contar do espírito de delfos a ninguém. Eu relutava em falar do acampamento meio-sangue às minhas melhores amigas. Todas as vezes que elas perguntavam onde é que ficava meu acampamento de verão, eu respondia com evasivas.

Para a alegria do meu pai, eu me tornei uma socialite. Apesar de eu ter feito o curso de artes plásticas para o meu alívio. Ah, eu também consegui criar a minha própria fortuna. Por onde eu começo? Ah, eu consegui ser, modéstia à parte, uma excelente artista. O meu foco eram os quadros, mas eu me dei muito bem com as esculturas. Eu já vi os deuses, já vi o centauro Quíron, já vi os monstros, então ficou muito fácil. As críticas eram sempre positivas, do tipo: “ela consegue fazer o padrão antigo’’, ou “ as feições ficaram cem por cento”... E aí, eu conseguia vender minhas esculturas por um ótimo preço. Pelo menos um ótimo preço para mim. Os meus quadros também vendiam bem. Só que eu tentava mesclar a mitologia com a realidade, tipo o monte Olimpo em New York... O Conselho Olimpiano...

Ah, agora eu dou aulas de arte em um colégio interno em New Jersey. Algo com que eu me enraiveço é o fato de algumas crianças odiarem arte e acharem algo inútil. Sempre que os alunos vão comentar algo do tipo comigo, eu já sei o que eles vão dizer e os corto, falando na frente sobre os aspectos úteis da arte. Enfim, hoje é o meu último dia para as férias. Recentemente, me chamaram do acampamento para uma profecia, da missão do Percy, a Sophie, e as caçadoras. Algo me incomodava toda vez que eu pensava no Acampamento Meio-Sangue. Tentei não pensar quando entrei na sala de aula. Eu dei minha aula normal, falando de Leonardo da Vinci, de seu estilo sfumato quando pressenti que alguém ia me perguntar o que era e disse:

- Ah, o estilo que Leonardo da Vinci criou o sfumato, que quer dizer “esfumaçado”, como o próprio nome já diz, é um estilo de pintura que se você olhar com atenção, perceberá que a forma não é nítida - terminei de dizer para o espanto de alguns alunos. Eu sei, alguns podem pensar que é pura e simplesmente uma intuição de professor. Terminei de falar sobre da Vinci, quando minha cabeça doeu um pouco. Liberei os alunos mais cedo, ouvindo gritos de comemoração e comentei com a coordenadora que iria embora e fui para o meu carro, um porsche.

Não iria para a minha casa. Precisava ir para o acampamento.

Felizmente, as estradas para Long Island estavam tranqüilas. Por que Hades eu não conseguia ver o que iria acontecer? Eu sempre via o futuro, e às vezes o mudava. O que será de tão ruim que o destino nos reserva?

Quando dei por mim, já estava chegando perto do pinheiro. Estacionei em um lugar acessível, cumprimentei Peleu, acariciando-o. Senti um calafrio quando o toquei. Estranho.

Corri até à casa Grande, onde encontrei Quíron lendo.

- Oi Quíron! - Cumprimentei dando um beijo em sua bochecha.

- Olá Rachel! O que faz aqui? - ele respondeu.

- Minhas intuições me trouxeram aqui. Não consigo ver o futuro do acampamento, parece que algo de ruim vai acontecer! Tem notícias sobre a missão do Percy? - perguntei.

- Nada, nenhuma mensagem de Íris. Será que algo de ruim pode ter acontecido?

- Não sei - de repente olhei para o relógio digital que ficava mais para dentro. Estava marcando três horas da manhã, sendo que estava de tarde! Pisquei os olhos e o relógio voltou ao normal. Deuses, eu estava assistindo muito os filmes da série “Premonição”, mesmo vivendo em um mundo mitológico, isso já era estranho demais.

- O que foi Rachel? - Quíron perguntou, preocupado.

- Nada não. Vou até à minha caverna. É melhor passar as férias aqui do que ser vigiada pelas câmeras toda hora. E além do mais, eu posso ser bem útil aqui.

- Claro que é Rachel, você é parte importante desse acampamento. - assenti e fui até a minha caverna.

Andei pelo acampamento, cumprimentei alguns amigos, e cheguei até à minha caverna. Essa idéia foi uma das poucas idéias boas do deus retardado da música, da poesia e da medicina. Entrei, estava um pouco empoeirada. Essas harpias da limpeza estão folgando... Elas devem estar velhas, assim como esse espírito de Delfos idiota. Se não fosse por ele, eu poderia estar na minha casa nesse momento, pintado um dos meus belos quadros, sendo voluntária em hospitais... Mas não. Eu tinha que ficar à mercê desse espírito de Delfos caduco.

Você deve estar pensando: Se você acha ruim, por que não vai para sua casa? Sim, essa é uma excelente possibilidade. Mas as minhas intuições, diferente do espírito de Delfos, eram confiáveis.

Agora, o grande Oráculo de Delfos era a Grande diarista de Delfos.

Joguei a poeira e toda a sujeira no lixo e sentei em um dos puffies e fui ler um livro infantil da Kate O’Hearn. Francamente, parece o sobrenome da autora parece o da Senhora O’Leary. Ri por um momento, depois parei. Abri e comecei a ler. O livro se chamava Pégasus e a Batalha pelo Olimpo. Sim. Uma situação bem parecida com a de sete anos atrás. Acho que essa autora é uma filha de Atena. O livro fala que o Olimpo depende do fogo para garantir sua existência. Parecido com a realidade. Mas o que tinha graça, era que o fogo do Olimpo ficava em uma garota de treze, catorze anos. Sim. Ela era o próprio fogo.

Não lembro quando dormi. Estava sonhando com um monstro bem grande. Um dragão, para ser exato.

Me assustei quando reconheci o dragão do Percy.

Estava à noite, e uma pessoa estava montada nele. Não reconheci porque a pessoa estava encapuzada. Ela trajava uma espada.

De repente, o Féres se encontrou com outro dragão. Esse outro dragão, ficava perto de uma árvore, com um objeto dourado.

Deuses! O acampamento!

Alguém roubou o Féres para roubar o velocino! Mas eles não vão conseguir passas pelo Peleu.

E eu estava redondamente enganada. Acordei no momento em que os dragões começaram a lutar.

Queria acreditar que deveria ser um sonho, quando comecei a correr.

E tive a infeliz surpresa de que o velocino havia sumido e eu me encontrava em frente a uma pilha de pó.


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Notas finais do capítulo

Como ficou?