O Baile de Inverno.

O Baile de Inverno é o assunto mais falado à semanas, bem desde que nos informaram que iria haver este ridículo evento.

Ridículo é o adjectivo que eu uso para descrever este baile, mas parece que sou o único, mas também não é de admirar, porque se trata de mim, e eu acho quase tudo ridículo.

Meu nome é Draco, Draco Malfoy. Venho de uma família muito rígida e de sangue puro, e é claro que odiamos aqueles que não o são, como a Hermione Granger.

Desde que a Hermione fora para Hogwarts que eu a chamo de sangue-ruim ou sabe-tudo, não por querer mas eu fui educado assim, a tratar mal os que nos são inferiores, os que não são de sangue puro. Bem, e desde que a chamo assim ela chama-me de Doninha ou peruca loira.

Eu sempre tive um segredo que nunca pude contar a ninguém, nunca o contei porque também nunca o achei verdade, nunca achei que podia amar a pessoa que mais tinha de odiar, esse segredo sempre fora mentira para mim desde o Baile de Inverno mas a partir desse evento ridículo tudo mudou.

Eu soube que o Weasley convidou a Granger para o Baile, e ela é claro que ficou toda feliz, ela gostava dele já a vários anos mas ele sempre fingiu gostar dela para se aproveitar da sua inteligência já que ele é mais burro que uma porta, e como dizem o amor é cego e a Hermione nunca reparou nisso e sempre acho que ele a amava, nunca gostei de ver meninas chorar e serem mal tratadas e eu sabia que o Ron iria fazer isso a Hermione, iria faze-la chorar e iria mal trata-la e nesse momento eu iria dar um bom murro naquela cenoura e abraçar a Hermione para não ficar triste, iria dar-lhe o meu apoio iria faze-la ver que nem todos os homens são como o Weasley.

Bem voltando ao assunto do Baile, eu decidi ir com a Pansy, ela ama-me e eu quero ver a garota feliz mesmo a achando repugnante e mesquinha, ela faz de tudo para me agradar.

No dia do Baile, Hogwarts estava vazia, todos estavam nos seus dormitórios menos eu, eu estou sentado num dos jardins da minha escola, num dos muitos jardins onde sempre tentei chatear a fera da Granger.

Flashback On

Hermione estava naquele jardim onde me encontrava, no mesmo banco onde eu estava agora com os seus amigos, Testa Rachada e a Cenoura a conversar sobre a aula de Poções quando os vejo me deu vontade de ir picar a morena e os amigos dela, fui em direcção deles e os meus “amiguinhos” foram atrás de mim, obvio não me deixam sozinho nem um minuto.

– Olha quem são eles, o nosso trio maravilha, a testa rachada, a cenoura e a sangue-ruim. – Não me atrevi a dizer Hermione iria causar muita agitação e iriam querer saber o motivo de tanta simpatia da minha parte já que a odeio.

– Que quer Malfoy? – Disse a Granger já irritada, cuspindo o “Malfoy” na minha cara, eu nunca vi rapariga mais irritadiça como esta.

– Estragar o vosso dia – Disse feliz – Principalmente o seu, Granger – Disse me dirigindo para a Hermione que já se levantada e me encarava.

– Não vai conseguir, doninha – Tentou mostrar-se calma para que eu não visse que tinha conseguido o que queria mas de nada adiantou.

– Não?! – Fui-me aproximando dela, estava cada vez mais perto de lhe tocar, dirigi-me a sua orelha esquerda a fazendo ficar nervosa – É mesmo Granger?! Eu não irei estragar-te o dia? – Sussurrei, fazendo ela se arrepiar o que me deixou feliz.

– Não, não iras! – E num impulso, me empurra e sai correndo e os seus amiguinhos foram a correr atrás dela, com cara de quem precisava de explicações para o que se tinha passado aqui, mas essas explicações não existiam.

Flashback Off

Aquela rapariga mexia comigo de uma maneira que eu não sou capaz explicar, faz com que me apeteça irrita-la a toda a hora só para ter uns minutos de conversa com ela mesmo que esses minutos sejam de uma conversa de ódio.

Já esta a ficar tarde e eu preciso de me arrumar para o ridículo baile, fui para o meu dormitório, coloquei o fato, penteei o meu cabelo loiro e posso dizer que estava pronto decidi esperar mais um bocado para não ser o primeiro a chegar ate que me batem na porta, decidi fingir que não estava ninguém, eu não estava com paciência para ninguém.

Ao fim de 4 vezes a bater decidi abrir, devia estar para morrer alguém para baterem tanto a porta, me surpreendi com a Pansy do lado de fora toda sorridente para mim.

– Draco!! – Gritou e em seguida pulou em cima de mim, aí como aquela rapariga me dava enjoos, se fosse outro cara a empurrava para o dormitório e transava com ela pelo jeito que esta, com um vestido bem curto azul escuro acabava antes do joelho e com um decote enorme, mas como eu não sou como os outros caras é melhor não.

– Oi Pansy. – Disse secamente – O que faz aqui?? – Perguntou, me soltando dela.

– Vim te buscar claro – Mas eu não tenho pernas e pés?? Podia muito bem ir sozinho!! Deixei isso de lado, não queria deixar a Pansy triste neste dia tão especial para ela.

– A ok então vamos – Disse saindo do meu dormitório e caminhando ate o salão, e a Pansy aproveitou para se agarrar a mim e fingir que somos o casal de Hogwarts, nem me importei assim estava mais ocupado a receber felicidades pelo namoro do que ficar ohando a Granger e o Weasley de longe.

Já estavam a acumular-se pessoas no salão quando uma morena desce as escadas e todo o que me rodeava parou e fico só eu e ela neste mundo. Era a Hermione, eu nunca a vi tão bonita. Não que ela não fosse bonita naquelas roupas largas que usava mas com aquele vestido via-se as suas curvas, ela estava perfeita. Era um vestido rosa folhado que lhe chegava, ate aos pés e com um decote nada exagerado e ainda tinha o cabelo ondulado e agarrado num coque que deixava uma parte dele de frente.

Ela me olhou e perdeu o sorriso que antes tinha, ficamos uns segundos nos olhando mas logo a seguir ela foi ter com a cenoura e com o testa rachada que estava acompanhado pela Weasley fêmea, o Weasley mais ridículo não poderia estar já, estava com um fato horrendo que parecia ser do bisavô enquanto, que o testa rachada estava com um fato normal preto.

O tempo passava cada vez mais devagar, eu ficava no bar a beber cerveja amanteigada enquanto via a Hermione dançar com o Weasley, tive de dançar umas 5 musicas para a Pansy também não ficar entediada e passar o Baile sentada numa cadeira a assistir os outros a dançar como eu mas a mim não me interessava os outros só aquela trouxa, que estava tão perfeita.

Já devia de se passar das 2 da manhã quando vejo o Weasley a dançar com a Luna Lovegood, achei estranho mas pensei que a Hermione tivesse ido ao banheiro e o Ron aproveitou para dançar com a Louca, dei uma olhada e não a vi, passei pelo banheiro das raparigas e perguntei a uma menina qualquer se alguém lá estava e ela respondeu que não, então resolvi ir para o meu dormitório, sem a Hermione ali, o baile já não fazia sentido nenhum, dei a desculpa do cansaço a Pansy e segui para o meu dormitório.

Quando passava por aquelas paredes cheia de portas que davam a outros dormitórios e alguns quadros só conseguia, pensar na minha trouxa, como ela estava linda, como gostava de ter sido eu a dançar com ela em vez do Weasley, como gostava de a ter visto a ir embora naquele vestido, para a imagem dela ficar cravada na minha mente para sempre.

A uns metros da porta do meu dormitório vejo uma menina no chão agarrada as suas pernas e com a cabeça nos seus joelhos a chorar descontroladamente, parecia que estava a minha espero porque quando ouviu os meus passos levantou a cabeça e veio ate mim e simplesmente me abraçou.

– O que é que aconteceu, Granger?- Sim era a Hermione que estava a chorar desesperadamente, sim era ela que estava a minha espera na parte de fora do meu dormitório, sim era ela que me abraçada e chorava no meu ombro e eu só não sabia o porque disto.

– Draco… - Espantei-me por dizer o meu primeiro nome, nós odiávamo-nos e ela nunca me tratada assim, tudo bem que o que eu sentia por ela não era ódio e sim amor, mas ela não, ela odiava-me desde o primeiro dia em Hogwarts e agora abraçava-me e me tratava pelo primeiro nome? Eu só quero saber o que aconteceu com ela para estar assim.

Enquanto ela chorava eu tinha uma mão no cabelo dela e massajava-o de forma carinhosa e a outra na sua cintura.

– O que é que se passa, Hermione? O que é que aconteceu? – Ela me olhou com aqueles olhos tristes que me deixavam com ódio do que tivesse acontecido.

– Desculpa Draco, eu não devia … ter-te vindo chatear e abraçar … porque nós somos inimigos e tu odeias-me – custou-me ouvir aquilo mas era verdade, menos a parte de eu odiá-la mas ela achava que sim, que a odiava e que a queria ver morta – Desculpa, mais uma vez – disse, limpando as lágrimas e se preparando para ir embora, mas eu a agarrei e fiz com que ela voltasse a ficar próxima de mim, ate mais que o que seria seguro.

– Conta-me o que aconteceu – pedi, e ela ficou meio chocada e triste.

– Não importa para a tua vida, não vais querer saber e nem te vai interessar mais uma vez desculpa.

– Eu quero saber porque é que estavas a minha espera e porque me agarras-te e choras-te no meu ombro e se foi por qualquer outra coisa eu quero saber.

– O Ron me pediu para ir ao baile como tu como sabes, mas durante o baile … - voltou a abraçar-me e a chorar e eu sussurrei no ouvido dela um “continua” o que fez ela tremer e me deixou contente com o seu acto – Mas durante o baile, ele disse que ia buscar bebidas, mas não voltou eu fiquei preocupada e fui procurar ele, e o encontrei aos beijos com a Luna Lovegood, eu perguntei o que se estava a passar e ele disse que amava e namorava com a Luna e que só me convidou para o baile porque ele e a Luna estavam chateados na altura e tinha de ir com alguém e que já estava farto de mim, e depois puxou a Luna e disse que ia dançar com a namorada dele, eu não sabia o que fazer e nem para onde ir, e vim parar aqui a porta do seu dormitório – neste momento ela já olhava para mim, eu fiquei irritado e feliz ao mesmo tempo, irritado pelo que o cenoura fez com a minha Hermione e feliz por ela ter vindo parar aqui e se abrir comigo.

– Eu vi-os a dançar animados, mas achei que tivesses ido fazer alguma coisa e que ele tivesse aproveitado para dançar com a Louca. – quando acabei de falar, percebi que ficou ainda mais triste e os olhos dela voltaram-se a encher de lágrimas que por ela estar a olhar para mim não deixava cair na sua cara. – Oh não, Hermione como sou estúpido, não chores – disse lhe limpando uma lágrima que acabara de cair na sua face linda – O Weasley é muito otário, por trocar uma mulher feito você perfeita como esta hoje por uma Louca qualquer - disse-lhe com frieza e doçura ao mesmo tempo. – Foi bem tempo a surra que eu lhe dei mês passado – pensei ter dito para mim mas percebi que não porque a Hermione se largou de mim no mesmo instante e me deu um tapa na cara.

– Foi você que bateu no Ron? Foi você que o machucou? – Perguntou chateada depois de me bater e eu ter de a agarrar para minha defesa pessoal.

– Fui, fui eu! E foi bem feito para ele, foi só para aprender a não dizer mentiras e nem falar mal dos amigos pelas costas.

– Do que é que você esta falando? Mentiras? Falar mal de amigos? De quem? O que é que ele disse?

– Porque é que você esta tão preocupada? Ele te magoou muito esta noite te trocando pela outra, você não devia querer se preocupar.

– Diz-me Malfoy! – Mandou, já irritada e deixando de me tratar pelo primeiro nome.

– Eu ouvi ele falar mal de você, feliz?

– De mim? O que é que ele disse sobre mim? – Perguntou surpresa.

– Disse que você só sabia estar agarrada aos livros e que não dizia que gostava dele porque era covarde e fraca, eu não gostei e dei-lhe um murro.

Flashback On

Estava a passear, mais uma vez a ver o que o trio maravilha estava a tramar quando encontro o Potter e o Weasley a falar da Hermione.

– Você já viu bem ela? – Perguntou o Weasley com cara de nojo.

– O que tem ela? – Perguntou o Potter.

–Ela só sabe passar o tempo na biblioteca a ler e a estudar, não sabe fazer mais nada para além disso. Nem se declarar para mim consegue! Ela é tão fraca e covarde como o Malfoy! – Tentei aguentar o que a cenoura dizia para não cair em cima dele.

– Não fale assim dela, Ron ! – Defendeu o Potter.

- Porque? Não é verdade? – Perguntou com preconceito e eu não aguentei de vez.

– Não, não é verdade cenoura ambulante, a Granger é a pessoa mais incrível e inteligente que conheço ao contrario de você, que é um BURRO!! E se você quer que ela se declare porque não tenta se declarar para ela primeiro?!? Ah porque você não gosta dela, e só tenta lhe dar esperanças para no fim a fazer sofrer! E aviso já que se você falar mal da Hermione outra vez não sabe o que lhe faço – disse-lhe e virei-me para me ir embora.

– O que quer Malfoy? Porque ta defendendo a sangue-ruim? Gosta dela é? – Falou começando-se a rir e me fazendo parar e voltar a encara-lo mas desta vez lhe dando um murro que fez ele cair no chão e sangrar.

– Primeiro o único que chama sangue-ruim a Hermione sou eu! Segundo não, não gosto dela – mentira – Só não gosto que falem mal das pessoas sem elas poderem se defender, e Terceiro deixe de dizer MENTIRAS! – Ele estava a levantar-se e ia responder mas dei-lhe outro murro que o fez voltar ao chão. – Ai! No chão, é onde os vermes como VOCÊ devem ficar!! E livre-se de falar com a Hermione sobre isto, se não eu mato você – disse com frieza, me indo embora.

Ouvi o Potter a dizer ao Weasley que era bem feito e a ir-se embora sem o ajudar a levantar, fiquei contente.

Flashback Off

– Tu defendeste-me? Porque? - Perguntou a Hermione, espantada.

– Eu não sei – Respondi, sem olhar para ela.

Eu não tinha resposta por isso ficamos nos encarando por bastante tempo. Fiquei admirando a cor de avelã dos olhos dela, tão bonitos e tão brilhantes.

– Acho que é porque fizeram o mesmo comigo – Disse desanimado e ela me olhou sem entender – Antes de vir para Hogwarts eu tinha uma paixoneta por uma rapariga de sangue puro – Hermione fez uma cara de “claro que era de sangue puro” me fazendo rir – Ela chamava-se Melanie, era muito bonita e eu gostava dela, gostava muito dela – Hermione admirou-se por eu alguma vez ter gostado de alguém – Então um dia convidei-a para ir dar um passeio por um parque perto da nossa casa e ela aceitou, eu pensei que ela por aceitar queria dizer que ela também gostava de mim, mas logo me enganei – disse desanimado.

– O que é que aconteceu? – Perguntou a Hermione curiosa.

– Quando lá cheguei ela já lá estava …– respirei fundo, a Hermione percebeu a minha tenção e me abraçou em sinal de carinho - … ela estava a beijar o meu antigo melhor amigo, o Mike, eu cheguei mais perto deles e ouvi ela a dizer: “ O Draco não é nada para mim Mike, eu não gosto dele nem nunca gostei, ele é bonito confesso, mas é chato e irritante, nunca conheci ninguém tão aborrecido, quem eu quero é você, ele não passa de uma brincadeira” – imitei a voz dela – nesse dia percebi que o amor não presta Hermione, eu acho que te defendi porque eu queria que o Mike o fizesse, queria que ele me tivesse defendido, eu sei como é você gostar de uma pessoa e ela gozar com você pelas costas – ela estava surpreendida e me abraçou mais forte.

– Eu sinto muito, Draco. – Disse ela.

– Não sinta, eu não sinto, porque se eles não tivessem feito aquilo eu agora podia não estar aqui e podia não gostar da pessoa que … - Percebi que estava prestes a dizer a Hermione que a amava e me calei.

– Você gosta de alguém? Quem? Me conta – Pediu – Não é todos os dias que o coração frio de Draco Malfoy descongela, ela deve ser uma grande garota para mexer com o seu coraçãozinho.

– Você nem sabe o quanto … mas não importa agora depois pode ser que conte, o que importa é que você agora saber porque sou frio e arrogante, é só uma mascara – Sorri e ela sorriu para mim de volta – Mas sabe uma coisa? Eu não quero saber da Melanie, nem do Mike, nem do Potter e muito menos da cenoura, eu só quero que a sua noite melhor, como uma princesa merece – disse sorrindo.

– Princesa? – perguntou sem entender, a forma como a tratava.

– Sim, como eu posso chamar uma jovem tão bonita como você? – fiz um joguinho para a animar.

– Como o senhor quiser – retribui-o e entrou no jogo.

– Muito bem, então venha comigo. - disse estendendo a mão para ela.

– Vamos aonde? – perguntou me agarrando a mão, e um choque percorreu o meu corpo só com aquele contacto, percebi que o mesmo aconteceu com ela porque me olhou espantada.

– Você já vai ver. – eu não sabia porque estava a fazer aqui, ou melhor ate sabia, porque eu amo a Hermione e não quero que a noite acabe assim.

Levei-a para o salão da festa, já era tarde, mas ainda havia algumas pessoas a dançar, uns 3 pares de namorados.

– Porque estamos aqui, Draco? – perguntou, sorri por me chamar Draco ainda me custa acostumar com o facto de ela me tratar pelo primeiro nome.

– Porque a sua noite não vai acabar assim. – disse e a agarrei para mais perto de mim, e fazendo ela se perceber que iríamos dançar.

– Draco não é preciso isto … - disse.

– Você não quer dançar comigo? – perguntei triste.

– Não é isso, eu quero muito dançar contigo, mesmo muito – eu sorri e ela corou – mas você odeia-me e não deve querer dançar com uma sangue-ruim – falou e baixo a cabeça, eu peguei o queixo dela fazendo ela olhar para mim.

– Eu não te odeio e quero mesmo muito dançar com você, não me importa se é sangue-ruim porque… - não conseguia dizer o que queria só conseguia olhar a boca e os olhos dela.

– Porque … ? Draco o que é que você… - Não deixei ela acabar a frase num ápice a beijei, um beijo calmo, fiquei com medo que ela não retribui-se e se fosse embora e nunca mais fala-se comigo, mas pelo contrário ela retribui-o e tornou um beijo calmo em um beijo feroz, logo pedi passagem e ela cedeu-me sem prensar duas vezes, fiquei espantado e feliz ao mesmo tempo, espantado por pensar que ela não iria reagir assim ao beijo e feliz por ter reagido como estava a reagir.

Quando o ar nos faltou, continuamos muito próximos a olhar um para o outro, a olhar para dentro dos seus olhos lindos.

Ela me olhou e logo se largou de mim, ja preparada para se ir embora agarrei-lhe num braço a fazendo voltar para perto de mim e me olhar.

– Desculpa Draco, eu sei que tu …. Desculpa não devia ter continuado, tu odeias-me – falou quase chorando.

– Não Hermione, eu não te odeio eu te AMO, foi você que roubou o meu coração, que o derreteu como nunca outra mulher o fez, EU TE AMO HERMIONE – disse num fôlego só, ela olhou-me espantada – Hermione eu sei que tu talvez, me odeias por tudo o que te fiz e disse mas a verdade é que eu não te consigo esquecer, eu não te consigo esquecer desde a primeira vez que te vi, eu fico tentando chatear-te para ter uns míseros minutos de conversa contigo, tu es a minha trouxa, e eu não te consigo esquecer, por favor me perdoa tu podes continuar a odiar-me e não me amares mas por favor me perdoa – eu já chorava, e ela continuava especada a olhar para mim.

Eu já estava a ficar preocupado pela falta de movimento e fala da Hermione, ela já estava a uns minutos sem dizer nada.

–Hermione? HER… - não consegui acabar a frase porque ela me beijou e com as mãos no meu cabelo e as minhas na sua cintura, as poucas pessoas que ainda ali estavam olhavam sem acreditar no que estava a acontecer ali.

– Draco eu também te amo – disse quando o ar nos faltou.

– Mas você… o Ron… - não consegui falar com a emoção.

– O Ron era uma mascara, eu sempre soube que ele não me amava, que só queria a minha inteligência, ele era uma mascara que eu usava para esconder quem eu gostava mesmo: você, mas você sempre me tratou mal e dizia aquelas coisas que eu sempre achei que nunca iria acontecer nada, mas eu amo você.

– Desculpa pelo que te fiz, eu só não sabia como ser contigo – disse desanimado.

– Não faz mal o que importa é que estamos aqui os dois.

Me ajoelhei aos seus pés, fazendo toda a gente comentar.

– Hermione, você quer ser a minha namorada? – perguntei só tinha medo de que ela disse-se que não e que eu passa-se a maior vergonha da minha vida.

– Sim claro, claro que aceito – E nisso me beijou.

Sim eu podia dizer que hoje, naquele evento ridículo um sonho meu se tinha concretizado porque eu a amava e o ódio é o sentimento mais próximo do amor, só tenho pena que para me declarar a cenoura tenha feito aquilo, sim porque se não fosse a cenoura eu agora podia estar no meu dormitório a sonhar com o que estava a acontecer agora e não estava aqui a viver o maior amor da minha vida, que vai lutar para não acabar, porque nem a cenoura, nem o Potter, nem a Pansy, nem Hogwarts, nem a minha família vão conseguir me separar dela, só ela que se quiser é que me pode separar dela, só ela.

Sabia que quando todos soberem vai ser complicado, com toda a gente a falar da sabichona e do sem coração juntos, mas espero que isto nunca acabe, NUNCA!

Nós sempre nos odiamos, desde sempre.

Desde sempre, nos duelamos.

Desde sempre, nos tentamos não sentir o que sentíamos um pelo outro.

Desde sempre tentamos não nos amar.

Mas o amor é mais forte que tudo neste mundo e eu nunca vou deixar de ama-la, aconteça o que acontecer, eu amo ela!