Two Worlds Collide escrita por GabanaF


Capítulo 25
Cap. XXV — New York For New Yorkers


Notas iniciais do capítulo

Capítulo saiu rápido por esses dias por que eu tava mó embalo com o último então fui escrevendo para adiantar por que eu provavelmente só postarei no próximo domingo depois do enem. Até lá, vou ficar estudando e talvez eu entre por aqui apenas para responder os reviews. PLEASE, DON'T LEAVE ME, falou galera?
Beijos e até lá :*
PS: eu peguei os momentos Finchel's e transformei eles em Faberry, qualquer finchelete por aí não me mate, por favor.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/150339/chapter/25

— Meu Deus, eu não acredito que estamos no Sardi’s! — exclamou Rachel maravilhada, observando tudo com um olhar apaixonado enquanto Quinn tentava ler o cardápio complicado do restaurante. — Sardi’s, o local do nascimento do Tony Award!

— Cara, eles deveriam escrever em inglês — sussurrou Quinn, mal prestando atenção no falatório animado de Rachel.

— Um dia vão colocar uma caricatura minha nessas paredes — suspirou Rachel, sorrindo orgulhosa.

Quinn baixou o cardápio e fitou Rachel. De vez em quando esquecia o quão sua namorada era especial. Jamais conseguiria sonhar tão alto quanto ela. Embora, se Rachel quisesse, ela pudesse voltar de muito bom grado no próximo ano, o máximo que teria seria um apartamento surrado no Brooklyn. Rachel nascera para o estrelato; ela nascera para ser a acompanhante de uma garota a caminho da Broadway.

— Você está tão linda hoje — Quinn disse, fazendo Rachel se calar por um instante e corar.

Depois de terem recebido uma bronca feia de Will por terem saído sem sua permissão (Puck infelizmente não conseguiu encobrir as marcas da fuga), elas se arrumaram rapidamente para que Quinn pudesse levar Rachel a um bom restaurante e terminar o dia maravilhosamente bem.

— Como arranjou dinheiro para reservar aqui? — indagou Rachel após fazer o pedido, tendo que ordenar também a parte de Quinn.

— De acordo com Puck, minha mãe é uma “solteirona milionária” — respondeu Quinn, dando uma risadinha. — Foi fácil. Assim como no Central Park.

Quinn piscou para Rachel, encaixando sua perna dentre as duas da morena, que a encarou assustada, mas logo sorriu. Após o dueto e o pequeno momento constrangedor, elas escreveram alguns versos para a música das Nacionais, e Quinn ensinou a namorada alguns acordes no violão. Ficaram comentando sobre o que fariam no futuro, parte que não agradou muito Quinn, porém ao notarem o céu escurecer gradualmente, elas voltaram correndo para o hotel.

— Puck é um bobo — afirmou Rachel. Quinn assentiu, rindo.

— Acho que nós nunca fomos num encontro assim antes, fomos? — perguntou a loira inocentemente, ocupada em observar as caricaturas nas paredes.

Rachel franziu a testa, pensando.

— Bem, você já foi a minha casa comer meu macarrão — ela foi contando nos dedos —, e logo após teve o baile, porém não fomos juntas e causou a maior confusão do mundo; depois, eu te pedi em namoro, na minha casa. Então, não, acho que nunca nem fomos num restaurante como um casal.

— Mas lá era Lima, Rachel — retrucou Quinn, pensativa. — Todos do Glee sabem sobre nós, mas acho que a população inteira não entende o que é amor para nos aceitar.

— E em Nova York... — Rachel suspirou, pegando a mão de Quinn sobre a mesma — é tudo tão diferente.

Quinn sorriu, concordando. Em Nova York, elas poderiam ser livres. Ser elas. Sem ninguém para julgar ou maltratar por apenas amar alguém. Poderiam até se casar, e legalmente! Tinham que mudar para lá quando terminasse o ensino médio, Quinn decidiu. Era aonde Rachel pertencia, e ela pertencia onde Rachel estava.

O pedido chegou minutos mais tarde. As duas comeram, riram, trocaram caricias — por baixo e por cima da mesa — e sentiam-se plenamente felizes e satisfeitas quando Rachel deu um pulo na cadeira, fixando os olhos num ponto acima do ombro de Quinn.

— Meu Deus! — ela exclamou num sussurro assombrado. — Aquela é Patti LuPone!

Quinn olhou discretamente para o canto onde Rachel encarava fixamente. De fato, já vira aquela mulher num dos pôsteres do quarto da namorada, porém jamais pensara que ela, coincidentemente, estaria no mesmo restaurante que elas, na semana das Nacionais.

— Não, meu Deus, não, eu não posso fazer isso! — Rachel massageou as têmporas, apavorada, obviamente considerando a idéia de pedir um autógrafo a Patti.

A mulher vinha se aproximando da mesa delas, pronta para sair do restaurante. Rachel respirava ofegante, pedindo alguma ajuda para Quinn, que realmente não sabia o que dizer.

— Não. Preciso — a morena decidiu. — Se não por mim, pelo Kurt. Ele me mata se não fizer. — Quinn sorriu, decididamente apavorada pelo estado de Rachel. — Certo.

Rachel levantou-se no exato momento em que Patti atravessava a mesa das duas, fazendo a mulher parar na frente dela, educadamente surpresa.

— Dá licença, Miss LuPone? — pediu Rachel envergonhada, e Quinn tinha que admitir que a rapidez da namorada para controlar as emoções era extraordinária. — Tenho que dizer que você é meu ídolo.

Patti sorriu a Rachel, visivelmente impressionada. Talvez, pensou Quinn, não viessem no Sardi’s muitas fãs dela.

— Obrigada — agradeceu a mulher. — É muito gentil da sua parte. Você é atriz?

— Sim, estou no ensino médio.

— Estamos na cidade para o Campeonato Nacional de Corais — resumiu Quinn para a senhora.

— Participei do coral no ensino médio — disse Patti, observando Quinn por um momento, e fazendo os olhos de Rachel brilhar de expectativa. — Era minha aula favorita. Qual o seu nome?

Quinn imaginou que Rachel fosse desmaiar de emoção.

— Rachel Berry — ela respondeu rapidamente.

— Bem, Rachel Berry, me prometa uma coisa — pediu Miss LuPone, e Quinn pôde ver novamente aquele brilho mágico no olhar da morena; Patti LuPone estava lhe pedindo algo —: você nunca desistirá.

— Sim, Miss LuPone, eu prometo — disse Rachel fielmente.

Patti apertou a mão de Rachel e Quinn, desejando-lhes boa sorte. Rachel entreabriu a boca, espantada com o que acabara de ocorrer. Antes de ir, no entanto, Miss LuPone se aproximou de Rachel, apertou seu ombro com força e sussurrou em seu ouvido:

— Ela é linda.

Quinn sorriu para Rachel, radiante. Nem sabia o que dizer a morena. Bendito Puck e sua sorte. Rachel, por outro lado, sentiu as pernas bambas e teve de se sentar rapidamente, encarando Quinn com um olhar de pura incredulidade. Ela enfiou o rosto nas mãos, rindo intensamente.

Nova York era mesmo mágica.

— Estar em Nova York é como... — dizia Rachel para Quinn enquanto caminhavam de volta ao hotel calmamente após o término do jantar e a histeria da morena ao conhecer Patti LuPone — se apaixonar de novo a cada minuto. Hoje parece um daqueles dias maravilhosos que você vê em todas aquelas comédias românticas.

— Exceto que não há comédias românticas para lésbicas — comentou Quinn, rindo da própria piada.

 Rachel empurrou a namorada de leve, rindo também.

— Você entendeu Fabray. Nós só precisamos agora de um grupo de cantores de rua nos fazendo uma serenata e seria perfeito.

Quinn sorriu, piscando para um Puck parado estrategicamente logo atrás da entrada do hotel, esperando as garotas desde que elas saíram do Sardi’s, junto com Sam, Artie e Mike. Finn, para variar, não participaria da serenata.

Puck começou a cantar Bella Notte enquanto Rachel, aparentemente não notando os colegas do Glee, descansava a cabeça no braço de Quinn, que a abraçou, percebendo que a friagem já começara a afetar a morena. Também pudera: passava da meia-noite. Perguntou-se o que Puck, mancomunado com Santana, teria dito ao Mr. Schue quando elas saíram escondidas pela segunda vez.

— Rachel — chamou Quinn após um tempo, parando um pouco a frente do hotel. O coral continuava a cantar. — Pode não ter comédia romântica lésbica, mas nas normais, esse é o momento onde o casal principal se beija.

Rachel ficou vermelha até as orelhas com a perspectiva de ser beijada por Quinn na frente dos garotos. Não que estivesse envergonhada, é que tudo que ouvira sobre meninas e meninas para os garotos era levada de uma forma puramente sexual. A rua estava deserta a exceção deles, ela teria que confiar nos meninos.

Porém, antes de tocar seus lábios dos de Quinn, uma figura alta apareceu na esquina do hotel, fazendo Rachel desviar sua boca para gritar com quem surgira na escuridão.

— Finn! — exclamou, e só então Quinn viu o garoto caminhando em sua direção, parecendo nervosíssimo. — O que está fazendo aqui?!

— Eu pergunto o mesmo! — retorquiu ele, irritado. — É mais de meia-noite, Rachel, amanhã o dia será cheio. Temos que escrever nossa canção lembra? Nosso dueto depende de você, também.

Rachel fitava o garoto com raiva. Ela notara o tom que ele usara para destacar a palavra dueto, e provavelmente não deixou Quinn nada feliz. Naquele momento, Puck já parara a serenata e tratava de segurar a loira pelos braços, espumando de raiva.

— Para sua informação, Finnstúpido — começou Quinn, tentando se soltar do aperto de Puck —, Rachel e eu escrevemos mais da metade da canção. Terminamos a melodia, faltam apenas dois versos.

Finn deu um sorriso amarelo. Rachel engoliu em seco, temendo por outra briga como aquela do auditório, poucos dias antes. Não queria que ninguém se saísse machucado. No entanto, por que Finn tinha que chegar e estragar tudo? Ela era de Quinn, quando ele entenderia aquilo?

— Ótimo, então não teria problema nenhum eu ficar com Rachel durante à tarde para terminar a canção, certo?

— Não! — exclamou Rachel, espantando todos. — Olha só, estamos aqui pelas Nacionais, não por mim, entenderam?! Eu terminarei de escrever a droga dessa música para as Nacionais, não para passar tempo a mais ou tempo a menos com ninguém.

— Mas... — Finn tentou contrapor, porém Rachel ergueu a mão para ele. Quinn pensou que nunca tinha visto Finn se encolher tanto de medo antes, e a idéia até poderia ser engraçada se não estivesse também quase na mesma situação.

— Sem “mas”, Finn — retrucou a pequena diva, seu rosto ficando vermelho. — O que eu e Quinn fazemos ou deixamos de fazer é nosso problema, não seu, então nem venha mais me azucrinando por chegar tarde. Puck cuidou de nós o tempo inteiro. — Ela passou o olhar em todos os garotos que estavam ali, apavorados com seu tom de voz. — Quinn, anda, nós vamos embora.

Quinn se desvencilhou de Puck, seguindo aquela Rachel Berry irritante que surpreendentemente aprendera a amar. Descobrira por que gostava tanto dela: aquela sensação de poder que ela impunha para todo mundo era muito sedutora.

— Rachel... — suspirou Quinn, ainda maravilhada, quando entraram no elevador — uau.

— Eu sou sua, Quinn Fabray — afirmou Rachel num murmúrio entre dentes, mais para si do que para a loira. — Sou toda sua, até o fim dos tempos. — Ela virou-se para Quinn e lhe deu um beijo demorado. — E o nosso fim dos tempos é aqui, em Nova York.

Aquela fora o melhor primeiro encontro que Quinn já fora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, não existe coisa melhor do que xingar o Finn nas fics, o que é isso? KKKKKKKKKKKKKK



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Two Worlds Collide" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.