Ron e Mione: ainda Há Esperanças??? escrita por The B Sakakibara


Capítulo 1
A Triste Separação de Ron e Mione


Notas iniciais do capítulo

Esta fic foi originalmente escrita tendo apenas dois capítulos. mas devidos ás circunstâncias, resolvi acrescentar um pouco mais. Portando haver uma pequena mudança de ritmo do 2º pro 3º capítulo. Mas garanto que não é nada que atrapalhe.
Boa leitura.



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É, a vida não vinha sendo fácil nesses últimos anos. A lembrança daquele terrível início de noite vinha o incomodando com menos freqüência, mas mesmo assim ainda machucava. Porque pessoas que se amam, que se completam e que foram feitas uma pra outra se condenam a viver separadas? Sua cabeça era dura demais pra entender, pensava. Mas embora às vezes se sentisse a pessoa mais solitária e desamparada do mundo sabia, e sempre soube que não era “privilegio” seu viver longe da pessoa amada, e também sabia que não era o único a não encontrar resposta pra questão acima. Mas ele precisava de alguma forma fingir que era o único no mundo que não era feliz, que amava e não era correspondido. Esse pensamento egoísta, de certa forma, minimizava a dor. E como era grande a dor. Ele a havia encontrado na escola. Sim, encontrado, porque ela é o amor de sua vida, e esse tipo de amor não se conhece, se encontra. Desde então não sabia o quanto passaram juntos, nem sabia quando o sentimento havia despertado, nem quem tinha tomado a iniciativa, nem quanto tempo haviam passado juntos: só sabia daquele maldito início de noite de Agosto. A lembrança bem viva, lhe cortando o peito. Cada detalhe bem vivo. A noite do início do fim: - O que há Mione? Rony estranhava. Havia passado a semana longe da Toca, mas a despedida com Mione foi tão inesquecível, tinham feito amor de forma tão maravilhosa escondido de todos, depois os sorrisos, os beijos. Agora a garota estava ali, séria: - Mione, o que há? Você tá estranha, tem algo te incomodando? Confie em mim – disse sorrindo – sou seu namorado. Ao pronunciar a última palavra, Mione o olhou, o rosto triste, de uma forma que nunca havia olhado antes. Gina abaixou a cabeça e saiu da sala, o rosto sério. Ron deveria ter notado que havia algo de errado, mas viu e não entendeu. Nem podia imaginar. Estava com a garota amada, feliz demais pra notar algo de ruim. - Vamos conversar lá fora – sugeriu Hermione. Rony a seguiu. Queria segurar sua mão, a garota não deixou. Pararam num ponto isolado. Hermione se pôs de frente pra ele: - Rony, eu gosto muito de você. Muito mesmo. Rony sorriu. Era tudo o que ele queria ouvir. Mas as palavras que Hermione pronunciou a seguir, com o rosto em desespero, os olhos úmidos e a voz de choro, fizeram o sorriso de Ron morrer. Para sempre. - Mas não dá mais Rony, não dá mais. Eu preciso de um tempo, minha cabeça ta me matando, não é como eu pensei que seria. Eu preciso de um tempo, não dá mais, não dá mais... – e chorou. Rony nada disse. Talvez porque aquelas palavras tivessem arrancado sua alma e mandado-a para longe. Talvez porque o golpe tivesse o ferido demais, talvez porque lhe faltasse o ar. Apenas ficou imóvel, os lábios secos. Algumas lágrimas lhe escaparam. Mione o olhava suplicante, esperando que ele dissesse alguma palavra explosiva, alguma reação egoísta explosiva, onde a culpasse, a humilhasse . Mas ele não reagia, e era nítido que ela sofria, não dava, ele não podia deixá-la sofrendo mais. - Tudo bem. Foi a única coisa que ele disse. Hermione o encarou mais um pouco. Depois passou a soluçar e a repetir desesperadamente que “não”, as lágrimas inundando o seu rosto. Rony ficou tonto. A garota o abraçava fortemente, mas ele não correspondia. Mas o calor do corpo da morena, aquele calor que ele tão bem conhecia se fez valer e ele a abraçou. Quando se deu conta, Hermione o beijava. Foi o último beijo, o mais seco, frio e terrível beijo que a morena lhe dera. Claro, sua alma não estava ali. Desconfiava que a alma da garota também não estivesse, mas Hermione o soltou, virou as costas, e foi embora. Rony ficou vagando no sereno da noite, sem saber ao certo quanto tempo havia se passado, se um ou quinze minutos, se uma ou cinco horas. Rony estava completamente perdido, sem sentido. Sabia que não havia voltado pra Toca, local desses acontecimentos, mas não sabia pra onde tinha ido, nem onde tinha ficado. Só sabia que, onde quer que tenha deitado, não tinha conseguido dormir. Na noite seguinte também não. Também se lembrava da dor. Voltou a si um dia desses em Londres, na casa de Harry, local que o amigo queria morar com Gina quando os dois se casassem.

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