Eu estava saindo da estação de metro, como sempre atrasado, tinha marcado de ir a um encontro com minha prima Thalia que chegara hoje de viajem, tinha muita gente na hora da saída àquela multidão de sempre, tentei passar por um deles mais acabei esbarrando em alguém.

-Me desculpe – eu disse para a jovem que se abaixava para ajuntar seus livros, eu me abaixei e peguei um dos livros que tinha a capa marrom, era sobre arquitetura assim que eu entreguei o livro ela levantou o rosto e eu tinha certeza de que era a garota mais bonita que eu já havia visto em toda a minha vida, tinha a pele meio bronzeada, seu cabelo era loiro com cachos caindo como um véu sobre os ombros, seus olhos tinha uma cor cinza tempestade que qualquer um que olhasse por muito tempo se perdia neles.

-Tudo bem – ela disse e sorriu para mim e não pude evitar e sorrir também, me levantei e ajudei ela estendendo minha mão, assim que sua macia mão tocou a minha meu mundo parou, parecia que nossas mãos tinham sido feitas uma para a outra, esqueci que tinha que solta-la mais eu realmente não queria, ela gentilmente puxou sua mão e eu soltei de mal grado.

-Gosta de arquitetura?  - eu perguntei apontando para o livro em suas mãos. Ela assentiu.

-Sim, faço faculdade de arquitetura – ela disse – E você?

-Eu faço de biologia marinha – eu falei meio perdido em sua beleza.

-é então até – ela disse dando meia volta e indo na mesma direção que a minha, sorte, eu a segui.

-Está indo nessa direção? – perguntei e ela acenou.

-Posso te acompanhar? Também estou indo - perguntei torcendo para que dissesse sim , ela sorriu torto e concordou. Andamos em silencio alguns minutos.

-Você quer um café? – perguntei enquanto parávamos na frente de uma cafeteria. Ela olhou para o relógio em seu pulso e me olhou novamente.

-Claro – ela disse, eu quase explodi, entramos na loja e eu pedi dos caputinos, e fomos para uma mesa perto da janela.

-Então, gosta de números? – perguntei e me arrependi, que pergunta mais besta para se fazer, ela sorriu.

-Sim, na verdade o que eu gosto mesmo é arquitetura, penso eu refazer tudo e começar do zero – ela falou e o garçom veio com os cafés, colocou na mesa e saiu. Ela começou a falar sobre seus sonhos, o que ela planejava fazer e eu estava amando cada vez mais ela. Após uma pausa meu telefone toca, peguei e vi o nome Thalia, cara como eu me esqueci dela?

-Eu preciso atender – eu disse e ela concordou, me levantei e atendi.

-Onde você está Percy? Estou te esperando faz 1 hora – ela disse meio irritada.

-Desculpa mana – eu disse – e que eu conheci uma pessoa e bom eu esqueci – eu falei rapidamente.

-Ah – ela disse – é bonita? – ela perguntou, é claro né?

-É sim – eu falei revirando os olhos.

-Tá então, vou pra casa depois falo com você – ela disse e desligou.

-Me desculpe – eu disse me sentando e ela piscou pra mim, não pude evitar e sorri sentindo minhas bochechas corarem. Ótimo. Saímos e fomos andando enquanto ela continuava a falar e eu não me importava, ia descobrindo cada vez mais sobre ela.

-É agora eu tenho que ir – eu fiz bico e ela sorriu.

-Tudo bem – eu disse.

-Geralmente não sou de falar com pessoas desconhecidas, mais com você foi diferente.

-Eu posso dizer o mesmo – eu sorri. Peguei um papel que tinha em meu bolso- Você pode me passar seu numero?  - perguntei, ela pegou sua caneta e anotou o numero.

-Tenho mesmo que ir – ela disse e me deu um beijo no rosto e saiu correndo até um taxi.

***

Estava me decidindo de eu ligava ou não para ela, eram 06h30min da tarde, queria convidá-la para jantar mais estava totalmente sem coragem.

-Liga logo pra ela – Thalia disse para mim. Contei para ela sobre a menina que por sinal nem sabia o nome. Peguei meu telefono e liguei para ela, no segundo toque ela atendeu.

-Alô – sua voz disse do outro lado da linha.

-Ah Oi – eu disse nervoso – Aqui e o Percy o cara que esbarrou em você na estação.

-Ah sim – pude escutar o seu riso – tudo bem?

-Tudo sim, eu só queria, ah é.. Saber se você estaria livre para jantar hoje – eu falei e quase desmaiei.

-Posso sim, não tenho nada para fazer mesmo – ela falou

-Ah que bom então te pego as 7? – perguntei

-Ok – ela disse e me passou o endereço e desligou, assim que desliguei precisei de alguns minutos para cair a ficha de que eu tinha mesmo chamado ela para sair, tenho que me arrumar pensei , tomei um banho rápido coloquei meu terno e arrumei o cabelo. Peguei o carro e cheguei no endereço que ela havia me dado, assim que estacionei ela saiu fechando a porta e nossa como ela estava linda, seu cabelo estava solto e estava em um lindo vestido azul que parava um pouco antes do joelho, sai do carro e deu a volta abrindo a porta para ela, ela sorriu,

-Oi – eu disse – Você está linda – eu lhe disse e ela corou.

-Obrigada – ela disse e entrou no carro, eu fechei a porta, dei a volta e dirigi em direção ao restaurante.

-Qual o seu nome mesmo? –perguntei notando que não havia perguntado antes.

-Annabeth – ela disse, nome bonito eu pensei, tudo nela era lindo. Depois do jantar, eu paguei a conta e fomos para o carro.

-Não lhe disse antes, mais você está muito bonito – ela falou com um sorriso de canto.Não preciso dizer que corei certo? Entramos no carro e eu dirigi ate sua casa desliguei o carro e fui abrir a porta para ela, estendi a mão a ajudei ela a sair, fechei a porta.

-Obrigada pelo jantar – ela disse com um sorriso tão lindo, que me deixou sem fala por alguns minutos. Eu sorri, ela se virou para ir, mais eu coloquei minha mão no seu pulso trazendo ela para mais perto, seu rosto estava tão perto do meu que eu podia ouvir sua respiração contra o meu rosto, encostei meus lábios nos dela , achei que ela fosse me empurrar ou algo do tipo, mais ela retribuiu e eu não podia estar mais feliz, minhas mãos foram para a sua cintura e as dela foram para o meu cabelo, o beijo se tornou mais urgente,seus lábios eram tão macios seu gosto era tão bom que eu poderia passar o resto da minha vida beijando Annabeth, mais o ar nos faltou e eu me afastei, abri os olhos e vi os dela me olhando som um sorriso nos lábios, sua respiração era tão irregular quanto a minha.

-Te vejo amanha – ela disse, eu lhe dei um selinho e ela deu a volta entrando em sua casa.

Te vejo amanha, eu pensei e fui para casa com um sorriso bobo no rosto.