Worlds Crash escrita por The_Stark


Capítulo 11
Inimizades no Acampamento Meio-Sangue


Notas iniciais do capítulo

Antes de começar o capítulo, queria agradecer a Wolffenix e a percy-jackson pelas recomendações que eles fizeram. Muito legal e muito obrigado, significa muito! Então agora, sem mais delongas, vamos ao capítulo. Esse eu achei que saiu rápido e tem bastante ação. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/149979/chapter/11

            Combinaram que Harry dormiria no chalé de Zeus, sozinho, enquanto Hermione o faria no chalé de Atena. Bem, a primeira idéia foi colocar os dois no chalé de Hermes, mas a idéia de ficar com os filhos do deus dos ladrões não agradou a Quíron. E se os campistas mais curiosos, enquanto vasculhassem a mala de Harry, encontrassem uma varinha? Uma capa da invisibilidade? Não, era muito arriscado.

            Então, cogitou-se colocar o garoto em qualquer outro chalé, mas em todos o garoto receberia muitas perguntas sobre sua cicatriz, suas vestes estranhas, e Quíron queria que os campistas mantivessem a maior distância possível de Harry, apenas por medidas de segurança. Logo, decidiram colocá-lo no chalé de Zeus que, desde a saída de Thalia, estava vazio. É claro, o deus dos raios não ficaria nada contente se soubesse, mas ele não precisava saber, precisava? Raramente os deuses se dignavam a olhar para o Acampamento, seria muito azar caso Zeus fizesse isso justamente agora que Harry estava lá.

            Hermione ficou no chalé de Atena, pois não havia outros chalés vazios, com exceção de Hera e Artemis. Como as Caçadoras de Artemis vinham ao Acampamento com certa freqüência, acharam melhor evitar o chalé. E, bem, nem sequer imaginaram colocar alguém no chalé de Hera... Fazer isso com Zeus é uma coisa, mas Hera? Quíron estremecia só de pensar.

            Então colocaram no de Atena, pois já que deveria ficar num chalé com pessoas, que fossem pessoas inteligentes, assim como Hermione. E, alem disso, Atena era conhecida, dentre todos os deuses, por sua paciência e compreensão. Provavelmente, daria tempo para Hermione se explicar antes de pulverizá-la.

            Explicado a escolha de chalés, podemos dar continuidade à história. Após a conversa com Quíron, o dia amanheceu, o que deixou Percy, Annabeth, Harry e Hermione sem uma noite de sono, mas não tinham o que fazer quanto a isso.

            - Harry, caso perguntem, você é filho de Zeus e não ouse dizer o contrário – instruiu Percy quando saíram da Casa Grande.

            - Hãã... Certo – respondeu o garoto inseguro – O que fazemos agora?

            - Bem, fazemos as atividades do acampamento, é claro. Enquanto Quíron decidi o próximo passo para a Guerra, devemos agir normalmente. Isso significa, nada de magia. Harry, você pode soltar uns raiozinhos, se quiser, desde que o faça sem varinha. Hermione, você pode esbanjar sua sabedoria normalmente.

            - Eu vou mostrar o acampamento para vocês – falou Annabeth – Venham.

            E puxou Harry e Hermione com ela, enquanto Percy foi treinar arco e flecha com os filhos de Apolo.

            - Bem, aqui no Acampamento, vocês vão descobrir, temos atividades dos mais diversos gêneros. Luta com espada, arco e flecha, natação, tudo que possa prepará-los fisicamente para um confronto. Temos de tempos em tempos a caça a bandeira, vocês vão adorar, tenho certeza!

            E seguiram andando até chegarem aos chalés.

            - Vocês já estiveram aqui ontem a noite, mas como estava escuro, provavelmente não puderam ver direito. Temos um chalé para cada deus, entendem? Se você é filho de Demeter, fica no chalé de Demeter, e por aí vai. Hermione, não se preocupe, depois vou-lhe apresentar ao chalé de Atena – e Annabeth sorriu para Hermione.

            Talvez, agora que não precisavam competir para ver quem sabe mais, se tornassem amigas. Ou, pelo menos, era o que Harry esperava. Muitos campistas lançavam olhares curiosos para eles. Como se perguntassem “quem são esses dois novos? Nunca vi mais gordos.” Um deles finalmente tomou coragem para se aproximar de Annabeth.

            - Oi, Annabeth, quem são eles?

            A garota se virou para Harry e Hermione.

            - Esse daqui é Travis Stoll, do chalé de Hermes. Travis, estes são nossos novos campistas que eu e Percy encontramos em nossa última missão. Hermione Granger, filha de Atena, e Harry Potter, filho de Zeus.

            Travis soltou um assobio.

           - Um filho dos três grandes? O melhor, outro filho dos três grandes? Isso está ficando absurdamente comum... Clarisse não vai gostar nada disso. Você sabe que ela tem problemas com esse tipo de semi-deus – deu de ombros – Bem, foi ótimo conhecer vocês, depois apareçam no meu chalé para conversarmos!

            E saiu andando.

            - Quem é Clarisse? – perguntou Harry preocupado com que Travis havia dito.

            - Err... – respondeu Annabeth – Ninguém importante no momento. Digamos que ela o “Draco” do Acampamento Meio-Sangue, certo?

            Ótimo, pensou Harry, estou aqui há somente algumas horas e já tenho um novo inimigo. Mas, o que disse foi:

            - Certo.

            - Ótimo, não vai demorar para a noticia sobre vocês dois se espalhar. Agora que Travis sabe, vai contar a todos e vocês vão ficar cercados de novos campistas curiosos em algumas horas. É melhor corrermos com nossa apresentação.

            Assim, Annabeth os levou para a floresta e para o lago.

            - Diferente de Hogwarts, eles não são proibidos, mas eu não aconselharia vocês a andar sozinhos por aí. Está cheio de coisas.

            - Tipo o quê? – perguntou Hermione.

            - Ah, tipo tudo. Sempre que alguém entra ai sozinho acaba saindo ferido por algum bicho diferente... Bem, também temos dríades e náiades, espíritos da natureza. Existem os sátiros, ajudantes do Senhor D.

            - Quem? – perguntou Harry.

            - Ah, é verdade, vocês ainda não o encontraram. Quíron é o responsável por nosso treinamento, mas o Senhor D. é o responsável pelo Acampamento, de uma forma geral. “D” é abreviação para Dionísio, deus do vinho. Foi mandado para tomar conta do acampamento por Zeus, como forma de punição. Por isso, está sempre de mau-humor e vive esquecendo os nomes do campistas, evite conversar com ele sempre que possível.

            - Hã, ok – respondeu Hermione.

            - Certo, continuando nosso passeio.

            Ela os mostrou os campos de treinamento de armas e arco e flecha. No caminho encontraram um cão gigante que Annabeth chamou de Senhora O’Leary e prometeu que explicaria o que a cadela era mais tarde. Reencontraram Percy treinando com sua espada e com um outro garoto que nem Harry e nem Hermione sabiam quem era.

            - A espada dele – falou Harry -, parece familiar...

            - Se chama Contracorrente – explicou Annabeth – Na verdade, é a caneta dele.

            Harry se lembrou que, em Hogwarts, notara que Percy usava uma caneta no lugar de uma pena e adicionara isso a lista de esquisitices do rapaz. Agora compreendia.

            - Uhmm... – canetas que viram espadas, Harry pensou, nem no Mundo Mágico as coisas são tão estranhas.

            Percy e o garoto se aproximaram.

            - E ae – falou Percy quando chegaram perto – O que acharam do Acampamento?

            - Muito legal – falou Hermione, embora ela ainda preferisse Hogwarts.

            - Então vocês são os novos campistas que todos falam – comentou o garoto ao lado de Percy – Eu sou Connor Stoll.

            - Stoll? – notou Hermione – Tipo, Travis Stoll?

            - Sim, vejo que vocês já conheceram meu irmão. Somos gêmeos.

            Hermione assentiu com a cabeça.

            - O que acham? Se vocês já terminaram o tour, por que não treinam um pouco conosco? – perguntou Connor.

            - Err... – falou Hermione.

            - Hermione vai comigo para o chalé de Atena, vou apresentá-la a todos agora – e puxou a garota pela gola da blusa – Ela é filha de Atena, sabe? Não é muito boa com essas coisas físicas.

            Hermione ficou muito grata por Annabeth tirá-la dessa. As duas foram embora, deixando Harry com Percy e Connor.

            - E você, Harry? – perguntou Percy – Quer tentar? Não tem problema se não conseguir de primeira, isso leva algum tempo para conseguir prática.

            Harry deu de ombros.

            - Tudo bem, vamos lá – ele não estava muito certo de que queria fazer isso, mas como teria que fazer alguma hora, melhor começar cedo.

            Connor entregou uma espada para Harry.

            - Sabe usar?

            - Mais ou menos.

            - Ótimo, então vamos ver do que você é capaz.

            Assim, Connor e Harry foram para o centro do campo. Os outros campistas pararam de duelar, para observar o confronto. Todos queriam ver do que o novo filho de Zeus era capaz.

            - Muito bem – falou Percy, agindo como juiz da partida – Comecem!

            Connor Stoll fez uma grande investida contra Harry, brandindo sua espada acima da cabeça. O movimento foi rápido, e mal houve tempo para que Harry se defendesse, colocando sua própria espada acima da cabeça. Stoll já dava continuidade ao golpe, com uma coleção de estocadas e golpes laterais.

            Poucas vezes o bruxo havia segurado uma espada. Para falar a verdade, ele só se lembrava de tê-lo feito uma vez, alguns anos antes, na Câmara Secreta, quando tirara a Espada de Griffyndor do Chapéu Seletor. Sendo assim, ele não podia dizer que tinha experiência no manejo de espadas. Mas possuía reflexos rápidos. Isso porque, no mundo bruxo, se você não pensa num contra-feitiço rápido, você perde o duelo.

            Assim, o máximo que Harry conseguia fazer era aparar fracamente os golpes de Connor. É claro que poderia tentar lançar magias. Mas isso implicaria em magias do trovão – visto que supostamente era filho de Zeus – magias sem varinha e magias sem pronúncia. E Harry não era mestre em nenhuma dessas especialidades, assim apenas continuou defendendo, esperando que Connor abrisse uma brecha para um contra-ataque.

            Harry já estava ficando exaurido quando a brecha veio. Connor tentou dar uma estocada pela direita, o que deixou seu lado esquerdo livre para um ataque. Harry saltou para trás e tentou acertá-lo com a espada no local. Connor, infelizmente, foi mais rápido, abaixou-se para desviar do ataque do bruxo e levantou-se girando, acertando Harry com a parte cega da espada.

            A batida não cortou Harry, mas foi o suficiente para que o garoto caísse no chão, dando um fim a luta. Todos olhavam para os dois lutadores. Connor se aproximou de Harry e estendeu a mão para ajudar o garoto a se levantar.

            - Aparentemente, teremos que treinar mais. Numa luta de verdade, você estaria morto.

            Numa luta de verdade, pensou Harry, eu usaria magia. Mas, não comentou nada. Ele realmente teria que treinar espada.

            - Há – disse uma voz petulante, vinda de traz da multidão – Que ridículo! É bem a cara de um filho dos três grandes, mesmo. Aparece aqui no primeiro dia, cheio de marra e acha que já pode derrotar qualquer um. Papai Zeus não vai te ajudar, vocês está sozinho agora.

            Harry virou-se para tentar ver quem falava. Percy revirou os olhos ao lado do garoto.

            - Vá embora, Clarisse. Ele não estava cheio de marra e ninguém te perguntou nada. O que você está fazendo aqui?

            Então essa era a “Draco” do Acampamento Meio-Sangue. Assim como em Hogwarts, Harry só precisou de meio segundo para concluir que não gostava dela.

            - Vim ver o nosso novo campista. Filho de Zeus – cuspiu Clarisse – Sempre falam isso como se fosse grande coisa. Mas, os filhos dos três grandes nunca são grandes coisas. Eles apenas se acham.   

            - Clarisse, vá embora – disse Percy com a voz séria. Agora ele não havia ofendido somente Harry, como a ele mesmo, a Thalia e a Nico, em uma única frase.

            - Claro que vou – disse ela já se virando – não há nada que preste aqui.

            E já estava sumindo na multidão quando uma voz gritou.

            - Espere aí. Lute comigo, se você se acha tão boa.

            Clarisse parou e olhou o provocador com um sorriso bobo na cara. As palavras haviam saído da boca de Harry sem que ele tivesse tempo para pensar. Ela havia ofendido seu amigo, e aquilo era suficiente para que o garoto quisesse lutar, mesmo sem ter idéia do que estava fazendo.

            - Harry, você tem certeza disso? – Perguntou Connor – Clarisse é filha de Ares, deus da guerra. Ela é uma das melhores lutadoras do Acampamento.

            Omitiu a parte do “bem, você perdeu para mim, não há como ganhar dela”, mas Harry entendeu mesmo assim.

            - O que foi que você disse? – perguntou Clarisse erguendo uma sobrancelha.

            Harry levantou-se.

            - Lute comigo – ele respondeu, dessa vez com mais firmeza na voz.

            - Ouviram isso? – gritou Clarisse para todas as pessoas que estavam em volta, e agora o número delas crescia. Curiosos vinham ver o que estava acontecendo – O filhinho de Zeus quer comprar briga comigo! Entendem o que eu digo por “cheio de marra”? – E forjou uma risada – Pois bem, se você quer lutar, vamos lutar.

            E aproximou-se de Harry no centro do círculo. Alguém, que Harry não conhecia, jogou uma lança para ela.

            - A lança dela é elétrica, Harry. Tome cuidado – sussurrou Percy antes de sair do centro do círculo.

            - Pois bem, você é um garoto morto, sabia disso? Alguma coisa que você queira dizer antes de ser completamente destruído?

            - Sim. Você é uma completa idiota. E eu adoro chutar a bunda de idiotas.

            Todo o acampamento ficou em polvorosa. Uma coisa era desafiar Clarisse para uma luta, outra bem diferente era provocá-la. Harry estava muito ferrado agora.

            - Desgraçado! – e começou a investir contra o bruxo.

            Sua lança era grande, o que dificultava as coisas para Harry. Clarisse atacava de longe, e era difícil para o garoto se defender e tentar se aproximar da garota para atacá-la. E ainda por cima, havia o problema da lança elétrica, que Percy o havia informado. Harry, assim como na luta anterior, só tinha tempo para se defender. Felizmente, ele havia ganhado um pouco de experiência na luta anterior e já possuía uma maior confiança em seus movimentos.

            A ponta da lança de Clarisse acertou o braço de Harry, desferindo-lhe uma descarga elétrica. Harry gritou e caiu no chão.  

            - É só isso? – perguntou Clarisse erguendo sua lança sobre sua cabeça, pronta para fazê-la cair sobre o tronco de Harry – Vou lhe dar uma passagem só de ida para a enfermaria – e desceu a lança.

            Harry girou para o lado, desviando da lâmina por um triz. Ergueu-se em um salto e pulou sobre Clarisse, brandindo sua espada. A garota por sua vez, desviou para o lado, mas a espada de Harry acertou de raspão o rosto da garota, cortando um pequeno pedaço. Um filetezinho de sangue escorreu pelo rosto dela.     

            Ela levou a mão a bochecha para avaliar os danos. Como ele havia feito isso? Ela nem se lembrava da última vez que fora ferida.

            - Você está tão morto agora! – e se lançou para um novo ataque, dessa vez com muito mais força, velocidade e raiva.

            Os campistas observavam o desenrolar da luta silenciosamente. Ninguém acreditava que Harry podia ganhar, mas o garoto havia conseguido cortar Clarisse. O que já era mais do que muitos haviam feito em anos.

            - O que foi? É só isso que você tem? – provocou mais ainda Harry, enquanto se defendia dos ataques de Clarisse – A filha do deus da guerra só consegue fazer isso?

            Percy entendeu o plano arriscado de Harry. Provocar Clarisse até que ela perdesse o controle e parasse de pensar na luta, atacando somente por ódio. Um oponente que se deixasse levar pelas emoções, era um oponente derrotado.

            - Vamos lá! – gritou Harry – me mostre o que você tem!

            Verdade seja dita, Harry estava perdendo a luta. Não consegui contra-atacar, na verdade, mal conseguia se defender. Clarisse era muito experiente e atacava com cada vez mais raiva. A cada frase que o garoto dizia, recebia um golpe mais forte. Ele ainda esperava que ela errasse algum golpe, para que ele tivesse uma chance.

            Nesse momento, Harry se lembrou que era um bruxo também. Podia não ser bom com magias sem varinha ou sem verbalização, mas podia tentar. É claro que, para isso, teria que se desconcentrar da espada por alguns segundos que, com Clarisse, podiam ser fatais.

            Mas de qualquer jeito, magia era sua melhor esperança. A garota continuava a atacar sem dar sinais de que pretendia desistir. Assim, Harry perderia a luta de qualquer jeito, resolveu apostar em sua mágica.

            Concentrou toda a sua força na espada. Não tinha certeza do que estava fazendo, nunca havia treinado uma magia de trovão e queria que Hermione estivesse aqui para lhe dizer o que fazer. Continuava a defender os golpes, mas sua concentração estava na sua espada agora.

            De repente, ele soltou um berro e empurrou Clarisse para trás. Um relâmpago saiu da ponta da espada de Harry. Era fraco, é verdade, mas o garoto havia conseguido realizar magia não verbal. Estava orgulhoso de si mesmo.

            Clarisse foi pega de surpresa e o raio a acertou em cheio. Primeiro ela gritou, depois caiu no chão. Harry não titubeou, pulou sobre a garota apontando sua espada para a garganta dela. Parou assim que encostou na pele dela.

            - Então, é só isso que os filhos de Ares tem? Uma boca incrivelmente grande para xingamentos? Numa luta de verdade, estaria morta.

            Todos os campistas urravam de alegria. O Acampamento explodiu em aplausos e gritos. Quem não havia visto a luta, aproximava-se a tempo de ver Harry sobre Clarisse, derrotada. Percy parecia impressionado com a habilidade do garoto quando se aproximou, seguido de Connor, Travis, Annabeth e Hermione, que haviam chegado durante a luta.

            - Muito bom – disse Percy sorrindo – isso vai ensinar uma lição a Clarisse.

            - Harry – disse Travis sem palavras – Isso foi incrível! Aquela parte da luta que você soltou raio! Foi simplesmente irado, cara!

            Clarisse ergueu-se atrás deles. Estava vermelha de ódio, não somente por ter perdido a luta, mas por ter sido humilhada na frente de todo o Acampamento. Ergueu sua lança e se jogou na direção de Harry. Mas outra lâmina a impediu.

            - Você perdeu – disse Percy, impedindo com Contracorrente que Clarisse fizesse mal a qualquer um – aceite isso e vá para casa dormir. Os filhos dos três grandes não são tão ruins quanto você pensou não é? – acrescentou com um sorriso.

            Risadas ecoaram pelo campo. Clarisse olhou bem fundo nos olhos de Percy, e depois de Harry.

            - Isso ainda não acabou – e saiu, pisando forte.

            Percy nem deu bola e virou-se para seus amigos.

            - Muito boa, Harry – comentou ele.

            - Muito boa? – perguntou Connor, cínico – Foi mais do que muito boa! Foi demais! Foi incrível! Acho que Clarisse deve estar abandonando o Acampamento depois dessa.

            Annabeth sorriu, todos estavam se divertindo com aquela situação.

            No jantar, daquele mesmo dia, os campistas ainda comentavam o grande feito de seu novo colega. Clarisse, não vista nas mesas, provavelmente estaria trancada em seu próprio chalé. Harry comeu na mesa de Zeus, sozinho. Viu Percy comendo sozinho em outra mesa e Hermione sentada ao lado de Annabeth e cercada de outras filhas de Atena, todos riam.

            Harry concluiu que gostava do Acampamento, não era Hogwarts, mas era um lugar alegre. Sem dúvidas, alegre. Quíron se aproximou de Harry e sussurrou para ele.

            - Parabéns pelo que você fez hoje a tarde – falou ele – Clarisse realmente merecia que alguém a colocasse em seu devido lugar, mas tente não repetir isso. Alem de chamar muita atenção para você, você acabou de conseguir um novo inimigo. Na sua situação, novos inimigos não são uma coisa boa e Clarisse não é alguém com quem você queira ter inimizade.

            E saiu, deixando Harry sozinho de novo. Ele ainda pensava sobre o assunto quando um campista entrou gritando no final do jantar.

            - Elas voltaram – gritava ela – Estão aqui.

            - Acalme-se – disse Quíron – Quem está aqui?

            - Thalia e as outras garotas. As Caçadoras de  Artemis estão no Acampamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Reviews? Recomendações? Sugestões? Qualquer coisa?