A Proposta. escrita por larafrancoo


Capítulo 11
VINGANÇA.




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ALICE — POV

Corri agitada pelo mar de pessoas que se aglomeravam. Estava perto de ter uma hiperventilação. Encontrei Emmett jogado na cadeia da lanchonete e só faltei pular em cima dele de alívio.

—Emmett! — gritei, puxando o idiota pela mão. — Oh meu deus, venha logo!

—Alguém morreu? — ele resmungou, levantando e vindo em minha direção.

— O namorado da Rose, se não a impedirmos logo. — eu olhei para traz, ouvindo um barulho de vidro quebrado. — Vamos!

 Caminhei novamente arrastando o Emmett pelo mar de gente curiosa que provavelmente não tinha o que fazer. Mais um vidro quebrado quando captei a Rose em minha visão.

Uma Rose armada com um taco de baseball destruindo o carro do Cole.

—Rosalie, sua louca — Cole estava quase tendo um ataque epilético. — Solte isso! Não é nada daquilo que você estava pensando.

— Se você não calar essa merda dessa boca nesse minuto, — ela bradou, totalmente furiosa. — Não vai andar por semanas. E eu vou me certificar que você não tenha filhos, canalha! — Rose o empurrou.

— Rose! Para com isso! — tentei impedir, mas um curioso acabou me segurando pelo braço, gritando briga!

Eis uma questão impossível de ser desvendada, morango: Por que as pessoas adoram gritar feito mamutes só para ver alguém se engalfinhando com outro?

— Sabe o que eu faço com Essa porta que a Cammeron estava sentada te chupando a língua, Cole? — Apontou o bastão e todos recuaram.  Então a pintura azul verão da linda Ferrari recebeu uma boa batida. Cole quase morria.A polícia chegou, fazendo todos voltarem aos seus afazeres rapidamete.

                — O que está acontecendo aqui, senhorita? — ele perguntou, porém olhava para Cole, quase desmaiando.

                — Nada, policial. — Cole disse antes mesmo de nos pronunciarmos. — Não tenho queixa nenhuma, o carro é meu. Tudo certo.

                O (muito gostoso por sinal) policial acenou de um jeito engraçado para mim e para a Rose.

                — Estamos acabados, Rose. Você precisa tratar a sua psicopatia.

                — Você vai precisar cuidar da sua cara amassada se disser que eu sou psicótica de novo.

                — Louca.

                — Vá a merda. — ela cuspiu no chão, parecendo um daqueles valentões de filme. E puxando eu e o Emmett para um taxi, enquanto observávamos o Cole dar um chilique pelo carro.

ROSALIE – POV

Eu estava embrulhada como um casulo no imenso cobertor quando ouvi a voz de Emmett no quarto.

— Não é possível que você ainda esteja chateada com aquilo. —ele sentou-se ao meu lado.

— Não é possível que você esteja aqui. — eu resmunguei. Idiota. Retardado mental.

— Mas eu estou. Não quero ver você triste, Rose. O que aconteceu? Você não esta chateada só por isso. — eu me desembrulhei do edredom para encontrar o seu rosto preocupado.

— Só isso? Eu quase  fui presa! — Eu gritei e meus olhos começaram a ficar marejados. Segurei a mão de Emmett e o empurrei para o banheiro. Tranquei a porta. —Aquele idiota terminou comigo. — Dei um tapa em Emmett antes de perceber que ele não era o Cole.

— Certo. Estamos trancados em um banheiro. — Emmett resmungou, fazendo carinho no lugar que eu havia batido nele. — Porque estamos trancados em um banheiro?

— Porque eu quero que ninguém me veja chorando. — escorreguei pelo ladrilho frio, com as lágrimas escorrendo no meu rosto. Cole idiota. Como posso ser trocada? Sentia-me como um objeto que não servia para nada, Que foi jogado fora.

Por favor, se você for uma garota dê um chute no traseiro do seu namorado enquanto ele não faz você sofrer.

— Bem, e por que estou aqui? — ele perguntou como um idiota.

— Você não é uma pessoa direito, Emmett. — Fiz um aceno com a mão. — mas se até você quer ir embora, pode ir. Pode me deixar sozinha. — chorei mais forte, pensando em como eu estava sentimental por causa daquele idiota. Ah, sem bancar a idiota justo agora, Rosalie!

— Nunca. — ele baixou até me olhar nos olhos. — Fui educado para não deixar damas sozinhas. Você é especial para mim, Rose. Você nunca percebeu?

— Não. Isso é bom. Sabe, você não me deixar sozinha. Foi uma coisa boa de ouvir. — Acariciei seu rosto, pensando se eu estava ficando maluca. Emmett chegou mais perto e eu já sentia o cheiro de chocolate do seu hálito. — eu estou ficando louca. — murmurei.

— Eu estou me aproveitando de você. — ele ajoelhou até ficar de frente para mim.

— Eu estou deixando. Sou a mais errada nisso tudo. — maluca. Maluca total.  Pode entrar em um hospício agora, querida.

—Vou te beijar agora. Você vai me matar? —ele murmurou mais uma vez chegando mais perto de mim e eu percebi que seus olhos eram bonitos.

— Eu estou carente, não gosto de você de verdade. Vamos fingir que isso nunca aconteceu depois e pelo resto de nossas vidas, certo? — resmunguei enquanto ele beijava o meu pescoço. Meus braços se arrepiaram. O que aconteceu com aquele maluco?

— Eu não vou lembrar nada, prometo. — ele piscou. E eu me debati mentalmente para fechar a boca. Estava assustada com a mudança de garoto-maluco para garoto-maluco-sexy. Sua boca saiu do meu pescoço e caminhava até a minha boca. Então de repente, ele se afastou e foi caminhando até a porta. Eu olhei-o perplexa.

— O que...? — Eu balbuciei ainda atordoada.

— Não posso cumprir a minha promessa, Rose. — Emmett piscou, saindo pela porta e me deixando estranhamente arrepiada.

BELLA — POV

A claridade do sol cegava meus olhos e eu levantei atordoada. Olhei para a fogueira que agora estava apagada, para as pessoas que ali acordavam.

— Bom dia, Isabella. — Dave sorriu para mim. Eu já falei que ele era lindo?Esqueça. Ele era maravilhoso.

—Bom dia. — Eu levantei, sacudindo a arreia que grudava em partes inimagináveis do meu corpo. Então, me pergunto: Como os rippies conseguem sobreviver dormindo na praia? Cara, eles nem tem pomadas de bebês!— O que está fazendo?

—Estou lendo. — ele me mostrou o livro de poesia. Segurei firme para não desmaiar com o seu sorriso.

—Esta gostando? — puxei assunto, já que odeio silêncios.

— Estou gostando sim. Tem uma poesia que me lembra você aqui. — ele sorriu. O sol deixava seu cabelo mais claro ainda.

— Que lindo. — Suspirei, pensando alto. — que dizer, uma poesia que me lembra alguma coisa. Pode ler para mim?

— Claro. É um escritor português, Gregório de Matos. — Ele temperou a garganta. — Vês esse sol de luzes coroado?/Em pérolas a aurora convertida?/Vês a Lua de estrela guarnecida? Vês o céu de planetas adornado?/O céu deixemos; vês aquele prado?/A rosa com razão desvanecida?/ A Auçena por alva presumida?/O Cravo por galã lisonjeado?/ Deixa o prado, vem para cá minha adorada,/ Vês esse mar a esfera cristalina?/ Em sucessivas lágrimas desatadas?/Parece ao teus olhos ser de prata fina?/Vês tudo isso, bem? Pois tudo é nada./À vista do teu rosto, Isabella.

Levei cinco minutos para me recompor do que seria a cantada mais linda de todos os tempos. Reconheci a poesia.

— Gregório de Matos não ficaria satisfeito pela sua troca de Caterina por mim. — eu ri de um jeito tímido.

— Ele entenderia se a visse. — O que eu fiz? Quase o pedia em casamento ali mesmo.

Batidas começavam no palco principal e o festival já estava lotado novamente. Mais um dia no sonho. Mais um dia.

— Venha, Codplay esta tocando. — ele piscou e eu me deixei ser guiada pela multidão. Havia pessoas por todos os lados, brotando como formigas. Aglomerados de gente. Corpos suados.

E adrenalina que te faz querer gritar como se fosse o último dia da sua vida.

— Dave! — gritei, contagiada pela multidão. — Eu...

— Bella? — ele gritou por minha voz ter morrido no barulho. Seu cabelo grudava de suor, água e algo parecido com Martini. Mesmo assim, ele era lindo.

E pela segunda vez sem nem mesmo uma palavra, nossos lábios se tocaram. Nossos corpos se moviam em um movimento quase sincronizado com a música e com os corpos dançando ao nosso redor. Cada vez mais perto dele eu me sentia mais completa.  Separei meus lábios com um suspiro e colei minha testa na dele. Enquanto eu sorria para ele, meu braço foi puxado com força.

— Isabella!

— Cullen, me deixe em paz, seu idiota. Da última vez que eu te vi não estava bêbado? — Puxei meu braço com força, para me soltar do aperto. Ele me arrastou para longe de Dave. Tentei puxar-me de volta, porém seu olhar me alertava de algo pior.

— Enquanto você brinca de casinha, eu fujo da mídia e dos nossos assaltantes queridos. — meu coração descompassou.

— Como...eles nos acharam? — Respondi sem fôlego. Ele olhou para um ponto distante — Cullen!

— Vem comigo, agora. — ele murmurou e me segurou pela mão arrastando-me vagarosamente, com o objetivo de passar despercebido na multidão.

— Você precisa me contar! — Falei exaltada

— O que quer saber? — Ele gritou, puxando-me contra ele até nossos rostos estar muito próximos. — Quer saber mesmo? Eu estava tentando salvar sua vida, idiota. — nossa adrenalina subia cada vez mais.

— Por que você quer salvar minha vida? Por que simplesmente não foi embora? — aproximei nossos rostos ainda mais, fazendo ricochetear minha respiração pesada.

Meus olhos se encontraram com os do assaltante.

 Desta vez, foi a minha vez de puxar Edward. Cada vez o sequestrador chegava mais perto. Mais perto. Edward virou para o lado, entrando na área de camping, pulando a cerca de arame e me arrastando junto a si. Tantos corpos dançantes que impediam a passagem! Tanta alegria que antes me pertencia! Tudo muda em um minuto, quando sua vida esta em jogo.

— Três segundos de vantagem— Ele gritou quando parecia que tudo iria pelos ares. — Vamos, Isabella! — Atravessamos o camping com o coração pulando da caixa torácica.

Entramos na sede principal do camping, invadindo o quarto do monitor. Três segundos.

Um.

Fui empurrada para dentro do guarda roupa.

Dois.

A porta do quarto foi aberta com um som forte e Edward Cullen pressionou sua mão na minha boca para abafar meu grito.

Três.

E meu coração parou de bater por um segundo.

*

Vi o reflexo dos meus olhos assustados na íris azul piscina de Edward enquanto o sequestrador vasculhava o quarto, com uma arma na mão.  Meu coração batia em um ritmo tão frenético que minha cabeça parecia que ia explodir. Cullen virou meu rosto para o dele com sua outra mão, para que eu visse o que ele ia balbuciar.

“Temos que sair daqui.” Ele apenas mexeu os lábios , e fiz um esforço imenso para entender o que ele queria dizer. “Ele irá nos achar. Nosso lugar... é suspeito.”

O cheiro de poeira, naftalina e suor estava começando a dar-me claustrofobia. Então, como minha boca estava impedida pela mão de Edward, apenas dei de ombros em uma fraca tentativa de dizer “Como faremos isso?”. Senti uma sombra na frente do guarda roupa e afundei minhas unhas no braço de Edward.

Ouve-se um toque de celular. Uma pausa para os nervos.

— Diga. — a voz o sequestrador era monótona. Ouvi um barulho de molas rangendo, o que acusava que ele havia sentado na cama. — Não, ainda não os peguei. Não, os idiotas fugiram de novo.Não. Sim. Não fale assim comigo seu idiota, eu arranco suas bolas. — Cullen apontou para a porta do guarda roupa.

“Temos que sair correndo. Ele está distraído.” Ele fez o mesmo movimento de falar sem som. Eu balancei a cabeça.

“Tá louco?”

Então eu o vi. Tão lindo e prateado.

Sempre achei monitores assustadoramente estranhos. Para quê o cara quer uma cinta liga? Quer dizer, os monitores só ficam tomando sol demais, paquerando as garotas e bebendo escondido. Ela era feita de um tecido forte preto. Com vários micros bolsinhos.

Não foi a cinta em si (acredite, já é estranha o suficiente) que me assustou. Foi que, em cada pequeno bolsinho talhado em prateado, existiam lâminas afiadas.

Nota mental :Nunca mais seduzir o monitor do campus 07. Monitores são estranhos.

— Caramba! — Fui capaz de murmurar e (pasmem!) o sequestrador não percebeu nada, ainda conversando por telefone. Fui atraída para uma etiqueta na cinta. Ela dizia: Cinta episódio nº 21. Buffy Caça Vampiros. Item de colecionador platinium.

A etiqueta depois vinha com vários avisos consistidos em não mostrar para ninguém, que aquela era uma arma verdadeira e letal, proibido para pessoas de 3 anos (Buffy é tão velho que um bebê morreria  asfixiado com o cheiro de naftalina.) E o último e não menos tosco: Produto não comestível. Quem vai comer uma cinta liga de lâminas?

Para falar a verdade, não duvido mais sobre nerds monitores. Vai lá saber o que passa naquelas mentes perturbadas.

“Qual seu problema? Primeiro a arma, depois isso. Você atrai armas ou o quê?” Edward murmurou, mal humorado. “No três derrubamos a porta, eu dou um murro no cara e saímos correndo”.

EDWARD TEM PROBLEMA MENTAL. AFINAL, O CARA TÁ ARMADO E EU SÓ TENHO O ITEM BUFFY.

Três segundos depois, Edward havia imobilizado o cara ( mentira, foi mais que três, mas não estava em condições de contar tempo então foi três, valeu?) e eu havia furtado a cinta mortífera. (neste caso, eu apenas ajudei a preservar a minha vida futuramente e a sanidade mental do querido monitor) Corremos pelo gramado, e olhei Edward conferir a arma que ele pegou do ladrão, com os olhos alarmados. Entramos na barraca do Leo, que era a mais próxima. Virei para gritar com ele e o Cullen colocou a mão na minha boca. A barraca era tão apertada que nossas testas se tocavam. Ouvimos o baulho de passos apressados, e a voz do assaltante no telefone ficando cada vez mais baixa. Levantei as minhas sobrancelhas e ele tirou a mão da minha boca rindo.

— Caramba Bella, —  Ele riu, pegando a arma do cós da calça. — porque andar com você é sempre uma experiência de quase morte?

Ele tirou a camisa manchada de sangue, para despistar. Má ideia, hormônios.Quietinhos aí.

— Porque sempre que estamos em uma experiência de quase morte roubamos uma arma? Fala sério, estamos quase montando um arsenal. — Eu ri ainda respirando com dificuldade pela frequência cardíaca. Que calor!

— Nossa, Buffy. — Cullen roçou os dedos na arma que eu havia pegado, consequentemente ele acabou roçando na minha mão. Ele mordeu os lábios, o que não dificultou as coisas naquele lugar apertado.

— Nossa, extressadinho. Tá se achando o machão brigando com o sequestrador. Você quer me matar, Edward? — Eu provoquei e o ar pareceu mais quente e apertado.

— Não faz isso Isabella. Desde aquele guarda roupa eu estou pensando em te agarrar e você  esta dificultando minha concentração — ele passou a mão pela testa suada, visivelmente nervoso.

Então o diabinho na minha cabeça deu uma risadinha. Vamos, Bella... Ele não fez você chupar dedo esses dias todos? Não ignorou você depois daquele beijo? Vamos descontar querida. Você sabe o que fazer.

— Quer me agarrar, é Cullen? — provoquei, fazendo cara de inocente.

— Isabella...

— Eu já falei como você é sexy falando meu nome? — Sussurrei e o vi arrepiar.

—Para com isso. — ele tentou se levantar, porém fui mais rápida e o joguei no piso da barraca.

— Tão vulnerável. Tsc,tsc. — engatinhei até sentar na sua barriga. Com a minha unha, passei em seu maxilar e ele mordeu os lábios, apertando minha cintura. —  na-não. Não pode. Eu estou no comando. —  tirei suas mãos da minha cintura, e ele parecia raivoso por não estar no controle. — Isso, chérrie. — me inclinei para falar no seu ouvido e vi o pelo de sua nuca arrepiar-se. Mordi de leve  a ponta da sua orelha, me divertindo por dentro. Ele murmurou algo inteligível. — Isso é para você aprender a não deixar Isabella Swan chupando dedo. — Olhei bem dentro dos olhos dele e pisquei. Peguei a minha cinta Buffy e a arma dele. Com habilidade a desarmei , jogando para ele(pois é, armas, quem diria!)

— Bella? — ele murmurou, atordoado.

— Cuidado com a arma, garotão. — joguei a arma em cima dele. — ela machuca pessoas idiotas.

Nota mental: Agradecer a Rose por me inspirar em vinganças sexys.


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