Mas parei subitamente ao ouvir uma voz perto de mim.

- Ainda por aqui? Esta perdida? – Me virei e vi o mesmo moreno do café.

- Na verdade estou só um pouco desorientada. – Respondi irritada.

- Bem, posso lhe ajudar se quiser. A propósito, meu nome é Jason. – E logo que disse isso, começou a andar em minha direção.

- Vou indo. Adeus Jason.                                                                   

Mas assim que me virei senti alguém segurando meu pulso, reprimi um grito.

- Onde pensa que vai bonitinha? – Perguntou-me ele, me empurrando em direção à parede.

- Me solte já! – Quase berrei.

- Quietinha... Sei que você também quer. – Disse ele, segurando meus dois pulsos com apenas uma mão e pondo a outra por baixo da saia do meu vestido.

- Me solta. – Pedi, e ele nem deu ouvidos. – Socorro. – Gritei, e em seguida recebi um tapa no rosto.

- Calada. – Esbravejou ele, e inclinou-se para me beijar. No momento em que nossos lábios se tocaram eu o mordi até sentir o gosto de seu sangue em minha boca.

Ele levantou sua mão para novamente me bater. Mas alguém segurou-a no ar.

Com o susto ele se virou e em seguida recebeu um soco na cara e foi parar no chão, perto de meus pés.

Olhei para meu salvador e joguei-me em seus braços ao ver que se tratava de Tom.

O rapaz se levantou e pegou uma faca em seu bolso. Mas Tom sabia se defender muito bem e logo desarmou o cara, dando um chute em seu abdômen e em seguida uma cotovelada na nuca. 

- Vamos sair daqui, por favor. – Pedi assim que vi o rapaz desmaiado no chão.

O clima estava pesado, então brinquei:

- Não sabia que você lutava, Sr. eu-sou-realmente-muito-fodástico. – Disse rindo.

- Faço aulas de krav maga a 8 anos. – Respondeu-me simplesmente.

- Obrigada, não sei o que aconteceria se você não aparecesse naquele momento. – Agradeci verdadeiramente enquanto subíamos para nosso quarto.

- Não precisa agradecer minha pequena. Nunca permitiria que ninguém fizesse mal algum a você.

E com um ultimo beijo, dormi cansada e ainda assustada.

No dia seguinte acordei cedo, antes mesmo de Tom. Coloquei uma roupa bonita e resolvi tomar café da manhã.

(Roupa da Lola: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=38853264&.locale=pt-br)

Resolvi ir até o restaurante do hotel, quando estava lendo o cardápio, senta-se alguém na mesa em frente a minha. Sinto seu olhar sobre mim e levanto meu olhar.

Não... Não! Como é possível?! Ele... Ele é idêntico... Idêntico ao meu Tom!

- A senhorita esta bem? – Alguém perguntou. Fazendo-me sair de meus pensamentos confusos.

- Si... Sim. Estou. – Gaguejei e me amaldiçoei por isso.

- A senhorita ficou realmente pálida ao olhar para mim. – Disse sério e abriu um sorriso. – Sou feio, apenas não pensei que seria tanto a ponto de assustar assim uma dama.

Eu ri.

- Desculpe senhor. Mas você me lembra muito alguém. – Respondi sincera.

- Claro, e desculpe a ousadia, mas como é seu nome?

- Lorena. Lorena Rosier Liwner. E o seu? – Estava realmente curiosa sobre o homem na minha frente.

- Tom. Tom Riddle. – Respondeu-me sorrindo e beijando as costas de minha mão.

Como? Mas... É claro! Como pude ser tão cega? Tom é mestiço. Esse homem... Esse homem é seu pai. Por isso a aparência tão igual.

- Parece que meu nome lhe incomodou senhorita. – Disse-me Tom Snr.

- O senhor tem filhos?- Perguntei. E acho que esta pergunta o assustou.

- Não. E por favor, me chame apenas de Tom.

- Claro, mas apenas se o senhor me chamar de Lorena.

- Tudo bem. Mas porque quis saber se tinha filhos? – Perguntou-me curioso.

- Nada não. Apenas pensei ter visto um garoto com o mesmo sobrenome que o você por ai. Mas agora terei que deixá-lo sozinho, Tom. Encontrarei com alguém daqui a pouco. Tenha um bom dia.

- Ah claro. Bom dia para você também. E algo me diz que ainda nos encontraremos, encantadora Lorena.

Sorri e acenei-lhe. Quando cheguei ao quarto Tom já estava acordado.

- Bom dia, meu príncipe.

- Bom dia princesa.

- Tom. Por que não me contou que iria ver seu pai trouxa?

- Co... Como você sabe disso? – Perguntou-me assustado.

- Eu o encontrei agora cedo, no restaurante do hotel. Você tem noção do susto que tomei? Ele é idêntico a você, só que mais velho. E o nome... É IGUAL. – Falei nervosa.

- Eu não o conheço, Lola. E nem pretendo conhecer. – Respondeu-me friamente.

- Você planeja matá-lo, não é?! – Perguntei calma.

- Sim. – respondeu-me apenas.

- Primeiro o conheça e converse. Soube que você tem avós também. E depois, se não der certo, eu lhe ajudo com tudo.

- Mas... – Cortei-o no meio de sua frase.

- Sem mas, Tom RIddle! Você irá conhecê-los. – Disse brava.

- Ok... – E resmungou algo que eu não ouvi direito mas pareceu ser algo como “mandona”.

Saímos e fomos caminhar pela cidade. Advinha com quem encontramos?

Se você falou Tom Ridde Sênior, sim, você acertou.

- Lorena. Que bom revê-la – E em seguida seu olhar caiu em Tom. Ele arregalou seus olhos e ficou branco como um papel.

Eu me apressei em apresentá-los.

- Este é Tom Riddle.  – Falei apontando pro Tom pai. – E este – Apontei para o meu Tom – é Tom Marvolo Riddle.

- Você... Por isso você perguntou se eu tinha filho e ficou assustada em saber meu nome e ver meu rosto. – Disse o Tom pai, olhando para mim assim que voltou ao normal.

- Prazer, Sr. Riddle. Sou seu filho. – Disse Tom friamente.