Entre Memórias e o Esquecimento escrita por Nyne


Capítulo 15
15 Quando o desejo se torna realidade


Notas iniciais do capítulo

Aí vai + um pessoal. Está compridinho, mas como a maioria disse que assim é até melhor, fico + tranquila :)
Quero didicar esse capítulo a todos que tem acompanhado essa fic, em especial a NinaMayuri, Ana_Carla, Dark_Innocence, Blue_rose e Saraah. Amei responder os reviews de vcs e espero responder muitos outros +.
Boa leitura a todos!



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Já se passaram três meses do acidente de Mayumi. Bel, Manu e Vagner vão a visitar todos os dias. Vagner e Manu costumavam revesar quando os pais de Mayumi iam pra casa dormir.

Uma noite, Manu se mostra visivelmente cansada e está praticamente dormindo em pé.

 - Oh cabeça de fogo – diz Vagner acordando a amiga – Sai um pouco e vai tomar um café, vai acabar desmaiando aí de sono!

 - Eu to legal. – responde sonolenta.

 - Ta nada, vai lá, eu fico aqui com ela, depois que você voltar vou eu.

Manuela então sai um pouco e deixa Vagner com Mayumi. Involuntariamente ele começa a conversar com ela.

 - Hei garota, você não vai acordar nunca não? Queria te conhecer melhor, afinal você tem meu sangue correndo nas veias. – diz sorrindo.

Ele senta ao lado de Mayumi na cama e fica lhe olhando, o jeito como se movimenta enquanto respira.

 - Não sei quem é esse tal de Hugo, mas ele deve ser louco. Você é tão linda, parece até uma gueixa – diz acariciando o rosto dela. – A Manu disse que vocês são amigas tem um tempo já, como eu nunca te vi? Você bem que podia estar consciente agora, queria ouvir sua voz, ver seus olhos abertos. – diz tocando sua mão e olhando para ela.

Enquanto faz isso, Vagner sente a mão de Mayumi apertar a sua. Ele olha para ela e vê que seus olhos estão se abrindo.

Mayumi abre os olhos e pisca por várias vezes, como se estivesse despertando de um longo cochilo.

 - Graças a Deus, você acordou! – diz Vagner sorridente.

Mayumi olha para aquele rapaz em sua frente. Tinha a pele clara, cabelos negros e olhos castanhos, além de um piercing transversal em uma das orelhas. Parecia ser alto, mas ela não podia precisar, pois ele continuava sentado na cama.

 - O que aconteceu? – pergunta Mayumi confusa tentando levantar da cama.

 - Calma, não se mexe. Você sofreu um acidente e ficou um bom tempo em coma. Ta se sentindo bem agora?

 - To meio zonza – diz com a mão na cabeça. – Mas e você, quem é?

 - Ah claro, você não me conhece mesmo, sou o Vagner, amigo da Manuela.

 - Manuela?

 - Isso, ela vai ficar muito feliz em ver que você acordou. E seus pais também. Vou chamar um médico pra ver como você está não se mexe hein japinha! – diz Vagner saindo correndo do quarto.

 - Japinha? – repete Mayumi confusa.

Ela se deita e fica olhando para o teto.

 - Meu Deus, onde eu estou? – pergunta pra si mesma.

Nessa hora Manuela e os pais de Mayumi entram no quarto radiantes de felicidade, acompanhados por um médico e Vagner.

 - Minha filha, você acordou, graças a Deus. – diz sua mãe a beijando.

 - Que bom amiga, tenho que avisar a Bel, ela vai surtar de tanta alegria. – diz Manu.             

 - Bel? Quem é Bel? – pergunta Mayumi.

 - Uma das suas melhores amigas filha, assim como a Manuela aqui. – diz o pai dela.

 - Manuela? Nunca vi essa moça, aliás, nunca vi nenhum de vocês! – diz Mayumi fazendo todos se entreolharem.

 - Filha, não fala isso, sou eu, sua mãe!

 - Desculpa, mas não me lembro da senhora.

O pai de Mayumi olha o médico sem entender nada.

 - O que ela tem doutor? O que aconteceu com a minha filha?

 - Por favor, saiam um instante, vou fazer umas perguntas e exames na a Mayumi. – diz o médico.

Todos saem apreensivos, querendo saber o que houve com Mayumi. Algum tempo depois o médico sai e fala com eles.

 - Devido aos traumas que ela sofreu, e o período que ela ficou em coma, ela meio que se prendeu em um mundo dela. Pelas perguntas que fiz e alguns exames, pude diagnosticar uma amnésia.

 - Amnésia? Como assim? Ela não vai se lembrar de mais nada? – pergunta Manu.

 - Sim, mas não posso precisar quando. Pode ser daqui uma semana, um mês, dez anos. assim também como as lembranças dela podem vir aos poucos ou todas de uma vez. Mas com a ajuda da família e amigos será mais fácil. Vocês terão que ser muito pacientes com ela.

 - E quando podemos levar ela pra casa? – pergunta a mãe.

 - Vou deixar ela aqui mais essa noite em observação, se tudo correr bem, amanhã mesmo ela tem alta. Agora aconselho a não ficar todos com ela, isso pode deixar ela mais confusa ainda.

 - É verdade, vamos embora cabeça de fogo, amanhã vamos a casa dela. – diz Vagner. – Agora é melhor ela ficar com os pais.

Vagner leva Manu até sua casa e no caminho conversam sobre Mayumi.

 - Coitada da minha amiga Guinho, esqueceu de tudo, esqueceu de mim.

 - Quando ela acordou perguntou quem eu era, mas ela nunca tinha me visto mesmo. Nunca imaginei que ela tivesse perdido a memória.

 - E agora? E se ele não se lembrar da gente nunca mais?

 - Pára Manuela, nem parece que ouviu o que o médico disse. É com o tempo e também a família e os amigos por perto vão facilitar as coisas. Até eu posso ajudar, se bem que pra ela não vai fazer diferença, não me conhecia mesmo! – diz Vagner rindo.

 - Mas agora vai conhecer. Toda balada que você for tocar vou levar ela e você faz sua parte.

 - Eu sempre faço minha parte, toco na banda!  - diz rindo alto.

 - Palhaço, você entendeu. Sei que você se interessou pela May, isso com ela em coma, agora então... Você vai investir, eu sei.

 - É seu sexto sentido dizendo isso?

 - Pode ser... E você sabe que nunca erro. – diz Manu rindo.

 - Ta bom então “mãe Dinah”, vamos esperar pra ver. – diz Vagner com um riso torto.

Após deixar Manuela em casa, Vagner vai para a sua. Ele mora sozinho.

Joga sua chave em qualquer lugar e vai tomar um banho, indo se deitar em seguida. Lembra-se de quando Mayumi abriu os olhos e finalmente falou com ele.

A mão pequena, quente. Aqueles olhos que pareciam de um cachorrinho assustado. A voz meiga e tão baixinha. Sem perceber Vagner começa a falar sozinho.

 - Puta que pariu Vagner, a garota estava em coma, vocês nunca trocaram uma palavra, como já está assim? Ela acordou, ta certo, mas nem sabe quem você é! Se bem que não sabe nem quem ela é direito! Porra, o que está acontecendo comigo? Vou dormir, é melhor. – diz cobrindo a cabeça com o travesseiro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Já estou escrevendo os capítulos seguintes e os postarei em breve! Não deixem de deixar seus reviews e fiquem totalmente a vontade para indicar a história. Ficarei hiper, mega feliz!
Bjão a todos!