Myself And Fall Out Boy escrita por srt_Brightside


Capítulo 1
Oneshoot - Myself and Fall Out Boy


Notas iniciais do capítulo

Como eu ainda os amos muito, resolvi fazer uma homenagem.
Enjoy it! (:



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Mylself and Fall Out Boy


Era verão, contudo havia aquela chuvinha de dezembro para atenuar a sensação térmica constante, fazendo com que os ares quentes se dissipassem de pouco em pouco.

Lembro-me que aquele ano fora bastante divertido. Logo mais estrearia no colegial, deixando pra trás minha oitava série. Não que eu ansiasse em abandonar aquele meu lado menina moça, até porque as coisas sempre são mais fáceis quando não se está nem do lado de cá e nem do de lá. Era só que eu precisava saber como era a sensação de estar quase saindo da escola, e convenhamos: quando nela estamos tudo que queremos é partir, seguir em frente. E era isso mesmo que eu estava fazendo.


Havia deixado um grande amor para trás, deixando também Linkin Park, a maior influência de meu romance desastroso de lado, seguindo com a minha vidinha fluída. De qualquer maneira não demorou muito, e em meio a minha fase desapegada, acabei encontrando o ser mais doido do colegial. Óbvio que meu romance platônico não passaria de olhares e ser observada, ainda mais porque eu era a pirralha e ele já estava saindo do colégio. Mas não havia como resistir aquilo, O doido era demais de característico: não era muito alto, talvez fosse o garoto mais baixo do colegial; deveria ser punk pelas roupas estilosas que trajava; maquiagem pesada era com ele mesmo; e ainda, como se fosse preciso tinha um doce sorriso, quase debochado.

O pior de tudo era saber que as férias exterminariam todas as minhas possibilidades. Em fevereiro eu voltaria às aulas e ele já não estaria mais na escola.

De qualquer forma, era algo que eu tinha por obrigação superar. E qual a melhor maneira de passar por tudo isso? Exatamente. Com a música.

Eu não tinha muito apego a banda alguma. Era só uma garota que escutava um pouco de tudo, porém sempre com meu gostinho peculiar apontando para o bom e velho Rock in Roll.

Aquele natal foi meio tedioso. Eu chorei um bocado por causa de um ‘Feliz Natal’ nada romântico, e ainda por cima havia ganhado de presente de natal da mamãe o CD e DVD do High Scholl Musical, filme consagrado da Disney. Ou nem tanto.

Talvez não fosse aquele tipo de rock que eu precisava escutar naquela minha fase, mas eu não tinha qualquer escolha. Acabei por relevar a idéia, e até que gostei das canções.

As férias seguiam-se, e eu sem qualquer idéia para a diversão. Passei dias enterrada em casa, escrevendo, jogando vídeo game. Bem, fazer isso era melhor do que não fazer coisa alguma, principalmente quando se tem um amor frustrado para esquecer. Enfim. Mas foi no começo do ano seguinte, exatamente quando eu ansiava para ver a apresentação de H.S.M. no Music Awards, que os vi.

Vai dizer: então esta estória é sobre um amor à primeira vista? Pois vos digo que não, pois quando vi Patrick Stump (e ainda nem sabia como se chamavam) cantando ‘Isso não é uma cena, é uma maldita corrida armamentista’ pensei: “Mais que é isso, man? Que letra mais abusiva. Ridículo!”.

Eu não havia tido aquilo com bons olhos, e irritada com a questão, acabei dedilhando no controle, trocando de canal.

E eis a surpresa!

Aleatoriamente optei por assistir qualquer programa que estivesse passando na Rede Globo de televisão, e coincidentemente, passava Atas Horas em meio a uma apresentação de uma banda convidada. As bandas eram Maná e Fall Out Boy, e a segunda logo mais tocou ‘Sugar we’re going down’.

Minha primeira impressão fora:“Ué. Parece que já os vi em algum lugar... Aliás, parece até que já ouvi esta canção.”.

Após ouvir novamente ‘This ain’t scene, it’s na arms racer’, não tive mais dúvidas: era a mesma banda que vi tocar segundos atrás no programa que eu desisti de assistir.

Achei deveras de curiosa a coincidência e acabei por assistir até o final. Pude rir da semelhança do baixista com O doido do terceiro ano, aquele que eu tentava esquecer. Talvez fossem em relação à estatura ou então as vestes e a maquiagem. Não sei. De qualquer modo a paixão foi instantânea. Logo no dia seguinte eu já estava a pesquisar e revirar meus cd’s, e foi numa coletânia da Billboard, exatamente nas melhores de 2005, que encontrei uma música da banda em questão: era ‘Sugar we’re going down’.

Nem preciso dizer que delirei a escutando repetidamente.

Daí iniciou-se as pesquisas. Passei a conhecer mais da banda. Ri quando descobri que FOB fora, de certa forma, o ponta pé inicial para o lançamento da Panic! At the Disco, banda que eu já curtia. Passei a gostar ainda mais dos boys.

Eu estava os amando completamente, e ansiava pelo meu primeiro CD, pois até então só os escutava nas rádios ou então a música que encontrei por acaso.

Por sorte do destino, dentre os amigos moços do papai, havia um que gostava da banda. Nada demorou para que papai chegasse em casa com o arquivo: era meu primeiro contato com ‘From under the cork three’. Quase enlouqueci. Escutava todos os dias e irritava os vizinhos com a altura do volume. Muitas pessoas deviam desejar minha morte, mesmo que fosse só em pensamento.

Minha mãe e meu pai não gostavam deles no início. Apenas minhas irmãs mais novas se embalavam nas canções. Eu gostava de escutar enquanto brincava no balanço da garagem, ou então quando estava ajudando mamãe com a limpeza da casa.

Minhas favoritas eram: ‘Dance, dance’; ‘I’ve got a dark alley and a bad idea that says you should shut your mouth’ e ‘Xo’.

Eu insistia nelas e as pessoas em casa ficavam fulas da vida comigo.

Pra falar a verdade, papai só começou a curtir a banda quando me deu de presente o segundo cd: ‘Infinity on High’. Ele gostava muito de ‘Golden’, ‘Thanks for the memories’ e ‘I’ve got all this ringing in my ears and none on my fingers’.  As minhas favoritas já eram ‘The take over, the break’s over’, ‘The (after) life of the party’ e ‘The carpal tunnel of love’.

Fall Out boy já fazia parte de mim, tocando a trilha sonora da minha vida. Lamentava muito por não os ter conhecido antes, pois desejava ter ido ao show que houve em 2007, aqui no Brasil.

Bem, de qualquer forma eu me contentava com assistir aos vídeos clipe. E fora o single ‘The take over, the break’s over’ que me inspirou em adotar um filhote. Logo mais eis que surge Manuela, minha vira lata querida.

Foram tantos os momentos de felicidade que eles me proporcionaram. As músicas, sempre com letras carregadas de lamentações e ao mesmo tempo perseverança, me incitavam coragem. Partilhei as canções com muitos amigos, e percebi que havia mais fãs dos boys que eu pudesse imaginar.

Era engraçado o estado em que eu me encontrava quando assistia aos vídeos deles na tv. Eu agia histericamente, feliz pelo reconhecimento da banda. Mamãe não entendia o que se passava na minha cabeça. Ela nem gostava muito, apenas tolerava minha imposição com o som no último. Contudo ela começou a gostar mais logo que a cover ‘Beat it’ surgiu. Ela sempre fora fã de Michael Jackson. Pra falar a verdade eu nem havia me dado conta que eram os boys naquele cover. Até havia gostado da canção, mas fora necessário mamãe me dizer que eram eles, vejam só!

Intrigada, precisei gravar a música enquanto passava na rádio e escutá-la duas ou três vezes. Daí, assim que notei a peculiaridade nas cordas vocais do cantante, percebi se tratar de Patrick Stump.

Foi na mesma época, cuja estava em meio a um emprego de babá, que fiquei sabendo do lançamento do primeiro DVD. Logo então houve uma insana corrida em busca de adquiri-lo. Busca frustrada, diga-se.

Não havia, aqui nesta cidade de interior, nenhuma loja ou hipermercado que oferecesse tal produto. Dentre as prateleiras eu poderia encontrar Keane, Fresno, Miley Cyrus (?), porém nada dos boys. Cheguei a ter um surto de ansiedade quando pesquisei e encontrei o DVD disponibilizado numa loja online, e vovó sempre prestativa, disse que iria procurar na filial que havia no centro. Quando ela chegou em casa com péssimas notícias, achei que seria o fim, mas sempre há uma luz ao final do túnel, né?

Tão logo papai falou com o melhor amigo dele, e mais rápido ainda este concordou em comprar meu DVD através do mercado livre. Fora eu quem pagou óbvio, com o meu mísero salário (leia-se: mixaria) que recebia como baby sitter.

Eu fiquei tão feliz, mais tão feliz de poder vê-los! Quase desmaiei de tanta emoção logo que assisti. E tenho de dizer que assisti várias vezes.

Eu já poderia ser considerada uma fã inveterada, daquelas que surtam ao assistir alguma entrevista ou vídeo clipe, quando mamãe aprontou pra mim.

Sem a minha participação, ela me inscreveu numa competição de rádio que consistia em escolher um tema e responder um questionário. Óbvio que ela escolhera pra eu falar dos boys.

Naquela mesma semana me ligaram da rádio, combinando para que eu jogasse o game ao vivo durante a transmissão do dia seguinte. Prontamente aceitei, mas não evitei dar um ataque em frente à mamãe por tamanho nervosismo. Aquela noite eu passei em claro, e a caminho do trabalho, estudei um pouquinho sobre questões que eu achava que iriam ser abordadas, coisas realmente difíceis de guardar pela complexidade do assunto. Eu sempre fui neurótica. Sempre achando que as coisas serão mais difíceis do que realmente são.

Foi até engraçado, e também constrangedor, eu quase cair ao subir numa calçada, enquanto lia no meio da rua. Por sorte só levei um susto e um tranco involuntário, e mais sorte ainda fora somente um moço ter me visto naquele ato distraído. Só não ri por causa do nervosismo.

Tão logo me ligaram, era da rádio, a mãe do Lucas (o garotinho de quem eu cuidava, e que era fã dos boys também, por minha culpa) não viu problemas em me ceder alguns minutos ao telefone.

Rapidamente transferi a ligação do celular para o aparelho fixo, facilitando a escuta do interlocutor.

O jogo começou, e eu estava muito apreensiva, só conseguia pensar que eu não iria me sair muito bem. Eu e meu pessimismo constante! Todavia fiquei surpresa com as questões: eram fáceis, e eu sabia exatamente o que dizer.

Lembro-me de indagarem sobre os boys ainda não terem tocado aqui no Brasil. Era uma pergunta de verdadeiro ou falso.

“Falso!” disse.

Depois perguntaram sobre a cover que a banda gravou.

 “Beat it” óbvio. 

Logo mais me perguntaram sobre a animação que inspirou um dos expectadores a nomear a banda:

 “The Simpsons” não hesitei.

Também perguntaram sobre qual o nome da música. A música começou a tocar e rapidamente pude notar nos acordes e na brincadeira do vocal “Sugar we’re going down” constatei.

A próxima ficou acerca do nome do baterista:

 “Andy Hurley” respondi convicta.

E por último um som aleatório. A música tocou e eu respondi “Marron Five”.

O que sucedeu o questionário fora a pontuação: mil pontos. Eu havia acertado tudo, adquirido a nota máxima de conhecimento temático. O locutor somente dizia: "Brincadeira, Gabizinha! Foi certeira e completamente segura das respostas. Vencá, você conhece os caras também? " ele ria.

Eu ri daquilo tudo também e lógico, fiquei imensamente feliz. Não somente por ter faturado um mp3 sem custo algum, e por ter deixado mamazita feliz da vida, como também por fazer jus aos meus ídolos.

Feliz por eles influenciarem minha vida de uma maneira positiva.

Bem, uma Gabi ganhou o prêmio final da rádio, que nada mais nada menos era um playstantion 3. Não, não fora eu quem ganhou. Mas já não importava mais. Eu estava feliz por fazer parte daquilo. Por fazer parte da divulgação da banda em minha cidade.

Nada demorou e eu já estava em ‘Folie à Deux’ literalmente. E papai estava dentro dessa, sempre com ‘She’s my winona’ e ‘Headfirst slide into cooperstown on a bad bet’ e ‘Tiffany Blews’ em seus tocadores de mp3. E eu devaneava com estas e  ‘w.a.m.s’ também.

Dizem que o verdadeiro amor não é egoísta. E o meu era assim. Eu não precisaria de muito para ficar satisfeita com my favorite band. Eu só precisava que eles tocassem e podê-los ouvir repercutir.

Fiquei demasiadamente desolada quando escutei sobre o fim da banda. Encontrei-me sem rumo, perdida em meio aquele caos interior. De qualquer modo, tão logo surgiu Patrick Stump com sua carreira solo, Pete Wentz em sua empreitada Black Cards e Andy e Joe naquela onda de se juntar a uma banda de metal rock.

Era a vida fluindo, assim como a minha deveria fluir.

Não há um final, um ponto em que tudo acaba.

Eu sempre irei guardá-los no meu coração, pois fizeram parte da minha história, agraciaram minha existência.

A banda pode ou não retornar, todos juntos como antes. Podem seguir com seus trabalhos avulsos. Podem apenas constituir família e viver como vivem as pessoas desconhecidas da mídia vivem: fatidicamente. Mas de forma alguma vou apagar de minha memória tais influências. Seria hipocrisia se fizesse, não?

Sempre haverá outras bandas para que eu goste. Músicas que farão parte da trilha sonora da minha vida, assim como FOB fizera.

A única coisa que eu tenho certeza é que ‘toda ferida pode ser esquecida com a luz certa, e que podemos nos tornar nosso próprio holofote.’ Além de que eles só querem ‘apenas cantar para nós dormirmos com os alto-falantes de nosso quarto'

Então boicote o amor.

Desintoxique-se apenas para se reintoxicar.

Porque...

Eles estão crescendo ou apenas ‘ficando para baixo’?
          E isto é apenas uma questão de tempo

Até que todos nós descobríssemos
          enquanto limpamos nossas lágrimas e as colocamos no gelo.

Porque eles  juram que incendiariam esta cidade apenas para nos

mostrar a luz.

         Eles são os terapeutas vindos de nossos alto-falantes
         Entregando apenas o que nós precisamos.
         Eles são bem entendidos e dignos.
         Eles são os melhores garotos.
         Eles são os químicos que encontraram a fórmula
         De fazer nossos corações incharem e estourarem.
         Não importando o que a mídia diz, não acredite em
         nenhuma palavra.

          Porque eles continuarão cantando,

desde que continuemos acreditando.


         Eles estão crescendo ou apenas ‘indo ladeira abaixo’?
         E isto é apenas uma questão de tempo

Até que todos nós descobríssemos
         enquanto limpamos nossas lágrimas e as colocamos no gelo.
         Porque eles juram que incendiariam esta cidade apenas para nos
         mostrar a luz.

        Eles são viajados como os ciganos,
        Apenas com a pior sorte e o ouro distante.
        Eles são os garotinhos que nós costumávamos amar,
        mas então ficaram velhos.
        Eles são os condenados à prisão perpétua

até o amargo fim.

Condenados desde o princípio,
          envergonhados de mesmo modo.
          As canções e as palavras têm as batidas dos corações deles.

          Porque eles continuarão cantando,

Desde que continuemos acreditando.


          Eles estão crescendo ou ‘indo ladeira abaixo’?
          E isto é apenas uma questão de tempo

Até que todos nós descobríssemos
          enquanto limpamos nossas lágrimas e as colocamos no gelo.
          Porque eles juram que incendiariam esta cidade apenas para nos
          mostrar a luz.


         Tem uma droga no termostato para aquecer o quarto
         E outra em volta para ajudá-los a conquistar (à
         força) nossa confiança.
         Eles têm o pôr-do-sol em suas veias.
         Eles precisam tomar um remédio para nos sentirmos okay.

        A melhor parte do ‘acreditar’ é a ‘mentira’.
        Eles esperam que nós cantemos juntos

E que roubemos uma frase.
       Eles têm que nos manter dessa forma em suas mentes,
       então se entreguem ou apenas desistam.

         Eles estão crescendo ou apenas ‘indo ladeira abaixo’?

Eles estão crescendo ou apenas ‘indo ladeira abaixo’?

E isto é apenas uma questão de tempo

Até que todos nós descobríssemos
         enquanto limpamos nossas lágrimas e as colocamos no gelo.
         Porque eles juram que incendiariam esta cidade apenas para nos
         mostrar a luz.

~~Com carinho para todos que amam os boys, S. Brightside (:


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Notas finais do capítulo

e então?



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