Tanabata Matsuri escrita por Kawagishi Mika


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Feliz Tanabata=D

Tanabata acontece todo dia 7 de julho =D

Boa leitura



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“Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime a "Princesa Tecelã".

Certo dia Tentei  o "Senhor Celestial", pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu o "Pastor do Gado" (também nomeado Hikoboshi), acreditando que este fosse o par ideal para ela.

Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias.
Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea.

A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data.”

O loiro sempre ouvia essa mesma história quando era criança, sua mãe sempre fazia questão de contá-lo antes de saírem de casa para o tal festival, a festa das estrelas, mas era engraçado, como naquele ano não teria ela para lhe contar.

Estava sentado no estofado do automóvel, esperando seu pai aparecer, sabia que estava parado na frente da casa da nova namorada de seu pai, suspirou, nem um ano havia feito e o velho já tinha outra. Como seu amigo Kouyou havia dito, aquilo era uma situação normal, mas ele não conseguia ver dessa forma, para ele era uma falta de respeito com sua mãe.

Pegou seu Nitendo DS e começou a jogar Mario Kart, não sabia o quão mais teria que esperar pelo seu pai e sua namorada, então era a sua ultima alternativa. Para sua infelicidade, as portas do automóvel logo foram abertas, e nele entraram seu pai, a namorada dele, e um garoto, que ele fez questão de ignorar.

- Vamos então? – A voz de homem mais velho se fez presente. – Takanori, abra um sorriso pelo menos, sei que sente falta da sua mãe, mas ela se foi. – Ele disse e Ruki rodou os olhos, ele que aquela desculpa barata, como se o loiro não soubesse que ele já se relacionava com ela antes mesmo de sua mãe morrer.

O carro deu partida, e Ruki, agora com o DS desligado e devidamente guardado, olhava desinteressado para fora do veículo, enquanto era observado pelos olhos curiosos do outro garoto. Ruki se sentia incomodado com tal olhar, e virou para encarar o outro, fazendo seu melhor olhar de poucos amigos, mas isso não intimidou o outro, afinal ele sorriu.

Agora reparando bem, o garoto era até bonito, apesar de soar estranha a faixa que este usava para “esconder” seu nariz, sem contar o ar de delinquente, mas ao contrário de sua aparência, sua presença não era intimidadora, e sim pacifica, o que fez Ruki dar um pequeno sorriso, logo virando novamente para o lado da janela.

Alguns minutos se passaram lentamente e chegaram ao local, Ruki foi o primeiro a sair do carro, logo em seguida o outro garoto, que ele ao menos teve o interesse de perguntar seu nome, logo este estava ao seu lado, o que fez Ruki bufar, e olhar para ele com cara de poucos amigos novamente.

- Akira, Suzuki Akira, mas todo mundo me conhece por Reita. – Disse calmo, Ruki queria se chutar por ter dado um sorriso para o outro loiro.

- Matsumoto Takanori, mas meu amigo me chama de Ruki. – Respondeu, o loiro mais alto deu um sorriso e bagunçou os cabelos do Ruki, que sentiu seu sangue ferver. – Sabe... Pode não parecer mais demorou para eu arrumar meu cabelo, para um quase desconhecido o bagunçar. – Disse irritado, arrancando uma risada gostosa do outro.

- Vamos? – Convidou o mais alto depois de parar de rir da irritação do outro. – Não tô afim de ficar segurando vela da minha mãe. – Disse aparentemente irritado, o que fez Ruki sorrir maldosamente.

- Ok. – Respondeu e a dupla começou a subir aquela enorme escadaria do templo. Não esperava que iria se dar tão bem com o garoto a sua frente, mas não ia protestar, pelo menos sabia que não era o único contra aquele namoro.

- Nee Takanori. – Reita chamou e Ruki o olhou. – Não faz muito tempo desde que sua mãe morreu né? – Perguntou, olhando para longe.

- Menos de um ano. – Respondeu, o semblante se tornando triste.

- Faz meio ano que meu pai se separou dela. – Reita disse por fim. – E faz quatro anos que seu pai e minha mãe saem juntos. – Disso Ruki já sabia. – Eu acho tudo isso uma falta de respeito com meu pai e com a sua mãe. – Cruzou os braços fortes na frente do peito.

-  Você não é o único. – Ruki disse baixo, mas o suficientemente alto para que Reita o escutasse, o que o fez sorrir.

- Olá Ruki! Olá Reita! – O mais baixo da dupla virou se para encarrar o outro loiro que chegava segurando a mão de um moreno.

- Olá Kouyou. – Responderam juntos, o que fez Kouyou rir.

- Esse é o Aoi, o meu namorado dessa semana. – Disse sorrindo, orgulhoso do tal namorado da semana. Kouyou era muito bonito então não era de se assustar que tivesse um namorado novo a cada semana.

- Olá. – Disse o moreno, com um sotaque um pouco diferente, Ruki logo entendeu que o moreno não era de Kanagawa.

- Já aceitaram o namoro dos seus pais? – Perguntou, e os dois negaram, o que fez Kouyou rir. – Vocês deveriam começar a aceitar logo, pois outro dia eles foram em casa, e numa conversa ai, eu ouvi a palavra casamente. Vocês vão ser irmãos postiços, apesar de que eu acho que vocês formariam um belo casal. – Disse por fim, fazendo os outros dois loiros corarem ao extremo. – Vou indo... Bye! – Disse para depois sair correndo arrastando o moreno consigo. Havia um sorriso travesso bailando nos lábios finos de Kouyou.

- Casamentos? Belo casal... A gente? – Ruki olhou totalmente constrangido para Reita, mas esse não pareceu alterado.

- Acho melhor colocarmos nossos pedidos logo, pois logo a Orihime e o Kengyu irão se separar. – Disse o loiro de faixa, se desencostando do poste de luz.

A dupla de loiros caminhou até uma das senhoras, pegaram um pedaço de papel de cada, e uma caneta, escrevendo ali o que eles queriam. Ruki pediu proteção a todos que amava, mas principalmente pediu para encontrar alguém. Mas não deixaria ninguém ver isso. Já o pedido de Reita, era totalmente secreto. Amarram os papéis em uma das ramificações do bambu

- Pronto. Agora a Orihime e o Kengyu vão atender nossos pedidos. – Reita disse parecendo uma criança, e Ruki, bom ele já tinha perdido as esperanças, todos  os anos era o mesmo pedido, sempre sem sucesso.

- Certo... Agora podemos sair de tumulto! – O mais baixo da dupla disse animado, saindo do meio daquele monte de pessoas, sempre com Reita em seu encalço.

Se fastaram um pouco do templo onde acontecia festa e se sentaram num banco qualquer perto dali, mas o suficientemente longe para conseguirem falar sem ter que gritar. E sinceramente Ruki já sentia sua garganta arder por ter que ficar gritando para se comunicar com o quase irmão postiço.

- Takanori. – A voz melodiosa de Reita se fez presente. – Será que eles tiveram tempo de atender nossos pedidos? – Perguntou e Ruki manteve se quieto, apenas olhando para o céu.

- Minha mãe disse uma vez que, a estrela Orihime é a estrela Vegas, e o Kengyu é a estrela Altair. Acho que esse ano eles realizaram meu pedido. – Disse se virando para encarar Reita, que o olhava com o semblante duvidoso. Afinal não sabia qual havia sido o pedido de Ruki, então não dava para saber.

Sem espanto algum, o espaço que separava ambos sumiu, e logo seus lábios se tocavam, timidamente no começo, para depois se tornar mais intenso. As línguas se conheciam timidamente, para depois começarem a se insinuar uma para a outra. As mãos de Reita voaram para a cintura fina de Ruki, enquanto que o mais baixo laçava o pescoço do de faixa, quase fundindo suas bocas. Se separaram por falta de ar, mas não se fastaram. Deram um sorriso cumplice antes de se beijarem novamente.

oOoOo

- Aoi! – Kouyou chamou pelo namorado. – Olha isso aqui! – Mostrou dois papéis para o namorado da semana. – Esse é o do Ruki e esse é o do Reita. – O moreno sorriu ao terminar de lê-los. – Sempre foi um saco limpar o templo depois do festival, mas esse ano está sendo melhor que os outros. – Sorriu.

Kouyou ajudava a cuidar do templo, já que seus avôs moravam ali, e todos os anos ele lia os papéis de seus amigos para conferir se os pedidos feitos tinha se realizado, sabia que Ruki era frustrado por todo o ano não conseguir, mas que nunca desistia, e naquele ano as estrelas Vegas e Altair tivessem realizado o seus desejo, e de quebra o do Reita. Talvez fosse porque naquele ano, Ruki havia escrito da maneira correta.

“Para esse ano eu quero proteção à mim e aos meus amigos, mas principalmente ao meu pai. E também quero encontrar alguém especial para mim. Por favor Orihime e Kengyu, realizem meus desejos. Matsumoto Takanori”

“Esse ano eu quero poder abraçar e beijar o Takanori, mas principalmente chamá-lo de meu e o ter sempre ao meu lado, como o meu namorado. Agora eu tenho certeza que ele é a pessoa certa para mim. Então por favor Orihime e Kengyu, conto com você. Suzuki Akira”


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Notas finais do capítulo

Citei o Mario Kart porque é o meu jogo do DS favorito =D

Espero que tenham gostado
Mas digam o que acharam, me madem uma review, não importa se for para me xingar ou fazer criticas ou para dizer que gostou, afinal são elas que vão nos dizer o que temos que melhorar né?

Kissus
Se cuidem



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