Todo Criminoso Tem Um Vizinho escrita por Ohana_GF


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Ufa! Um milagre, eu finalmente postando XD
Betado por Tsuki.



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Sabe aqueles momentos em que tudo parece em câmera lenta? Como se os segundos passassem a correr lentamente e você fosse capaz de observar cada movimento com todos os seus inimagináveis detalhes?

Olhar decidido e amedrontado. De quem tem certeza do que esta fazendo, e justamente por isso teme as conseqüências. A boca entreaberta, a imensa dificuldade de levar o ar até os pulmões. Isso porque o levantar de seu braço pareceu ser um movimento extremamente pesado. Talvez por não estar acostumada com a arma que segurava em sua mão. Ou então, a vida que iria tirar era simplesmente pesada demais. O peso de uma vida. O peso de um corpo. Deveria ser realmente grande, pelo tremor que senti no chão sob meus pés. Mas não antes de ver as diminutas gotículas que voavam em minha direção, para então entrarem em contato com minha pele, quentes. Manchando tudo a minha volta de vermelho. Sangue. Tinha uma cor forte, chamativa. Que naquele momento para mim, não se destacou. Pois as únicas cores que via era preto e branco. Morte e vida. Passado e Futuro. Meu pai... sendo morto.

E naqueles segundos que se passaram arrastados, eu vi tudo. Repetidamente. Com os mesmo detalhes, com o mesmo estrondo, com o mesmo calor em minha pele, com o mesmo baque de um corpo. E pra todo o resto da minha vida eu sempre poderia ver, com um simples fechar de olhos e uma busca em minhas memórias. Creio que seja assim com os momentos traumáticos, inesquecíveis, importantes. Nada é esquecido, apenas guardado o mais fundo possível. Claro que naqueles instantes, que não foram mais que segundos, eu não pensei em nada assim. Ao ver meu... Pai... morto, a um simples abaixar de olhos, e sua assassina a um simples levantar, não me causou nada mais que raiva. Uma raiva tão profunda que eriçou todos os pelos do meu corpo. Como em um animal prestes a atacar. Algo que não era muito diferente do que eu me tornei naquele momento.

Levantei meu rosto. Olhando a frente. Para minha presa. Ela deu um passo para trás, e eu instintivamente um para frente. Sua mão começava a tremer. A arma caiu. Mais um baque no chão, o tremor sob meus pés, e mais uma vez a cena do corpo caindo lentamente. Outro passo dela, outro passo meu. Agora não só suas mãos, mas todo seu ser tremia. O vestido curto e justo não se adaptava ao corpo daquela pessoa tão insignificante e pequena a minha frente. Sim, ela não era nada, um pedaço desprezível para esse mundo. E algo como aquilo, podia tirar a sangue frio a vida de alguém. Do meu pai. Minhas mãos se fecharam, com extrema força. Senti o quente do sangue. Meu sangue, que surgiu graças à pressão que as unhas faziam em minha carne. E mais uma vez a visão das gotículas vindas para cima de mim, diminutas e vermelhas.

Não tinha idéia da expressão que carregava. Mas deveria ser tão assustadora que a mulher a minha frente perdeu os movimentos das pernas e caiu sobre seus joelhos. Tinha sido pega. Estava tudo acabado. Deveriam ser esses seus pensamentos. Os meus? Ela teria medo de saber. Pois neles eu via duas mortes. A de meu pai. E a de sua assassina. Ela ia para traz com a força das mãos. E mais uma vez eu a via puxando o gatilho. A mesma mão que tirou a vida de um homem ela tentava usar para “salvar” a sua. Era quase poético. Aquela merda era quase poética.

Meus passos não pararam. Curtos, indo a sua direção. Em um único movimento, reunindo suas forças, ela esticou os braços até a arma, agarrando-a com força, ficando sobre suas pernas novamente. Mal conseguia se sustentar, ainda tremia. Ela sempre tão esnobe, tão “superior”, tremendo de medo de seu próprio... filho. Medo da fúria dos olhos idênticos aos seus. Da criança que carregou em sua barriga por meses. Única coisa que fez pela mesma. Já disse que era quase poético?!

- Pa-Pare ai mesmo Kim. Não... se aproxime mais, senão eu atiro em você também.

Sua voz era tremula. Na verdade, era apenas um fio. Aquela frase havia saído com tanta dificuldade. Vi-a ainda menor a minha frente. Tão insignificante. Ela não era uma mulher. Não era minha mãe. Era uma assassina miserável. Quando falei, minha voz saiu grossa, extremamente calma, tão calma que era assustadora. Isso eu observei, pois ela parou de respirar naquele instante.

- Um marido e um filho mortos. Seria um bom final para essa história?

Seu corpo ainda tremia. Tentou quase inutilmente formar um sorriso em sua face.

- Nós podemos sair dessa juntos Kim. Damos fim no corpo, depois nos mudamos e ainda ficamos com todo o dinheiro. Poderemos criar uma vida juntos. Mãe e filho juntos. Certo querido?

Fechei os olhos por um breve momento, suavizando minha expressão. Creio que a pessoa a minha frente se acalmou, já que solto um suspiro baixo, mas aliviado. Mesmo com os olhos fechados pude ver cada situação vivida com aquela mulher. Cada misera e ridícula situação. E então via ela parada alguns degraus do inicio da escada, dizendo palavras que fizeram Alfred chorar em meu ombro aquela noite, em meio a um abraço quente e desajeitado. Nunca mais eu o abraçaria, nunca mais eu o ouviria dizer “meu filho”, nunca mais olharia as estrelas ao seu lado, nunca mais ficaria feliz por uma simples frase, “As estrelas estavam lindas essa noite, não?”. Sim, as estrelas estiveram lindas aquela noite. E ele nunca mais as veria.

Abri os olhos. Sua face mais tranquila, as mãos não tremiam. Mas a arma ainda em minha direção. Sorri. Um sorriso de canto, calmo. Minha face não mais transmitia ódio, raiva. Deve ter sido reconfortante para ela. O objeto preto sendo abaixado, muito lentamente. Dei alguns passos para frente, suavizei a força em minhas mãos. O sangue pingando por meus dedos. Sujando o chão por onde passava.

Seus braços estendidos ao lado de seu corpo e eu a centímetros dela. Enlacei-a em um abraço, que a assustou por um momento. Mas então ela disse, agora pronunciando bem as palavras, tranquila e aliviada.

- Eu sabia que você ficaria ao lado de sua mãe, filho.

Uma de minhas mãos, ensangüentada por meu próprio sangue, deslizou por um de seus braços, manchando a pele de vermelho vivo. Mas eu não distinguia as cores, mais uma vez o preto e branco. Em um movimento rápido peguei a arma em sua mão, e a pressionei sobre seu abdômen. Com força, muita força. O corpo tenso, tremendo novamente, a respiração acelerada. A presença do medo.

Com a mão livre afaguei seus cabelos, pintando-o de outra cor que não o loiro. E então minhas mãos voltaram com a força anterior, a onda de raiva circulando por meu corpo mais uma vez, o gosto amargo na boca. O preto e branco em minha visão. Puxei os fios com força, encarando fundo aqueles olhos. Aqueles malditos olhos, que por toda a vida veria no espelho, veria em minhas memórias. Olhos sempre superiores, agora amedrontados, perplexos.

- Nós nunca fomos mãe e filho. E não se preocupe... mortos não precisam de dinheiro.

A arma tremeu. Meus dedos se mexeram. Um... dois... três estrondos ecoaram por meus ouvidos. O corpo caiu pesado em meus braços, que se afrouxaram, outro baque, e o tremor sob meus pés.

Anna foi a primeira pessoa a quem matei.

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Sua estrutura era fria e negra. O cano longo, com duas iniciais cravadas em sua superfície – RF. O cão¹ não estava acionado, impossibilitando-me de em um simples toque eliminar mais uma bala de seu tambor, que naquela hora deveria ter umas três, isso se Anna não a tivesse usado em outra ocasião.

Lógico que naquela época eu mal poderia dizer o que segurava em minhas mãos. Simplesmente era uma arma, um objeto que com toda e maior facilidade possível eu poderia tirar a vida de alguém, e não um revolver de calibre 22LR, até mesmo um pouco ultrapassado.

Alisei sua superfície por horas, perdido em seus detalhes e impossibilitado de levantar do chão, onde eu me encontrava praticamente jogado, encostado a parede da cozinha. O cheiro do sangue, já seco em minhas mãos, rosto e roupas entrava por minhas narinas, mas eu estava perdido de mais para reparar em como ele era doce, metálico e desagradável. Incrustado em meus pensamentos eu fiquei naquele chão, até que o sol ficasse alto no céu, e seus raios começassem a entrar pelas frestas da janela, iluminando ainda mais aquele cômodo frio. Havia ausência de vida ali. Faltava som de vozes, de passos, de respiração - eu mal podia ouvir a minha própria.

Levantei meus olhos, finalmente deixando o metal frio de lado. A visão não era melhor. Troquei o preto pelo vermelho. Um corpo caído ao lado da porta, com um buraco bem colocado em sua testa, e outro bem próximo a mim, com o vestido totalmente ensangüentado. Uma pessoa foi tirada de minha vida e outra eu escolhi retirar. Após a raiva não soube mais o que sentir. Talvez tristeza, talvez felicidade, ou então solidão. Eu não fazia a mínima idéia. Apenas tinha consciência de que nada de bom poderia surgir decorrente aquelas duas mortes. Nada de bom se instalaria dentro de mim. Eu não tinha mais pai, eu não tinha mais mãe. Não que algum dia eu os tenha tido. Mas saber que ao menos eles existiam e estavam ao meu alcance era um pouco reconfortante. Nunca amei Anna, por isso acho que jamais me arrependerei pelo que fiz. Eu estava com ódio, e ela o havia causado, ela merecia aquele fado, ela merecia a morte. Mas no final das contas, quem era eu para julgá-la, decidir sua vida ou morte? Eu não era ninguém, e com certeza iria para o inferno. Se ele existir, claro.

Levantei-me com certa dificuldade, apoiando-me a parede. Minhas pernas estavam dormentes, meu corpo estava cansado. Em pensar que há pouco tempo eu estava tão bem disposto como poucas vezes estive. Aquilo era ridículo. Nossas vidas podem mudar em apenas segundos, na demora de abrir uma simples porta, de tomar uma simples decisão. Era realmente ridículo.

Olhei a minha volta, piscando algumas vezes. Suspirando baixo, desgastado. Precisava sair dali, precisava me limpar, limpar aquela “bagunça”. Comecei a andar, enfim ouvindo passos. Apenas os meus. Até que algo no chão me chamou a atenção. Não os corpos, eu já havia me acostumado com eles, e saber daquilo era insuportável. Um pequeno papel, amassado, que antes fora branco. Peguei-o de modo desajeitado. Minhas pernas ainda estavam fracas. Desdobrei-o, observando seu conteúdo, borrado. As mãos começaram a tremer levemente enquanto lia. Era o bilhete que havia deixado a meu pai. No fim das contas eu fiquei com ele em minha mão durante todo aquele tempo, em que a forçava com raiva, sangrando em sua superfície. Li cada palavra milhares e milhares de vezes, sem saber o motivo. Só queria guardá-las muito bem. Nem eram grande coisa, uma declaração de amor fraterno ou palavras belíssimas, mas foram suas ultimas destinadas a mim.

E então, quando me dei por conta, já não estava em pé. Meus joelhos sobre o chão gelado, minhas mãos agarradas à calça, e de meus olhos saindo incontáveis lágrimas. Eu chorava como nunca havia chorado. Soluçava, tentando continuar levando o ar aos meus pulmões. Eu sabia o que estava sentindo. Não era tristeza, não era felicidade, não era solidão. Era saudade, era pesar. Saudade de meu pai, dos poucos momentos bons vividos. E pesar de não tê-los aproveitado como deveria, de não ter me entregado mais aquele relacionamento e tentado reergue-lo eu mesmo. Pesar de nunca ter dito a ele de como sua presença era importante, e de como o amava. Que mesmo com sua distancia, eu sabia que era importante para ele, a pessoa mais importante em sua vida. Mas meu orgulho, minha personalidade, nunca me haviam permitido dizer nada realmente carinhoso, ou então abraçá-lo nas inúmeras vezes em que tive vontade. Oportunidades foram perdidas, e agora nunca mais poderia recompensá-las. Ele estava morto, e eu nada poderia fazer, a não ser chorar, como fiz por mais um longo tempo, até sentir as mãos afrouxando e meus olhos secando, deixando apenas o caminho molhando por minhas bochechas. Eu estava bem melhor.

Senti meus ombros mais descansados e as pernas voltando com sua habitual vitalidade. No fim da contas acho que precisava apenas chorar. Algo tão incomum quanto eu ficar com sorrisinhos à toa por ai. Levantei-me, dessa vez sem muito esforço. Saí daquele ambiente manchado sem pestanejar, subi as escadas e me dirigi ao meu quarto, onde já podia ouvir as torneiras do chuveiro abrindo, e água descendo por meu corpo. Algo revitalizante.

Fui retirando o terno em uma velocidade recorde, até dar-me conta de que algo faltava. Revirei todos os bolsos existentes naquelas peças, mas nada. Meu celular não estava ali, e lógico que o único lugar onde poderia estar era na maldita casa ao lado. Não era um lugar onde eu gostaria de ir depois daquela manhã tão... incomum. Não posso mentir, me senti satisfeito com aquela noite cheia de “brincadeiras”, mas não estava à-vontade em encará-lo assim tão logo, muito menos depois de ter, bem, matado alguém. Engraçado como depois de fazermos algo “errado” não temos muita coragem de encarar outras pessoas nos olhos. Isso seria psicológico? Algum resquício de culpa ou algo parecido? Comigo isso não seria o problema. Se existia alguém culpado esse não era eu. Deixei os pensamentos de lado e resolvi mais tarde, após o término de todos os meus “afazeres”, pegar o aparelho na cada de Forward. Que se ferrasse o “não estou à-vontade para encará-lo”, quantos anos eu tinha enfim?!

Tomei o banho mais demorado da minha vida. Esfreguei cada pedaço de pele com uma força desnecessária. Arranquei qualquer vestígio de sangue ou qualquer outra sujeira que fosse. Só saí de dentro do banheiro quando o único cheiro que exalava era o do tão conhecido sabonete. Vesti uma bermuda velha e uma regada branca, depois enlacei os ferimentos em minhas mãos com bandagens. Desci as escadas devagar e encarei a porta da cozinha. Agora sim viria a parte mais difícil.

Com luvas que iam até os cotovelos, os mais diferenciados produtos de limpeza e vários sacos pretos de lixo eu entrei naquele ambiente. Reunindo toda frieza que podia, iniciei a arrumação. Primeiramente coloquei os corpos com cuidado dentro dos sacos, tomando um cuidado excessivo em mantê-los limpos por fora. Com o chão já livre e mais acessível, retirei o excesso de sangue, despejando a água vermelha impregnada nos panos dentro de um balde. Apliquei no piso todos os produtos possíveis, até que nada pudesse ser encontrado, passando então para as paredes, que também exibiam manchas aterradoras. Foi um pouco mais difícil, graças à tinta, mas nada que certo esforço não resolvesse. Após horas de trabalho, quem visse jamais imaginaria que ali ocorreram dois assassinatos. Observei a extensão daquele cômodo, um arrepio passando por minha espinha. Eu sempre saberia da verdade.

Retirei minha roupa com todo e maior cuidado, colocando dentro de um dos grandes sacos pretos, já repleto de panos avermelhados. Fui em direção aos fundos, onde guardei os produtos e peguei um daqueles borrifadores usados para regar plantas, álcool e fósforo. Ajeitei o saco preto no chão, sobre um pedaço de papelão, despejei uma quantidade considerável de álcool e risquei o fósforo. Lentamente o plástico começou a se retorcer, e todos os pedaços de pano entraram em chamas, levando ao ar uma fumaça preta e fétida. Usei o borrifador para amenizar a fumaça e o cheiro, que senão seriam facilmente detectados pelos vizinhos. Após um tempo observando o fogo consumindo, finalmente ele se apagou, restando apenas cinzas, que logo foram jogadas junto com a água ralo a baixo. Nenhum vestígio havia sido deixado para trás. A não ser os corpos obviamente. E então o grande problema. O que fazer com eles?

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Já se passava da uma hora da tarde quando enfim cansei de pensar e planejar, podia deixar aquilo para mais tarde. Tomei outro banho e me vesti com uma blusa de linho, colocando por cima um moletom preto básico, e uma calça jeans escura. Estava frio aquele dia.  Não me preocupava em mostrar a tão “especial” faixa que sempre apresentava no pescoço. Ela se tornara cinzas junto com o resto de panos que foram incinerados em meu quintal. Estava manchada de vermelho, e aquilo era uma prova, um indício. O sangue não era meu. No fim das contas fiquei um pouco chateado em ter que me ver livre dela. Mas, aquilo era coisa pequena e na realidade miseravelmente sem importância. Deixando minha casa pela entrada da frente e com um muxoxo desgostoso ao fechar da porta, fui em direção a residência vizinha. Forward não deveria se encontrar em casa aquele horário. Não normalmente. Porém aquele dia estava infinitamente distante da nomeação “normal”.

E deixando mais claro, não ouvira sua garagem se abrindo e o carro saindo àquela manhã. Toquei a campainha apenas uma vez, cruzei os braços e esperei. Fiquei observando os contornos da porta até que ela foi lentamente aberta. Forward não mostrou surpresa alguma ao me observar parado a sua frente. Ficou apenas a me encarar com seus olhos bicolores. Foi impossível não mira-lo de cima a baixo. Estava bonito e bem vestido como sempre. Calça e blusa social, acompanhadas de um blazer preto, graças ao frio que fazia aquele dia. Os cabelos direcionados com gel para trás, com alguns poucos fios desgrenhados caindo por sua testa. Era humanamente impossível não desejar aquele homem, querer tocar em cada pedacinho de pele branca, possuir os lábios finos e vermelhos... E pensando assim, cenas da noite passadas invadiram minha mente. Fora inevitável o ato de passar a língua pelos lábios. Em um instante tudo parecia mais quente.

Quando olhei novamente para a face de Forward, um meio sorriso sacana se formava. Ele sabia o que eu estava pensando, e com toda certeza o mesmo lhe vinha à mente. Nunca fiquei tão irritado em sentir tesão por alguém.

- Já está com saudades?

- Não. Só vim pegar meu celular. Ta aqui, certo?!

- Pode entrar. Vou pega-lo pra você.

Nem mesmo sei o motivo de entrar naquela casa novamente. Poderia muito bem esperar do lado de fora, pegar o celular e sumir daquele local. Mas com aquela voz rouca e persuasiva entrando por meus ouvidos, agi mecanicamente. Em poucos instantes ele estava de volta, com o objeto prateado em mãos. Entregou-o a mim, resvalando propositalmente seus dedos em minha pele. Um arrepio subiu por minha espinha. Maldito seja.

- Um tal de Adam te ligou a algumas horas atrás. Não me pareceu muito contente em ouvir minha voz ao invés da sua.

- E-Eu retorno a ligação depois, obrigado.

- Mais alguma coisa?

- Não, é só.

Virei às costas a ele e me dirigi à porta, até meus movimentos serem cessados, graças a mão que segurava meu braço, puxando-me para trás. Forward colou seu corpo firme ao meu, levantando meu queixo com os dedos da mão livre. Seus olhos ficaram presos aos meus, o hálito quente resvalando em meu rosto. Naquele maldito instante me esqueci de respirar.

- Tem certeza que não precisa de mais nada?

Vitor Forward sabia do meu crime.


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Notas finais do capítulo

¹ --- http://www.gmubatuba.com.br/noticias/convenio/imagens/revolver.jpg - Cão é uma peça da arma de fogo que tem a função de percutir direta ou indiretamente a espoleta do cartucho.(by Wikipédia).

AAAAinh, que saudade eu tava do Nyah e de posta! Sesculpem meu povo pelo quase 1 mês e meio distante, mas é que esse meio tempo foi o mais conturbado da minha vida em um longo tempo, tudo que podia acontecer para me empedir de postar e escrever aconteceu. Me desculpem atrasar tanto tempo MAIS UMA VEZ T__T

—___No último cap. que o Nyah não tava querendo me deixar colocar uma NA com mais de tantos caracteres ( ¬¬ sei lah se era problema no meu pc ou com o site) eu queria dizer o que:

Caraaaaaaaaaaa meu primeiro lemon que alucinadoo!!!! UAHUAHA E se o "me fode" ficou meio fora do contexto SORRY, mas era meu sonho colocar um negocio desse, HAHAHA! E poooow o Kim foi um UKE machoo mano, ele que conduziu toda a bodega! É isso XD

Agooooora, sobre o capítulo de hojee: SIIIIM o Kim NÃOO morreu o/. E SIIM a vaca da Anna ta morta, Muwawawa. E SIM o Alfred foi pro beleléu, para as cucuias, pro céu (triste). Queria matar os dois desde o inicio, essa é a verdade, mas não no mesmo capítulo o_O KKK.

Desculpem se fiz merda na história, eu to meio confusa quanto ao restante dela, mas eu sei de uma coisaa, os podres vão começar a apareceeer. Por favor comentem sobre esse cap. e o que os agradou ou não. Creio que dei uma viajada, mas foi o que saiu, Bláaah! UAHUAHAU Muuuito obrigada por lereeem até aki, UFAAA!XD

Até o Próximo

Bjaoo**