Only You escrita por Lúcia Hill


Capítulo 22
Capítulo - Boa Noticia?




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Fazia mais de quatro semanas que vira Javier pela última vez — quatro semanas, dois dias e dez minutos, para ser exato. Quatro semanas durante as quais ela se concentrara resolutamente no trabalho, preenchendo cada fração de segundo do tempo com interesses voltados para a fazenda, o escritório do empresário Jay Sayeed continha uma bela vista para a 5th Avenue.

–Bom dia senhorita Cortez. - saudou a com um entusiasmo.

Luiza levantou se do macio sofá e ajeitou sua saia, retribuiu o sorriso carismático, Sayeed se adiantou para apertar a mão da jovem, dizendo-lhe jovialmente:

– Vamos tratar de algumas clausulas pendentes no contrato de arrendamento.

Luiza concordou, enfim estava pensando em desistir da venda da fazenda. Ela seguiu o em silêncio até uma sala imensa no fim do corredor todo enfeitada com quadros caríssimos.


–Por gentileza. - disse abrindo a porta da sala.

Uau! Nunca tinha visto nem um homem com tamanho bom gosto igual ao empresário Sayeed, sua sala era totalmente decorada com artefatos antigos do povo Maia. Luiza adentrou a sala com um largo sorriso, conhecia Jay de muito tempo, pois sempre freqüentava sua casa e era muito amigo de sua falecida mãe.


– Recebi noticias que esta morando na fazenda? - quis saber.

Luiza ajeitou se na cadeira macia e por fim o encarou.

–Sim, faz quase seis meses. - disse cabisbaixa.


Jay sorriu.

– Não conheci seu pai, mas sua mãe falava muito sobre ele. - disse ajeitando o terno - Ela era muito apaixonada por ele, deveria ser um bom homem.

Luiza sentiu seu sangue fluiu e refluiu em nas veias, fazendo o coração bater descompassado ao lembrar-se da rigidez de seu pai e a forma com que maltratava sua mãe.


Ao notar o desconforto no rosto pálido de Luiza, Jay revolveu começar a falar de negócios.

Havia muitas permutas a serem implantadas no contrato de arrendamento de terras, sem contar nas clausulas que eram imensas e seguidas por leis ainda, mas burocratas. Sayeed seria um parceiro menor na presente transação, mas teria uma pequena porcentagem nos direito. Arrendaria as terras baixas da Fazenda para o plantio de soja.

–Será um bom negocio. - disse por fim.

Luiza sorriu, realmente não entendia nada a respeito de leis e contratos, mas sentia se segura com a assessoria de Jay.

–Agradeço, mas uma vez. - disse levantando se da cadeira.

Sayeed colocou o contrato em um envelope estendeu na direção dela, Luiza agradeceu novamente antes de pegar o envelope com sua via. Ele a seguiu até a porta despediu se da jovem com um beijo social no rosto.

–Espero que faça uma boa viagem de volta. - disse.

Luiza sorriu e concordou.

Ao chegar à recepção, pediu para a recepcionista que solicitasse um taxi. Luiza sentiu uma tontura percorrer lhe toda a dimensão de seu frágil corpo sem vacilar segurou se na beirada do balcão, seu rosto ficou pálido feito cera, sentiu que perdia sua movimentação e por fim caiu contra o chão duro.

Trinta minutos depois, ao abrir seus olhos estranhou com o local, estava em um hospital. Ao se virar para encarar o ambiente ficou ainda mas confusa, por sorte uma enfermeira adentrou ao quarto segurando uma bandeja com medicamentos.

– Esta melhor? - perguntou.

Luiza balançou a cabeça, enquanto a enfermeira caminhou na direção de seu leito.

–Mas o que faço aqui, estava a poucos no escritório tratando de negócios. - disse atordoada.


A enfermeira colocou a bandeja sobre o criado mudo, retirou o termômetro que estava medindo a temperatura da jovem, balançou para certificar se ela estava com febre, anotou em uma planilha.

–Fique tranqüila, pois o Doutor Penn vira em seguida. - disse antes de se retirar da sala.

Aquela sensação que percorria seu corpo o fazia queimar por dentro de ansiedade, ajeitou se sobre o leito e fixou seus olhos na direção da imensa janela de vidro. Mas o barulho proporcionado pela porta chamou lhe atenção.

–Boa tarde, senhorita. - disse o medico.

Luiza mostrou lhe um sorriso pálido.


–O que houve. - perguntou confusa - Como vim parar aqui, estou doente?

Dr. Penn se aproximo do leito com um sorriso largo no rosto deixando Luiza ainda mas atordoada.

– Primeira não esta doente, é uma novidade ótima. - disse.

Aquela resposta deixou à confusa.

– E? - quiz saber.


Ele sorriu aproximou ainda, mas do leito, em pânico com o que estava pensando e sentindo, mas sentiu um alívio ao sentir as mãos do medico sobre seu braço direito.


–Acalma-se, é uma boa noticia. - disse - Esta grávida.


Grávida! Seus olhos arregalaram se e a confusão dentro de si aumentou. Seu queixo inclinou-se ainda mais, mas não arriscaria olhar diretamente naqueles olhos cinza-platina. Só de pensar que o pai da criança que ela estava carregando era Javier, uma mistura de medo e apreensão percorreu seu corpo inteiro.

Que estava acontecendo? Como iria dizer aos demais que estava grávida. Teria que deixar seu orgulho de lado para enfim assumir que amava Javier e carrega um filho dele dentro de si.

O medico deixou a sozinha por alguns minutos, sua mente girava de forma confusa.

Aspirou o ar profundamente e disse calma:

–Irei enfrentar.

O desafio a apanhou numa armadilha que ela mesma havia montado e não podia fazer nada agora exceto olhar para frente e dizer a ele, mesmo que isso colocasse em risco o acordo do falso casamento.

Imbecil, meu Deus como não pudesse me lembrar de ter me prevenido. - pensou desgostosa.


Em questão de minutos teria alta do hospital, mas a vergonha lhe deixou um ardor na pele branca, fazendo suas bochechas queimarem. Havia comprado a passagem de volta, não daria para adiar.

Ao sair do belo Hospital Mount Sinai um taxi já aguardava na entrada. Sentia que seu corpo inteiro e de todos os seus sentidos não estavam preparado para aquela noticia.

Esconder! Não poderia, pois a barriga logo surgiria anunciando, sentia se tão tensa que até sua testa começara a soar de ansiedade, seus olhos pareciam estar perdidos.

Droga! – pensou por um instante.


Por mas que não aceitasse aquela situação que se encontrava naquele instante, não poderia culpar um ser que mal sabia se defender deveria culpar a si mesma e talvez a Javier, mas sabia que a porcentagem maior era sua.



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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!