Chama Branca escrita por kamis-Campos


Capítulo 18
Prisão


Notas iniciais do capítulo

Bem, sinceras desculpas, eu não abandonei a fic, só tive alguns problemas. Eu tenho uma vida, e percebi que tinha que fazer alguma coisa se eu não quisesse ficar aí só sendo um peso morto para a sociedade. Então, eu decidi investir um pouco em mim e me concentrar mais na minha vida, e arranjei um trabalho que consumiu meu tempo e para realizar meu sonho, que é fazer intercâmbio para Londres, eu comecei a pagar um curso de inglês avançado e tbm to pagando o meu intercâmbio. Estou super feliz, pois eu to me saindo muito bem e pode ser que eu viaja a qualquer momento pra fora. Ahhhh ansiosa! Então, consegui arranja um tempinho e fiz esse capitulo!
Boa leitura!



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Capitulo 17 – Prisão


POV Edward


Em Thera...


Realmente, porque diabos tudo dá errado na hora mais errada?

Mas, poderia ser pior...

Tudo começou com a infeliz ideia do Benjamin de varrer as cinzas do Amun pra fora do Galpão. E como o menino é a moleza em pessoa, passou mais de meia hora jogando aquele pó pra fora; e pra piorar, quando eu pensei que poderia ir pra casa a espera da minha querida família, eis que me surgem três policiais.

Sim, policiais xeretas que ficaram sabendo de um possível incêndio no local... Era tudo que eu mais esperava! Não tivemos escolha a não ser acompanhá-los até a delegacia. Fomos indiciados por vandalismo, invasão de propriedade privada e desacato a autoridade, culpa exclusivamente de Benjamin. Eu poderia muito bem pagar a nossa fiança, mas meus planos para essa noite não incluía ser preso. Ainda mais por ser compassa do idiota que quebrou o nariz de um dos policiais.

Bem, eu não poderia adivinhar que Benjamin detesta ser afrontado e empurrado com um cassetete. Poderia?

Enfim, aqui estamos nós, dois vampiros idiotas sentados à espera que alguém nos tire daqui.

– Porque simplesmente não quebramos a janela de ferro e fugimos? - sussurrou Benjamin de forma que só eu o escutasse. O olhei exausto mantendo todo o meu autocontrole para não esganá-lo. Afinal, se eu fosse mais esperto, teria arrastado Benjamin daquele galpão e nem daria ouvidos a suas ideias brilhantes.

– Ah claro, se eles não te achassem um louco desvairado que bate em policiais. – revirei meus olhos, apontando para o paredão de PMs na frente da cela, cada um portando uma arma de calibre 37. Eles pareciam feitos de pedra e só esperavam um movimento brusco de nós dois para que atirassem. Uns realmente não queriam estar ali; outros queriam apenas um pretexto para atirar em um individuo como nós.

Eu sei que sim, via isso nas mentes previsíveis deles. Playboyzinhos filhinhos de papai, que só estão esperando que os tirem dali, pra depois correrem para contarem aos amiguinhos como eles são machos, só porque bateram em um policial. Eu não poderia tirar a razão deles, porque realmente, Benjamin parecia um desses garotos metidos a machões, andando de um lado para o outro na cela, vociferando uma milha de palavrões e como aquilo era INJUSTO.

Ri baixinho, virando a cabeça para o lado, esperando aquietar todas as vozes na minha cabeça. Eu começava a sentir saudades da sensação de impotência, mas assim era melhor. Pelo menos, Greta saiu viva e bem dali, pelo menos ela vai conseguir superar aquele trauma bem. Essa era uma garantia reconfortante para mim. Tudo que eu menos queria era ter uma humana envolvida com nossa espécie, já não bastasse Bella. Esse mundo era perigoso demais para uma raça tão frágil, ninguém sobrevive a isso.

Ou morre. Ou sucumbe a uma vida eterna e cruel.

Respirei fundo captando aromas familiares no ar. Cheiros que há tanto tempo perdi a noção de como eram. Bufei resignado, enquanto Benjamin parava com seu ataque e me olhava por um instante, pegando aqueles cheiros próximos de onde estávamos presos.

Certo... A delegacia não era o lugar mais apropriado para reencontrar minha família. Mas, de alguma forma, é assim que tem que ser, então, o que posso fazer? Encolhi meus ombros, enquanto escutava aquelas mentes tão conhecidas e o som de saltos com sapatos sociais baterem contra o chão de cimento da delegacia.

Logo avistei a figura pequenina de uma fada em um falatório alto. Ela andava ao lado de Rosálie pelo corredor como se fosse à dona do lugar, ditando ordens aos pobres policiais que tentavam a barrar.

– Eu já disse e não vou repetir, – Alice trincou os dentes e olhou verdadeiramente intimidante para o policial que estava ao seu lado tentando contê-la. – libere os dois.

– Mas, senhorita...

– Sem “mas”! – mesmo com o tom rude e a expressão séria, eu via em sua mente que ela se divertia muito com o papel de ‘mandona’ e deixar o policial babaca se mijando de medo. – Ordens do delegado. Libere-os.

– Ok. – o policial contrariado se pôs na frente do paredão de policiais, que deram imediatamente passagem a ele, que tirou uma chave do bolso e abriu a cela. Ele fez um movimento de cabeça para que eu e Benjamin saíssemos. Quando estávamos já do lado de fora da cela, eu encontrei com Alice e Rose, ambas com as mãos na cintura e com caras de ‘Você acha isso bonito?’.

Rolei os olhos e seguimos até para o lado de fora da delegacia, não antes de pagarmos a fiança e preencher alguns papeis que não dei importância. Fui em silêncio até os dois carros alugados estacionados do outro lado da rua com Alice saltitando em torno de Benjamin, enchendo-lhe de perguntas e Rosálie reclamando do vento em seus cabelos. Deixei que um esgar de sorriso viesse ao meu rosto, - Odeio admitir, mais senti falta das minhas irmãs.

... E irmãos. Pensei abrindo um enorme sorriso como Emmett e Jasper saíram dos carros e observaram a nós se aproximar.

– Então, Eddie, - fechei minha cara para Emmett como ele disse esse ‘apelido’ idiota. – o que aprontou dessa vez, hein? Engravidou mais uma humana? – e daí ele começou a gargalhar igual a um louco, como se tivesse criado a piada mais incrível do mundo. E ele realmente pensava que fosse a piada mais incrível do ano. Ok, talvez eu não sinta tanta falta de Emmett.

– Macaquinho, - começou Rosálie com um tom carinhoso tão falso, que era óbvio que ela iria ela iria começar a gritar feito uma doida varrida. – PARA DE FALAR IDIOTICE E ENTRA NO CARRO ‘AGORA’. MEU CABELO TÁ QUASE DANDO UM NÓ CEGO COM TODO ESSE VENTO E ISSO É TUDO CULPA ‘SUA’, - ela virou-se bruscamente pra Benjamin e espetou seu peito com o dedo indicador com raiva, enquanto tentava inutilmente controlar seu cabelo que ia e vinha de todas as direções com o vento. – E SUA! – eu sabia que ela ia tentar me empurrar, mas fui mais rápido e desviei, sorrindo dos ataques dela. – AHHHH EU ODEIO VOCÊS! VENTO MALDITO! – gritou para o nada o cabelo loiro na sua cara, enquanto ela o afastava e para piorar, ela não viu um saco plástico sujo de algo como lama, tripas de algum porco ou boi e esgoto, que voou na sua direção. Foi direto para o seu rosto.

Rosálie enrijeceu com os punhos ao lado do corpo, tremendo, ainda com o saco sujo na cara.

– Rose, você tá... – Alice disse com a intenção de tirar o saco do seu rosto.

– Eu sei, ALICE, me deixa em paz. – esbravejou tremendamente com raiva e tirou o saco do rosto, que tinha uma mancha de lama na bochecha.

– Rose, tá com uma manchinha... – eu disse rindo e apontei pra sua bochecha. Ela me olhou com um fogo assassino nos olhos e passou a mão na mancha, limpando-a e antes que eu visse em sua mente aloprada sua intenção, ela veio pra cima de mim e limpou a mão suja na minha camisa branca.

Sério? Às vezes acho que Rose ainda é uma criança de 9 anos de idade. Não é pra menos que ela e Emmett se dão tão bem.

– Agora estamos quites. – cantarolou com um sorriso maldoso nos lábios. Olhei pra ela e sorri divertido.

– Rose, Rose, - apertei sua bochecha e me afastei rindo da cara dela. – vai ter que ser melhor do que isso pra me irritar.

– Argh! Odeio você! – ela entrou igual a um furacão no carro com Emmett em seu encalço, rindo como os outros ao meu redor.

– Eu também senti sua falta, Rose. – eu disse com sarcasmo como eu dei algumas batidinhas no vidro do carro onde ela estava encostava. Eu pude ouvir um rosnado vindo dela e sua mente arquitetar diversas maneiras de me matar.

Alice entrou no carro onde Jasper estava dirigindo, e eu também entrei, sentando no banco do passageiro. Benjamin foi no carro com Rose, eu ainda pude ouvi-lo me implorando para não o deixá-lo com o casal ‘tenha um acidente vascular conosco’.

Eu ri, - esse é apenas um pequeno castigo por ter nos feito ser presos.

Enquanto Jasper dirigia, eu estava concentrado na paisagem que passava em borrões pelo carro, quando Jazz tentou puxar assunto.

– Então, posso saber por que diabos você foi preso? – ele perguntou num tom divertido, mas eu pude perceber em algum canto de sua mente a preocupação.

– Culpa de Benjamin. – eu disse simplesmente. Eu não queria que eles se metessem com isso. Já tive problemas demais, a última coisa que eu quero é minha família envolvida. Então, não é necessário eles saberem os detalhes. Não mesmo, apesar de Alice já ter visto que eu estive em problemas.

– Culpa de Benjamin? – questionou Jasper com os olhos fixos na estrada. – Sei. Então, porque foi culpa dele?

– Foi um acidente. – decidi ser o mais misterioso possível. Assim não correrei riscos de falar o que não deve e acabar contando toda a verdade.

– Acidente, hein? – Jasper tinha um ‘q’ de desconfiança na voz. – Sei. – odiava quando ela fazia isso, e ainda mais quando ficava pensando em nada, ele havia adquirido infelizmente essa habilidade durante os anos de convivência. Ele tava me escondendo alguma coisa, assim como Alice, que ficava cantando o hino nacional do Uzbequistão.

– O que estão me escondendo? – resolvi jogar as cartas na mesa. Olhei para Jasper que ainda estava totalmente concentrado no caminho, e para Alice que lixava suas unhas.

Como se ela conseguisse lixá-las sem quebrar a lixa. Dito e certo, a lixa quebrou e ela os jogou pela janela. Finalmente, trouxe a sua atenção para mim.

– Eu que diga, Eddie, - já disse que odeio esse apelido tosco? – o que você está escondendo? Não viemos aqui se você não estivesse em problemas.

– Tenho certeza que você já viu quais são meus problemas, não tem porque eu dizer-lhes. – retruquei friamente, desviando meu olhar pra fora da janela, tentando me concentrar em algo que não fosse à casa da Colina, os corpos mutilados nela e Greta.

– Não, só vi o necessário, - Alice disparou com raiva. – e tomara que seus problemas não envolvam uma garota recém-criada, Amun e uma casa cheia de corpos.

Ok, eu sabia da visão de Alice, mas eu rezei para que ela não entendesse nada e para que não viesse a minha procura. Mas se não fosse por ela, talvez eu e Benjamin passássemos uns bons meses na cadeia.

– Não se preocupe. – eu disse com uma calma de sei lá onde. Eu sabia que não era Jasper manipulando minha emoções, só eu e minha mudanças de humor que me deixam cansado. – Já resolvemos tudo. Amun está morto; Greta está salva. Tudo perfeito.

– Amun está morto?! – finalmente, Jasper esboçou alguma reação. – Como assim?

– Quem é Greta? – indagou Alice, se debruçando para frente, ficando entre nós com cara de especulação.

Suspirei. – Bem, é uma longa história. Vou contar-lhes quando chegar a Forks, - eu sabia que estávamos voltando pra casa. E não havia como eu dizer ‘não’, Alice já estava com minhas coisas no carro e de Benjamin também, e meu carro que havia ficado na nossa casa aqui em Thera já estava sendo transportado pra Forks. – tenho certeza que ‘todos’ querem saber dos detalhes, estou certo? – disse como vi pela sua mente Carlisle nos aguardando no porto.

– Poupe sua saliva. – Alice resmungou. – Tomara que você não deixe nada de fora. Quero detalhes.

– Certo, capitã. – brinquei rindo com um Jasper um pouco sorridente, ainda totalmente absorto da estrada.

– Está tão engraçadinho, Eddie. Motivo de tanto riso é sinal de choro. – ela alertou, mas não se aguentou e sorriu. – E não é só você com novidades, não. Lá em casa as coisas mudaram até demais. – na sua mente eu vi um vislumbre de Bella com um garotinho nos braços, antes que ela bloqueasse novamente sua mente.

– Quem era? – minha voz saiu um pouco rouca demais. Vê Bella, mesmo que só por lembranças, ainda era difícil. Difícil de me controlar; difícil até de me conter. Eu não queria sentir saudades dela; sentir falta de sua beleza, de seu jeito, mas eu sentia. Sentia tanta falta que eu não sabia se era considerado saudável.

– Longa história também. – Alice zombou e riu, voltando para trás, para se deitar no banco traseiro, esticando suas pernas.

Bufei. Assim como ela odiava não poder enxergar nada, eu também odiava não poder encontrar nada na sua mente para minhas perguntas. Frustrado, olhei pra Jasper, esperando ele me ajudar, mas só o que ele fez foi sorrir misterioso e acelerar um pouco mais com o carro em que Rosálie dirigia nos seguindo.



Alguns minutos depois...



– Pare. – eu gritei de repente, fazendo Jasper estancar o carro e consequentemente Rosálie também parar bruscamente, fazendo os pneus cantarem. Abri a porta do carro e sai para o lado de fora, o vento chicoteando a estrada que estávamos.

Era uma estrada que dava para a costa da ilha, onde ficava o posto. Eu podia vê dali as casas nos morros desceram até o posto de Thera, onde barcas vinham e iam incessantemente. Respirei fundo e novamente peguei o fedor de carnificina, carne humana queimada e fumaça.

Todos saíram do carro e ficaram me encarando como se eu fosse louco. Mas eu não estava. Eu sentia que alguma coisa estava errado.

– Entrem todos no carro e sigam para aquela colina ali. – apontei para uma colina ao longe, onde eu podia distinguir que era o foco de toda a fumaça.

Eles me obedeceram prontamente, mesmo não entendendo nada, e dirigimos até a colina. Quando estávamos próximos o suficiente para vê a colina melhor, reconheci-a imediatamente. Era a colina, da casa da Colina.

Estava em chamas e os moradores e vizinhos dela tentavam apagar o incêndio inutilmente. Estacionamos o carro próximo e eu sai do veiculo, chegando mais perto da casa consumida pelas chamas. Benjamin imediatamente veio para o meu lado e me olhou preocupado, quase alarmado.

Alice deu um grito esganiçado.

– Meu Deus, é a casa da minha visão. – ela murmurou assustada. – Aquela que Edward se descontrola e tudo mais, com os corpos mutilados. Ai meu Deus!

– Edward, - Jasper me chamou e eu me voltei pra ele. – Foi você que fez isso?

– Claro que não. – eu disse baixo só pra eles, enquanto Benjamin circundou a área procurando sei lá o que. – Vocês sabem que eu nunca faria isso.

– Então, se não foi você, quem foi? – dessa vez foi Rosálie.

– Foi Amun. – respondi, trincando meus dentes e controlando o rosnado que crescia em meu peito. Só de pensar naquele traste, me dava uma compulsão assassina de matar. Eu queria poder fazê-lo voltar a vida só pra matá-lo novamente.

– Porque ele fez isso?

– Ele queria se vingar, como eu disse, longa história. – eu disse com o ar cansado. – Eu explicarei tudo com calma em Forks. – eles concordaram comigo, como Benjamin veio com o ar urgente para o nosso lado.

– Edward, os Volturi... – ele disse alarmado. – Eles estiveram aqui.


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Notas finais do capítulo

Oi, eu acho que foi pequeno, mas pelo menos eu o conclui. Sem previsões para o proximo capitulo! Beijos!



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