Reencontrar escrita por kiryuu_ichiru


Capítulo 13
Capítulo 13




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- Por que você me tirou de lá? Eu ia matar aquele idiota. – ele gritou comigo.

Com aquele grito feroz, comecei chorar. Eu odiava que gritassem comigo.

- Tom, eu não queria que você agredisse seu amigo. – falei.

- Amigo? Nunca mais ouse insinuar isso. – ele falou. – você sabia disso, não sabia? O estava acobertando os dois desde sempre. Filha de uma puta.

Tom estava furioso. Ele começou andar de um lado para o outro. Eu estava ficando com medo, mas cabia a mim acalmá-lo.

- Tom, escute aqui porra! Eu não sabia que Gustav estava saindo com ela. Foi surpresa para mim assim como foi para você. Mas a culpa maior é da Caroline que não se dá o respeito. –falei, agora gritando também.

- Não interessa. Você a ajudou. Sua traidora. E eu que achava que você fosse diferente. Você é igual a todas as outras não é? – ele falou.

Uma lágrima invadiu meus olhos. Minha mão se ergueu instantaneamente.

- Cale a boca! – gritei.

Com isso, minha mão atingiu o rosto de Tom. O tapa foi tão forte que  a marca da minha mão ficou no rosto dele.

Eu parei e olhei para ele. Seus olhos estavam repletos de raiva. Pensei que ele me bateria também.  A única coisa que ele fez foi sentar-se no chão, encostado na parede, com as mãos na cabeça.

Ao ver aquele homem daquela forma, fiquei sem reação. Me aproximei dele, ajoelhei-me, peguei suas mãos passei por trás de meu pescoço e o abracei.

- Tom, por favor, me escuta. – falei, com a voz serena.

Mulheres tem esse dom, acalmar os homens, conseguir camuflar suas emoções para passar o sentimento que quiser. Nisso eu tenho sorte por ser mulher.

- Yuuki, eu não quero. Meu irmão, Yuuki. Ele gosta muito dela. – Tom falou, desolado.

- Eu sei, Tom. Mas acho que isso é assunto para Bill e Carolina conversarem. Não cabe a nós.- falei.

- você quer dizer que eu devo fingir que nada aconteceu? – ele perguntou.

- Tom, Gustav não era o único com quem a Carol traía o Bill. Não há razão para ficar puto com ele. E vocês são amigos. Namoradas vão e vem, Bill vai entender isso. – falei. – amigos não.

Tom me olhou nos olhos e percebeu que eu estava sendo sincera. Ele apertou o abraço em mim e começou chorar.

- Eu queria ele aqui. Falta de consideração com ele. Eu queria que você fosse a namorada dele Yuuki. – Tom falou.

Minha mente viajou pelo tempo.

*lembrança*

- Meu irmão gosta muito de você – um Tom me falou.

- Eu acho que não. E eu não sou para ele. –falei.

- Você é a única que pode fazê-lo feliz. Você o faz mudar, Yuuki. Ele sempre tenta melhorar em tudo por você. Eu vejo o esforço dele.  – o menino falou.

Eu fiquei sem reação, envergonhada. Então ele mudava por mim. Eu me senti feliz.

*Fim da lembrança*

De volta a realidade de Tom ali abraçado comigo, eu apertei mais ainda o abraço e só pude dizer uma coisa:

- Eu estou aqui, tudo vai ficar bem!

Foi uma coisa automática, involuntária.

Levantei Tom e o levei até meu quarto. O deitei na cama e me deitei ao seu lado. Ele precisaria de alguém ao lado dele para dormir. Ele estava abalado, cansado. Eu também.

Durante a madrugada, acordei várias vezes. Tom também dormiu mal naquele dia. Eu percebi que ele estava perturbado dormindo. Coloquei minha mão em seus cabelos e acariciei os fios macios e negros. Tom relaxou. O resto da madrugada foi suave, sem tormentas.

Era final de semana, folga de Tom, graças a deus ele não trabalharia.

Tom acordou e não quis se levantar da cama. Ele chorava novamente.

- O que há Tom? – perguntei.

- Eu vou dizer o que com meu irmão quando ligar para ele? - Tom perguntou.

- Não se preocupe. Não diremos. O tempo dirá. Caroline dirá. –respondi.

Eu coloquei sua cabeça encostada em meus seios. Ele ficou mais confortável. Tom parecia relaxar ao meu lado. Eu não o deixaria sozinho enquanto ele estivesse daquele jeito.

- Hey Yuuki. – Tom sussurrou.

- Sim?- respondi.

- Me desculpe por ontem. – ele falou – eu não queria ter falado aquelas coisas para você.

- Tom, tudo bem, não se preocupe. – respondi.

Eu queria ser gentil com ele, apesar de tudo o que ele disse ter me machucado, eu não falava nada. Nunca falei. Mas foram coisas ruins que ficaram na minha cabeça por muito tempo.

- Eu acho que vou ligar para o meu irmão. – ele falou.

- É, faça isso, mas por favor, não diga nada. – eu apelei – seu irmão já não está em estado muito bom, psicologicamente dizendo. Você não quer piorar, quer?

Não levem a mal, a única forma de fazer com que ele não contasse era apelando. Eu não estava no lado da Carol, mas eu sabia que não era o Tom quem devia falar com Bill sobre isso, era a namorada dele. E também, eu estava poupando o sofrimento do rapaz que acabara de deixar o hospital.

Tom pensou um pouco.

- eu não sei, Yuuki.

- Tom, eu vou falar com a Caroline e vou pedir que ela fale com Bill sobre isso. Porque se você falar para ele, ele vai ficar aflito, Tom, você sabe disso. –falei.

Tom pensou um pouco, perturbado. Ele não gostava de esconder as coisas de seu irmão. Mas aceitou.

Levantamos da minha cama, Tom foi tomar banho e eu fui preparar nosso café. Ao pisar na cozinha, me deparei com  a figura de Caroline ali, sentada com as mãos na cabeça.

- O que você está fazendo aqui? – perguntei.

- Yuuki, eu te agradeço por ontem. Mas essa é minha casa também. – ela respondeu.

- Tom vai querer matar você se te encontrar aqui. Não tem como você ficar na casa de uma de suas amiga, de  Gustav, não sei, você é amiga do campus inteiro. – falei.

- Yuuki, não posso. Eu vou  para a casa dos meus pais por algum tempo. Eles moram aqui na cidade e vai amenizar um pouco as coisas. Mas preciso arrumar minhas coisas. – ela falou.

- Ok. Suba e pegue suas coisas. Me espere no seu quarto até que eu mande você descer. Eu quero falar com você antes de você sair. –falei.

A porta do quarto de Tom bateu, ele saíra do banho. Eu me desesperei.

- Vai, sobe logo, Carol. Fique lá. – falei.

A menina fez o que mandei. Ela sabia que se Tom a visse ali, com certeza ele faria o maior escândalo, gritaria e acabaria com a raça dela, eu não estava disposta a ver essa cena. Nem Caroline.

Logo que ela foi para o quarto, Tom desceu.

- Você estava conversando? – ele perguntou.


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