Meu Lado Negro. escrita por Kaah_1


Capítulo 14
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/148480/chapter/14

Acordei com os raios de sol que invadiam o meu quarto. Damn!

Eu não estava com a mínima vontade de levantar. Nunca estou. Ás vezes, eu desejava não ter que acordar. Ou acordar e ver que tudo aquilo que eu achava que fosse minha vida, tenha sido só um sonho.

Depois de alguns minutos, me levantei. Afinal, eu infelizmente teria que ir pra escola. E eu odiava aquilo tudo. Fiz rapidamente minha higienes e logo fui me trocar, colocando uma roupa simples e boba. Não me importava muito com roupas, mas, até que aquela era legal.

Dei de ombros. Penteei o meu cabelo e depois fui até a cozinha procurar algo pra comer ou sei lá. Peguei um pacote daquelas bolachas de água e sal e enchi um copo de whisky. Ok, que tipo de louco toma isso ás 7 horas da manha? Eu. Ok, muitos outros também. Fazer o que, é bom.

Me sentei no sofá e liguei a TV. Vendo um noticiário sem graça, enquanto comia algumas bolachas e tomava alguns goles do meu whisky.

Foram encontrados sete corpos nessa manhã e mais três estão desaparecidos. – o homem do jornal disse, o que me fez sorrir e prestar atenção na reportagem. – A pergunta é... Porque sempre há tantas mortes em datas comemorativas como o Halloween? – completou. Porque será? Porque é mais fácil. Mais fácil praticar esse hobbie.

É, acho que eu não era a única assassina dessa cidade. Talvez fosse a mais nova delas, mas, eu não era a única. E sei bem disso. Tive algumas ajudas para saber o que sei hoje. Fiquei vendo a reportagem sobre os corpos encontrados e blábláblá. Tomei o resto do meu whisky e deixei o pacote de bolachas sobre a mesinha de centro. Então, resolvi pegar minha mochila logo e ir pro inferno chamado escola.

Peguei o ônibus escolar e em alguns minutos já estava em frente à escola. Entrei na mesma, caminhando normalmente. Acho que Justin ainda não tinha chegado, porque, eu não o via. Dei de ombros e caminhei até meu armário, enquanto sentia alguns olhares em mim.

Ignorei e me pus de frente a meu armário. O abri e vi um papelzinho cair do mesmo, o peguei e o abri. Era uma letra meio estranha, quase não consegui entender.

“Susan Taylor, eu sei bem o que você é. E se pensa que vai se sair bem nesta historia, está bem enganada. Eu não vou deixar.” – terminei de ler aquilo. Ouxi, que porra era aquela? Alguém sabe do meu extraordinário segredo de assassina? Não vou me sair bem? O que? É uma ameaça? Guardei o papel de volta no armário e olhei pros lados.

Quem seria? Quem seria o meu ameaçador? Desliguei-me quando vi Mandy passar rindo a minha frente. Me fitou com aquele sorriso sarcástico e sínico. Não... Era ela? Ela me ameaçava? Ninguem me ameaçava! De jeito nenhum! Corri até ela e puxei seu braço, arrancando-a de perto de uma amiga sua.

– O que você quer garota? – ela me olhou desentendida, franzindo a testa.

– Para de me mandar esses bilhetinhos, ta legal? Se pensa que pode me ameaçar esta bem enganada! – falei um pouco baixo, enquanto sentia meu rosto arder de raiva.

– Bilhetinhos? Do que é que você ta falando? – ela gargalhou. Vadia... E ainda por cima mentirosa.

– Você sabe muito bem! Deixou bilhetinho no meu armário, dizendo que sabe quem eu sou e que não vou me sair bem na historia... Sei lá. – fiz careta.

– Eu não mandei nada disso, Susan. – ela disse, dando um passo pra trás. Parecia sincera. Droga, não posso acreditar.

– Mentira! Está mentindo! Foi você! – gritei.

– Não foi. Eu juro.

– Quem foi então? Um amigo seu? Pagou alguém pra me botar medo? – ok, agora eu gritava. E percebi que algumas pessoas ao redor me encaravam, com risadinhas abafadas.

– Não foi ninguém, sua esquisita! Eu não tenho nada a ver com isso! Entenda! – gritou de volta.

Deu de costas e voltou a andar. Eu? Fiquei ali, parada. Me sentei no chão, se encostando nos armários atrás de mim. Não... Não... Com esses anos de pratica, só podia ser uma brincadeira. Ninguém sabia, ninguém poderia saber. Não sobre mim. Eu não quero, não posso deixar. Quero que fique em segredo. Ninguém sabia da minha historia alem de mim e de minha irmã, Molly. E jamais ninguém saberia.

Senti meus olhos marejados e... Espera, Susan Taylor não chora! Porque estou a um ponto de chorar? Droga, droga, droga. Susan, sua fraca! É só um bilhete! Só isso. Senti alguns olhares sobre mim e risadinhas bobas ao meu redor. Eu estava preocupada demais para olhar. Eu ia matar todos. Ah, sim. Se precisasse eu mataria todos. Todos. Só pra manter meu segredo. Só pra não perder... Ele. A única coisa que eu tenho.

– Susan? Ta tudo bem? – ouvi aquela voz rouca me chamar. Olhei pra cima, e lá estava ele. Justin, estendendo a mão pra mim.

Segurei sua mão e me levantei, sorrindo. Ou quase isso.

– Estou... Estou bem. – assenti, enquanto fitava seus olhos.

– Não parecia bem. – envolveu seu braço ao redor da minha cintura.

– Mas, estou. Agora estou. – sorri a ele, e o mesmo em deu um selinho demorado.

– Hm... Deixo adivinhar... Tomou whisky antes de vir pra escola? – ele riu, ao me fitar.

– Como sabe? – ri junto. Cara, ele me conhecia muito bem.

– Parece que sempre fica mais sensível quando toma isso. – sorriu de lado e me fitou brevemente.

– Não fico não! – franzi a testa.

– Ah, fica sim. – apertou um pouco minha cintura, o que me fez rir.

– Talvez um pouco mais carente. – me virei para fitá-lo e o puxei pela gola da blusa enquanto dava uns passos pra trás e sentia minhas costas baterem na parede ou nos armários, tanto faz.

– Senti saudades de você, sabia? – fez beicinho, enquanto me dava mais um selinho demorado.

– Nos vimos ontem à noite. – ri. Não fazia muito tempo.

– Fiquei a noite inteira sem você. – ele disse, o que me fez girar os olhos. Logo pude sentir seus lábios encostarem-se aos meus e sua língua pedindo passagem para aprofundar o beijo.

Pelo menos assim, eu poderia esquecer-se dos meus probleminhas, me esquecia de quem eu era. Do monstro que eu era.

Pude sentir Justin apertar meu quadril e sem hesitar, passei minhas mãos por dentro de sua blusa e arranhei seu tórax. Passou os beijos para o meu pescoço, onde mordiscava e dava alguns chupões que me faziam rir e arfar. Direcionei meus lábios até os seus, onde dei algumas mordidinhas e depois os selei novamente. Não estava um beijo tão calmo, estávamos na escola e em meio ao corredor com alunos. O que era estranho.

Será que eu havia bebido tanto whisky assim? Ri.

– Senhor McCann e Senhorita Taylor... – essa parecia ser a voz da diretora e nós tratamos de descolar nossos lábios e fitá-la. Rindo um pouco. Sem desgrudar um corpo do outro.

– Sim? – falamos juntos. Inocentes.

– A aula de vocês já começou... Será que poderiam parar de se beijar no meio do corredor e se dirigirem até suas salas? – ela disse calma, com um sorriso sínico no rosto.

Revirei os olhos.

– Acho que não vai dar não. – Justin disse brincalhão, fazendo a mulher tirar rapidamente seu sorrisinho sínico do rosto e emburrar a cara. O que me fez rir. Muito.

– Quer que eu ligue pra sua mãe, senhor McCann? – disse um pouco auto.

– Não... Não precisa. Minha mãe já tem problemas demais. – respondeu.

– Então, por favor... Os dois, se dirijam agora para as salas de aula. – ela apontou.

Eu e Justin rimos, mas, depois de um tempinho, ele pegou minha mão e saiu me puxando em direção a aula. Acho que teríamos Frances agora, que até que não era uma aula tão ruim. Abracei um de meus livros e me ajeitei em frente à porta da sala de aula.

– Licença, professor. – Justin e eu dissemos juntos.

– Atrasados. – ele disse, nos fitando.

– Novidade... Agora, podemos entrar ou não? – perguntei, revirando os olhos.

– Ok, entrem. – disse o professor chato e barbudinho.

Sorri sínica e então, eu e Justin nos sentamos em umas cadeiras no fundo. Eu atrás e ele na minha frente.

– Bom gente... Amanhã, teremos uma prova e espero que estudem muito por que... – o professor dizia, enquanto eu estava no mundo da lua. Af, era mesmo uma merda essa escola. Prova... Quem liga pra isso?

– Hey, Susan. – Justin disse a minha frente, se virando para me fitar.

– Sim? – sorri a ele.

– O que acha de um sorvete depois da aula? – sorriu de volta.

– Ótimo. Você paga. Mas, só se em ajudar com Frances. Sou péssima. – fiz beicinho.

– Combinado. – piscou.

Logo ele se virou pra frente. Quem disse que eu iria estudar? Ok, admito que queria passar mais tempo com ele. Que coisa mais idiota... Eu sou Susan Taylor... Quem diria que monstros podem amar, não é?

Vi meus pensamentos se voltarem novamente para o que estava escrito naquele bilhete.

E se pensa que vai se sair bem nesta historia, está bem enganada. Eu não vou deixar. Hm, como assim? Quem mandou essa merda? Só me faltava essa. Realmente, esse alguem, não sabe aonde está se metendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aaaaaai, que capitulo mais... lixo, né não??? >< KKKKKKKK, comentem meus amores. Me digam o que acharam. E obrigado :)