Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 10
Capítulo 9 - Discussão entre Walker's


Notas iniciais do capítulo

E aí pôneis malditos *--*
Bom, eu sei que demorei pra escrever (de novo) e novamente peço perdão por isso.
Quero agradecer novamente as meninas que mandaram aqueles reviews maravilhosos, fiquei muito feliz de verdade *---*
Agora chega de enrolação!



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 Após de uma hora de ensaio, fomos finalmente para a Lanchonete do Joe, para "almoçar" entre aspas mesmo, pois na verdade já se passavam das 15h00. Katherine e os garotos pareciam se conhecer à anos, conversavam animadamente, porém graças a Deus, ela não esqueceu-se de mim, então eu acabei entrando também na conversa. Estávamos sentados na seguinte ordem: Greg, eu e Kate. E no outro lado da mesa estavam Frank, Peter e Will.

- Sabe tocar algum instrumento, Kate? - perguntava Will enquanto dava uma bela de uma mordida em seu sanduíche.

- Sim, sei tocar violão, mas me arrisco na guitarra também - ela sorriu comendo sua batata-frita.

- Então é daí que vem todo o conhecimento sobre guitarras - eu comentei bebendo meu refrigerante.

- Algum dia, se você não se importar, nós gostaríamos de te ouvir tocar - agora Peter dizia sorrindo. Ele e esse sorriso estranho, acabei revirando os olhos discretamente, mesmo concordando com a ideia dele.

- Eu adoraria, mas quero deixar claro que eu não toco muito bem - ela soltou um riso, Greg soltou um suspiro.

Seu irmão, Frank, percebeu o suspiro e eu senti uma movimentação de baixo da mesa, seguido de um grunhido aguniado de dor de Greg, suponho que tenha levado um belo chute na canela. Todos olharam para Greg, que por sua vez ficou super vermelho. Will, Peter, Frank e eu rimos daquele garoto que parecia um tomate, talvez seja de raiva ou somente vergonha.

- Está tudo bem, Greg? - perguntou Kate um pouco preocupada, porém eu sentia que ela estava segurando um riso também.

- Está sim, Kate. É que... - o menino estou falar, porém foi interrompido pelo irmão.

- É que ele está com uma bendita de uma unha encravada no dedão do pé e eu sem querer pisei nela - Frank sorriu olhando pro irmão.

Depois disso voltamos a comer, mas não ficou um total silêncio, pois Will, às vezes, comentava algumas coisas engraçadas, típicas dele.

- Como uma garota que nem você, consegue namorar com o tonto do Thomy? - perguntava William com uma expressão de confusão.

- Acredite, eu me faço essa pergunta todo o dia - eu comentei mexendo minha cabeça como forma de afirmação, recebendo uma cotovelada no braço, vindo de Kate, que fingia estar ofendida.

- Ei, o Thomy não é tão ruim assim - tentou defender o namorado.

- "Não é tão ruim assim"? Ah, por favor, ele é muito careta, metido e adora encher nosso saco, falando que a nossa profissão não é decente. Ah, por favor - comentou Frank revirando os olhos.

- Desculpe, Kate. Tenho que concordar com o Frank - disse Peter levantando as mãos para cima, como forma de rendição.

- Vocês são um tipo de complô contra o Thomas? - perguntou Kate soltando um riso.

- Praticamente... - respondeu Greg com um olhar pensativo, segurando seu próprio queixo.

- Thomy se preocupa muito com o futuro somente isso - Kate tentou defender novamente.

- O que altamente desnecessário - agora eu disse.

- Uma vez, um cara disse que não faz sentido ficar se preocupando com futuro. Que as pessoas deveriam viver o presente sem se preocupar com as consequências, ser apenas feliz - disse Will terminando o seu refrigerante.

- E quem é esse cara? - perguntei curioso.

- Eu - ele sorriu e se fez de desdém, nós todos rimos.

Olhei para o meu relógio, lá marcava 15h48m, olhei para Kate e eu disse:

- Já são quase 16h00m, melhor nós irmos Kate.

- Ah, mas aqui está tão divertido - ela fez um bico.

- Fica, cara! - falou Peter.

- Por que não quer ficar? Sophie já colocou um horário para você chegar em casa? - brincou Will e eu revirei os olhos.

- Não, só achei que Kate gostaria de ir para casa, mas já que ela quer ficar... - eu sorri para ela que retribuiu.

- Ótimo, então, o que vamos fazer agora? - perguntou Greg.

- Que tal uma partida de futebol americano improvisado no parque? - sugeriu Frank animadamente.

- Frank, e a Kate? Ela vai ficar olhando a gente jogar? - disse Will.

Ah, droga. Olhei para o Will e balancei minha cabeça em uma forma negativa e ele me olhou confuso. Olhei para Katherine e ela tinha um olhar surpreso acompanhado de um sorriso sarcástico. Adeus, Will, meu velho amigo, foi bom conhecê-lo.

- Como é que é? Quem disse que eu vou ficar olhando? - ela disse com as sobrencelhas levantadas.

Os meus amigos riram e Will disse:

- Qual é Kate? Futebol americano não é coisa de mulher, vocês podem quebrar uma unha.

- Você não deveria dizer isso, cara - eu disse um pouco baixo.

- Ah, é, Will? Ótimo, então vamos ao parque, vou mostrar para você o que não é coisa de mulher - Kate soltou um sorriso sarcástico.

Fomos ao parque, mas antes passamos na casa da namorada de Frank, Julie, para ver se ela gostaria de ir também. A garota aceitou, então finalmente todos nós fomos ao parque, aliás fomos a pé, porque não era muito longe. Só que Kate começou a reclamar de dor no pé, não sei porque aquela mulher coloca um sapato com um salto daquele tamanho.

- Ah, cara. Meu pé deve estar na carne viva - ela reclamava se apoiando em mim.

- Tira o sapato, vai descalça. Já está perto, oras! - eu sugeri.

- Não, não mesmo. Chris, estamos em uma das avenidas mais famosas de Nova York, eu não vou ficar descalça - ela me olhou como se eu tivesse falado uma grande de uma besteira.

- Então já sei - sorri, me abaixei um pouco e fiquei de costas pra ela.

- O que foi menino? - Kate disse confusa.

- Sobe!

- Ah, não. Não mesmo!

- Anda logo, Kate.

- Não! - ela disse decidida e foi andando com o resto do pessoal que estava um pouco a frente.

- Se não quer o jeito fácil, Katherine... Vai ser o difícil - disse para mim mesmo.

Andei até sua direção e a peguei no colo. Coloquei seu corpo de bruço em meu ombro, deixando sua cabeça para baixo em minhas costas e comecei a caminhar calmamente segurando suas pernas para que ela não acabasse caindo.

- Christopher Lewis Walker, me ponha no chão agora - ela gritava sem se preocupar agora de aonde estava e começou a bater em minhas costas.

- Você não queria do jeito fácil, então tinha que ser do difícil. Não quero ver você morrendo de dor no pé, Srt. Oxigenada - eu disse para ela em um tom brincalhão e vi meus amigos rirem daquela situação em que nós nos encontrávamos.

- Estamos passando vergonha, acho que ninguém no mundo passou tanta vergonha do que nós nesse momento - disse desistindo de tentar me fazer soltá-la, havia um tom totalmente sem graça em sua voz.

- Pelo menos estamos passando vergonha juntos, que, convenhamos, é bem melhor do que passar vergonha sozinho - eu soltei um riso e continuei meu caminho com o corpo dela em meus ombros, tentando ignorar todos que nos olhavam meio surpresos.

Passamos a tarde toda jogando futebol americano improvisado, o que foi bastante divertido. Os times eram Peter, Will e eu, contra Kate, Frank e Julie. Greg abriu mão do jogo para ficar paquerando uma garota morena que estava ali perto lendo um livro tranquilamente. É óbvio que nós - Peter, Will e eu - ganhamos. Kate podia até jogar bem, ter Frank no time e Julie, que também não era tão mal, porém não tinham mais força de que três homens juntos.

Tivemos que aguentar Will se gabando e provocando Katherine, que por sua vez tentava dar várias desculpas sobre sua derrota, e também tivemos que aguentar a hora em que Kate se irritou e saiu correndo atrás de Will para lhe dar uns bons tapas.

Depois fomos tomar um sorvete e mal percebemos que o céu já era tomado por uma bela lua e várias estrelas. Olhei para Kate, que tinha um belo brilho nos olhos. A mulher parecia feliz, o que de certa forma me deixava na mesma forma também. Porém uma pergunta tomava minha mente: "Como ela pode ser tão linda?". Creio que aquela garota não fazia ideia do tamanho que beleza que possuia. Seus cabelos louros eram ondulados e pareciam tão sedosos, seus olhos... Ah, seus olhos eram lindos, como já cansei de dizer. Sua boca delicada e não muito carnuda parecia me chamar todo instante, o duro era tentar ignorar. Aquela pele clara parecia tão quente e macia. Já a suas curvas... Eu sinceramente me recuso a dizer o que penso, já que essa história é para maiores de 13 anos.

Estava totalmente perdido analisando cada detalhe do corpo de Kate, quando meus olhos pararam em sua mão direita, mais especificamente no quarto dedo onde estava uma aliança prata, fazendo os meus próprios olhos ficarem totalmente arregalados.

- Chris? Cara, o que houve? - perguntou Peter aparentemente confuso com a minha reação repentina.

- Só me respondam uma coisa: Que hora é agora? - eu perguntei rezando para que ele dissesse que ainda eram 18h00m.

- São 20h28m, por quê? - disse Frank despreocupado voltando a abraçar Julie, depois de olhar para seu relógio de pulso.

- Ah, não! - disse Kate com os olhos arregalados deixando uma parte de seu sorvete cair na grama, na qual, estávamos sentados.

- O que houve? Perderam o sorteio dos números da loteria? Cara, eu joguei na loteria, não me diga que já deram os números? - disse Will com um expressão derrotada.

- Não, seu idiota. Não houve nada... Ainda, porém garanto que amanhã não existirá mais o guitarrista solo da "The Last Night". Parabéns, Frank, finalmente vai conseguir o solo, use-o com sabedoria, meu jovem - eu disse dando leves tapas no ombro de Frank.

- Só eu que estou boiando totalmente nessa história? - disse Peter totalmente confuso como os outros.

- Não, porque eu também estou na mesma forma - disse Greg enquanto terminava seu sorvete de chocolate.

- Simples. James e Thomas chegam umas 19h00m em casa, e Thomas é muito ciumento. Então quando nós chegarmos lá, ele vai começar a me acusar e a acusar Chris, não vai deixar a gente se explicar, vai rodar a baiana, vai pegar uma arma e atirar 10 vezes na cabeça de Chris e 5 na minha, porque eu ainda sou a namorada dele, então vai ser um pouco mais bondoso comigo - disse Kate deixando seu sorvete no chão, se levantando e falando tudo rapidamente fazendo gestos exagerados com as mãos.

- Thomas é tão maldoso assim? - perguntou Greg meio assustado.

- Quando se trata de Kate, sim. Um dia ele viu Kate saindo com um garoto, quando eles nem namoravam ainda, aí ele chegou em casa e só faltou matar um - eu disse me levantando.

- Tudo bem, temos que ir agora. Tchau galera, adorei conhecer vocês, nos vemos por aí, se eu sobreviver - Kate segurou minha mão e saiu correndo me fazendo seguí-la, mas antes nós ouvimos alguns risos e depois um "tchau".

Corríamos desesperados pela avenida, Kate tentou tirar os sapatos enquanto corria, o que não deu certo e ela quase caiu no meio da rua. Quando finalmente chegamos na bendita casa dos Wright, coloquei minha mão livre - já que a outra ainda segurava a mão macia de Kate -  no joelho e me curvei tentando pegar um pouco de oxigênio e Kate fazia o mesmo só que colocava a mão no peito. Quando consegui controlar um pouco meus batimentos cardíacos, coloquei a mão no bolso e procurei a chave do carro. Depois de pegá-la, eu e Katherine, entramos e eu dei a partida.

No caminho ouve um silêncio mortal, confesso que passou pela minha cabeça mudar de direção e fugir com Kate para algum lugar distante dali, porém foi uma ideia totalmente estúpida... Ou talvez nem tanto. Começamos a ver o formato da grande casa branca com partes em azul-marinho, vi Katherine se remexer desconfortavelmente no banco do carro mordendo os lábios, juro que se eu não estivesse tão nervoso eu estaria todo bobo olhando para aqueles lábios. Quando chegamos perto o bastante da casa, desliguei o carro, olhei para Kate e disse:

- Ei, calma, vai dar tudo certo. Não vai acontecer nada - sorri.

- Queria poder ter certeza - ela retribuiu o sorriso também, só que o dela demonstrava tristeza e nervosismo.

Tiramos nossos cintos de segurança e saímos do carro batendo a porta logo depois, o que não causou um barulho tão alto assim, afinal. Mas não deu míseros 3 segundos depois do barulho da porta e eu vi um homem louro furioso vindo em nossa direção.

- CHRISTOPHER LEWIS WALKER, QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA SAIR COM A MINHA NAMORADA SEM A MINHA PERMISSÃO? - Thomas esbravejou dando ênfase na palavra "minha".

Senti Kate segurar fortemente uma parte de minha jaqueta, ela parecia assustada com aquilo. E isso me deixou realmente muito, mas muito, nervoso. Vi uma mulher parada na porta com uma expressão assustada e com uma das mãos na boca, essa mulher? Minha mãe.

- E desde quando Katherine precisa de sua permissão para sair? - agora eu ataquei.

- Desde quando eu coloquei uma aliança no dedo dela e a pedi em namoro - ele rebateu.

- Isso não a torna sua escrava, sua cachorrinha de estimação! Você não tem o direito de mandar nela, mesmo que você tenha colocado uma droga de aliança no dedo dela. A vida ainda é dela e Kate faz o que bem entender com ela - eu disse fechando meus punhos.

Estávamos gritando no meio da entrada da nossa casa, arrancando olhares de vários vizinhos curiosos, fazendo minha mãe ficar desesperada e entrar em casa novamente, provavelmente tentando encontrar meu pai.

- Quando você começou a bancar o herói das mocinhas indefesas, Christopher?! - soltou Thomas prestes a avançar em cima de mim, e pra falar a verdade eu estava doido para sair na porrada com aquele idiota.

- Desde quando eu sou uma mocinha indefesa, Thomas?! Eu não preciso que o Chris me defenda e eu não preciso de você me dizendo o que eu devo ou não fazer. Agora parem, estão ganhando atenção demais! - Katherine gritou entrando no meio de nós dois.

- Agora ele é "Chris" e eu sou "Thomas"? Que ótimo, Katherine, ótimo. Então fique aí com seu novo namoradinho, ele vai te dar liberdade, como você quer. Só que não é somente isso que ele vai te dar, também vai te dar um belo de um par de chifres - disse Thomas avançando para mais perto de mim.

- Cale a boca, Thomas! Já notou a idiotice que está dizendo? Já notou o quanto ridículo você está sendo? - Kate ainda dizia totalmente alterada.

- Só estou tentando proteger o que é meu! - ele rebateu.

- Já disse que ela não é uma propriedade sua! Estamos falando de uma pessoa e não um controle de televisão - agora eu resolvi falar.

- Garotos, parem agora! - dizia uma voz masculina se tornando mais alta a cada minuto - Kate, melhor ir para dentro, tudo bem?

Katherine assentiu com uma expressão de decepção, porém seus olhos demonstravam raiva, eu sentia isso. Ela soltou um olhar para mim do tipo "olha lá o que vai fazer", depois entrou para dentro de casa.

- Diga para Christopher ficar longe dela - disse Thomas para o nosso pai parando de gritar, porém ainda rosnava.

- Não vou ficar longe de Katherine, Thomas.

- Garotos, já chega. Thomas, eles são somente amigos, seu irmão nunca te trairia - disse meu pai olhando para mim esperando talvez que eu concordasse, porém não pude fazer nada, então ele continuou - E já chega vocês dois! Thomy, filho, acho melhor falar com Katherine. Ela parecia bastante chateada com você.

- Tudo bem - Thomas bufou e antes de entrar em casa também, me soltou um olhar assassino e eu retribui com muito vontade.

- Christopher, por que diabos não concordou? - disse meu pai segurando no meu ombro.

- Eu... - suspirei passando minhas mãos nos meus cabelos, não iria mentir para o meu pai.

- Eu vi o jeito que olha para ela, Christopher. Sou seu pai, eu te conheço - ele soltou um sorriso.

- Pai, eu não queria ter que fazer isso com, Thomy - eu suspirei.

- Gosta mesmo dela, não é?

- Eu acho que... a amo - eu disse calmamente, porém um pouco surpreso, pois eu nunca havia dito isso, acho que nunca amei ninguém, por isso não era necessário dizer. Eu precisava dizer o que eu sentia por ela para alguém, aquilo andava me matando. E eu sabia que meu pai era a pessoa perfeita para isso.

- Só vou lhe dizer uma coisa: Se você realmente a ama, lute por ela, está bem? Mas quero que faça isso com a certeza de que não se arrependerá depois, e que nunca vai trocá-la por outra garota.

James soltou mais um de seus sorrisos, soltou meu ombro e nós dois fomos caminhando calmamente até da nossa casa, até que ele voltou a dizer:

- Uma vez eu me apaixonei pela namorada de um dos meus primos, ela era encantadora... Perfeita! Então decidi lutar por ela e assim consegui fazer aquela garota se apaixonar por mim, assumo que foi bem difícil.

- E o que aconteceu com vocês dois? - perguntei um pouco interessado.

- Nós nos casamos e tivemos três filhos, chamados Christopher, Thomas e Zoe - ele soltou um sorriso bobo.

- Isso só pode ser mal de família! - eu disse balançando a cabeça negativamente.

- Talvez... - ele comentou e nós dois rimos, logo depois entramos para dentro de casa. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *---*
Ah, e como já devem saber:
Qualquer erro por favor é só me avisar para que eu arrume o mais rápido possível.
Sugestões, elogios, críticas? *-*