O Amuleto Rafma escrita por Rafma


Capítulo 8
Quando Sete + Oito dá Quatro


Notas iniciais do capítulo

Affz! Caramba! Lucas só se da mal! Nesse capítulo Lucas perde...? Só lendo mesmo =D

E que comece as mensagens /o/



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“Isso vai me matar! É muito suspense! Muito segredo!” – Pensava angustiado – Tem certeza que o amuleto não apareceu no noticiário?

 

- Tenho certeza! – Sandra confiava no que dizia – Fui eu que avisei pra vocês sobre a notícia que estava passando, lembra? Eu vi a reportagem completa.

 

- E agora, Lucas? O que vamos fazer? – Vanessa sussurrava novamente.

 

- Não sei! Não consigo entender isso. Nas minhas mensagens aparece sobre um museu, o desenho de um amuleto, um príncipe, meu pai. E quando acho que estou começando a entender eu volto à estaca zero. Não é esse museu! Aquele noticiário foi uma mensagem. Ele deve estar falando de outro museu. – Coçava a cabeça – E se for mesmo outro museu?

 

- Lucas! Existe vários museu em Santa Catarina. Ainda mais no Brasil e muito mais no Mundo todo. A gente pode ficar meses procurando esse museu. Sei lá! – Virou a cabeça e começou a olhar para a janela do carro, vendo os outros carros – Acho uma péssima idéia se ficarmos atrás de museus.

 

- Eu poderia receber alguma mensagem que explicasse alguma coisa pra mim, mas não! Claro que não! Só recebo mensagem para complicar mais ainda a situação. – Se lembrava do ocorrido do recreio – Você sabia que tive outra mensagem hoje?

 

- Sério? Me conta! – Ansiosa, esperava ouvir a descrição da mensagem.

 

- Apareceu um holograma. Era um holograma da Erica...

 

- “Erica”?! – Falou meio alto.

 

- Sim! Foi por causa dela que Lucas apanhou. – Ao ouvir a voz da filha, Sandra explicou o que tinha acontecido ainda de manhã.

 

- Você apanhou por causa dela? Ohhhh, que "te fofo"! Apanhou por causa da menininha.  - Zoava Lucas, enquanto esse já estava ficando sem paciência.

 

- Você quer ouvir a mensagem? – Vanessa percebeu o olhar irritado de Lucas e parou com a brincadeira.

 

- Certo! O que ocorreu nessa mensagem? – Perguntava tentando esquecer a zoeira.

 

- Eu vi Erica em um holograma. Parece que ela iria falar alguma coisa... Tipo, ela no holograma queria esconder algo, só que não dava mais pra guarda e essas coisas. Ela iria falar qual era o seu esperado “segredo”, se é que ela tem um, massssssssss... Eu desmaiei bem na hora.

 

- Você desmaiou? – Espantada.

 

- É! Talvez essa mensagem fosse pra me fazer desmaiar mesmo no final. Pra me deixar nesse suspense. – Tentava achar a melhor explicação possível.

 

- E o que faremos? – Perguntava.

 

- Esperar vir mensagens novas, eu acho. – Falava sem muita esperança – “Ou ler o diário do meu pai. Eu não quero contar sobre o diário pra ela. Eu não quero colocar ela no meio da história.”

 

Chegando a casa, Lucas correu para o seu quarto. Queria ler algo a mais sobre a expedição e também sobre seu pai. Tirou o diário da gaveta do criado-mudo. Começou a ler:

 

“Dia 23 de Agosto de 2005”

 

“Eu e minha equipe, com ajuda do guia conseguimos encontrar um abrigo. O guia avisou que a Caverna ainda está longe. Esta chovendo aqui. São 04h00min horas da tarde. Nunca imaginei que essa Área Florestal seria tão grande. Enfrentamos alguns bichos, mas nada que fosse tão perigoso. Conseguimos achar alguns destroços, com algo parecido com um avião. Não sabemos o que é de certo, mas acho que teve algum acidente de avião por aqui. O guia disse que há muito tempo trabalha na área, mas não consegue se lembrar de qualquer avião ter caído naquele local ou ter ouvido algum barulho de explosão. Isso é um mistério para nós, só que, por mais interessante que seja esse assunto, temos que nos focar em nosso princípio: o príncipe e explicar as perguntas já mencionadas. A chuva está muito grossa. O céu ficou escuro do nada. Nossas lanternas não estão sendo muito úteis na floresta adentro. Minha equipe e eu estamos vendo alguma coisa para nós comermos, e alguns integrantes da equipe conseguiram frutas das árvores que estão perto daqui. Esse abrigo pra falar a verdade é uma cabana. Pra falar mais a verdade ainda, essa cabana faz parte dos conjuntos de cabanas espalhadas por toda a área. Elas são necessárias para, se houver alguma expedição, como a que estamos fazendo, ter algum lugar para, se a expedição for muito longa, passarmos a noite. Nessa cabana tem algumas comidas, mas nada como poder comer algo natural. Sei que é frustrante, você, pessoa que está lendo, saber que eu estou falando sobre cabana e frutos. Também estou desapontado por não poder achar essa caverna ainda hoje, mas a gente chegará! Sabe? Eu sinto uma enorme saudade da Sandra, da minha filha, Vanessa. Sinto tanta vontade de ver o meu campeão, meu garotão: Lucas! Um dia quero que ele possa sentir a emoção que eu sinto por me aventurar por aí! Um dia vamos viver uma grande aventura. Ele e eu! Bom, por enquanto é só isso. Quando descobrimos algo, eu voltarei a escrever.”

 

Lucas iria continuar, mas parou, não acreditava que seu pai se lembrasse dele naquela situação. Ele tinha uma verdadeira prova de que seu pai o amava. O nome dele, não só dele, da sua irmã e mãe, mas dele também estar ali é algo que podia se inigualável.

 

“Por que, pai? Por que você tinha que ter ido tão cedo? Eu só tinha míseros oito anos.” – Pensava triste na tão grande perda que foi seu pai morrer – “Esse ano completará três anos que ele morreu. Te amo de coração, papai. Te amo muito!”

 

- Lucas! Hora do almoço! – Falava alto, quase gritando, como de costume – A comida está na mesa!

 

Lucas abriu a porta de seu quarto e andou o corredor. Quando iria descer as escadas, sentiu uma tontura. Palavras vieram em sua cabeça. É como se ele estivesse enxergando um fundo branco, mas via algumas palavras e números nele. Ele não conseguia pensar direito, mas deduziu que, talvez, fosse uma mensagem. Na mensagem formou a seguinte frase:

 

“Sete mais oito dá quatro”

 

Lucas deu um passo que fez o cair. Ele desceu escada a baixo e bateu em uma mesa, que havia um vaso em cima dela. O vaso caiu na cabeça de Lucas. Sandra escutou um barulho e viu Lucas jogado no chão. Tentou acordá-lo, mas ele nem se mexia.

 

- Filha! Chama a Natália! Lucas caiu da escada! Chama ela, rápido! – Gritava desesperada pelo filho, já chorando – Lucas! Acorda, meu filho!

 

Vanessa ligou para Natália. Natália era médica, uma grande amiga de Sandra desde a infância. Ela disse que chegaria a casa imediatamente.

A campainha da casa foi tocada e logo a porta foi aberta.

 

- Natália! Graças a Deus! Você chegou! – Com um timbre de voz aflito.

 

- Oi, Sandra! O que houve? Você parece nervosa. O que aconteceu? – Natália olhava ao redor da casa.

 

- Meu filho! Ele caiu da escada, ele bateu em uma mesa e um vaso bateu na cabeça dele. Por favor, Natália! Me ajude! – Chorava muito. Sabia como era ruim perder alguém que amasse.

 

- Calma!  Tenta relaxar! Pode não ter sido nada demais. – Tentava acalmar a tensão que estava sendo provocada – Onde ele está?

 

- No sofá! Vem que eu te levo. – Puxou Natália pela mão – Está aqui!

 

Quando Natália foi ver Lucas de perto, esse acordou se levantando, ficando sentando, assim, assustando a médica.

 

- Ai, que susto! – Afirmava Natália, com o coração acelerando.

 

- Filho! Você está bem! Graças a Deus! – Beijava a cabeça do menino.

 

- Eu não estou muito bem não! Minha cabeça está doendo. E o que você me chamou? “Filho”? – Perguntava confuso.

 

- Sim! Eu sou sua mãe. – Olhava tensa para ele.

 

- “Mãe”? Eu não me lembro de te conhecer. Aliás, qual é meu nome? – Tentava pensar em qual poderia ser.

 

- Você não lembra? – Perguntava Vanessa – Eu sou sua irmã. A Vanessa! Seu nome é Lucas Rafma.

 

- “Lucas Rafma”? Você minha irmã? Eu não me lembro de nada disso.

 

- O que aconteceu com ele, Natália? – Sandra olhava em pânico para a médica.

 

- Eu acho que ele... Está com perda de memória - Tirava os óculos para limpá-los.

 


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Notas finais do capítulo

Então gente é isso! =D



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