O Amuleto Rafma escrita por Rafma


Capítulo 3
Uma Outra Mensagem


Notas iniciais do capítulo

Bom, agora com vocês nada mais, nada mesmo que o 3º capítulo! =D

E que viva as mensagens /o/ e o Professor de Matemática também.



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- Ah! Eu... É que ouvi algumas pessoas comentando sobre você. Mencionaram que você usava bandana também. Daí por isso que fui falar com você quando estava procurando a sala. – Respondeu e finalizou tudo dando um sorriso forçado.

 

- Que estranho! Mas quem estava falando de mim? – Perguntou interessado.

 

Mesmo Lucas já freqüentar o mesmo colégio há tanto tempo, ele não era um aluno popular entre os outros. Por isso que para ele era muito estranho pessoas comentar algo sobre ele.

 

- Tipo, eu sou nova aqui e... – Quando ela viu o professor de Matemática entrar na sala, aproveitou a oportunidade e acabou com o assunto -... E olha o professor aí! He, he! – Se ajeitou na cadeira e olhou pra frente.

 

Lucas arrastou sua carteira até sua fileira e se arrumou, tirando o livro de Matemática.

 

- Atenção! Sejam bem vindos ao primeiro dia de aula. E quero parabenizar que todos estão uniformizados, compraram os materiais solicitados. Uma coisa que quero dizer a vocês: estudem, mas estudem mesmo! Eu, aqui, nessa sala, quero ver os bons! Quero ver os bons! Quando saírem daqui, quero ver vocês pegarem um bom emprego e serem importantes por aí. – Seus olhos seguiam cada aluno que estava ali, sentados – Eu não vou ajudar ninguém! Quem conseguir a nota que conseguiu é por que a mereceu! Se eu tiver que dar 10 eu dou, mas se tiver que dar zero eu também dou. Então fiquem atentos!

 

“Afe! Assim o professor complica! O meu dia já ta todo zoado e agora o cara chega dizendo que nós temos que se esforçar por que ele não dará mole...” – Pensava suspirando, enquanto abria o caderno.

 

PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

 

- Acabou a aula! Podem ir, crianças. – Dizia enquanto guardava a papelada em uma pasta.

 

- EHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – A euforia tinha começado novamente. Todos animados para começar de vez com as aulas.

 

Só que Lucas não havia saído da sala ainda. O professor que estava por sair, notando que Lucas estava ali sentando, resolveu falar com ele.

 

- Lucas? É Lucas, né? – Perguntava meio envergonhado por não ter certeza se esse era o nome dele.

 

- É sim! – Com um tom baixo, olhando pro chão.

 

- Todas as crianças já foram. As faxineiras, daqui a pouco, iram limpar aqui. – Avisou olhando pro relógio.

 

- É que eu to com medo de ir passar pelo corredor e encontrar um guri que se diz “namorado” da Erica. Ele disse que se os amigos dele me vissem olhando para ela, ele... Iria me bater. – Encostou seu corpo na parede que estava do seu lado, mostrando insegurança.

 

- E você estava olhando para ela? – Perguntou.

 

- Ta! Eu admito! Eu fiquei observando ela. Somos até parceiros num trabalho de Artes que é sobre dança. É tão ruim assim? – Perguntou, meio que sabendo que o professor iria ficar do lado do valentão.

 

- Bom, eu me irritaria se minha namorada fosse observada muito tempo por alguma pessoa. – Disse, sentando em uma carteira.

 

- Mas esse guri não é namorado da Erica! Ele se autoproclamou namorado dela. Ele deve estar querendo ficar com ela, com medo que alguém consiga algo antes dele. Ele só não me atacou por que deve ser da outra sala. – Falava rapidamente, se embolando com algumas palavras.

 

- Hum... Entendo... Vamos fazer assim: eu passo o corredor contigo ao meu lado. Pode ser? – Sorriu como se tivesse resolvido um “probleminha”.

 

- Sério mesmo? Valeu, professor! Isso será um alívio. – Se levantou, agora disposto.

 

- Agora vamos, ok? – O professor o apressou não querendo encontrar com as faxineiras para elas reclamarem dos papeis de balas que ele não pediu para os alunos juntarem – Tenho muita coisa pra fazer ainda.

 

E como previsto lá estava o valentão e os outros dois caras encostados nas paredes, com os braços cruzados. Percebendo que o professor de Matemática estava junto do aluno, viram que Lucas foi mais esperto.

Lucas, quando passou por eles, ficou com a cabeça erguida para frente, sem se mexer, com medo que eles não respeitassem o professor estar perto dele e o avançassem, sem querer saber de nada.

 

O valentão olhou para todos e falou:

 

- Esse guri é esperto! Conseguiu fugir de uma surra usando o professor de matemática. – Deduziu – Mas amanhã não terá essa! Antes de começar a aula, Lucas terá uma suave dor, ou talvez, nem tão suave. Há! Há! Há! Há!

 

Os moleques saíram do colégio, pegaram suas bicicletas e passaram o portão da abertura do estabelecimento escolar, rindo alto. Lucas, menos tenso conseguiu chegar até o carro de sua mãe e como sempre, se jogou no lado esquerdo do banco e se inquietou vendo sua irmã feliz da vida, comentando sobre o dia.

 

Lucas achou patética aquela cena. Sua irmã contava sobre o primeiro dia e sua mãe fingia que a escutava, mas o que estava tentando era ligar para alguém do trabalho.

 

“To vendo que a vida é meio retardatária mesmo.” – Pensava negativamente – “Talvez, nem tanto. E aquelas mensagens? Ainda é uma dúvida para mim. Seria bom eu tentar pesquisar sobre isso, só que existem tantos amuletos em todo o planeta. Como eu vou saber qual é o amuleto que aparece nas mensagens?”

 

Chegando a casa, Lucas ligou a TV e deitou no sofá. Começou a passar os canais, pra ver se achava algo de bom para assistir. Não tendo nada de interessante para se ver, subiu as escadas de sua casa e foi até seu quarto. Sua cama ainda estava desarrumada por ter demorado tanto pra sair dela e se arrumar no começo do dia. Mas, ele ficou feliz. Deitou na cama, pegou seu cobertor e começou a dormir.

 

A tarde foi passando. Vanessa estava conversando com amigas de sala de aula pela internet. Sandra estava de novo ao trabalho. A tarde foi passando mais e mais e Lucas ainda estava dormindo. Vanessa ficava triste há essas horas quando o sol estava se pondo.

 

“Ai, meu pai! Por que você se foi? Por quê? Queria tanto ver você de novo... do meu lado.” – Pensava tristemente.

 

 Vanessa começou a chorar e abraçou um dos três travesseiros rosa com desenhos de pôneis. Vanessa e o pai eram muito apegados um ao outro. Limpou as lágrimas e procurou um álbum de fotos. Ela encontrou o livro em baixo da instante. Ela assoprou para tirar o pó de cima do álbum e começou a folhear as páginas com as fotos. São antigas. Da época em que o pai era vivo e que Vanessa tinha só nove anos de idade. Era uma grande época aquela. Não sabia que esse rumo do pai poderia se tornar algo diferente para a família Rafma.

 

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

 

Um grito desesperado acabou com aquele momento que ela estava tendo. Preocupada, saiu do seu quarto e abriu a porta do quarto de Lucas.

 

- Que foi Lucas? – Perguntava assustada – O que foi que aconteceu?

 

- Eu vi o nosso pai! Eu vi!

 

 


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que gostem e até o 4º capítulo