O Amuleto Rafma escrita por Rafma


Capítulo 15
O Saber de Tudo


Notas iniciais do capítulo

Depois de alguns anos sem escrever aqui e dar um pouco de atenção para uma história nova eu estou postando o capítulo 15 da fic. Bom, acho que esse capítulo ficou bom por que resolve algumas coisas sendo que o professor de Matemática deles também fica lá no meio.

Bom, é só isso! =}

Boa Leitura ^^

E que as mensagens comecem /o/ Link do desenho: http://img370.imageshack.us/img370/5323/img060xu3.jpg



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- Obrigado por ajudar, professor. Valeu mesmo por deixar a gente passar a noite no seu apartamento. – Lucas agradecia enquanto olhava para Fabio que estava carregando Erica em seu colo.

 

- Não é nada, Lucas. Mas que eu fiquei preocupado e confuso, eu fiquei! Que história é essa de ficar atirando raio-laser? Como você conseguiu? – Olhava para Fabio botando a Erica no sofá com o maior cuidado do mundo como se ela fosse algo frágil.

 

- Eu também não entendi. Mas eu sei quem pode responder isso. – Afirmou, olhando mais fixamente para o rosto de Fabio e seus cabelos ruivos.

 

Lucas não ia com a cara de Fabio. Bom, nessa altura do campeonato, Lucas desconfiava de todos e tudo, mas Fabio, não era bem uma desconfiança. Certamente, alguma coisa devia haver pra ele ser tão importante para não morrer como dizia a tal mensagem. Isso também não era tudo que o preocupava em Fabio. Odiou em ver o jeitinho todo cuidadoso que ele colocou Erica no sofá. Dava pra ver que Lucas não gostava disso. Estava com ciúme de Fabio.

 

“Da onde que esse cara conhece Erica? Como ele apareceu bem na hora e agarrou ela no ar? Por que ele é importante? E por que ele se importa tanto com ela? Eu... Eu não gosto disso.” – Pensava agoniado em ver aquela cena – Fabio, - O chamou com a voz um pouco apreensiva -, você pode nos explicar o que a gente não está sabendo?

 

- Er... Eu sou peça-chave para você. – Explicou enquanto saia de perto da Erica.

 

- Você? Peça-chave para mim? E o que o “senhor” pode fazer de tão importante para ser peça-chave para mim? – Perguntou com um tom irônico.

 

Fabio sentiu que Lucas falou com um sentido debochado e tentou fazer o mesmo.

 

- Ahh, cara... Nem sei... É que eu meio que sei onde está o escaravelho. Nada de mais, sabe? – Despertando a curiosidade de Lucas.

 

- “Escaravelho”? Você sabe onde está ele? – Chegou mais perto de Fabio, e esse se irritou com isso.

 

- Eu quero que todos venham aqui! Preciso explicar a situação. – Erica se levantou com ajuda de uma mesa no centro da sala – Você precisa saber de tudo, Lucas.

 

- “Saber de tudo”? “Tudo” o que? – Perguntou.

 

- Será que eu posso participar da conversa também? – O professor se intrometeu.

 

Todos se reúnem na sala. Fredo tinha trazido um suco e sanduíches para todos terem algo para esvaziar a barriga por causa do ocorrido na luta contra os Ogros.

 

- É meio complexo o que vou dizer. Pode ser estranho, mas é tudo verdade. – Iniciou – Pra começo de conversa, vou explicar qual é o meu segredo. Eu sou uma anja.

 

- “Anja”? – Ficou chocado com a revelação – Você é uma anja? Como assim? Eu pensava que...

 

- Deixa eu explicar tudo, por favor? – Pediu – Eu respondo as perguntas depois, ok?

 

- Ok, então. – Lucas se acalmou, ainda perplexo.

 

“O que será que a Erica viu nele? Ele não parece tudo aquilo que nem ela dizia.” – Fabio, com os braços cruzados, pensava olhando para a atitude apressada de Lucas.

 

- Eu não tenho nem 11, 12 ou 13 anos como vocês pensam. Eu nem se quer sou aluna. Eu sou uma anja mesmo. Antigamente, na época que eu vivia, eu fui posta como escolhida.

 

- “Escolhida”? – Indagou Fredo.

 

- Sim. Eu fui escolhida para salvar o mundo. Naquela época, Salquetren estava com um tremendo poder. Ele estava querendo dominar o mundo, escravizar, humilhar, matar tudo e todos. Ele é um ser muito mal! E eu na tinha 10 anos quando ele começou a promover e a executar essa ideia. Era muito novinha. E mesmo assim comecei a receber mensagens, essas que você recebe. – Encarou Lucas por um tempo - Tive que largar minha vida e tentei enfrentar aquele que era chamado de “O Cavaleiro Azul” e seu imenso exército. Eu falhei na missão. Eu... Eu fui fraca. – Uma lágrima escorreu em seus olhos – Depois de falhar, Salquetren me matou.

 

- Te matou? – Perguntou surpreso – E como você está viva?

 

- “Ele” me deu mais uma chance para me reconciliar com o erro que fiz no passado. Hoje, sou uma anja e minha missão é garantir a proteção e o bem de Lucas Rafma. – Explicou.

 

- Isso explica quando você fez à bibliotecária e o porteiro desmaiar. Por ser uma Anja você tem esse poder, né? – Lucas deduziu se aproximando um pouco mais de Erica.

 

- Sim! – Afirmou.

 

- Mas por que eu sou tão importante para ser protegido? – Perguntou querendo saber de mais.

 

- Não ta na cara? Eu era escolhida, recebia mensagens... Hoje você também recebe...

 

- Então, eu sou o escolhido? – Perguntou já sabendo a resposta.

 

- Sim. Você é o escolhido. Irá atrapalhar nos planos de Salquetren, por isso os Ogros vieram te matar. – Explicava, cruzando as pernas.

 

- Mas, Erica... Como Salquetren tinha tanto poder para dominar o mundo? – Perguntou o professor, querendo entender aquilo que parecia ser tudo uma “maluquice”.

 

- É que ele tinha conseguido achar um amuleto. Esse amuleto dava força, poder e riqueza pra todos que o tivesse. – Passou a mão nos cabelos – Eu só nunca entendi como ele conseguiu esse amuleto.

 

- Isso eu posso explicar. – Se recuperava de todas as notícias que tinha recebido – Em um exato lugar na terra, existia um tirano e esse escravizava o seu povo. Em um das expedições em busca de ouro, Nian, que fazia parte do povo escravo achou um amuleto, esse que Salquetren possuía e tirou o tirano do poder. Assim, Nian fez um povo melhor, ele era o dono do lugar, mas ajudava todos e sempre queria o melhor pra civilização que ele criará. Por proteção deixou seu governo mantido longe das outras civilizações, até que, por meio de um, vamos dizer, “X9” do seu povo, Salquetren descobriu que o príncipe tinha o amuleto. O exército de Salquetren e ele próprio dizimaram o príncipe e a sociedade e levaram o amuleto consigo. Assim começa o que a Erica falou.

 

- E como você sabe tudo isso? – Agora foi à vez de Fabio indagar, se mostrando desconfiado nas fontes de Lucas.

 

- Por incrível que pareça, há três anos atrás, meu pai, Miguel Rafma, conhecido por ser aventureiro, viajou até uma Área Florestal de Santa Catarina e lá existia uma caverna e nela muitos diziam que era onde o príncipe estavam enterrado e é de lá que eu soube dessa história e também do escaravelho. – Respondeu – Meu pai escreveu toda a viagem em um diário que não li todo ainda.

 

- Nossa! Essa história é esquisita. Deixa eu tentar fazer um resumo. Erica já foi escolhida, mas não conseguiu salvar o mundo, sendo que Salquetren ficou e dominou o mundo. Algum tempo depois, Lucas é o escolhido e Erica é uma anja que protege o novo escolhido enquanto esse tem que enfrentar Salquetren para não dominar o mundo, novamente? – Após o que disse, pegou o suco em cima da mesa e o bebeu.

 

- Basicamente... – Dizia Erica.

 

- E como Salquetren conseguiu ficar vivo até hoje? – Perguntou Lucas.

 

- Não sei. Eu já tentei pensar em algumas possibilidades, mas só consigo pensar que ela tenha, talvez, adquirida alguma magia que deixasse viver eternamente, quem sabe? Ou vai que o amuleto deixa a pessoa viver por muito mais tempo. Mas realmente, não sei responder a pergunta. – Fez uma expressão negativa no rosto.

 

- E o Fabio? Por que ele é peça-chave para me ajudar? – Lucas olhou para o Fabio com uma expressão de como ele tivesse cometido um crime.

 

- O Fabio perdeu o último membro da família ontem. Em um acidente ele perdeu o pai, a mãe e duas irmãs e ontem mataram o irmão que era a única pessoa que restava da sua família. – Introduzia.

 

Lucas olhou tristemente para o lado. Estava com raiva dele por causa da Erica e nem sabia a barra que ele estava passando.

 

- Sinto muito, Fabio. – Cumprimentou Fabio pela primeira vez.

 

- Fabio, você não estuda na 7º série? – Perguntou o professor tentando lembrar.

 

- Sim! Eu sou seu aluno. – Acrescentou.

 

- Aié! Como fui esquecer. Sinto muito, aluno. De verdade. Deve ter sido triste. – Tentava achar palavras para dizer o que ele devia estar passando.

 

- Bom, fazer o que?! Agora eu tenho vocês que querem me ajudar e a Erica que me acolheu. – Colocou sua mãe em cima da mão de Erica.

 

Mesmo ter ficado se sentindo um idiota por não saber o que Fabio passava, seu ciúme e sua raiva voltaram quando viu ele com a mão em cima da de Erica.

 

- Fabio é importante, pois, ele sabe onde está o escaravelho. Diga a eles. – Pediu meio que ordenando.

 

- Meu pai tinha uma empresa. E a empresa era muito bem sucedida. Ele ganhava muito dinheiro através dela, só que por causa do acidente, meu pai, minha mãe e minha duas irmãs morreram. Assim, meu irmão ficou no lugar na presidência da empresa. E o Miguel era muito amigo do meu irmão. – Lembrava.

 

- Seu irmão era amigo do meu pai? – Lucas começa a prestar mais atenção em Fabio, perplexo.

 

 – Sim. Quando a expedição acabou o que resultou a morte de seu pai, Natália conseguiu voltar com vida, e trouxe uma caixa para meio irmão guardar a sete chaves. Um dia eu estava doido pra saber o que tinha dentro da caixa e perguntei para ele se eu podia ver o que tinha dentro dela e ele deixou. E lá estava o escaravelho. Eu perguntei para que servisse e ele disse que não sabia muito bem.

 

- Eu tenho certeza que seu eu continuar lendo o diário eu saberei qual a importância do escaravelho. – Concluiu – E a Natália também pode ser de grande ajuda. Ela parece saber de muita coisa. Até no diário do meu pai, ele cita a presença dela.

 

- Claro que cita! Ela também participou da expedição que eles fizeram. – Afirmou Fabio.

 

- Hum... – Fredo reparou que não adiantaria nada falar algo. Eles sabiam de tudo e estavam desvendando os mistérios.

 

- E onde está essa caixa? – Após a pergunta Lucas bebeu o suco.

 

- A caixa está lá em casa. Tenho que falar com a esposa do meu irmão. Ela deve estar preocupada pra saber o que aconteceu comigo, até por que, eu acho que já acharam o corpo dele. – Olhava para Erica para tentar esquecer a dor.

 

E o pior é que Lucas reparou o olhar. Não conseguia ter pena dele na situação que ele tava, sendo que ele tava todo “olhares” para Erica.

 

- E essa caixa? Como ela é? Já que pediram para ele ser guardada em sete chaves então não é uma caixa tão fácil de abrir, né? – Deduzia o professor, “jogadão” no sofá.

 

- É uma caixa de madeira, mas é super resistente. Nem com raio-laser’s da para abrir a caixa. – Olhou para Lucas, como se quisesse mostrar uma inferioridade em seu poder de soltar um raio pelos olhos – Para abrir a caixa precisa dizer uma senha.

 

- “Senha”? Séria “quando sete mais oito dá quatro”? – Perguntou já tendo certeza disso.

 

- “Exactly”! Meu irmão queria uma senha absurda e então criou essa que é um crime a matemática! – Afirmava.

 

- "With absolute certainty"! – Indagou o professor de Matemática.

 

- E agora? O que a gente faz? – Fabio perguntou olhando para Erica como se ela sabia a resposta.

 

- Não olhe para mim, Fabio! Eu sou a anja. Ele é o escolhido. Ele que tem que falar o que a gente vai fazer. – Explicou.

 

- E-eu? – Gaguejou.

 

- Sim, Lucas! Você foi escolhido. O que você fazer eu te ajudarei. Sou sua anja lembra? – No fundo,  Erica amou dizer essa frase.

 

Lucas após ouvir o que Erica falou foi até a janela e olhou para o céu. O sol estava quase se pondo. Pensou em tudo o que tinha descoberto hoje.

 

- Lucas? – Chamou a atenção dele carinhosamente.

 

Lucas olhou para trás. Preparou-se para saber se faria a coisa certa ou não. Tinha que tomar uma decisão. Fechou seus olhos.

 

- A gente vai pegar o escaravelho e depois vamos dar uma visitinha na caverna. – Lucas abriu os olhos depois da frase.

 

 


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