Darkness Control escrita por halmina, InesTMM


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, finalmente. Eu demorei muito a escrever este cap, por várias razões, entre elas o castigo da minha mãe. Mas agora, espero que gostem...



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 28/06/2020

  Hoje fiz algo que não queria, mas que era preciso. Eu já tinha pensado sobre isso, mas por acaso tu reparaste que eu ainda não saí de casa. Pois é, desde aquele dia eu ainda não saí. Só sei como está o mundo por causa da minha infalível e preciosa TV. Mas a comida tem de acabar e eu preciso de fazer algo. É muito idiota ficar aqui fechada para sempre. Mas descobri algo muito interessante.

Flashback on

  Estava na sala há duas horas e depois de me aperceber que não estava a dar nada de jeito, resolvi deixar nas notícias. O que passou chocou-me.

  “Desde que os vampiros foram revelados as mortes aumentam gradualmente.”

  Ok, não foi isto que me chocou, foi o que aquela mulher demasiado maquiada e com marcas de dentes no pescoço disse a seguir.

  “O mais estranho é que não foram encontradas pessoas exangues, as mortes por suicídio foram as únicas a aumentar nas últimas semanas.”

  Não é estranho? As mortes aumentam, mas não as por falta de sangue. As pessoas que se suicidaram é que são inteligentes, peceberam o que os Obscuros lhes fazem à cabeça.

  Desliguei a TV e fui à cozinha, não queria continuar a corroer este assunto. Por muito assustada que estivesse, eu preso a minha vida, não me quero ver livre dela. O que encontrei na cozinha foi quase como o sinal do Apocalipse. Não havia comida! Eu sou uma esfomeada, e não sobrevivo sem aquilo a que as pessoas vulgares chamam comida, à qual eu chamo Delicia de Extrema Necessidade. E, um pouco menos grave, eu teria que ir à rua, para restabelecer o frigorifico.

  Vesti-me normalmente, como se eu fosse para as aulas, e saí de casa. Quando ia a fechar a porta reparei no papel que estava lá preso. Agarrei nele e comecei a ler.

  “Querida Zea, eu tive que ir a Bruxelas resolver alguns problemas do meu Criador, dentro de uma semana eu volto para ti. Não desesperes, eu não te trairei nesta terra de lindas mulheres. Mas quando voltar precisarei de me alimentar. Prepara-te. E fica feliz, por mim, que sinto pela Minha Marca.

Do teu amado Dinis.”

  Tão fofo. Mas o que queria ele dizer com “que sinto pela Minha Marca”? Que marca? É melhor não pensar nisso agora. Continuei a andar, desci as escadas e saí do prédio.

  Nada me parecia diferente, as pessoas andavam normalmente, só que nalguns lugares se percebiam vampiros. Cheguei à padaria do bairro e pedi torradas e leite. Sentei-me numa mesa e esperei pelo meu pedido. Ouviam-se conversas por todo lado, e é claro, a minha curiosidade falou muito alto. Pus-me há escuta.

  Duas humanas falavam sobre como tinha sido incrível a noite delas, com um vampiro bruto e intimidante. Havia um grupo de homens ao fundo que falavam igualmente, sobre as vampiras com quem tinham dormido. Todos os humanos que eu ouvia a falarem parecia apaixonados, hipnotizado e bobos, mais do que antes.

  Estavam vários vampiros no local, mas falavam demasiado baixo para eu ouvir. Entrou um outro no local, trazia uma humana. Sentou-se há mesa e mordeu-a. Olhei aquilo, chocada, e só depois reparei que era a única que o fazia. Isso pode ter sido o meu erro, pois atraí a atenção dos vampiros no local.

  Um deles, que estava na mesa atrás de mim, cheirou o ar e disse algo muito baixo. Estava perto o suficiente para eu perceber o que ele disse, Dinis Lanof. Todas as cabeças vampíricas se viraram para mim e cheiraram o ar. Eu acabei rapidamente o meu lanche e dirigi-me ao mercado. Só porque estava com medo não significa que fosse morrer à fome.

  Vi três dele seguirem-me, mas continuei em frente. Comprei tudo o que precisava, suficiente para um mês, talvez fosse esse o tempo que eu ficaria em casa, sem sair mais. Estava já a apenas 100m da porta do meu prédio quando fui intercetada.

  - Então, beleza. Será que podíamos ir para sua casa? – perguntou um deles, era mais alto que os outros, e moreno.

  - Não.

  - Porque não? – perguntou o mais baixo, também moreno.

  - Vocês estão a seguir-me desde que saí da padaria. Querem algo?

  - Esperta. – disse o único loiro – Parece que o Dinis escolheu algo bom. Nós queremos saber se és a parceira do Dinis Lanof.

  - Não sabem já? Aliás, parceira?

  - Sim, só queríamos ter a certeza. – disse o loiro.

  - Espera… Tu não sabes que és a parceira dele? – perguntou o mais alto.

  - Não. Ele não me disse nada.

  - Falou-te sobre a Sua Marca? – continuou o mais alto

  - Só uma referência, mas não percebi bem.

  - Nós explicamos. – disse o loiro e desatou a rir – Ele é mesmo idiota! Marca a rapariga e não a avisa. Explica-lhe lá, Daniel.

  - Sim. Eu sou Daniel, sou uma espécie de irmão para o Dinis. Fui criado a seguir a ele, pelo mesmo Criador. Sou também o seu melhor amigo.

  - Eu sou a Zea.

  - Eu sei. – ele disse e deu um meio sorriso, juro-vos, se eu não gostasse do irmão dele, nada me impediria de tentar ficar com ele – Vejo que gostas realmente dele. Fico feliz com isso, mas normalmente ninguém o trocaria por mim. – disse ele, e vi o loiro a olhar para Daniel, algo me diz que discordava do que ele acabara de dizer.

  - Lês pensamentos?

  - Sim, e não sou só eu. Todos os que descendem diretamente de Ivan o podem fazer.

  - Isso quer dizer que…?

  - Sim. Dinis também o consegue.

  - E eles? – perguntei apontando para os dois vampiros ao seu lado.

  - Não. Eu sou o Criador deles, por isso não têm relação direta com o Criador de Todos.

  - Ok. Mas podes-me explicar o que é essa Marca.

  - A Marca de um vampiro é o que marca… A sua propriedade. Os(As) parceiros(as) são Marcados(as) para várias coisas. Um(a) humano(a) marcado(a) não pode ser tocado(a) ou mordido(a) por outro vampiro, para além de que o seu sangue perde o cheiro para todos os outros. O vampiro pode alimentar-se de outros humanos, mas ao Marcar um deles fica ligado, tanto física como mentalmente, a esse. Quando um descendente direto de Ivan Lanof deixa a sua Marca consegue ouvir os pensamentos e sentir o que o humano está a sentir mesmo que esteja do outro lado do mundo. O humano sente-se só e abandonado quando está sem ele. Cada vampiro só pode Marcar um humano e ao fazê-lo faz com que a transformação dele seja completamente segura e sem riscos. – disse Daniel.

  - Já deixas-te a tua Marca em alguém. – perguntei, enquanto assimilava a informação.

  - Já. No Lucas. – disse e apontou para o loiro.

  - E porque transformaste o outro?

  - É o meu irmão biológico, e naquela altura estava a morrer por causas desconhecidas.

  - Já posso ir para casa?

  - Sim. Mas eu passo por aqui amanhã à tarde. Está preparada. – disse Daniel e desapareceu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Deixem uma opiniao, pls.
O Daniel e o Lucas ainda vão dar problemas, não duvidem.
Vou tentar escrever o próx cap rápido mas não prometo nada.
BjsS



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