Valerie ficou com as suas duas amigas o resto do dia, as três lembrando do tempo em que eram cinco, que agora se resumira a tres, pois Letice havia se afastados delas tentando seduzir a avó de Henry, o que não estava dando muito certo.

-Nossa nunca pensei que Rose fosse tão interesseira, e falsa. Como ela pode fazer isso com a gente?- disse Prudence- Vibora, que raiva que eu estou dela.

-Gente vamos esquecer disso?- sugeriu Valerie- Ela não está aqui, e se estivesse que diferença faria?Só queria que minha irmã estivesse aqui.

Roxanne e Prudence se entreolharam e depois olharam para o olho de Valerie que foravam lagrimas. 

-As vezes me pego pensando o por que dela nunca ter me contado sobre a sua paixão pelo Henry. Será que não confiava o suficiente em mim?

-Valerie, ela nunca contou para gente também, a gente só colocavamos lenha na fugueira, atiçando aquele desejo dela. Nós faziamos piadinhas, porque percebemos isso, ela não parava de olhar para ele- Prudence esclareceu para Valerie.

-Se ela não contou para ninguém, as vezes foi de medo, de medo de que alguem a zuasse. E não porque ela não confiava em nós.-disse Roxanne tentando animar a amiga.

-Sinto falta dela. Eu nunca disse isso pra ninguem, mas eu sempre quiz ter um pouco da ternura que ela tinha, da delicadeza, não que eu a ivenjasse, e sim porque eu a adimirava. Quando ela morreu, eu senti um aperto no meu coração, um vazio, que até hoje parece não ter jeito de ser preenchido. Sinto falta do seu carinho, da sua risada. Parece que não tem fim essa dor que eu sinto.-disse Valerie chorando mais ainda.

-Ai amiga, não fica assim, nós também sentimos saudades dela. Ela foi uma menina muito boa.- disse Rox.

Valerie fungou e disse:

-Prudence faz um favor?

-Claro!

-Pega a minha capa vermelha que está em cima da minha cama e traz ela para mim? 

Prudence se levantou, e saiu. Enquanto isso Valerie e Roxanne ficaram na cozinha.

-Rox, eu vo levar vocês duas para casa da minha avó, como se eu não soubesse de nada do que tenha acontecido. Eu ainda não pude contar para Prudence o que aconteceu. Vou fingir que eu estou descobrindo agora, ok- Valerie cochichava.

Rox somente acenou. Prudence voltou com a capa de Valerie em suas mãos, olhando sem parar para ela.

-Essa capa é linda!-disse Prudence.

-Minha avó...-Valerie sentiu um nó na garganta, mas teve que continuar.- que fez. Vocês vem comigo até a casa dela? Preciso ver ela, depois de tudo que aconteceu, preciso do abraço forte dela.

Valerie conteu as lagrimas, pois sabia que sua vó não podia mais te dar todo o conforto que ela conseguia dar. 

-Eu vou!-disse Prudence.- me deu vontade de comer aqueles biscoitinhos de chocolate que ela sempre fazia e trazia aqui para o vilarejo, e a gente sempre comia mais do que devia e passa mal, lebram-se?- disse ela rindo.

-Lembro.- disse Valerie, que não consegiu mais conter as lagrimas.

-Valerie?-perguntou Prudence.

-Nada, é só que naquela época minha irmã ainda estava viva.-disse Valerie, o que não completamente mentira, mas ela chorava também, porque não se conformava de ter perdido quase todos que ela amava tanto, só o que restara para ela, era a sua mãe e suas amigas, com Henry do seu lado.- Vamos gente. Eu só vou achar minha mãe e avisar. Se não ela tem um treco.

-Eu acho que a sua mãe está na barraca de verduras.-disse Rox.

-Como você sabe?-perguntou Prudence.

-Antes dela sair ela falou que ia comprar algumas coisas.

-Disse?-peguntou Valerie.

-Disse gente, vocês estavam tão distraidas assim com as recordações?

-Sim-disse Valerie e Prudence juntas.

Elas sairam de casa, eram umas 2 horas da tarde. Valerie avistou a sua mãe no poço.

-Mamãe, eu estou indo para casa da vovó.

-Fazer o que lá querida?

-Ver ela!- disse Valerie, suplicando com os olhos para que sua mãe disfarçasse.

Vendo a cara da filha, ela disse :

-Ah claro! Mas vão rápido, e voltem rápido. Voltem antes das cinco.

-Ok Mamãe- Valerie deu um beijo em sua mãe e um abraço bem forte.

-A senhora pode avisar as nossas mães?- perguntou Rox.

-Claro querida.

Assim as três sairam pela floresta a fora. Andando rapidamente para que conseguissem chegar ainda cedo. Valerie não aguentava mais aquele silêncio. Precisava se distrair com alguma coisa, se não as lembranças do dia anterios viriam todos á sua cabeça. Olhou para as arvores e lembrou do dia em que a sua irmã havia tentado subir com ela em uma daquelas arvores. Mas será que ela se lembraria qual fora a arvore?

Valerie tentou olhar para cada arvore tentando lembrar se foi em uma ou em outra, até que lembrou de um detalhe da arvore: a arvore era uma das mais altas. Valerie começou a dar risadas sem parar com a lembrança.

-O que foi?-perguntou Prudence.

-Acho que algumas lembranças engraçadas estam vindo agora.-respondeu Valerie.

-Qual? Quero rir também.-disse Rox.

-Uma vez, a Lucie tentou subir nessa arvore aqui.- do nada a Valerie havia lembrado que era a arvore que ela estava olhando.- Como eu consegui, ela pensou que também conseguiria, e eu também pensei isso. Até que no primeiro pé que ela colocou ela caiu de bunda em um cocô.-Valerie começou a dar muitas e muigtas gargalhadas, havia tempo que ela não ria assim, desde o dia em que elas haviam virado o bote em que elas estavam. Era a primeira lembrança boa que ela tivera com a Lucie.

Todas riram.

-Que nojo!- disse Prudence e Rox juntas.

-Eu sei!- disse Valerie respirando fundo.

Assim que a lembrança foi embora, elas começaram a anda, até que ouviram um barulho.