Manu

Todos estavam se arrumando para começar a missão. Estava no meu chalé arrumando minha mala. Não coloquei muita coisa: água, Ambrósia, Néctar, lanterna (nunca se sabe), dinheiro, dracmas (caso queira mandar alguma mensagem de Íris, Ana me explicou isso quanto me mostrava o acampamento), comida e uma troca de roupa.

 Pensando bem, isso é bastante coisa. Percy entrou no chalé e começou a arrumar sua mala.

-Manu – ele disse – você tem certeza que quer ir nessa missão?

-Claro. Por quê?

-É a sua primeira missão. Acho melhor você treinar primeiro.

-Nada disso. Eu me virei sempre sozinha. E agora eu não estou sozinha. Nico vai estar comigo.

-Isso me preocupa.

-Por quê?

-Eu não quero ver você de rolo com o Nico.

Já ia começar a explicar para ele que eu e Nico estávamos namorando, mas percebi que ele não sabia e não queria. Era melhor manter segredo.

Quando terminamos de arrumar tudo fomos para a colina. Lá tinha dois carros que iriam levar cada grupo para seu lugar. Cheguei perto de Nico e disse:

-Por que só tem dois carros?

-Porque nós não vamos de carro. – ele disse.

-Como assim? Vamos a pé?

-Não bobinha. Vamos viajar pelas sombras.

-O que é isso?

-Filhos de Hades conseguem viajar pelas sombras, trevas.

-Eu não vou. – disse morrendo de medo.

-Vai sim.

-Você vai conseguir levar duas pessoas?

-Sim.

-Eu, você e o meio-sangue que vamos buscar?

-Na volta nós vamos nos encontrar, todas as duplas, em um lugar, e vamos juntos em um carro.

-Entendi. Mas eu não quero ir às sombras.

-Não precisa ter medo, eu vou te proteger do que acontecer.

 Sorri e ele me deu um selinho.

-NICO! – Percy gritou.

 Ele estava na nossa frente. Eu não sabia o que fazer. Percy estava vermelho de raiva e Nico confuso.

-O que você estava fazendo com a minha irmã? – ele gritou.

Nico estava sem palavras. Acho que ele estava com medo do Percy.

-Eu te proíbo – Percy disse apontando para mim – de ficar com esse garoto.

Agora ele já tinha passado dos limites.

-Você não pode me proibir de namorar o Nico. – disse.

-Posso sim.

-Quem você pensa que é?

-Seu irmão. Eu preciso cuidar de você.

-Nico não vai me fazer nada. Eu sempre me virei sozinha, e não é agora que um garoto qualquer me proíbe de fazer o que eu quero – percebi que eu estava gritado.

-Esse garoto qualquer é seu irmão.

-Há algumas semanas!

-Mesmo assim. Você não vai mais olhar para ele. E você – ele disse indo na frente de Nico – pode se preparando.

-Percy – Nico começou – eu gosto mesmo da sua irmã e...

Percy deu um soco na cara de Nico, fazendo seu nariz sangrar. Os dois começaram a brigar.

Annabeth separou os dois.

-CHEGA! – ela disse. – Vocês parecem crianças! Chega! Percy não mata o Nico. Nico você vai com a Manu para essa missão agora! Boa sorte.

-Não! – Percy gritava – ele não vai mais tocar em Manu.

Nico me pegou pelos braços e me levou para a floresta.

Quando chegamos a um lugar calmo, percebi que ele ainda estava sangrando. Eu estava sem palavras. Como Percy pode fazer isso? Ele é meu irmão, devia me apoiar. Ele conhece Nico há mais tempo que eu. Sabe que ele é uma boa pessoa. Uma lagrima caiu de meus olhos. Nico percebeu e me abraçou.

Peguei um pouco de Ambrósia em minha mochila e dei para ele. Ele comeu e logo seus machucados haviam sidos curados.

-Me desculpa – eu disse.

-Não precisa se desculpar. A culpa não foi sua. Eu devo desculpas.

-Por que ele fez isso?

-Eu não sei. Ele apenas não permite nosso namoro.

-Mas ele não manda em mim ou na minha vida.

-Ele só quer o seu bem.

-Então ele não sabe o que é bom.

-Vamos esquecer isso. Vamos cumprir nossa missão e depois nós resolvemos isso.

Assenti com a cabeça.

-Vamos? – ele perguntou.

Neguei com a cabeça.

Ele veio para perto de mim e me deu um selinho. Pegou-me no colo, aponto de eu estar nas costas dele. De repente um buraco negro apareceu e ele entrou.

Tudo era escuro, eu não via nada, mas eu ouvia sussurros. Pessoas passando a mão em mim. Fechei os olhos com força e me segurei ainda mais em Nico. Ele percebeu meu medo e disse:

-Vai ficar tudo bem.

Depois de alguns minutos ali, percebi que tinha ficado claro. Abri os olhos e estávamos em uma rua deserta. Desci do colo dele.

-Gostou? – ele perguntou.

Neguei com a cabeça.

Ele riu.

-Onde nós estamos? – perguntei.

-Califórnia. Vamos procurar um menino chamado Oliver. Filho de Apolo.

Annabeth

Percy já tinha esquecido o que houve na colina. Acho meio injusto o que houve. Nico nunca gostou de ninguém, se ele esta com a Manu é porque realmente gosta dela. Eles formam um belo casal.

 Percy estava olhando pela janela do carro.

-Para onde nós vamos? – ele perguntou.

-Hollywood. Vamos encontrar uma filha se Afrodite chamada Clare.

Ele confirmou com a cabeça.

Aquele mau humor dele estava me irritando. Ele estava preocupado com Manu. Queria alegrar ele.

-Se você der em cima da filha de Afrodite – disse – você vai ver cabeça de alga. Vai ver.

Ele riu.

-Fique tranqüila sabidinha. – ele disse – eu só tenho olhos para você.

Ele me deu um selinho.

-Você esta preocupado com Manu, né?

-Sim.

-Fique tranqüilo. Nico vai cuidar dela.

-Eu não o suporto.

-Você esta com ciúmes?

-Não!

-Você tenque aceitar. Eles se amam.

-Olha. – ele disse – vamos ver isso depois, ok?

-Claro.

Chegando à casa da menina, toquei a campainha. Era uma casa grande. Um homem saiu de lá.

-Pois não? – ele perguntou.

-Você é pai da Clare? – Percy perguntou.

-Sim. O que houve?

-Bom – comecei – somos do acampamento meio-sangue. Você provavelmente já deve ter ouvido. Afrodite já deve ter dito isso para você. – quando eu disse Afrodite ele assustou. – Viemos para levar Clare para o acampamento.

-Claro. – ele disse. – entrem.

Ele nos levou para a sala.

-Vocês me dêem um minuto para eu explicar a ela?

-Claro. – disse.

Ele subiu as escadas. Ficamos conversando um pouco, quando uma menina desce as escadas. Ela era linda. Tinha o cabelo moreno até o meio das costas. Seus olhos eram verdes.

-Isso é verdade? – ela perguntou par nós.

-Sim. – Percy disse.

-Minha mãe é Afrodite?

-Sim. – disse.

-Tudo bem. Vamos. – ela disse.

Clare se virou para o pai e o abraçou.

-Prometa que fará tudo direitinho? – ele disse para Clare.

-Sim, papai.

-Me desculpe.

-Você é um ótimo pai. Eu te amo.

-Também te amo.

Já estava tarde. Não sabíamos se os outros já haviam terminado suas missões. Provavelmente não. Tivemos sorte de não sermos atacado por monstros. Decidimos dormir em um hotel e amanha de manha iríamos no encontrar com todos.

Enquanto percy tomava banho, mandei uma mensagem de Íris para todos avisando para nós encontrar amanha de manha, no mesmo lugar.

Pegamos dois quartos. Um para mim e para Percy. E um para Clare. Queria pegar dois quartos, mas Clare é um pouco rica e pegou um para ela.

Ana

Eu e Thalia já estávamos na frente do lugar onde estava o meio-sangue.

-Por que estamos aqui? – perguntei.

-Porque é aqui que o meio-sangue esta.

-Mas esse é o internato que eu e Ana ficamos.

-Serio?

-Sim. – disse. – qual é o nome dele?

-Lucas. Quarto 125.

Ai meu Zeus. Lucas? Lucas o garoto do internato? Ele era um meio-sangue?

Entramos no internato e fomos até seu dormitório. Eu me lembrava dele. Quando éramos pequenas vínhamos aqui escondidas à noite para brincar com Lucas. Devo uma a ele. Ele me deu cobertura quando tentei fugir, quando levamos Manu ao acampamento e eu fui pegar nossas coisas.

Ele abriu a porta e se assustou.

-Ana? – ele disse.

-Oi Lucas! – disse.

-Você o conhece? – Thalia perguntou.

-Sim.

-Pegaram você? – ele perguntou.

-Não. Lucas você sabe quem é seu pai? – perguntei.

-Não.

-Então é hora de saber.

Contamos tudo para ele. Sobre os Deuses e que ele era filhos de Hermes. Ele ficou assustado mais acreditou. Contamos sobre o acampamento e que ele devia ir para lá com a gente. Ele disse que iria.

 Enquanto ele arrumava suas malas eu e Thalia ficamos esperando do lado de fora. Uma mensagem de Íris apareceu. Era Annabeth. Ela disse que era para nos encontrar só amanha. Legal...

Sempre achei Lucas muito bonito. E ele sempre foi meu melhor amigo. Mas eu sentia nada por ele.

Ele saiu do quarto com uma mochila.

-Vamos? – ele disse.

-Mudanças de plano. Vamos passar a noite aqui e vamos embora amanha.

-Por quê?

-Porque nossos amigos, que também estão em missão procurando outros meio-sangues, só vão conseguir chegar amanha.

-Aonde vocês vão passar a noite?

-No quarto meu e da Manu.

-Tudo bem. E a Manu? Esta com você?

-Sim. Ela esta em missão. Amanha você vai vê-la.

-Ela é filha de quem?

-Poseidon. Bom, boa noite.

-Boa noite – ele disse e fomos para o quarto.

Nico

Estava em frente de uma casa simples. Lá estava o meio-sangue que nós iríamos buscar. Toquei a campainha.

Um menino saiu da casa. Ele era bonito, devia ser popular. O tipo de garoto que toda garota quer. Ele era loiro. Era ele. Filho de Apolo.

-Oi – ele disse. – quem são vocês?

-Meu nome é Manu. – Manu disse. Ele olhou para ela e a olhou dos pés a cabeça com um sorriso no rosto. Ele pegou a mão dela e deu um beijo.

-Sou Oliver.

Aquele garoto estava pedindo para morrer. Manu soltou a mão dele e disse:

-Você sabe quem é seu pai?

-Sim. Mas se eu falasse você iria me achar louco.

-É Apolo. – disse.

-Como você sabe?

-Viemos aqui para buscar você e leva-lo para um acampamento para filhos de Deuses. Sou Nico. – disse.

-Vocês são filhos de Deuses?

-Sim. – Manu disse – Sou filha de Poseidon e ele é filho de Hades. Queremos que você pegue suas coisas.

Ele concordou com a cabeça e entrou na casa.

Vi uma mensagem de Íris se formando. Era Annabeth. Ela disse para só nos encontrarmos amanha. Fiquei observando Manu. Ela estava com um short jeans um pouco curto e uma regata azul marinha. Isso devia ter chamado atenção desse Oliver. Mas eu não vou o deixar encostar a mão em Manu de novo.

Oliver veio até nós e disse:

-Vamos?

-Nós vamos ter que passar a noite em algum lugar. Só vamos nos encontrar com o grupo amanha.

-Tudo bem. Vocês podem passar a noite aqui. Eu tenho um quarto de visitas. Ele é meio pequeno. Mas a garota pode dormir no meu quarto se ela quiser.

Tudo bem. Agora ele vai para o tártaro. Manu me segurou.

-Engraçadinho – ela disse – eu e Nico vamos dividir o quarto.

-Tudo bem. Mas vai ser um prazer...

-Escuta aqui seu filho de Apolo – disse – essa garota é minha namorada e eu não admito você ficar fazendo isso.

-Nossa! Vocês dois são namorados?

Manu deu um sorriso.

-Você é surdo? Acabei de falar! – disse.

-Eu não perguntei para você.

-Somos sim – Manu disse e me deu um selinho. Entramos na casa e ele nos mostrou aonde era o quarto.