Percy

Aquela garota era muito estranha. Ela parecia muito comigo. Fiquei encarando ela para tentar entender o que estava acontecendo. Ela percebia que eu estava encarando-a e ficava com vergonha. Não queria causar ma impressão, mas isto estava ficando estranho.

Chegamos à pizzaria e ficamos conversando, ela até que é legal, já tinha perdido a vergonha.

Pedimos a pizza e ficamos conversando.

Três moças entraram na pizzaria e sentaram em uma mesa perto da nossa. Isso parece normal, mas não tinha, mas ninguém na pizzaria. Elas ficavam olhando para nós.

 Comemos a pizza e ficamos conversando, tentei esquecer as três moças.

-Vamos pedindo a conta – disse olhando para Annabeth, como se fosse um aviso. – já esta tarde.

Annabeth entendeu o meu recado, pois quando pedimos a conta as três moças também pediram. Tínhamos que sair de lá o mais rápido possível, pois Manu, pelo o que sei, é uma mortal comum.

 Nico fez questão de pagar a pizza de Manu, que só comeu um pedaço. Eu paguei para mim, Annabeth e para Ana.

 Quando levantamos para sair, as três mulheres também levantaram.

-Aonde pensam que vão? – uma delas perguntou.

No mesmo momento as três se transformaram em hidras. Nunca vi uma pessoa se transformar em uma hidra. Eram três hidras, cada uma com cinco cabeças, sendo que a do meio cuspia fogo.

 -Manu se esconde – gritou Ana, tentando salvar a amiga.

 O que me surpreendeu era que Manu não estava gritando ou apavora, estava com um sorriso no rosto, e em vez de se esconder, foi mais perto das hidras.

 Manu pegou seu bracelete, e tirou uma pedra de varias que tinham. Essa pedrinha virou uma espada.

-Eu? – perguntou Manu – Não perco esta luta por nada.

Como assim? Manu era uma semi-deusa?

-Manu? – Ana disse com a boca aberta. – Você é uma semi-deusa?

-Sim! Você também? – Manu respondeu.

-Vamos conversar depois, sobre isso – interrompi – Manu é uma semi-deusa, então, eu e Annabeth vamos lutar com a primeira. Ana com a segunda e Manu e Nico com a terceira.

Todos assentiram, pegaram suas espadas e foram atacar.

Nico

Manu era uma semi-deusa, filha de quem? Aquilo já estava ficando confuso. Ataquei a hidra primeiro que a Manu. Ficamos lutando contra a hidra, mas não tínhamos resultados. Percy a Annabeth estava quase conseguindo derrotar sua hidra, mas Ana estava com dificuldades, ela estava sozinha.

 Uma idéia veio na minha cabeça:

-Manu – gritei – distraia a hidra com barulho.

Ela assentiu e bateu em seu bracelete que logo depois virou um escudo. Ela ficou batendo a espada no escudo fazendo barulho e distraindo a hidra. Fui atacar por trás, mas a hidra foi mais esperta. A cabeça do meio foi em direção a Manu, já sabia o que ia acontecer, mas não deu tempo de avisar ou impedir. A cabeça cuspiu fogo, e Manu foi arremessada contra a parede do fundo da pizzaria.

 Sorte que ela colocou o escudo na frente para se proteger do fogo, mas ela bateu com muita força contra a parede e ficou deitada no chão. Ela não estava desmaiada, pois ela estava se mexendo. 

 Uma raiva percorreu meu corpo e ataquei a hidra por baixo enfiando minha espada em seu peito. No mesmo instante a hidra tinha virado pó.

 Annabeth e Percy já tinham conseguido derrotar a sua hidra e foram ajudar Ana.

 Corri para ajudar Manu, que estava sentada, ela estava com a testa sangrando e o pé também. Ela estava tentando alcançar um copo de água que estava no balcão em cima dela.

 Não entendi o que ela queria fazer com o copo, mas peguei e dei para ela.

-Você esta bem? – perguntei preocupado.

 Ela não respondeu, em vez disso pegou o copo com água e jogou um pouco no pé e na testa, o machucado simplesmente desapareceu.

 Agora tudo fazia sentido, Manu era filha de Poseidon, irmã de Percy, por isso que eles eram tão parecidos.

 Percy derrotou a ultima hidra, e todos se aproximaram para ver o que estava acontecendo.

-Manu, você esta bem? – Ana perguntou preocupada.

-Sim – Manu disse – a água curou os machucados, mas meu pé ainda dói por dentro.

-Alguém tem Néctar ou Ambrósia? – Annabeth perguntou.

-Eu tenho no meu apartamento – disse Percy com a boca aberta.

-Vamos para lá antes que outro mostro nos ataquem. – disse Ana.

Fui pegar Manu no colo, pois seu pé estava machucado, mas ela impediu:

-Não Nico, eu consigo ir sozinha.

-Nem pensar – interrompeu Percy – Você não consegue andar.

Ele pegou Manu no colo, isso me deu inveja, eu sei que Percy pode ser irmão de Manu, mas ia ser bem mais romântico se eu a carregasse no colo.

Entramos no carro e fomos ao apartamento do Percy.

Manu

Percy estava me carregando no colo, aquilo me deixou morrendo de vergonha. Em um momento ele não parava de me encarar e no outro já estava me levando no colo. Meu pé estava doendo muito, se não tivesse assim eu até poderia insistir em andar, mas parecia que uma pedra tinha esmagado ele.

 Percy me colocou no banco de trás junto com Ana e Nico. Fomos para o apartamento dele.

 Chegando lá, Percy me colocou o sofá e foi correndo para o quarto. Eu não sabia o que falar, acho que Ana esta brava por eu não ter contado antes sobre quem eu era.

 Percy chegou com Néctar, tomei um pouco e me senti bem melhor.

-Então – disse Ana sentando no chão – você é uma semi-deusa.

Dei um sorriso.

-Isso mesmo!

-Por que você nunca me disse?

-Porque eu não sabia que você era uma semi-deusa, na verdade eu sabia que alguém muito próximo de mim era uma semi-deusa, mas eu não pensava em você.

-Em quem então? Eu sou a pessoa mais próxima de você desde sempre, sua melhor amiga, quem mais seria?

Isso era verdade, eu não fazia a menor idéia de o porquê eu não desconfiei da Ana.

-Desculpa. – A abracei e me sentei ao seu lado. Ela retribuiu o abraço. Sentamos todos em um circulo.

-Você é filha de quem? – perguntei.

-Vou apresentar todos. Eu sou filha de Atena e Annabeth é minha irmã.

 Realmente as duas eram muito parecidas, deviam ter uma grande intimidade. E isso explica a inteligência da Ana.

-Nico é filho de Hades – aquilo devia ter me assustado, filho do Deus dos mortos? Mas não me assustou, e isso foi estranho.

 Percebi que nico tinha ficado envergonhado quando Ana disse de quem ele era filho.

-Bom - disse – eu sou filha de...

-Poseidon – disse Percy me interrompendo.

 Como ele sabia? Fiquei encarando ele confusa.

-Meu pai também é Poseidon – ele disse.

 O que? Percy era filho de Poseidon? Era meu irmão? Minha boca estava aberta, e parecia que os outros já sabiam disso.

-Serio?

-Meu pai me disse que eu iria encontrar uma pessoa muito próxima, mas que eu não conhecia, e que eu devia cuidar dela, por isso fiquei te encarando, para ter certeza que era você. Você é bem parecida comigo, mas quando jogou a água e o machucado desapareceu, tinha certeza que era você. Então me desculpa ter te encarado, não queria causar má impressão. –Percy disse esclarecendo tudo.

-Então você é meu irmão?

Ele fez sim com a cabeça.

-Que legal! Não sabia que tinha um irmão, meu pai nunca me disse.

-Você já conversou com nosso pai? – disse Percy surpreso.

-Já – respondi – quando eu tinha nove anos ele apareceu pela primeira vez para mim, foi depois que um monstro me atacou pela primeira vez, eu estava muito assustada e ele derrotou o mostro e disse que tínhamos que ter uma conversa. Ele explicou tudo sobre quem eu era e monstros, eu não devia acreditar em qualquer pessoa, mas depois daquilo eu acreditava em tudo. Foi ai que ele disse que ele era Poseidon e me deu este bracelete. –disse apontando para o bracelete - Disse que ia me ajudar. Disse também para tomar cuidado e que logo eu estaria em um lugar seguro e que um semi-deus estaria sempre comigo para me proteger, que no caso era a Ana.

-Vocês acham – disse Annabeth – que era melhor leva-la para o acampamento.

Todos fizeram sinal de sim com a cabeça.