Perché?! escrita por MAHximum


Capítulo 1
OneShot


Notas iniciais do capítulo

Spamano é vida! *-*
E... É MUITO DIFÍCIL DE ESCREVER!D: /cry

Ok, lá estava eu no colégio com cosplay de Fem!Romano (que é basicamente ajeitar meu cabelo, por uma faixa e usar as pulseiras com a cor da bandeira italiana, rs.), xingando Deus e o mundo (porque todo cosplay de Romano tem esse direito), fazendo um bigode falso (R) e zoando o intercambista alemão da minha classe... Quando meu melhor amigo (que além de ser IGUAL ao Espanha, vai fazer cosplay de Espanha enquanto eu faço de Romano.. Então, AH! @_@), que por acaso é por quem sou apaixonada, resolve tem um DR comigo (porque ele meio que sabia que eu gostava dele... whatever @_@)

Sim, é verdade... Destino cruel QQ

E essa foi a minha inspiração para essa oneshot! Qualquer semelhança com a realidade,é mera coincidência...

Então, se ficou muito OOC, me perdoem... É que tem um pouco (ok, não é pouco) sentimento pessoal nela @_@ /DIE

Bjs, MAH.

ps: a tradução de falas em espanhol ou italiano está nas notas finais :3



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Bufei meio emburrado, cruzando os braços e olhei na direção dele e dos outros dois imbecis.

Ele sorriu para mim e, mesmo que fosse de longe, me fez ter vontade de sorrir também.

Depois, ele se aproximou para me cumprimentar com um abraço carinhoso, fazendo questão de relembrar os velhos tempos em que eu morava em sua casa. Também fez questão de comentar o quanto eu tinha crescido, com aquele sotaque espanhol ridículo que quase me convence a sorrir, de fato.

Por fim, pediu desculpas por ter que ir falar com outras pessoas (lê-se: os dois amigos idiotas dele) e se despediu de mim, com um beijo no meu rosto... Novamente, me fazendo querer sorrir.

Me fazendo querer ele.

CAZZO! Por que aquele bastardo faz isso comigo?! Por que ele ainda se preocupa comigo?!

Ele podia agir como todos os outros que mal notam a minha presença, ou se notam, fingem não notar devido ao meu mau-humor constante.

Ta, eu sei que eles sabem quem eu sou. Que eu sou “uma nação” reconhecida. Não é como se eu fosse Sealand ou aquele cara que se parece com o América... Mas ainda assim, vivo e sempre vivi na sombra do meu irmão.

Afinal, ele é o Itália. Eu sou só o Romano... Os outros nem sequer se lembram que, na verdade, meu nome é Itália também. Eu sou parte da Itália, caramba! A parte pobre, mas ainda assim, eu sou parte da Itália!

E A CAPITAL É MINHA! ENGULA ESSA, VENEZIANO!

Cazzo, cretinos irritantes! Até mesmo o estúpido do Prússia, que nem é mais país, é levado mais em conta que eu!

É por isso que odeio vir a essas reuniões mundiais idiotas organizadas por aquele americano idiota. Quem se importa com o Sul da Itália?!

NESSUNO!

Buon, quasi nessuno.

Quero dizer, meu irmão idiota se importa... Mas está ocupado demais gritando “Doitsu! Doitsu!” por aí...

Mas tirando o Veneziano, o único que se importa é... Ele.

Justamente ELE! Perché?! Perché?!

Por que raios o Espanha não podia simplesmente me esquecer ou ignorar?! Cada vez que ele se aproxima de mim me dá um motivo pra vir nessa maldita reunião lembrar o quanto inútil eu sou para o mundo!

Eu sei que sou complicado, dou um puta trabalho, sou grosso, antipático, fraco e difícil de lidar... Mas não é por opção, droga! Eu sou assim e ponto! Não é legal ter isso jogado na minha cara por todos que me olham com reprovação!

O Espanha não vale tudo isso!

E o pior é que eu sei disso e continuo vindo! Cazzo!

Quero que ele pare com isso! Pare de fazer a merda do meu coração disparar! Pare de sorrir daquele jeito idiota! Pare de me elogiar sem motivo! Pare de me deixar sem graça!

Pare de ser tão... Ele.

- Hei, Romano! – Ele me chamou, sorrindo, pra variar um pouco, e puxou a cadeira ao lado dele. Ele já estava sentado ao redor daquela gigantesca mesa redonda, assim como quase todos os países. Afinal, graças ao meu irmão idiota e sua incapacidade de amarrar o próprio sapato, eu tinha entrado na sala meio atrasado. – Sente-se aqui ai meu lado!

- Por que eu sentaria, seu idiota?!

- Porque eu guardei esse lugar especialmente para você, Roma. – Ele respondeu. - ¿Por mí?

Engoli todos os palavrões que vieram na mina cabeça, virando meu rosto, provavelmente meio vermelho. Droga, odeio gostar de quando ele fala em espanhol comigo!

Me sentei sem responder nada e pude ver o sorriso do Espanha aumentar por ter me convencido a ficar ao lado dele. Passei um tempo olhando somente para os meus próprios dedos, tentando evitar transparecer qualquer pensamento sobre o maldito espanhol do meu lado. Quando tive coragem de levantar o rosto e olhar para ele, encontrei suas orbes verdes me encarando continuamente.

- Che cosa?! – Indaguei. – Por que está me olhando?!

- Perdón. – Ele respondeu, virando-se para frente, em direção ao americano idiota que começava a falar sobre a queda da bolsa ou algum lixo assim. Isso não faz menor diferença pra alguém que vive basicamente de agricultura e turismo como eu...

Virei-me também. Por mais que eu quisesse saber que merda se passava na cabeça dele enquanto estava me encarando, eu não tinha coragem de perguntar e ele parecia ter desistido de dizer qualquer coisa.

Só parecia...

- Estou impressionado com você, Romano. – Ele comentou, ainda sem olhar para mim. – Nunca imaginaria que um dia viria a uma reunião e te encontraria aqui por conta própria.

- Não estou por conta própria. – Resmunguei, levemente irritado. Eu estava lá por ele, mas não poderia JAMAIS dizer isso. – Meu irmão idiota que me trouxe. Se fosse por mim, não estaria aqui desperdiçando meu tempo nesse lixo.

- ¿Qué? ¿Por qué? – Uma expressão de surpresa se formou em seu rosto. – Não pode estar falando sério, Romano.

- Mas estou, caramba! – Gritei, recebendo olhar de reprovação dos outros países. Espanha só riu baixinho da situação. – Não ria de mim, espanhol maldito!

- Impossível. Eres muy tierno.

- Muy O QUE?! – Me exaltei novamente. Eu, simplesmente, não consigo evitar!

Dessa vez, mais do que um olhar, recebi um “shhh” do Inglaterra. Como se esse bastardo tivesse moral para falar de mim! Não tem um única reunião em que ele não saia no tapa com o bebedor de vinho estúpido!

Escorreguei um pouco na cadeira, com a cabeça meio baixa, como se eu pudesse me esconder dele... Não que eu tivesse medo do inglês estúpido, porque eu não tenho! Estou falando sério!

- Tierno. – Espanha falou baixinho, com um sorriso mais discreto.

- Pare já com isso! – Sussurrei. - Se vuole parlare, almeno parlale in italiano! Cazzo!

- Eu não entendo italiano, Romano. – Ele me respondeu.

- E eu não entendo espanhol, droga!

- Mas deveria. Eu já te ensinei... Ou pelo menos já tentei.

- E eu já disse que sua língua é muito complicada, che palle!

Ele não respondeu. No fundo, eu queria e esperava que ele respondesse, mas ele ficou quieto.

Por um bom tempo... Até que comentou, do nada:

- Eu disse que você é bonitinho. – Sussurrou.

- Do que ta falando, estúpido?!

- Tierno significa bonitinho. – Virou-se para mim com um sorriso. – Devia treinar mais seu espanhol.

- E você devia calar essa sua boca e prestar atenção na merda da reunião!

- Eu posso te ajudar com seu espanhol, Romano. – Ele ofereceu, claramente ignorando o que eu tinha dito antes. – Se você quiser...

- Já disse que eu não quero saber espanhol, caramba! Presta atenção na porra da reunião!

- Pero, Romano...

- Pero coisa nenhuma! – Bronqueei, insistindo em algo que eu realmente não queria que ele fizesse. – Presta atenção, seu lixo!

Espanha ficou me olhando por alguns segundos, com uma expressão meio triste. Mas esse truque não ia funcionar comigo! Nem ferrando!

Me virei para frente, apoiando meu queixo sobre minha mão, fingindo estar com tédio, e esperei até que Espanha fizesse o mesmo para que eu pudesse fita-lo com o canto dos olhos sem que ele percebesse.

Eu me odeio cada vez mais por fazer esse tipo de coisa! Por sentir esse tipo de coisa...

Não por ele ser, vocês sabem...Um homem.  Afinal, depois de todos esses anos convivendo e admirando esse maldito espanhol, eu já me acostumei com a idéia.

Além do mais, existem tão poucas nações mulheres entre nós que todos tiveram que se ajustar a sua maneira. Sorte dos malditos que cresceram com elas... A única que conheci foi a Bélgica, mas ela já tem o Holanda.

Talvez eu goste do Espanha por conveniência... Só para não me sentir sozinho.

Cazzo, quem estou querendo enganar?!

Desde sempre eu dependo dele! Ele quem sempre me protegeu e me aturou, mesmo quando eu queria irritá-lo! Ele quem cuidou de mim quando Áustria não me agüentou mais!

 Ele quem, apesar de tudo, aprendeu a gostar mais de mim do que do meu irmão...

É, não é por conveniência. É inevitável.

- Hei, Roma. – Ele sussurrou, passando a mão na minha perna por de baixo da mesa, para chamar minha atenção.

- O que pensa que ta fazendo, seu idiota?! – Olhei-o, franzindo o cenho e tirei sua mão de minha perna. Ele abriu um sorrisinho e me passou um bilhete.

“Está tudo bem? Você está distante... Está preocupado com alguma coisa?”, o bilhete dizia. Me forcei a não abrir um sorriso diante da preocupação dele e, pegando a caneta que estava na mão dele, respondi.

“Não te interessa!”, curto e grosso. Passei para ele, que leu levantando as sobrancelhas, e novamente pegou a caneta da minha mão para responder.

“Me digas se estás bien...”, insistiu.

“To bem, che palle! Pare de me encher!”

“Por que está mentindo para mim, Romano?”, ao ler, senti um leve pavor. Era como se ele pudesse ler a minha mente e isso era completamente assustador!

Peguei a caneta, meio irritado, e escrevi com força em letras grandes:

“EU NÃO ESTOU, CAZZO!”, apesar de ser só mais uma mentira.

E parece que ele pensou o mesmo, pois quando passei o bilhete, ele balançou a cabeça negativamente.

“Precisamos conversar.”, era o que dizia o ultimo bilhete. Eu não respondi e nem ao menos sabia o que responder...

Eu já estava ficando irritado com toda a bondade e preocupação dele. Quero dizer, ele é sempre legal com quase todo mundo e, com certeza, é considerado o mais alegre dos países.

E isso é EXTREMAMENTE irritante!

Irritante porque, desse jeito, ele acaba me dando, sei lá, esperanças sem nem ao menos perceber! É o pior tipo de pessoa! Jamais seria capaz de perceber o que ele realmente sente em relação a mim!

Talvez se ele tirasse aquele sorriso idiota do rosto e fizesse alguma outra expressão, eu pudesse... Esquece.

Eu já estava cansado de ficar prestando atenção nos mínimos detalhes de tudo que o maldito fazia, então me virei e decidi, de uma vez por todas, que ia prestar atenção na merda da reunião. Por mais chata e inútil que ela fosse.

E como ela era inútil! Quero dizer, foda-se se o sobrancelhudo maldito quer ser metido à diferente e se recusa a usar o Euro como moeda oficial! Por que o pessoal da União Européia tem que ser tão estúpido a ponto de ficar discutindo com ele?! Quem liga pra maldita moeda que ele usa?! Não é como se a viadagem e frescura dele atrapalhasse a economia européia!

E talvez Espanha pensasse o mesmo que eu, já que, apesar de não gostar do Inglaterra, ele estava calado, só observando. E me olhando de vez em quando, como eu pude perceber. Mas eu...

POR QUE RAIOS O AMÉRICA RESOLVEU SE METER NA DISCUSSÃO?!

Ele nem ao menos faz parte da Europa! Como posso estar cercado de tantos idiotas?! Se a União Européia é maioria, por que não mandam aquele lixo de inglês à merda e implantam logo a porra do Euro no território dele?! Assim essa reunião ridiculamente inútil acaba de uma vez!

- Hei, Romano. – Espanha me chamou, baixinho, quase sussurrando. Não sei porque, do jeito que o resto dos outros países gritavam, ele podia fazer uma serenata pra mim ali mesmo que ninguém ia perceber.

- Che cosa, cazzo?!

- Você está com cara de quem quer se meter. Por que não fala sua opinião?

- Porque ninguém quer saber a opinião do Sul da Itália. – Falei o obvio, bufando.

- Yo quiero. – Me respondeu prontamente, como se soubesse que resposta eu daria. E por que ele insiste em falar em espanhol?! – Yo quiero de verdad.

- Si è um idiota. – Murmurei, cruzando os braços e olhando para baixo, tentando esconder um pequeno sorriso que não consegui segurar.

- ¿Por qué eres tan malo conmigo, Roma? – Espanha se aproximou de mim com a cadeira, pondo uma mão sobre meu braço.

- Porque você merece. – Respondi, curto e grosso. Abaixei ainda mais meu rosto, tentando fazer com que meu cabelo o cobrisse para que Espanha não visse que eu estava começando a corar, e tirei a mão dele do meu braço, bruscamente.

E acho que essa foi a gota d’água.

- Basta! – Ele exclamou repentinamente, me assustando, inclusive. Todos olharam para nós extremamente surpresos não só pela interrupção como também pelo fato de ter sido justamente o Espanha a surtar. Qualquer um esperaria isso de mim e não dele...

Pra piorar ainda mais, ele se levantou e segurou meu braço, puxando-me com a intenção de me fazer levantar. Pude ver o alemão idiota tentando interceder, mas estava concentrado demais tentando entender que merda estava acontecendo e, principalmente, porque Espanha estava agindo daquele jeito.

- Permiso. – Ele falou, antes de atravessar a porta, me arrastando junto com ele, sem se importar com a minha opinião.

- Me largue, idiota! – Protestei, sem ser atendido. – Me solta agora, cazzo! Qual o seu problema, maldito?! Seu espanhol idiota, o que pensa que está fazendo?!

- Lo siento... – Ele murmurou, ainda me arrastando pelos corredores da casa do americano imbecil, como se fosse uma reação inconsciente. Como se ele não quisesse dizer aquilo de verdade.

Só paramos... Ou melhor, Espanha só parou quando já estávamos bem longe da sala de reunião, em um corredor qualquer. Mas ele não me soltou, continuou segurando meu braço até que eu o puxei e me livrei de sua mão.

Espanha se encostou a parede, respirando ofegante e até cheguei a pensar em fugir, o que seria bem fácil pra mim, mas eu realmente queria ouvir o que ele tinha a dizer.

- O que foi ISSO?! – Berrei. – Cazzo! Enlouqueceu de vez, estúpido?!

- Ya dice que lo siento... – Ele me respondeu, em tom baixo. – Eu preciso falar com você.

- E não podia esperar a reunião acabar?! O que pode ser tão urgente?!

- Não conseguiria esperar! – Ele retrucou no mesmo tom que eu.

- Tá, tá, então, o que é?! – Reclamei meio impaciente. Na verdade, por algum estúpido motivo, eu ainda tinha uma mínima esperança de que... Nada. Esquece!

 - Eu... – Espanha murmurou olhando para o chão e meu coração começou a bater um pouco mais rápido. Aquilo parecia ser o começo de uma... Não! Não podia ser aquilo!

E, bom, não era.

- Eu não sei. – Ele completou. Juro que não sei como não soquei a fuça daquele bastardo naquele exato momento!

- COMO ASSIM NÃO SABE?!

- É, não sei, estou preocupado com você, Romano. Você parece meio estranho comigo, mas... Acho que é coisa da minha cabeça, não?

- É coisa da sua cabeça. Eu to agindo como sempre!

- Tem certeza? – Disse se aproximando de mim, com aqueles olhos verdes me desarmando. – Não aconteceu alguma coisa nesse tempo que não nos vimos?

- Perché stai chiedendo questo?!

- Romano, você sabe que eu não – Provavelmente, ele ia pedir para que eu traduzisse, mas eu o interrompi.

- Não passou pela sua cabeça que pode não ter nada a ver com você? Não é como se meu mundo girasse ao seu redor!

- Eu não quis dizer isso... – Ele respondeu baixinho. – Só estou preocupado e... Perdón, é só coisa da minha cabeça, não é? Vamos esquecer isso.

E, por mais que a minha razão dissesse “É isso mesmo que deveríamos fazer! Deixa quieto.”, uma parte desconhecida de mim dizia algo tipo “Você chegou tão perto da verdade pra DESISTIR ASSIM?!”.

E quase como todas as vezes, eu não agi racionalmente.

- Che palle, Spagna! Não acredito que depois de me arrastar até aqui, vai deixar as coisas desse jeito! Não acredito que vai desistir assim!

- Desistir? - Ele indagou meio confuso. Ou bastante confuso. – Do que exatamente você está falando?

- Você sabe! Eu sei que você sabe! – E então, por puro impulso, eu cedi ao convite daqueles olhos verdes amigáveis e me joguei em seus braços. Só que... Daquele meu jeito meio violento, fazendo-o trombar contra a parede. - Perché, Spagna?! Por que não acaba logo com isso, seu estúpido bastardo?!

Espanha somente sorriu, com um leve e pequeno suspiro, passando a mão pelos meus cabelos, carinhosamente, como se dissesse “Eu só estava te testando”. E... COMO EU QUERIA SOCÁ-LO!

Ao mesmo tempo em que eu só queria ficar ali, abraçando-o.

- Porque eu sempre quis ouvir você dizer aquelas três palavras. – Ele me respondeu, ainda sorrindo. – Eu sempre te disse, desde que você era pequeno e você nunca levou a sério... O que mais eu poderia fazer?

- Não sei, cazzo! Podia falar de um jeito decente, seu idiota! – Reclamei, ainda afundando minha cabeça em seu peito, por pura vergonha de encará-lo.

- Tenho a impressão de que se eu fizesse isso, você me xingaria e me bateria ou fugiria de mim... – Eu não podia contrariar. Ele estava certo e nós dois sabíamos disso. – Mas fico feliz que tenha, finalmente, me dito algo. Mesmo que não tenha sido...

- Io ti amo, stupido. – Murmurei. Infelizmente, ou não, foi alto o suficiente para que ele ouvisse. Espanha me afastou um pouco dele para que pudesse ver meu rosto e, quando eu o abaixei para que ele não visse o quão vermelho eu devia estar, ele o levantou com a mão, me obrigando a olhá-lo nos olhos.

- Yo te amo, Roma. – Me respondeu, abrindo um sorriso completamente diferente do de costume. Um sorriso que só eu vi. Um sorriso especial.

Mais uma vez desarmado por aquelas orbes verdes, eu deixei que ele se inclinasse e colasse seus lábios aos meus.

- Ei, nii-san, onde vocês estavam? – Veneziano me perguntou quando a reunião acabou e todos saíram da sala, encontrando eu e Espanha parados no corredor feito dois idiotas. Na verdade, tínhamos pensado em voltar à reunião, mas os olhares cairiam sobre nós como se fossemos suspeitos de alguma coisa, então, decidimos esperar até que ela acabasse.

Claro que nesse meio tempo nós... Não interessa!

- Não te interessa, Veneziano! Vai cuidar da sua vida! – Resmunguei, vendo de canto de olho, Espanha junto com França e Prússia, sorrindo do jeito estúpido de sempre. Dessa vez, não parecia tão irritante.

- Só estou perguntando por que vocês pareciam estar brigando...

- E daí?! Fala como se eu não brigasse com quase todo mundo!

- É, mas não com o irmãozão Espanha. – Ele falou com aquela cara inocente que meu irmão tem naturalmente. – Além do mais, o irmãozão agora parece estar mais animado.

Bufei meio emburrado, cruzando os braços e olhei na direção dele e dos outros dois imbecis.

Ele sorriu para mim e, mesmo que fosse de longe, me fez ter vontade de sorrir também.

E dessa vez, eu pude corresponder.


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Notas finais do capítulo

AAH, EU MUDEI ESSE FINAL UMAS QUATRO VEZES E AINDA NÃO TO MUITO FELIZ COM ELE! @_@
Se ficou fail, me desculpem, MESMO! ç-ç

Hora da tradução (R)
Eu sei que alguns são MUITO óbvios, mas não custa nada colocar aqui :3

Cazzo! - Droga! (ou coisa pior, rs.)
Nessuno! - Ninguém!
Buon, quasi nessuno. - Bom, quase ninguém.
Perché?! - Por que?!
¿Por mí? - Por mim?
Che cosa?! - Que foi?!
Perdón. - Perdão/Desculpa.
¿Qué? ¿Por qué? - Que? Por que?
Eres muy tierno. - Você é muito bonitinho.
Se vuole parlare, almeno parlale in italiano! - Se quer falar, ao menos fale em italiano!
Che palle! - Que saco! (tirei do mangá de Hetalia, actually QQ)
Pero - Mas
Yo quiero de verdad. - Eu quero de verdade.
Si è un idiota. - Você é um idiota.
¿Por qué eres tan malo conmigo? - Por que é tão mau comigo?
Permiso. - Com licença.
Lo siento... - Sinto muito/desculpa.
Ya dice que lo siento. - Já disse que sinto muito. (algo assim @_@)
Perché stai chiedendo questo?! - Por que está perguntando isso?!
Spagna - Espanha
Io ti amo, stupido. - Eu te amo, estúpido.
Yo te amo. - Eu te amo.


Ah, o espanhol foi corrigido pela minha amiga chilena, então... Qualquer diferença do espanhol da Espanha, é por esse motivo, sorry :x
O italiano foi na raça mesmo (e o google tradutor), qualquer erro me avisem Q :B

Enfim, já tem nota demais @_@

bjs, MAH.