8 de Novembro de 1978

“Querida Lily,

Bom dia, está tudo bem?

Ontem acabaste por não me responder…

Com carinho,

J.”

“Querido J,

Desculpa, ontem adormeci antes que tu me respondesses, estava cheia de sono!

Bom dia! Sim, está tudo bem…

Sabes uma coisa, acho que vou fazer o que tu disseste e descansar hoje o dia todo. Vou aproveitar o domingo!

Um carro voador? Vai sonhando, amigo… Ias ser processado pelo departamento de Utilização de Objectos de Muggles antes de conseguires dizer “Oh, meu Merlin”. Não acho assim uma grande ideia… Além disso ainda te matavas e eu não ia gostar nada disso!

Ah, não és convencido mas tens um ego muito grande? Pois…

Claro que está aí, isso é óbvio! Eu não falho em serviço! Estou cada vez mais perto!

Não sonhei contigo =P

Beijinhos,

Lily.”

“Querida Lily,

Ahh, não sei se te desculpo… Foi uma falta de respeito!

Estás finalmente a dar-me ouvidos? Acho muito bem!

Sim, um carro voador. Oh. Eu já voei em coisas muito mais complicadas do que um carro voador, não haveria de ser muito difícil. E nunca me iria matar, afinal as varinhas servem para alguma coisa, certo?

É isso mesmo!

Pois, sei… Estás tão perto como estavas há quase duas semanas quando começámos a falar!

Ora bolas… Eu sonhei contigo…

Com carinho,

J.”

“Querido J,

Claro que sim, um dia quando te acontecer o mesmo também não te desculpo, totó. És mau.

Ei, já te dei ouvidos muitas vezes, sim? Como aquelas vezes todas em que me dás conselhos sobre o James, por exemplo! Ou sobre os marotos!

Esquece, a tua prenda não vai ser, definitivamente um carro voador. Devias ganhar juízo… Mas ainda não tenho ideias!

Nem venhas com coisas! Há quase duas semanas quando começámos a falar sabia que eras um rapaz, portanto só tinha excluído metade da população de Hogwarts! Agora excluí quase Hogwarts inteira e sei que és um dos 11 rapazes da minha lista, portanto já avancei muito!

Sonhaste, a sério?

Beijinhos,

Lily.”

“Querida Lily,

Eu não sou mau, tu é que estás a fazer birrinha de criança! Mas tudo bem, eu desculpo-te. Estava a brincar…

Ah, pois é… Eu sou o teu psicólogo, certo? É verdade, já seguiste os meus conselhos. Esqueci-me!

Eu não preciso de ganhar juízo, já sou muito ajuizado. E que tal um kit de Brincadeiras Mágicas ou qualquer coisa do género? Ou podia ser um livro sobre psicólogos (ahahah, brincadeira). Vou parar de dar sugestões idiotas para uma prenda para mim… Não quero que me dês nada!

Tens razão, fizeste um avanço. Muito pequenino mas até fizeste!

Sim, sonhei contigo. Eu sou um querido!

Com carinho,

J.”

“Querido J,

Eu estou sempre a fazer birrinhas de criança. Aliás, eu ainda sou uma criança (com muito orgulho)! Ainda bem que me desculpas…

Como é que pudeste esquecer-te da tua melhor paciente, hem? Explica-me, gostava de perceber.

E se eu te disser que te vou dar uma prenda na mesma porque quero? É muito chato. Mas eu vou dar-te a prenda!

Fiz um avanço muito grande, nem venhas com coisas!

Já te disse que eu quase nunca me lembro dos sonhos, não disse? É que eu sou muito repetitiva =) Portanto se eu já sonhei contigo não te consigo dizer porque eu não me lembro… Tenho quase a certeza que já te disse isto…

Ah, sabes quem é que eu vi à bocadinho? Fiquei completamente em estado de choque! Tenta adivinhar!

Beijinhos,

Lily.”

“Querida criancinha (mais conhecida por Lily Evans),

Eu não tenho a certeza de que tu já sabes ler portanto em anexo à carta vai também um desenho para ti (para tu perceberes o que está escrito)!

Desculpas completamente aceites, eu não guardo ressentimentos!

E se eu te disser que não vou aceitar a prenda? AH-AH e agora?

Ok, fizeste um bom avanço, é verdade… Não te chateio mais com isso.

Por acaso… Sim, já disseste! És como um papagaio que repete sempre a mesma coisa, ou um disco riscado que repete a mesma parte da gravação!

Viste o Gato das Botas?

Anexo:

P.P.S. Não consegui desenhar mais nada…

Com carinho,

J.”

“Querido auto-denominado adulto,

Obrigada pela atenção, eu aprendi a ler anteontem por isso não precisei de recorrer ao desenho, apesar de achar que este ilustra perfeitamente a tua carta, aliás, quem não soubesse ler iria ficar a perceber exactamente que a carta falava de uma casa amarela! (Adorei os teus dotes artísticos!).

Se disseres que não vais aceitar, aceitas na mesma porque é má educação não aceitar um presente AH-AH! Ganho eu!

Então isso quer dizer que eu sou chata?

Não, não vi o gato das botas… Isso foi estranho! Desde quando é que sabes o que é o gato das botas?

Vi o Sirius e a Lene aos beijos numa sala de aula vazia. E à tarde antes de ir para ao pé do lago extorqui-lhe as informações todinhas… Ela e o Sirius já se andam a encontrar à duas semanas! E ela gosta dele, apesar de estar cheia de medo de ser descartada, como todas as outras. Tem medo de ser só mais uma. Tinhas toda a razão quando disseste aquilo de teres visto o Six e a Lene juntos! E eu que não acreditei…

Só tenho medo da Lene sair magoada disto tudo. Senhor psicólogo, algum conselho?

Vou dormir, ainda é cedo mas tenho andado super cansada, beijinhos e até amanhã!

Lily.”