A Loucura do Amor escrita por BiasC


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu demorei de novo, desculpa!!! Bom, de qualquer jeito, aqui está o capítulo.
Ah, eu tenho aviso pra vocês no fim, é enorme, mas é importante, então, leiam, por favor!



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POV Clarisse La Rue

                Eu e Chris nos separamos e olhamos surpresos para aqueles pequenos pedaços de papel que haviam aparecido na mesinha. Chris olhou pra mim, me perguntando silenciosamente se eu sabia o que era aquilo. Balancei a cabeça, negando. Ele então, se aproximou da mesa e pegou os papeis, lendo-os rapidamente, para anunciar em seguida:

                -São duas passagens de avião, na primeira classe, pra Nova York.

                -Isso é perfeito! Podemos ir de Nova York direto pro acampamento, não é muito longe!

                -É... –Disse ele, dando um sorriso forçado e tentando parecer animado.

                -Hum, você não parece muito feliz.

                -O que? Eu estou feliz!- Diante da minha cara de descrença, ele suspirou e completou. – Ok, é só que...  Clarisse, quem você acha que mandou isso?

                Pensei um pouco. Pra mim, a resposta era bem óbvia.

                -Ora, para fazer as passagens aparecerem assim, do nada, só pode ter sido um dos...

                Parei. E só então percebi o que estava prestes a dizer. Só podia ter sido um dos deuses. Mas a pergunta era: Qual deles?

                -Um dos deuses. Bom, talvez meu pai tenha se arrependido de brigar comigo e tenha mandado as passagens pra demonstrar seu arrependimento. – Terminei o que estava falando, mas já não estava tão certa quanto estava quando comecei. Embora a perspectiva de meu pai querer fazer as pazes era ótima, eu sabia que isso era praticamente impossível.  Eu conhecia meu pai, e ele não mudaria de ideia tão cedo.

                Chris me olhou nervoso, parecia se decidir sobre algo.

                -Não foi o seu pai, querida. –começou ele devagar, como quem escolhe muito bem as palavras. –Enquanto você conversava com sua mãe, eu fui pro jardim e ele estava lá, querendo falar comigo. Bem, digamos apenas que depois da conversa, eu tenho certeza que não foi ele.

                Senti meu estômago embrulhar ao ouvir aquilo. Como se não bastasse discutir comigo, ele ainda tinha ido brigar com o meu namorado?! Eu queria saber o que eles haviam falado e o que tinha acontecido, sabia que Chris estava me escondendo algo. Mas ao mesmo tempo, eu senti que não ia agüentar saber que eles brigaram, já tinha sido muito duro brigar com meu pai. Iria perguntar depois.

                Mas algo ainda me incomodava: os deuses raramente mandam algum tipo de ajuda para os semideuses, e quando mandam, só mandam para os seus próprios filhos. Nenhum deus ajuda um semideus que não seja seu filho. E até ai não tem nada estranho. Mas a questão era que se não havia sido meu pai... Só pode ter sido o pai de Chris!

                -Quem você acha que foi, Clarisse? –Chris me perguntou.

                Eu entendi o que ele realmente estava me perguntando. Ele havia pensado como eu, e agora me perguntava, em outras palavras, quem eu achava que era seu pai. E o pior, eu tinha quase certeza da resposta.

Olhei pra ele. Eu vi um menino aparentemente normal, tão diferente do menino que eu havia encontrado no labirinto e por um momento eu acreditei nisso, acreditei que ele estava curado. Mas então, eu olhei fundo nos seus olhos e ali, eu vi. Vi um traço, ainda que mínimo, do menino enlouquecido do labirinto, do menino que fora para o lado de Cronos, por ódio aos deuses. E foi isso que eu vi em seus olhos, ódio.

Não, eu não iria dizer. Não ainda, não agora. Ele não estava pronto, e sinceramente, nem eu. Eu não sabia o que iria fazer se ele enlouquecesse de novo. E além disso, eu não tinha como afirmar nada, não tinha certeza. E se eu falasse algo e depois não ser quem eu estava imaginando?!

-Eu não sei. Pode ter sido qualquer um deles. Mas independente disso, eu acho que deveríamos aceitar. Afinal, não temos outro modo de ir pro acampamento.

O rosto dele se entristeceu e eu automaticamente me senti culpada. Mas já havia me decidido e não falaria nada.

-É, suponho que sim. Bom, as passagens são pra hoje de noite.

-O que é pra hoje à noite?

Minha mãe tinha entrado na sala. Eu travei, não sabia como dizer pra ela que estava indo embora. Não logo depois de ter me acertado com ela. Sabia que ela ficaria triste, mas não tinha outro jeito, eu precisava ir embora. A guerra estava prestes a começar e eu não podia ficar ali, o acampamento precisava de mim e eu não iria colocar minha mãe em perigo, uma vez que os monstros certamente iriam me achar ali.

-As passagens, mãe. Eu e Chris estamos indo embora.

-Hoje? Já? Por quê?

-Sim, hoje. Porque nós precisamos ir pro acampamento. A guerra contra os titãs vai começar e eu não posso ficar aqui, preciso voltar e ajudar na preparação para a guerra, os titãs estão cada dia mais fortes. –Senti Chris se mexer desconfortavelmente próximo a mim e sorri pra ele, tranqüilizando-o. –E além do mais, os deuses nos mandaram passagens de avião pra hoje.

-Hum, entendi.

-Sinto muito mãe. –Eu andei até ela e a abracei. Percebi que ela estava quase chorando. –Olha, mãe, eu prometo que quanto a guerra acabar, eu vou vir pra cá em todas as férias.

-É mesmo? –Perguntou ela surpresa, mas feliz.

-Sim, eu prometo. Eu te amo, mãe.

-Eu também te amo, minha filha. –Ela sorriu pra mim enquanto se soltava do meu abraço. Então, olhou pra Chris e numa hilária falsa voz de zangada, o perguntou. –E você, rapaz? Vai ficar ai parado que em um poste ou vai vir aqui me dar um abraço de despedida?

Chris riu e se apressou em andar até ela e a abraçar. Ele parecia um pouco desconfortável, já minha mãe estava super à vontade, lhe dando um apertado abraço. Quando o soltou, sorriu emocionada e disse:

-Olha, eu nunca achei que fosse gostar de algum namorado da minha filha, mas eu preciso admitir que realmente gosto de você, Chris. Você é uma pessoa ótima e faz a minha filha muito feliz, então eu realmente não tenho do que reclamar, mas só vou te pedir uma coisa: cuida bem da minha filha, ok?

Chris olhou pra mim, que estava com um sorriso bobo na cara e os olhos marejados, e depois pra ela e respondeu com o sorriso mais lindo que eu já havia visto:

-Eu irei.


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Notas finais do capítulo

Gente, é o seguinte: eu to indo viajar nessa sexta (eu vou visitar o parque do Harry Potter!!! To tão feliz!!!) e só vou voltar mais pro fim do mês, e por isso devo demorar mais pra postar o próximo capítulo. Eu sei que já tenho demorado pra postar normalmente e que vocês devem estar morrendo de raiva de mim por causa disso, mas é que eu tenho tido dificuldades pra escrever e isso tem me deixado bem triste, mas eu prometo que quando eu voltar eu vou tentar postar mais rápido, então, por favor, não abandonem a fic, ok?
E desculpem por esse pequeno desabafo. =)