A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 54
Cullen Vs Volturi


Notas iniciais do capítulo

Gente eu preciso desabafar e confessar:
esse cap já estava pronto há dias, mas eu não estava nem um pouco entusiasmada para postar... E o motivo é a quantidade de reviews no MAIOR cap dessa fic inteira, com quase 7 MIL palavras, o capítulo anterior "Meteoros" é facilmente o DOBRO do tamanho da maioria dos outros caps. Eu gastei MUITO tempo nele, li e re-li até virtualmente não ter sequer erros de digitação ou gafes de enredo.
Dito isso, fiquei MUITO desanimada com os DOIS reviews que foram mandados, sendo que houve mais de DUZENTOS acessos só no primeiro dia. À Evelin Silva e MPR, muito obrigada pelo apoio, mas eu sinto muito em dizer que essa situação realmente me deprimiu e me fez pensar no futuro dessa fic, não tenho vergonha em dizer que eu pensei seriamente em apenas abadoná-la, mas já fiz uma promessa de não fazer isso e vou cumpri-la, mesmo assim queria dizer e avisar que eu honestamente não sei o que fazer com essa fic. VOU continuar, mas todo a minha animação anterior, principalmente depois de ver quantas pessoas a favoritaram e a estavam seguindo se esvaneceu.
Beijos e boa leitura.



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Capitulo 54 – Cullen Vs Volturi.

Tanto Bree quanto Fred foram condicionados a temer ‘ela’ acima de qualquer outro e agora estavam prestes a encontrar seres que a aterrorizavam, mais do que isso, acabaram de ver os oito vampiros Cullen dizimarem com destreza o exército ‘dela’ e até mesmo eles estavam hesitantes ao encontrarem esses vampiros em particular. Eram quatro, como da última vez, o menor de todos, uma garota liderava o grupo.

–Olá Jane, já faz séculos – foi Carlisle quem cumprimentou e os únicos recém-nascidos na clareira ficaram surpresos. Carlisle era o líder dos Cullen, mas Edward sempre foi o porta-voz. Só não sabiam que eles já conheciam esses vampiros, ou talvez não, pensaram ao ver a expressão confusa de Jane.

–Carlisle? Não sabia que fez parte das notícias em Seattle, Aro não ficará satisfeito.

Ou essa Jane mentia mais que Riley e era melhor nisso do que ele também ou ela realmente não sabia, mas Bree duvidava disso, ouvira quando ela falou com sua criadora e com Riley: destrua o maior número desse clã. Ou talvez, ela de fato não sabia que esse clã era os Cullen. Nunca quis tanto o dom de Edward. Assistiu enquanto Jane – ficando feliz quando finalmente pôde dar nome a vampira assustadora – analisava a fila meio bagunçada dos Cullen, de ponta a ponta. Primeiro Emmett, numa das extremidades, passando por Rosalie, Esme, Bella, Edward, Jasper, Alice e por fim Carlisle mais a frente. Fred e Bree estavam mais atrás, logo às costas de Edward e Bella e próximos de Jasper.

Era a primeira vez que Bree conseguia ver seu rosto e Jane era bem jovem e mais antiga também, imaginava. Era o perfeito rosto de um querubim, infantil e quase doce se não fosse pelo gelo em seus olhos. Seu corpo era andrógino e magro, seu cabelo longo e de um loiro bem claro, perfeitamente arrumado em um coque e seu manto era o mais escuro dos quatro, quase preto, enquanto os dos outros eram mais claros. Ela parecia muito jovem, Bree chutava uns 12 ou 13 anos e era ainda menor que Alice que tinha 1m47, Jane tinha uns 1m42. Como ela inspirava tanto respeito e medo? Era claro que era a líder daquele grupo de ‘polícia vampira’.

–Posso lhe assegurar que não tivemos nenhum contato direto com aqueles que criaram a situação em Seattle – a voz de Carlisle era cordial, mas sem o calor que usava com Fred e Bree.

Jane franziu o cenho, parecendo uma criança adorável que não entendia algo. Fred pôde perceber várias coisas acontecendo nesses três segundos em que Jane fez uma leve careta: Bree não prestava atenção em muito mais do que nesses vampiros de mantos, mas todos os Cullen, sem exceção deram um olhar de soslaio primeiro para Edward ou Alice e depois para Bella.

–Não me diga que toda aquela confusão foi em resposta a seu clã.

Carlisle balançou a cabeça, mas não se atreveu desviar os olhos. Ouro no vinho.

–Um ano atrás encontramos com um bando de três, um rastreador entre eles, James, ele tinha o hábito de criar seus próprios jogos, você vê. Acha uma... presa que, a seu ver, é difícil de matar e começa a caçar, ele visou um membro de minha família que não conseguiu matar enquanto frágil e então era tarde pois já havia passado pelo processo de transformação. Quando James reconheceu seu alvo perdido ele começou a caçar, tivemos de destruí-lo, mas Victoria era sua parceira e escapou. Ela queria vingança, no entanto sabia que teria de enfrentar todos nós e criou um exército. O outro companheiro de bando partiu em paz, mas voltou a auxiliá-la e tivemos de destruí-lo também.

Durante a explicação de Carlisle, as sobrancelhas de Jane começavam a se elevar até sua expressão ficar quase cômica, mas nem Emmett se atreveria a rir dessa vampira em particular como Bree estava começando a entender. Os três vampiros atrás dela também trocaram olhares. Para Bree e Fred isso era novidade, mas mascararam bem sua surpresa. Fred também notou que Carlisle escolheu com habilidade suas palavras, nunca revelando nada de seu clã, sequer quem era o membro visado por James, o ‘rastreador’ o que quer que isso signifique.

–Devo admitir que estou meio... confusa. Foi uma quantidade razoável de sangue derramado considerando seu... modo de vida.

Carlisle apenas assentiu.

–De qualquer modo, nós realmente acreditávamos que o quadro era outro. Não sabíamos de seu envolvimento, Carlisle. De fato, pensávamos que era uma batalha entre dois exércitos de recém-nascidos, comento ou talvez lhe felicito, seja mais apropriado; se me lembro bem, da última vez que nos vimos você estava à procura de outros que aderissem a sua... dieta.

Carlisle mais uma vez apenas assentiu.

Fred desesperadamente queria ter o dom de Edward nesse momento, não fazia ideia se Jane estava mentindo ou não, se estivesse era uma atriz digna de um Oscar.

Jane mais uma vez percorreu os olhos na fila desarrumada de 10 vampiros e seus olhos que se assemelhavam a vinho pousaram na dupla de recém-nascidos, observando cuidadosamente os olhos cor de sangue.

–E quanto a esses dois?

–Vieram a nós, não querendo participar das atrocidades em Seattle – dessa vez tanto Jasper quanto Edward pareciam quase instruir Carlisle, assentindo ou balançando a cabeça. Alice tinha um olhar perdido, mas não tanto quanto Fred estava acostumado a ver, era como se lutasse para manter uma expressão entediada ao invés de desfocada.

O que estava acontecendo?

Mas sabia que aquela não era hora para perguntas sem fim. Quem quer que essa ‘polícia’ fosse, teve de sentir certo humor com o nome que Bree dera a eles, era claro que mesmo um clã, uma família tão poderosa quanto a de Carlisle estava cautelosa, agiam com muito mais cuidado do que demonstraram ao enfrentar 20 extremamente fortes e selvagens recém-nascidos com uma sede literal por sangue e morte.

Os olhos de Jane estreitaram, mas ela parecia mais contemplativa do que aborrecida; Fred tentava ao máximo captar todos os acontecimentos e reações a seu redor, viu como Edward virou infinitesimamente para Jasper e deliberadamente assentiu. Parecia que o foco dos Cullen em cada vampiro trajado com aqueles mantos se intensificou tanto que Fred se surpreendeu por não aparecer um buraco neles. Eles eram inteligentes também, eles não tinham toda a concentração apenas em Jane, apesar de a considerarem como se fosse a maior ameaça, mas também observavam a reação dos demais.

Gradualmente uma nuvem de ambivalência se assentou a seu redor e involuntariamente começou a pesar esses novos vampiros com os Cullen. Sem que pudesse se conter pensou em todas as ações dos Cullen, daqueles lobos, de Riley, ‘dela’, desses vampiros com mantos, às vezes sentia raiva, então os compreendia e então ficava confuso.

O que estava acontecendo?

Nem tinha motivo para se sentir desse jeito, não era como se já não tivesse pensado em tudo isso e concluído que, independentemente do que ocorresse, sua lealdade seria dos Cullen. Aquela família que claramente estava arriscando tanto, tudo pelo bem estar de si e de Bree.

E a cada segundo ficava mais e mais confuso, sua confusão aumentava como se fosse uma pressão em seu cérebro. Por que aqueles vampiros de mantos estavam ali? Por que os Cullen se importavam tanto? Por que Jasper tinha todas aquelas cicatrizes quando o restante dos Cullen eram perfeitamente livres delas? Por que viviam em tamanha proximidade com humanos? Por que...

Fred tentou em vão afastas as perguntas. Claro que estava confuso e tinha curiosidade genuína nas respostas, mas nunca com essa intensidade, Carlisle lhe prometera explicar e dar as respostas para qualquer pergunta que tivesse depois que essa confusão com sua criadora estivesse controlada. Não importando o que pensava dos outros Cullen, sendo aparentemente adolescentes ou não, sabia que podia confiar na palavra de Carlisle.

Não era importante naquele momento, concluiu e depois franziu o cenho. Sua curiosidade e ambivalência estavam diminuindo, se transformando em calma e uma fria apatia, desinteresse quase.

Por fim Jane assentiu, mas ainda assim seus olhos se encontraram com ambos os de Bree e os de Fred.

–Vocês – ela chamou com sua voz infantil – seus nomes?

–Meu nome é Fred, esta é Bree.

–O que Carlisle disse é verdade? Não participaram do massacre em Seattle? – ela falava mais demoradamente, como se considerasse o intelecto de Fred e Bree inferior.

–Partimos em busca dos Cullen na primeira oportunidade – Fred desviou da pergunta e também não podia dizer nada por Bree, mas sabia que a garota era inteligente, principalmente para sobreviver no bando de Riley e as únicas ordens de Riley foram: caçar aqueles que ninguém ia sentir falta, não atrair atenção.

–E quanto sua criadora?

–Nunca nem soubemos o nome dela. Riley, aquele que ‘ela’ deixou como nosso... encarregado – sabia que se sentiria humilhado se usasse o termo ‘chefe’ como Kristie e Raoul tão livremente denominavam Riley com esses vampiros maduros, antigos ou seja lá como eles eram chamados – nunca nos revelou nada sobre ela.

–E quantos haviam?

–Cerca de 20 quando partimos para nos encontrar com os Cullen.

–20? – Jane parecia aborrecida, quase com raiva por algum motivo.

–No bando de Riley pelo menos, antes de partimos ele nos disse que mais 20 iriam se reunir conosco para a luta.

–Oh – a expressão de Jane suavizou e Fred percebeu que ela ficara enraivecida por pensar ter sido enganada por Victoria – então vocês enfrentaram 40 recém-nascidos? Se me permite, Carlisle, devo dizer: nunca vi um clã sair intacto de um ataque dessa magnitude.

Sua voz era impressionada e vendo por esse ângulo, Fred também não podia evitar, afinal assistiu em primeira mão as maquinas de morte que aqueles seres, a primeira vista tão civilizados e... para ser honesto quase humanos o modo como se comportavam.

–Todos muito novos, eram inábeis e tentaram se separar para nos atacar, isso facilitou também – Carlisle explicou, mas Jane ainda parecia impressionada quase desconfiada, mas mais uma vez uma expressão de fria apatia e desinteresse tomou conta de sua expressão angelical.

–E por que ele os trouxe aqui? – sua atenção voltou para Fred que parecia o único disposto a responder.

–Ele nos disse que os ‘estranhos de olhos amarelos’ viriam até nós, que nos destruiriam pelo ‘sangue fácil’ e que, se quiséssemos continuar a ter sangue teríamos de lutar e destruir os de ‘olhos amarelos’. – Fred recitou as mentiras de Riley.

Jane quase riu.

–Sim, uma reação muito exagerada considerando seu modo de vida – ela repetiu o que disse antes – e quanto à criadora?

–Estávamos prestes a começar a caçada quando ouvimos sua chegada.

–Ainda viva?

–Não por muito tempo – Fred sabia o quanto Carlisle abominava a ideia de destruir outro ser vivo, mas também sabia que não importa o quão forte seja sua aversão por matança, sua lealdade e amor a sua família vinham primeiro.

Jane assentiu, resignação em suas feições.

–Não estamos acostumados a sermos desnecessários. Mas parece ser o caso de hoje – ela suspirou, completamente entediada – bem, realmente não esperava lhe encontrar Carlisle.

–Agradeceria se transmitisse minhas lembranças a Aro.

Pela primeira vez, Jane sorriu solenemente. Talvez pelo nome, talvez por outro motivo, mas Fred percebeu que ela se importava muito com esse Aro.

–É claro, ele vai se interessar em saber que você encontrou outros que compartilham de seu interesse.

Fred não entendeu bem essa nova tensão e também não tendeu como ela diminuiu até um clima sereno pairar sobre todos eles, mas reconhecia um aviso – não importando o quão velado – quando ouvia um, apesar de não entender as implicações. Percebeu que esse Aro e Carlisle provavelmente se conheceram antes de Carlisle... começar...? não sabia o termo aplicável, mas percebeu que eles se conheceram antes da família Cullen ser como é hoje. “Seu modo de vida” e “outros que aderissem a sua dieta” Jane havia dito. Muito provavelmente Carlisle estava só na época. Seria isso? O tamanho da família Cullen? Por que isso seria um problema?

Carlisle assentiu, pela terceira vez naquela conversa estranha, sem se perturbar e isso pareceu confundir Jane e mais uma vez, Fred sentiu uma onda de indiferença. Jane pareceu sentir o mesmo porque apenas deu de ombros.

–Muito bem, presumo que vão explicar as regras para os dois recém-nascidos de agora em diante, sim, Carlisle?

–É claro – seu tom de voz mudou um pouco, mas Fred não conseguia identificar a emoção por trás da mudança, indecifrável, só que mais... vivo, do que a fria cordialidade que usara até aquele ponto – estaríamos mais do que dispostos em assumir a reponsabilidade por ambos.

Mais uma vez o termo ‘recém-nascido’ os aborreceu, e ‘assumir responsabilidade’, sim, Fred acertou mais do que pensara no outro dia; vampiros maduros os viam como bebes: força demais, consciência de menos.

Finalmente entendeu a voz de Carlisle: uma ansiedade, como se estivesse tomando conta tanto dele quanto de Bree, os protegendo.

Jane suspirou.

–Então cuide disso. Vamos – ela comandou os demais vampiros de mantos escuros que eram bem mais altos e mais imponentes que ela, mas que a tratavam com o mesmo respeito que os Cullen – quero ir para casa.

E assim como chegaram, as quatro figuras foram embora, seus passos tão graciosos que nem parecia que tocavam o chão, mas nenhum dos Cullen desviou os olhos, mesmo depois de tanto Fred quanto Bree não conseguirem mais ouvir seus passos e, portanto, os Cullen também não ouviriam, recém-nascidos ou não, suas audições eram tão potentes quanto.

Por fim Edward e Alice relaxaram e assentiram, parecendo exaustos. Esme suspirou alto, Rosalie cruzou os braços e virou a cabeça, mas não antes de todos verem o alívio em suas feições perfeitas. Emmett girou o pescoço como se ele estivesse tenso, o que era ridículo, músculos de vampiros não ficavam tensos, Bree pensou, mas não falou nada já que seus próprios ombros estavam igualmente travados com o que acabou de acontecer e estavam relaxando lentamente.

Jasper parecia ainda mais exausto que Alice e Edward, em um gesto bem mais humano do que alguém esperaria de um vampiro com tantas cicatrizes de batalha, ele esfregou o rosto com as mãos se inclinando pesadamente em Alice que também se apoiava nele, os olhos fechados como se estivesse prestes a dormir. Já Bella apoiou sua cabeça no ombro de Edward que passou um dos braços a sua volta e Carlisle suspirou, assim como sua parceira, mas parecia mais bem disposto que o restante de sua família, como se tivesse acabado de ganhar um presente. Fred não percebeu que seus dentes estavam trincados de tensão até Bree deslizou sua minúscula mão na sua, todo seu pequeno corpo finalmente relaxando.

–Acabou? – Bree perguntou quase num sussurro.

–Sim – Edward respondeu em tom de voz normal – vamos sair daqui.

Bella suspirou pesadamente o que chocou um pouco Bree, parecia estranho ouvir um som tão carregado vindo da elegante moça, mas Bella não parecia se importar com isso, ela apenas se virou para o parceiro exausto e os dois deram as mãos e basicamente desapareceram de tão rápido que começaram a correr, na direção oposta da que os Volturi acabaram de ir. Jasper e Alice em seus encalços, Emmett e Rosalie seguiam mais languidamente e Carlisle e Esme deram um olhar de relance para os dois, como se os esperassem antes de dispararem atrás dos filhos. Por fim, Fred passou a mão pelos cabelos dourados e lhe ofereceu a mão com um sorriso.

Bree sorriu meio envergonhada e mais uma vez se perguntou sobre a emoção inesperada, mas aceitou o gesto e os dois dispararam atrás dos Cullen. A meio caminho pôde ver a pira que os lobisomens criaram, assim como a dos Cullen, não se dava para ver os membros, cabeças ou torços que com certeza queimaram e ainda queimavam ali, a fumaça roxa que era tão densa que mais parecia sólida, o vento soprava para bem na direção deles e ela teve de parar a respiração para não inalar o miasma, Bree começou a ter um raciocínio, o vento soprando tanto o cheiro fétido dos lobos como a enorme fumaça para a direção oposta que a dos Volturi vieram e se foram, a pequena vampira franziu o cenho, mas antes que pudesse chegar a alguma conclusão, Fred apertou o passo e uma única olhada para frente Bree entendeu o motivo.

Os Cullen também corriam bem mais rápido do que antes, pareciam quase ansiosos em chegar à própria casa, não que Bree pudesse culpá-los, mas percebeu que nem Carlisle, Edward, Jasper ou Bella estavam por perto.


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