A Different Point Of View escrita por Justine e Mari


Capítulo 18
Uma Dura Realidade


Notas iniciais do capítulo

ressucitei minha gente, se é que alguem continua lendo T.T, desculmpem mesmo, mas é minha penultima bateria de prova e valia 45% da nota final, oq eu achei um absurdo, mas tudo bem.
Enfim, tá ai o cap, curtinho, mas vale né?
200 reviews e eu posto dois caps da proxima vez (mais ou menos aki uns dez dias, mas como eu ja disse eu nao tenho um horario certo) haha.
boa leitura =*



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Capítulo 18 – Uma Dura Realidade.

Março de 1934...

A rotina dos Cullen, Rosalie logo percebeu, era muito mais convencional do que se esperaria de uma família de vampiros. Iam para a faculdade na cidade vizinha, no caso de Bella e Edward, jardinagem, no caso de Esme ou iam trabalhar no hospital local, no caso de Carlisle. Assim que chegavam em casa faziam o que gostavam de fazer, seja pintar, conversar, tocar, ler...

Estavam em Coopertown, no estado do Tennessee, era uma cidade pequena, bem menor e mais simples do que Rosalie estava acostumada.

Apesar da enorme mansão em que estavam vivendo, cinco andares, oito quartos, dois escritórios e uma biblioteca relativamente grande, aparentemente não estava sendo o bastante para a Hale. O que gerava muitos conflitos dentro da grande casa afastada do centro.

Carlisle tentava conversar com a loura enquanto Esme tentava acalmar tanto a Edward quanto a Rosalie, enquanto Bella se apoiava em uma parede afastada com os braços cruzados sem olhar para o confronto o que deixava a recém nascida ainda mais furiosa.

Pelo visto toda e qualquer simpatia que Bella sentia por Rosalie em Rochester se evaporou no momento em que pisaram em Coopertown.

Não que Bella não estivesse disposta a aceitar e até mesmo gostar da loura com o passar do tempo, ela só queria ver e auxiliar a adaptação de Rosalie do seu próprio jeito. Conhecia bem demais os tipos de Rosalie. Mimadas que pensam que podem ter tudo o que quiserem. Suspirou pesadamente, com a transformação as características se tornam permanentes e ainda mais fortes. Vai ser um longo caminho até que as duas possam se acertar.

Bella sempre fora uma pessoa calma, não era muito de expressar suas próprias emoções, por vezes não sabendo como ou simplesmente não querendo que os demais percebam sua reação. Mas para tudo se tinha um limite, o que a Hale parecia ignorar. Para ela o limite era algum ponto no horizonte.

Mais de uma vez ela perdera o controle sobre si mesma, causando alguma parede derrubada ou três vampiros com emoções a flor da pele.

Mais de uma vez Edward perdera a paciência e se não fosse por Carlisle, já teria uma fogueira no meio da sala de Esme.

Estavam em uma floresta próxima, como ainda era dia de semana, todos tinham seus próprios compromissos e obrigações, então não podiam se dar o luxo de caçar algo maior em uma área mais distante, o que deixou a recém nascida muito mau humorada. 

Há quase seis meses na cidade, foi quando Bella foi completamente tirada do foco.

Isso foi depois que haviam se encontrado com um nômade sedente que teve a infelicidade de se parecer com Royce. Rosalie o atacou sem nem pensar duas vezes, ainda inexperiente teve de ser salvo pelo resto dos Cullen.

Bella observava incrédula, apesar de não demonstrar, quando a Hale começou a berrar com seu pai e Edward. Dizendo como eles não tinham nada ver com aquilo e que podia muito bem “defender-se sozinha”. Subitamente a recém nascida se virou para onde Bella estava parada e seus olhos dourados se estreitaram enquanto se convencia de que a postura da “menina” Cullen era arrogante.

-E quem VOCÊ pensa que é, ignorando a tudo como se fosse a rainha da verdade sua mosca-morta, meretriz* barata!

*Significa prostituta. Eu realmente não acho que existia o termo “vadia” ou “puta” em 1934, então...

O último grito de Rosalie foi seguido por um silêncio mórbido, como se a partir daquele momento falar alguma coisa, qualquer coisa fosse considerado um tabu.

Esme estava com as mãos sobre boca em descrença enquanto Edward e Carlisle viraram estátuas vivas e em um átimo todos os três viraram as cabeças para a figura paralisada de Bella.

Seus olhos naturalmente grandes estavam ainda maiores, o branco substituído pelo vermelho, as íris douradas da caça recente se transformando em azuis, veias saltaram na região dos olhos, sobrancelhas finas começando a se unir na raiva, lábios cheios começando a contrair para longe dos dentes brancos revelando caninos afiados e longos.

Rosalie já havia visto a transformação, tinha visto em seu próprio rosto quando estava com muita sede, naquele momento, lhe dera uma sensação meio prazerosa, pensando em como ia aterrorizar Royce com sua nova face, tanto a bela quanto o demônio. Já havia visto Edward, Carlisle e até mesmo Esme desse jeito, mas essa era a primeira vez que via Bella perder a calma.

Mesmo quando caçavam, a face de anjo da mais nova fisicamente dos Cullen, estava sempre composta, mostrando a máscara que fingia para os humanos.

Por algum motivo ver Bella transformada fez com que o corpo e a mente de Rosalie ficassem completamente em alerta. Talvez fosse pelo fato de que alguém que nunca ficava nervosa de repente desse jeito ou talvez porque a aura de poder sempre presente em volta dos vampiros fosse ainda mais forte em Bella.

Mesmo com sua mente, agora afiada e veloz, não fora capaz de acompanhar os movimentos insanamente rápidos de Bella. Na mais fina porção de um segundo, estava sendo pressionada contra o chão de uma das florestas do Tennessee.

Teria ficado brava, raios, teria ficado furiosa se não fosse pelo medo que agora a invadia. Bella estava com uma das mãos sem seu pescoço, mantendo-a parada enquanto a outra se formava em garra e fazia uma cratera no solo com a força do soco que dera bem ao lado da cabeça da loura.

Deus! Devia ter uns vinte metros de largura e deviam ter afundado uns três metros se não mais. Terra, pedras e poeira baixavam gradativamente.

Não se ouvia nada, nem o mais silencioso dos grilos. A floresta parecia ter se aquietado como em respeito a força brutal de Bella.

Quando finalmente a Hale reunira coragem o bastante para abrir os olhos, nem parecia acreditar.

Bella recuperara seu senso e compostura, seus rostos não mostrando nada seus olhos de volta ao brilho dourado estavam frios e duros, o ouro líquido se solidificara.

-Você acabou de ingressar em um mundo, no qual é matar ou morrer. Portanto lhe recomendo que refreie suas atitudes imprudentes,  suas emoções infantis, e esse seu gênio. Porque você, infelizmente, esta fazendo parte de uma família que se preocupa uns com os outros, todos nós estamos prontos para enfrentar uma batalha pelo bem do outro. Se não lhe agrada a proteção e conforto que está recebendo, a senhorita possui livre arbítrio, pode fazer suas próprias decisões, assim, pode sair daqui quando bem entender, nem é necessária explicação nenhuma.

Sua voz estava calma e falara pausadamente como se quisesse se controlar e ao mesmo tempo deixar a mensagem clara. Conseguira.

Deixando a loura no meio daquele enorme buraco no momento em que acabara de falar, a mais baixa voltou a caçar.

Não conseguiria mexer um músculo mesmo se quisesse.

Nunca...

Ninguém...

Jamais havia falado desse jeito com ela. Nem seus pais, professores, nem Edward.

“Matar ou morrer”...

Agora mais calma, percebia na situação que estava antes. Avançara em um completo desconhecido e teria perdido a vida se Carlisle não tivesse chegado a tempo. A lembrança vívida das mãos prestes a arrancar sua cabeça...

“Fazendo parte de uma família”...

É verdade, Carlisle já havia ensinado tudo o que tinha de saber, nenhum deles tinham obrigação nenhuma de continuar em sua companhia, lhe auxiliando no autocontrole quando escolheu a dieta deles, lhe confortando ou lhe dando proteção. Nunca, nem mesmo com sua família biológica havia se sentido tão segura. Estava morrendo e se corroendo de raiva, mas se sentia a salva como nunca antes.

“Fazer suas próprias decisões... nem é necessária explicação nenhuma”.

Seus pais sempre lhe ditavam o que devia ou não fazer e sempre seguira sem nem reclamar ou pensar duas vezes, sempre conseguira o que queria desse jeito porque mudar? Assim nunca tivera de dar quaisquer explicações, mas com súbito insight também percebera que mesmo depois do que Carlisle fizera, todos ali estavam tentando tornar o mais agradável possível uma vida que não escolheram e sim, tinha a obrigação sim, de dar explicações, no mínimo para Carlisle.

Essa era a realidade.

Não a fantasia ignorante em que vivera até agora.

Mas era como diz o ditado “melhor a verdade cruel que uma mentira piedosa”.

Dizem que a “ignorância é uma benção”, e também diziam que “nunca se sabe o que tem até se perder”.

Era extremamente irônico que ditados aos quais nunca proporcionara a mínima atenção agora fossem sua realidade.

Uma dura realidade.

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Notas finais do capítulo

é isso, não eskeçam 200 reviews e eu posto dois caps da proxima vez, dessa vez nao demora muito pke minhas provas já acabaram haha
bjuss e esperam que tenga gostado
PS - o numero de leitores aumenta mas o de reviews não... eu não entendo isso... ?~?