O Filho Amaldiçoado: 1. A Busca escrita por luana08jackson


Capítulo 27
Celas


Notas iniciais do capítulo

Oie! Gostaria de pedir desculpas pelo meu atraso mas é que eu queria postar esse capítulo só quando o próximo estivesse pronto por ser um dos últimos.
Mesmo assim obrigada pelos reviews no capítulo anterior e espero que gostem desse capítulo!
bjs lu



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Capítulo 27 – Celas

POV Percy

Ser paralisado no tempo me lembrou do dia em que Luke morreu, na batalha de Manhattan, quando eu vi Annabeth enfrentar o Senhor do Tempo com suas lembranças de infância.

Fomos carregados pelas dracaenae até o castelo de mármore negro, sede do poder dos Titãs. Levados ao nível mais baixo da construção eu me perguntava onde, dentre todas as salas, onde Annabeth estaria.

As pesadas portas de ferro da prisão foram abertas. E celas pequenas e úmidas invadiram meu campo de visão, formando um circulo rochoso de vários andares onde inimigos do Senhor do Tempo eram deixados e, – não duvido muito – se necessário, torturados.

Colocaram-nos em celas separadas mas um do lado do outro e, mesmo que não pudesse ver Beck e Nico, que estavam nas celas do meu lado, eu podia ver os outros por causa do formato redondo da prisão.

– O que fazemos agora? – perguntou Piper, assustada. Encostei-me à barra de ferro e respirei fundo, pensando.

– Eu não sei. – respondi, decepcionado, depois de um tempo.

– Como não sabe?! – Piper explodiu – você não é o veterano das missões?!

– Se acalma Piper... – disse calmamente Nico. – não há nada que Percy possa fazer. Só podemos esperar.

O ouvi sentar na cela ao lado, frustrado. E pouco a pouco os outros foram se sentando no meio do barulho dos inimigos dos Titãs. Minha cabeça já doía de tanto pensar em nossa situação, então acabei por sentar-me também e descansar. O dia tinha sido longo.

XxX

Acordei exaltado com o jato frio de água que o carcereiro jogou em mim. Levantei-me já apalpando meu bolso atrás de contracorrente; mas não a encontrei, o que me assustou já que ela sempre volta mesmo que a peguem de mim como fizeram ontem quando nos revistaram.

– Procurando por isso? – perguntou o carcereiro apontando para a caneta presa no bolso de sua blusa social com garras compridas e finas. Ele usava roupas chiques de mais para o trabalho que fazia, era difícil saber se era gordinho ou forte, talvez os dois; tinha quase dois metros de altura, cabelos loiros ressecados e tinha crateras no rosto como se fosse espinhas demoníacas e, mesmo de roupas sociais, sua calça estava tão colada ao corpo que parecia não ter genitais.

Notei que meus pulsos estavam presos a compridas correntes ligadas a parede. Deviam ter colocado enquanto dormia.

Enquanto ele foi se sentar na sua cadeira na entrada da prisão. Encostei minha cabeça na grade e vi os outros do grupo também com a camisa encharcada, o que me fez pensar quantos prisioneiros haviam acordado do mesmo jeito.

Pouco tempo depois bandejas flutuantes, provavelmente carregadas por espíritos do ar, chegaram em nossas celas e, literalmente, jogaram a comida para nós.

– Refeição do dia dondocas! – disse o carcereiro-monstro.

– D-do dia? – perguntou Piper, como se temesse a resposta.

– Sim, - respondeu com um sorriso no rosto – do dia...

Olhei para minha bandeja de ferro, tinha um formato retangular com uma tigela cheia do que parecia comida vomitada ou batida como vitamina no liquidificador – torci internamente para que fosse a segunda opção. O copo/xícara tinha o que deveria se água mas parecia ter vindo de um pântano. Perdi o apetite instantaneamente e decidi comer depois, quando tivesse coragem.

XxxX

Tentei me ocupar bolando planos de fuga, já que não podíamos conversar como dissera o carcereiro com sua boca seca. Agora ele estava lendo uma revista com o título “Playmonster”, a capa era uma dracaenae sem armadura e cobrindo o tronco nu com um de seus pés de serpente. Eu nem queria saber porque ele tinha um sorriso pervertido no rosto ao olhar aquelas páginas.

De repente o ar tremulou ao seu lado e o rosto de uma empousa apareceu na Mensagem de Íris, e seu cabelo de fogo ardeu bem mais quando viu a revista.

‒ O que é isso, Cancerian?! ‒ Cancerian pulou de susto e cuspiu na revista, esta começou a queimar e em dois segundos a única coisa que sobrara fora o cheiro de queimado.

‒ Não é nada disso, querida...

‒ Esqueça ‒ disse, livrando o carcereiro de suas desculpas ‒ Eles já foram buscar a garota e o herdeiro. Pode começar.

Quando a mensagem se esvaiu por completo ele olhou para o lugar onde a revista queimada estava, decepcionado. Caminhou até minha cela com um sorriso. Eu me afastei da porta para que pudesse abri-la, o barulho de minhas correntes enferrujadas se arrastando no chão.

‒ Sabe essa garota de quem meu xodozinho estava falando, Jackson? ‒ disse com um sorriso torto parado na entrada da cela, me encarando. ‒ É Annabeth! Aquela vadia chegou aqui grávida, teve os filhos e já engravidou de novo. Imagino o quanto não deve ser rodada... ‒ não tive tempo de processar as palavras dele, me joguei em cima dele sem pensar. Ele desviou com uma velocidade sobre-humana e quando caí ele se aproximou e, me puxando pelo cabelo, arrastou-me até o meio do círculo de celas. Eram vários andares, e, olhando para cima vi monstros de todos os tipos e até alguns semideuses. Tentei me soltar de suas garras mas ele era forte demais para mim.

Cancerian segurou a gola de minha camisa e me levantando acima do chão socava meu rosto consecutivamente. A dor invadia minha cabeça cada vez que seu punho balançava meu crânio.

O carcereiro largou-me e quando comecei a me levantar senti seu chute em minha barriga me derrubando novamente, e novamente, e novamente. Comecei a sentir o gosto metálico de meu próprio sangue invadindo minha boca e o cuspi para fora, o líquido vermelho molhou o chão. Minha visão ficou turva e tentei me concentrar em ficar acordado. De repente seu chute atingiu a base das minhas costas ‒ meu ponto fraco. Senti como se tivesse mergulhado no rio Estige de novo e meu corpo estivesse derretendo. Urrei de dor e me contorci.

‒ Achei. ‒ disse Cancerian com um sorriso malvado no rosto. ‒ Agora sim podemos começar.


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Notas finais do capítulo

Hu3hu3hu3 :3 sou malvada hu3hu3hu3 :3
okokok, o próximo seria o último.... mas ia ficar muito grande então resolvi dividir em dois :3
Prontos para a reta final?
PS.: Gostaria de agradecer a Isabela Ferreira que sempre me manda mensagens fofinhas no face! S2 ~~ abraça forte ~~
bjs lu



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