O Pior Pesadelo de Annabeth Chase escrita por Ráh, shirokodachi


Capítulo 29
Capítulo 28 - "Isso é verdade?": Parte final


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpe a demora, mas com esse negócio de co-autora...
Então, vim avisar que nossa nova co-autora vai ser a Sabrina, com o nome de usuário, Xará.
Esse capítulo foi ela que escreveu, e com meus ajustes, edições e poucas correções ortográficas, postei aqui.
Espero que gostem e até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/146449/chapter/29

–Annabeth, sente-se. – disse minha mãe.

Eu olhei pra ela com um olhar estranho, mas sentei. Todos sentaram também.

–Temos uma coisa pra lhe contar. – disse Poseidon.

Percy olhava com cara de idiota, mas isso é normal.

–O que foi? – perguntei.

–Bem...– minha mãe falou, ela estava um pouco nervosa e eu não entendia. – É que...





–Sim mãe?

–Nós vamos nos mudar.

–Para onde?

–Nós vamos para, hm...

–Onde mãe?

–Nós vamos para a China! - Exclamou todo feliz o Percy.

–O QUE?

–ÉAnnabeth, vamos para a China!

–Eu nem sei falar mandarim! Só sei inglês, espanhol e português! Não podemos ir para, sei lá, Inglaterra ou Canadá?

–Ow, vamos Annie! – disse aquele idiota de olhos verdes.

–Annabeth, Percy! An-na-be-th!

–Annabeth, vocês irão para uma escola internacional, onde o idioma é inglês. - Falou Poseidon.

–Pera ai! Parou! Como assim vocês?

Poseidon percebeu que falou o que não devia, pois se calou e engoliu sonoramente.

–Filha, nós íamos te contar parte por parte, - minha mãe fez questão de destacar o "íamos". - É que, além de nos mudarmos para a China Poseidon e Percy vão conosco.

Ok Annabeth, calma, calma, calma, relaxe, está tudo bem! Ok, isso não está dando certo.

–COMO ASSIM ELES VÃO COM A GENTE?! ISSO NÃO PODE SER VERDADE! ESTAREI SEM MINHAS AMIGAS, EM UM PAÍS DESCONHECIDO, E AINDA PESCADOR E O PESCADOR JÚNIOR VÃO JUNTO! SEM ESSA! - Sentia meu rosto quente por causa da raiva, não, por causa da fúria.

–Annabeth! - Repreendeu minha mãe. - Chega de drama!

–Drama? Como assim drama? Oh, por favor Atena! Isso não é drama, eu ficarei com pessoas desconhecidas, em um país desconhecido e ainda ficarei com o mongó ali! - Apontei para o Percy.

–Ah, agora eu sou o mongó? – Percy perguntou e eu assenti com a cabeça. - Não sou eu quem estou fazendo o maior escândalo porque vai se mudar!

–PARA A CHINA!

–Que seja! Você é tão idiota Annabeth! Você acha que sabe de tudo o que é melhor para todo mundo! – disse novamente, o garoto, o que me deixava com a imensa vontade de estrangulá-lo.

–Eu sei o que é melhor sim!

–Você é tão ignorante que não encherga que VOCÊ é o problema de tudo isso!

Eu ainda mato esse idiota...

–Perseu Jackson! - Repreendeu Poseidon.

–Mas é verdade! Já aturei de mais ela! Você e Atena estão felizes juntos! Tão felizes que vão se casar!

–Percy, querido, já chega. - Falou carinhosamente a minha mãe.

–Quando?

–Como assim quando? – perguntou mamãe.

–Atena, você sabe o que é! Quando irão se casar?

–Daqui a duas semanas! - Despejou o Filho de Pescador.

–Quando ia me contar?

–Querida, estava tentando contar por partes!

–E qual é a próxima parte? Me dizer que está grávida? - Especulei.

Houve um silêncio desconfortável na sala.

–O que? Não vai me dizer que... - Deixei minha voz morrer, parando no meio da frase.

–Annabeth, entenda que não foi algo planejado, mas estamos felizes com a notícia e queremos que...

Interrompi Poseidon no meio da frase:

–Querem que fique feliz com isso?

–Sim. - Respondeu simplesmente o homem.

–Não.

–Annie, nós vamos ganhar um irmãozinho! Fique feliz! Isso é ótimo! - Urgh, como ele poderia estar feliz? Perceu imbecil!

–Cala a droga da sua boca Percy Jackson!

–Annabeth Chase! - Chamou mamãe.

–O que?

–Pare de falar assim!

–Não, porque é culpa dele! - apontei para Poseidon. - Ele veio! Tirou-me você, trouxe essa peste, me mudarei para a China e ainda terei um irmão!

–Você sabe que não é assim!

–Ah não? Então vamos ver, ele chegou, você não me contou que tinha um namorado, do nada eu estou indo conhecer meu futuro padrasto e o filho insuportável dele, então vocês dois terão um filho e vão se casar! O que me leva... Por que iremos nos mudar?

–A empresa de Poseidon quer expandir suas fronteiras para países que não serão tão afetados pela crise.

–Viu? Ele de novo! Antes era eu e você! Então, entrou os dois e ficou Atena, Poseidon, Percy e coisinha-ainda-não-nomeada! O pior é que você viu isso acontecer, sabia que aconteceria e não me contou nada!

–Filha, não sabia que você se sentia assim!

–Como não mãe? Já tivemos uma conversa mais ou menos assim!

–Annabeth! - Suspirou. - Eu não queria que você ficasse assim! É só que estava tão feliz com ele!

–Quer saber? Estou indo para o meu quarto! - Me levantei e parei na porta. - Me desculpe por estar estragando sua felicidade.

E entrei.

Deitei na cama já chorando, havia fechado a porta então não me importei com alguém ouvindo ou não, fiquei me perguntando como as coisas mudaram tão rápido. Como estava vivendo o meu pior pesadelo? Minha mãe casando, eu tendo um irmão, eu me apaixonando, indo me mudar para a China...

Como as coisas mudaram não era a pergunta certa, a pergunta certa era por que as coisas mudaram. E será que isso é um pesadelo? Por que não uma chance de começar de novo, concertar aquilo que achava estar certo? Por que isso não pode ser algo para abrir meus olhos?

Se antes as coisas estavam tão erradas, como pude me sentir tão bem?

Pude ouvir a minha mãe soluçando na sala.

–Por que ela não pode simplesmente ficar contente com tudo isso? Eu estou tão feliz! De vez em quando eu gostaria de não ter conhecido Frederick!

Ela não queria que eu tivesse nascido? Ótimo, será como se eu nunca estivesse existido!

Peguei uma mochila de costas e uma mala de mão. Coloquei na mochila, várias mudas de roupa e produtos de higiene pessoal, juntamente com o meu cartão de crédito. Na mala de mão, coloquei todos os meus livros favoritos, projetos, papéis e todos os tipos de canetas. Prendi a minha mala num daqueles apoios de metal com rodinhas que se prende com uma corda ou coisa parecida.

Coloquei minha mochila nas costas e peguei meu celular.

Pulei a janela do corredor do meu quarto que dava para a escada de emergência.

Fui até o banco, tirei o máximo de dinheiro que pude, não era muito, mas bastava.

Então, entrei em um táxi qualquer e fiz a ligação que nunca pensei que iria fazer.

O telefone chamou, e então a voz firme de um homem atendeu.

–Alô, Pai? Sou eu, Annabeth!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai?? Gostarem?? Esperamos reviews. Bjkiss, Rapha.