Minha Única Esperança é Você. escrita por biamcr_


Capítulo 5
Impulsos.




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– Eu, ah, não estou me sentindo bem. Vou sair pra tomar um ar e já vejo se acho o Frank, vocês vão respondendo às perguntas, OK, Mikey? – Perguntei, apressado, levantando da cadeira.

– OK, só não demorem. – Respondeu ele, virando-se para informar minha saída ao Ray.

Saí daquela sala correndo, não agüentava mais perguntas, câmeras e pessoas de revistas. Eu gosto de responder as dúvidas dos nossos fãs, mas quando uma entrevista dura mais de uma hora, já é loucura! Frank conseguira se livrar da imprensa alegando uma forte dor de cabeça que, como todos sabemos, nem era verdade. Quando consegui sair daquela sala, quase me perdi dentro do prédio. Tive a sorte de achar uma moça lá dentro pra me ajudar.

Eu sabia que Frank estava ali em algum lugar, mas não sabia onde. A primeira opção foi os banheiros mas, como eram muitos, decidi não procurar pois demoraria demais. Fui até o café que tinha lá dentro, mas nada de Frank lá. Eu precisava dele, naquele mesmo minuto.

Saí correndo por dentro do prédio, vasculhando todos os cantos que ele poderia estar.

– Merda! – Exclamei ao sair do terceiro banheiro masculino. – Só falta um...

– Falando sozinho, Gee? – Perguntou uma voz, atrás de mim, me fazendo arrepiar.

E lá estava ele, Frank Iero, uma lata de refrigerante na mão e um sorriso no rosto. Agarrei-o do braço e fui correndo pro banheiro que eu havia acabado de sair.

– Eu preciso de você. Agora. – Disse, ofegante, jogando-o em cima da bancada da pia e beijando-o.

– Gerard, você é maluco. – Respondeu ele, sorrindo.

– Sou... Por você. – Nessa hora, já estávamos os dois sem camisa.

Frank ofegava e, por vezes, gemia. Estávamos sem camisa e suas calças já estavam abertas, eu tinha minha mão dentro delas.

– Oh, Gee, eu vou... Isso... – Ele gemia.

Já estava tirando minhas calças quando ouvimos um barulho vindo lá de fora.

– Aí, Ray, achei um banheiro! – Ouvi a voz de Mikey. Mas não é possível que nem sexo eu possa fazer sem meu irmão interromper!

– Fodeu, Gee. – Disse ele, rindo da situação.

Entramos correndo numa das cabines do banheiro, a qual era apertada pra caralho e quase não conseguíamos nos mexer.

– Cara, aqueles infelizes não aparecem nunca. – Disse Bob, ao entrar no banheiro.

– Poderia ter avisado que eles já iam sair da entrevista, Gerard... – Disse Frank, cochichando.

– Eu... não sabia. Achei que demoraria mais e que depois eles dariam autógrafos, desculpa. – Respondi, tentando não rir.

– Vai ver eles já foram... – Disse Ray.

– Ou estão fodendo por aí... – Completou Bob. Apenas nos olhamos e sorrimos.

– Que seja, a questão é que a gente tem que ir embora, com ou sem eles. – Disse Mikey. Ótimo irmão que eu tenho, não?

Esperamos eles saírem de lá para sairmos da cabine.

– Sinceramente, eu achei que eles nos veriam. – Disse Frank, gargalhando, enquanto vestia suas roupas.

– Não sou tão burro assim. – Disse, me achando. – Eu sei me cuidar, Iero. Quando começo algo, faço direito. E, aliás, quando começo algo, eu termino, nem que tenha que esperar... – Completei, piscando.

Terminamos de nos vestir, abracei-o e saímos do prédio. Com sorte, conseguimos achar Mikey e os outros e fomos para casa com eles.

Fomos todos para a casa de Ray, onde assistimos a um filme. Os outros ficaram bebendo, reclamando do filme e rindo. Eu e Frank ficamos abraçados, conversando.

– Sabe de uma coisa, Frankie? – Perguntei. Ele apenas me olhou docemente. – Se não fosse por você, eu não estaria aqui. Pois eu já teria cometido suicídio e o McCracken nem teria ligado. Você foi meio que... a minha única esperança.

– Aw, Gee, sério? Eu te amo. – Disse ele, dando-me um selinho.

– Ei, chega de agarração aí, ? – Brincou Bob. – Não quero ficar traumatizado.

– Ah, vai se foder. – Disse Frank, constrangido, porém rindo.

E assim foi. Tudo estava bem entre a gente. A banda vinha crescendo cada vez e The Black Parade, o novo álbum estava sendo bem aceito pela crítica. Eu e Frank estávamos cada vez melhor, eu o amava cada dia mais. Em 2005 gravei um cover de “Under Pressure” com Bert McCracken e, depois disso, brigamos pois ele queria que eu voltasse a beber. Sinceramente, não sinto falta dele. Em 2006, inventei ter um caso com uma das minhas cabeleireiras, só pra despistar a imprensa e os fãs que vinham com essa coisa de “Frerard”. Não durou muito, só quatro meses, pois Frank estava com ciúmes e ameaçou contar a verdade pras revistas.

Foi em 2007 que as coisas começaram a apertar pra nós dois. Ainda estávamos juntos, e foi esse o problema. A minha vontade de estar com ele aumentava mais a cada dia. Eu não podia ficar longe dele. Estávamos em um show do Projekt Revolution...

– Merda. – Exclamei baixinho, enquanto Ray fazia um solo ridiculamente longo durante o show. OK, pra mim foi ridiculamente longo, mas pros outros não.

Frank andava pra lá e pra cá com sua guitarra e, algumas vezes, me olhava e sorria. Aquilo me deixava louco, eu precisava dele naquele momento de novo. Parei-me bem no meio do palco, e lá minha ele novamente, sorrindo e tocando. Apenas sorri malicioso, fazendo-o gargalhar. Quando ele fez menção de voltar ao lado do palco onde estava tocando, puxei-o pelo braço e, sem pensar, beijei-o. Ele não fez questão de se soltar, é claro, pois sabia que queria isso tanto quanto eu. Que se foda a imprensa, as revistas e tudo mais, pois eu estava com ele.

Depois do show todos tentavam nos chamar pra comentário sobre o acontecimento, e Frank só dizia “Você é louco, Gee.” E, como sempre, eu sabia que era louco... por ele.


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Notas finais do capítulo

Foi pequeno pois eu estava sem inspiração. Mas prometo que os próximos capítulos (não faltam muitos) serão melhores.



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