Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

to correndo contra o tempo aqui, e to postando rapidinho. só pra adiantar, a Moo é minha beta agora aeae *-* e sim, podem me matar qqq beijo e até lá em baixo ;`*



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- Sam? - Dean perguntou. Eu poderia até arriscar dizer que preocupação cruzou seu rosto.
- É verdade. - Sam suspirou atrás de mim. Dean ficou sem dizer nada por um tempo - por mais tempo que eu poderia dizer, mas ficou.
Monique também não fez nada. Ela pareceu aceitar o fato de que isso era entre nós, e se ela fosse mesmo uma caçadora, ela sabia que talvez fosse melhor não se meter nisso. Até eu não queria colocar os garotos nisso.
Eu passei por Sam e me sentei novamente na cama, olhando para o chão. Qual era o problema em me deixar viver sem ter que matar meu irmão? Qual era o problema em me deixar viver sem a culpa de sentir o sangue do meu irmão nas minhas mãos?
Parecia que tudo estava caindo de novo. Quando eu achei que tudo poderia ao menos ficar aceitável, tudo começa a cair de novo e eu me vejo num precipício, desejando nunca ter nascido.
Mas se ao menos Castiel estivesse aqui! Se ao menos ele pudesse vir aqui e esclarecer isso tudo...
Suspirei pesadamente e fui até Dean, ficando de frente para ele novamente e colocando todos os meus sentimento de lado.
- Chame Castiel e diga que se ele não vier em dois tempos, no máximo, eu vou fazer a maior burrada da minha vida. - eu me virei para Monique que ainda estava atrás de Dean. - Precisamos de você. Já sei que você é uma caçadora, então chega de show. - e depois me virei para Sam. - Dê instruções para Monique e faça-a resolver o caso da garota morta com Dean. Preciso que você venha comigo.
- Para onde? - ele quis saber.
- Só venha e traga armas. - eu disse e Sam fez menção de negar, mas eu lancei um olhar que dizia que eu não estava pedindo. Eu estava mandando.
Ele engoliu de má vontade, mas pegou a bolsa com armas e eu pedi a chave do carro ao Dean. Ele me disse que não, mas novamente, eu não pedi. Eu mandei. Ele xingou e me fez prometer que se eu chegasse com o carro com um arranhão, ele me mataria. Eu apenas sorri e disse que talvez não fosse preciso.
Vinte minutos depois - depois de Sam dar as instruções e informações para Monique -, eu segui com um carro para dentro da floresta com Sam ao meu lado. Eu não disse nada durante todo o trajeto. E Sam parecia saber que eu não estava para conversa.
Passando por uma estrada mal feita de barro, eu vi logo adiante uma clareira rodeada de árvores. Estacionei dentro da clareira e saltei do carro. Eu ouvi a porta sendo aberta e logo fechada e senti alguém atrás de mim.
Não esperei que Sam tomasse a iniciativa por que eu sabia que ele não iria fazer. Então eu fui até o porta malas, abri e procurei pela a amrma calibre doze que eu já tinha pego uma vez. Eu procurei uma, duas e três vezes, mas não a encontrei. Eu só a encontrei depois - e na cintura de Sam.
Ele agora estava só com a camisa xadrez e os jeans - o casaco estava jogando no banco da frente do carro. Meu olhar vagou pela a sua cintura e a arma reluziu. Eu dei de ombros quando ele arqueou uma sobrancelha. Eu não queria especificamente aquela - eu só estava acostumada a ela. Resolvi pegar outra.
Pegando e analisando a primeira que eu tinha achado, eu vi que ela era toda prata, apenas o cano de tiro era preto. Eu não tinha a mínima ideia do que fazer com o pente de balas que eu peguei logo em seguida, mas quando viu o que eu queria fazer, Sam me parou pegando o pente e guardando-o na cintura ao lado da outra arma.
- O que vai fazer? - ele me questionou.
- Treinar. - eu respondi, dando de ombros e me virando para procurar outro pente.
Sam pigarreou e eu me virei para ele, arqueando uma sobrancelha.
- Calibre 32 só tem esse pente aqui e outro na bolsa. E você não vai pegar. - ele completou.
- Se você não cooperar, aposto que Dean vai me ajudar. - eu ameacei.
- Não vou te deixar fazer isso. Você prometeu que não pegaria mais um uma arma. - ele disse.
Eu soltei uma gargalhada e me virei para ele com um sorriso irônico nos lábios, levantando os dedos cruzados no ar. Sam, ao ver que fora contrariado, rosnou e jogou o pente no chão, me assustando quando gritou.
Sam não era de fazer aquilo. Alguma coisa estava errada, mas eu não poderia simplesmente deixar que o medo ridículo dele me parar. Eu precisava saber me defender, mas Sam não ajudava em nada agindo daquele jeito.
- E aí, vai colaborar ou não? - ofereci novamente.
Ele parou por dois minutos - sim, eu contei. Muitas coisas deveriam estar passando na cabeça dele, por que ele não parecia muito feliz quando veio até mim. Ele parou a centímetros de mim e levantou um pequeno sorriso, que logo morreu.
Eu vi Sam fazer a pior cara de bravo que realmente me assustou. Ele se virou, pegou o pente, só o encaixou na arma e me deu, segurando a coisa pelo cano de tiro.
- Faça bom proveito e me mostre o que sabe. - ele murmurou.
Eu assenti e peguei a arma novamente.
Ela pesou na minha mão e pela primeira vez eu desejei que Sam viesse me ajudar, mas agora era a minha hora. Eu tinha que aprender a andar com as minhas próprias pernas.
Sam me guiou até o meio da clareira e começou a andar em volta de mim, com as mãos para trás. Eu mantive meu olhar erguido e tentei não tremer.
E foi aí que a nossa aula começou.
- Quando eu aprendi a atirar, meu pai foi bem simples comigo. Aponte e puxe o gatilho. - ele andou em volta de mim. - Mas antes disso, temos várias etapas que parecem, mas não são fáceis. Primeiro, carregar a arma.
Eu olhei mais uma vez para a arma nas minhas mãos, com o pente na entrada, pronto para ser acoplado com aquele negócio de metal. Eu suspirei uma vez e empurrei o pente. Eu ouvi um estalo e me mentive alerta. Atrás de mim, Sam soltou uma risada que eu ignorei e continuei o meu trabalho.
Já com o pente dentro da arma, eu forcei que ela se engatilhassem, puxando a parte móvel do cano de tiro para trás, ouvindo outro estalo. Eu tremi um pouco e Sam se virou para mim novamente.
- Agora que ela já está engatilhada, aprenda a mirar. - ele disse e eu quase sorri. Mirar era fácil.
Eu levantei a arma com o braço esticado e mirei na árvore. Nem esperei Sam dizer que podia, apenas atirei. Eu já estava quase pulando de felicidade quando Sam foi ver onde o tiro foi parar e voltou correndo para mim, gargalhando alto.
- O quê? - eu perguntei a ele.
- Errou. - ele gargalhou mais.
- O quê?! - eu gritei mais uma vez. Ele balançou a cabeça e eu sibilei. Isso estava me saindo mais difícil que o necessário.
- Eu te disse: não é fácil. Parece, mas não é. - ele veio por trás de mim se aconchegando mais perto, pegando a arma junto da minha mão e mirando novamente. Pelo o que eu vi, a arma parecia bem fora de eixo. - Não se pode mirar certamente, por que a bala faz uma curva de volta. A pressão é alta demais e a expressão "o tiro saiu pela culatra" pode ser colocada aqui. Mire apenas dois centímetros para fora do ponto exato que seu tiro, vai, agora sim, "entrar pela culatra".
Soltei um risinho e sentir Sam estremecer atrás de mim. Ok, ele nessa proximidade toda não ajudava muito.
Eu sei que ele tinha apenas algumas boas intenções para me ajudar, mas as outras que ele tinha, eu sabia que eram contras. Sam não queria que eu soubesse atirar. Era ir contra tudo o que ele me fez prometer.
Eu estava inutilmente tentando fazer o que ele me dizia quando eu senti dois beijos quentes no meu pescoço. Involuntariamente, eu fechei os olhos, relaxando por completo. Sam agarrou a minha cintura junto ao seu corpo e a minha mão que segurava a arma, balançou.
Meu coração disparou e eu sabia que estava perdida. Era essa a pior parte de se estar apaixonada por Sam. Ele sabia como mexer comigo, como mexer com qualquer mulher e por isso me deixava extremamente louca. Eu não conseguiria esconder o que eu sentia por ele por muito mais tempo.
Eu fiz menção de me virar, mas Sam me segurou mais forte, subindo os beijos para o meu ouvido. Ele se afastou apenas o suficiente para falar, mas quando ele falava, seus lábios roçavam gentilmente a minha orelha.
- Sam... - eu me frustrei.
- Isso se chama distração. - ele disse. - Se você estiver lutando por sua vida, não pode se deixar distrair. Aprenda a lutar contra isso. Vai, Kera. Lute contra isso e então veremos se você pode empunhar uma arma.
Repirei fundo e levantei o braço novamente. Eu não queria ter que atirar e sentir Sam me beijando ao mesmo tempo. Era como sentir duas emoções contrarias ao mesmo tempo.
Eu fechei os olhos e me concentrei na floresta. Seu cheiro amadeirado misturado ao de Sam fazia minha cabeça girar. Eu podia sentir os pássaros cantando, tudo.
Eu me preparei para atirar e puxei o gatilho. A arma pulsou em minha mão. Respirei fundo mais um vez e abri os olhos e vi, com grande espanto que tinha acertado bem o meio da árvore.
Atrás de mim, Sam se afastou rapidamente, balançando a cabeça positivamente. Ele sorriu e depois veio até mim, parandeo logo a minha frente. E eu tenho que admitir, quase pulei no pescoço dele para beijá-lo.
- Bom. - ele sorriu.
- Valeu. - eu sorri de volta.
Ele deu mais dois passos até mim e deixou o rosto a centímetros de mim. Eu podia sentir sua respiração, o cheiro, os músculos se contraindo perto de mim. Eu só queria tocá-lo. Sentir sua pele junto a minha.
- De novo. - ele sussurrou e visivelmente acabou com todas as minhas esperanças de termos um seção de amassos agora.
- Hm? - eu perguntei tentando descobrir se eu tinha escutado certo.
- Você me ouviu. Quer saber atirar? - ele murmurou. - Então de novo.
***
P.O.V Sam.
Não a fiz mudar de ideia. Ok, a culpa não era dele se tinha gente querendo matá-la. Mas ela tinha - pelo menos, eu achava isso - me prometido que não pegaria mais numa arma.
Mas eu sou mesmo muito burro! Eu deveria ao menos imaginar que ela não se daria por vencida desse jeito. Ela era esperta demais e alerta demais para simplesmente me prometer uma coisa idiota e sem sentido que eu acabei propondo.
Agora, três horas depois de ela me levar para uma clareira e me fazer ensiná-la a atirar, eu estava me remoendo de tanta besteria que eu tinha feito essa tarde.
Eu... gostava da Kera. Gostava mais do que eu poderia imaginar. Não era amor, acho eu. Mas com certeza, perdê-la também não fazia parte de plano algum.
Eu tinha ensinado a ela tudo sobre armas, facas e tudo o que ela precisava saber pra saber se defender. E ela aprendeu rápido. E é isso que me deixa com um pé atrás. Ela sabia de alguma coisa que eu não sabia?
Já era tarde enquanto eu dirigia para fora da floresta e a levava direto para o motel. Dean, a essa altura, já deveria ter pelo menos um pouco mais de informações sobre o caso. Eu queria ajudar, mas com essa cosa toda da Kera, eu não podia pensar em outras coisas.
Eu dirigia com ela ao meu lado, sentada de um jeito pouco confortável, com a cabeça enconstada na janela, cochilando. De vez em quando, eu a olhava só para ver se ela ainda estava ali, dormindo calmamente.
Eu me virei de novo, e a vi dormindo com um sorriso nos lábios. Eu acabei sorrindo involuntariamente. Ela era tão linda, tão... minha. Mesmo que indefinidamente.
Eu não sabia o que nós nos tornamos. Era claro o carinho e a atração que havia entre nós, mas eu não poderia chamar de amor. Nós nem nos conhecíamos tão bem. Ok, eu sabia bastante coisas sobre ela - coisa engraçadas, coisas que a faziam ficar sem graça - e ela sabia bastante coisas sobre mim. Era mútuo.
A vontade que eu tinha de ficar perto dela era quase palpável.
Eu estava tão absorto em pensamentos que nem vi quando eu estacionei no motel. Eu não sabia exatamente como tinha chegado aqui, mas pra mim estava ok sendo que eu e a Kera tínhamos chegado vivos.
Eu desci do carro, fechei a porta, e fui até ao seu lado para acordá-la. Ela parecia serena demais dormindo, quase sem preocupação nenhuma. Quase sem saber que teria que talvez matar o irmão em breve.
A desencostei da janela e a cutuquei. Custou para fazê-la acordar, mas consegui. Ela se remexeu, resmungando sobre como odiava que a acordassem. Eu dei de ombros, sabendo que se eu não tivesse acordado-a, eu teria que subir vários lances de escada com ela no colo.
Ela nem olhou para mim de tanto sono. Passou por mim com as costas arqueadas para baixo, demonstrando sono. Seguiu direto para os quartos e desapareceu de minha vista. Eu fiquei para trás, terminando de trancar o carro e depois segui para a recepção.
No momento que cumprimentei a recepcionista exibicionista, ela me parou e apontou para um canto escuro da salinha. Eu segui meus olhos para no final encontrar um homem me olhando. E ele se parecia exatamente com...
Kairos! O irmão da Kera.
Ele se aproximou e um sorriso dançou em seu rosto maléfico.
- Olá, Sam. - os cantos de sua boca se ergueram mais um pouco. - Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

ok, é nessa hora que vocês me xingam nos reviews, mas ok, to preparada qqq beijo gente ;** e desculpem qualquer erro.