Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

bem galera, obrigada por todos os reviews, eu fiquei muito feliz, de verdade *-*



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Eu acordei com o peso do braço de Sam envolvendo a minha cintura. Eu sorri quando me lembrei do que aconteceu ontem. As caricias, as trocas de carinho, a paixão que emanava de ambos... Eu não podia me sentir mais feliz.

Eu abri os olhos e eu me virei para Sam. Ele dormia como um anjinho. Seu peito subia e descia a medida que ele respirava, e seu cabelo estava sobre seus olhos. Eu coloquei seus cabelos para trás de seu rosto, e sorri quando ele se mexeu e apertou mais seu aperto na minha cintura. Por um momento, eu cheguei a achar que ele estava acordado, mas ele apenas parou de se mexer e voltar a dormir.

Eu me desvencilhei dele e sai da cama. Eu arrumei o meu cabelo num coque frouxo como eu tinha feito ontem a noite, e olhei o relógio. Eram apenas oito e vinte e cinco. Dei de ombros e fui até a cozinha. A casa estava silenciosa, quando eu cheguei na cozinha.

Eu fui até a garrafa de café, e vi que estava vazia. Procurei pelo pó de café entre os armários e peguei um pouco de água. Enquanto o café estava sendo preparado, uma coisa em cima da mesa me chamou atenção. Uma pistola calibre doze.

Eu vou te contar o passou pela a minha cabeça. Meu deu vontade de ir lá e só pegar para ver e depois colocar no mesmo lugar onde eu tinha achado, mas não foi isso o que eu fiz. Eu a peguei, sentindo o seu peso e eu vi que ela estava carregada.

Eu já tinha visto uma dessa. Uma vez, quando tentaram assaltar a nossa velha casa, meu tio saiu com uma dessa do quarto. Eu tinha quinze anos, mas eu me lembro muito bem o terror quando eu vi aquele pedaço de metal carregado, e pronto para ser disparado, e o mesmo frio na espinha que tinha passado por mim naquele dia, tinha passado agora.

Eu tenho que admitir que quando eu fiz o que fiz, eu não pensei. Foi mais feito por impulso.

Eu peguei a arma, desliguei o fogo do café, e passei pela porta dos fundos da casa de Bobby. Lá, tinha uma árvore com uma mira. Eu peguei certa distancia, e pensei se eu queria mesmo fazer aquilo.

- Ah merda. Já estou aqui, terminar vai ser o mais fácil. – eu resmunguei.

Eu forcei o meu braço a levantar e mirei no ponto do meio. Com o polegar, eu engatilhei a pistola e mirei novamente. E quando eu apertei o gatilho, foi como se tudo ao meu redor tivesse parado.

O barulho da arma sendo disparada fez com que os pássaros voassem em retirada, e eu quase fui jogada para trás. Eu senti o impacto da arma assim que eu puxei o gatilho, e foi uma coisa de tipo três segundos.

- Uau! – eu comentei, ainda impressionada por Sam não ter me deixado encostar naquela coisinha potente ali.

Mas antes que eu pudesse dar o meu segundo tiro, a porta foi aberta violentamente e de lá saiu um Dean sem camisa e um Sam sonolento e atordoado. Bobby nem parecia surpreso.

Dean correu até mim, e tomou a arma da minha mão rapidamente enquanto eu apenas sorria como uma retardada. Bem, aquilo tinha sido divertido. Me entendam, oras.

Sam estava com os olhos esbugalhados enquanto me olhava. Ele veio até mim e passou a mão pelo meu braço, agarrando-o e puxando o para dentro. E eu demorei um tempo para perceber que ele não estava bem com a ideia de eu estar pegando numa pistola.

Ele me carregou para dentro e me sentou na cadeira da cozinha. Ele andava de um lado para o outro em silêncio, enquanto Dean desceu devidamente vestido e com a arma nas mãos. Ele chegou à cozinha e colocou a arma no meio da mesa, e se encostou a bancada junto a Bobby enquanto Sam apenas continuava a andar de um lado para o outro.

- Então? – eu perguntei levantando uma sobrancelha. Se ele fosse brigar comigo, por que ele não fazia logo?

- Você ficou louca? Você... Sei lá, perdeu o cérebro enquanto dormia? – Sam perguntou, formando uma linha fina com os lábios e forçando os olhos para ficarem ameaçadores.

- Não. – eu respondi.

- Ah que bom. Então você sabe que poderia ter feito uma grande merda com aquela pistola, certo? – ele perguntou novamente.

- Sim. – eu respondi de novo.

- Kera, você lembra quando eu pedi pra não tocar em nenhuma arma? – ele continuou com o interrogatório.

- Sam, você não manda em mim. – eu respondi com um sorriso, um pouco constrangida. Ok, eu tinha pegado a arma, mas isso não significava que ele poderia mandar em mim.

- Só me prometa que não pegará mais numa arma. – ele pediu.

Eu fingi estar balançando os braços pelo meu corpo, e coloquei um braço atrás das minhas costas. Eu sorri fracamente, cruzei os dedos atrás de mim, e disse a Sam.

- Tá. – eu respondi.

Ela aliviou a tensão que havia em seu corpo, e olhou para Dean e Bobby. Ambos tinham sorrisos brincalhões no rosto, o que fez Sam ficar confuso e com raiva. Eu não sentia raiva de Sam, eu sabia que ele aquilo era para o meu bem por mais que eu odiasse isso.

Bobby pegou uma xicara de café, e sentou-se à mesa, deixando Dean em pé, e Sam ao seu lado. Com um suspiro pesado, Bobby disse o que eu queria ouvir a algum tempo.

- Temos um caso.

Eu sorri pequeno, e olhei para Bobby, praticamente gritando por mais informações.

- Qual? – Dean perguntou me lançando um olhar que dizia ‘Aí está a sua chance, garota’.

- Garota encontrada morta pelos pais no quarto. Ela tinha dois cortes em cada pulso. Na frente dela, estava uma bacia onde os pulsos estavam. – Bobby disse.

Eu assenti e girei para Sam. Ele mantinha seu olhar em Bobby e parece que o que nós havíamos decidido ontem, estava de pé. Sam estava visivelmente igual à antes, mas agora parecia mais forte do que nunca. Se eu não soubesse que aquilo havia sido um acordo mútuo, eu poderia jurar que Sam estava realmente me ignorando.

-Onde, Bobby? – Sam me manifestou.

- No estado de Illinois. – Bobby completou.

- Ok, partimos à tarde. – Sam disse e foi em direção ao quarto, me deixando com Bobby e Dean na cozinha.

Dean murmurou alguma coisa que eu não entendi muito bem, e disse que iria dar uma revisão no carro e saiu pela porta da frente. Bobby não me disse nada. Eu me levantei e me virei para Bobby e disse:

- Coisa estressante essa de eu só pegar uma arma.

Bobby deu uma risada gostosa e concordou comigo.

- Este é o Sam.

Eu apenas assenti e fui até o quarto. Sam estava arrumando as malas com um olhar vago enquanto colocava as roupas socadas na mala.

Eu olhei para ele, mas ele nem sequer se virou para mim. Ele foi até o guarda roupa, pegou várias roupas e socou na mala. Eu fui até ela, e tirei as roupas e comecei a dobrá-las, mas Sam me parou e disse que não precisava então eu me sentei do lado da mala enquanto o via pegando as roupas e socando-as compulsivamente na bolsa.

- Sam, dá pra parar com isso? Foi apenas um tiro. – eu murmurei.

Sam, que estava de costas para mim, se virou bruscamente para mim.

- Não foi só um tiro. – ele quase gritou. – Eu te disse para não encostar em uma arma.

- Olha, esquece isso. Nós vamos lá resolver o caso, e vamos esquecer isso completamente. – eu disse e fui até ele.

Ele bufou e se virou para mim. Eu quase consegui ver o terror em seus olhos e eu me perguntei o porquê daquilo. Tudo bem que uma arma sempre seria uma coisa perigosa, mas naquele momento, eu não tinha colocado a vida de ninguém em risco. Nem mesmo a minha.

- Ok. – ele suspirou e me deixou ajudá-lo a arrumar suas coisas.

****

Nós já estávamos prontos para partir. Sam já tinha guardado suas malas no carro e Dean também. Nós agora estávamos nos despedindo de Bobby, e eu estava dizendo o que quanto tinha sido bom estar aqui com ele, mesmo que fosse por pouco tempo.

Anny não viria conosco. Ela ainda estava machucada (sem mencionar que quem havia feito aquilo tinha sido Dean), mas assim que ela estivesse bem, Bobby iria ligar e avisar que ela estava indo nos encontrar.

E bem, eu podia respirar aliviada por que eu sabia que Anny estaria em boas mãos. Eu sabia que Bobby cuidaria muito bem dela, e que assim que ela se recuperasse totalmente, nós iriamos resolver esse meu “problema”.

- Kera, eu sei que não é muito, mas aqui estão algumas roupas que eu comprei para você na cidade ontem. – ele disse, e eu abri a pouca em surpresa.

- Não, Bobby, eu não posso aceitar. – eu neguei. – Não, mas obrigada.

- Ah garota, pegue isso logo. Aqui, isso não terá utilidade alguma, então só serão de alguma serventia para você. – ele estendeu uma mala pequena e preta na minha direção. Eu sorri corada, e peguei a pequena mala.

Bobby me puxou para um abraço, e eu retribui calorosamente.

- Tem algumas peças intimas também. A moça da loja disse que aquelas eram confortáveis. Espero que fiquem boas. – ele sussurrou e eu corei drasticamente.

- Obrigada, Bobby. – eu disse novamente.

Eu me soltei dele e entreguei a mala para Dean guardar no carro. Sam foi até ele, e Bobby o puxou para o curto abraço e aperto de mão, e fez a mesma coisa com Dean. Ele nos desejou boa sorte e eu o abracei de novo, agradecendo e entrei no carro no banco de trás.

Segundos depois, Sam e Dean já estavam dentro do carro, com ele ligado e em direção a Illinois.

****

- Kera, acorda. – Sam me chamou. – Já chegamos.

Eu abri os olhos e vi Sam me olhando. Eu olhei na fora e a escuridão tomava conta do lugar.

Eu me virei para a direita, e lá havia um motel com uma placa de neon indicando que o nome do lugar era Bubbles’s Motel.

Eu sorri para Sam, e perguntei por Dean. Ele me disse que ele estava fazendo as reservas e eu me perguntei se eu ficaria no quarto com os meninos. O meu medo não era ficar longe, mas sim sozinha.

Eu saí do carro carregando a pequena malinha que Bobby havia me dado com roupas, e fui até a recepção onde Dean conversava com a atendente com cara de entediado. Ele não parecia estar gostando de conversar com a atendente e parecia extremamente cansado. E eu resolvi ajudar.

Sorrindo sorrateiramente para Sam, eu soltei a minha mala no chão, e me virei para ele.

- Como estou? – eu perguntei. Confusão pareceu atravessar seu rosto e depois ele pareceu entender o que eu queria dizer.

- Linda. – ele me disse e eu sorri, indo até Dean rebolando um pouco até demais. Eu podia sentir os olhos de Sam em mim enquanto eu jogava um jogo perigoso com Dean.

- Querido? – eu perguntei a Dean. Ele me olhou e levantou uma sobrancelha como se me perguntasse o que eu estava fazendo. – As reservas estão feitas, ou há algum problema? – eu perguntei e toquei seu ombro, passando a mão pela extensão de seu braço.

De canto do olho, eu vi a atendendo segurar algumas palavras feias para mim e voltar a olhar seu computador.

- Não, querida. Está tudo bem. Eu estava agora mesmo dizendo como eu estou cansado e com sono e adoraria ter uma cama para dormir. – ele sorriu abertamente para a atendente que deu um sorriso amarelo e olhou em seu computador de novo.

- Ótimo, temos um quarto com uma cama de casal e uma de solteiro. Imagino que o amigo de vocês está sozinho, certo? – ela perguntou, sorrindo abertamente para Sam. Vadia vagabunda. Eu reprimi um rosnado de raiva quando ela praticamente comeu Sam com os olhos.

- Sim. – Sam disse, sem emoção.

- Oh, então está resolvido. – ela pegou a chave do número 43 e a estendeu para Dean, mas eu passei na sua frente e peguei a chave primeiro.

- Obrigado, querida. – eu soltei o querida com um pouco mais de hostilidade. Ela me deu um falso sorriso e eu peguei na mão de Dean, e a passei pela minha cintura. Ele me segurou fortemente lá, enquanto nós subíamos as escadas.

Eu peguei a minha malinha com Sam, e me soltei de Dean e quando estávamos longe o suficiente, nós caímos na gargalhada.

Nós chegamos ao quarto, e devo dizer; não era tão ruim. A cama de solteiro estava do lado da de casal. De frente para as camas havia um pequeno frigobar; o banheiro era no final do pequeno lugar, e bem, era até aconchegante.

Quando eu parei para olhar as camas, eu me lembrei do erro que tínhamos cometido. Talvez brigar de marido e mulher não fosse tão bom e certo.

- O que vamos fazer? – eu perguntei para Sam, apontando para as camas.

- A de solteiro é minha! – Dean gritou e pulou em cima dela de roupa e sapatos.

Eu apenas soltei um suspiro fingindo estar incomodada com aquela situação, mas mal sabia Dean que ele estava me fazendo um favor. Sam e eu numa cama de casal, sozinhos? É Dean, obrigada por isso.

Atrás de mim eu ouvi Sam dar uma baixa risadinha e ir até o banheiro. Ele entrou lá e colocou a cabeça pra fora sorrindo.

- Tem uma banheira! – ele gritou e eu quase consegui ouvir os tilintar dos brilhos nos meus olhos. Uma banheira? Num motel? Aqui era mais do que o esperado.

- Nem pensar! Me deixe ver! – Dean correu até lá e constatou que era realmente uma banheira e nem disse mais nada. Apenas jogou Sam para fora do banheiro, pegou uma toalha em cima da cômoda, e trancou a porta. Eu sorri quando ouvi o barulho da água enchendo a banheira e Dean rindo.

Sam passou por mim e me viu sorrindo e me deu um beijo no topo da testa. Ele chegou por trás de mim e sussurrou:

- Dean me fez um grande favor. – ele disse e eu me senti corar.

Eu me virei para ele e vi que ele estava com um sorriso bobo no rosto. Eu não disse nada. Eu apenas me sentei na cama e o observei tirar o notebook de dentro da bolsa, e um livro. Aquele livro me interessou, por isso fui até ele e o peguei. Sam se sentou na cadeira perto da mesa, abriu o notebook e me observou olhando o livro.

O livro tinha uma capa de couro e um pentagrama na frente. Eu o abri e vi o nome do cara que mais marcou a vida de Dean e Sam. John Winchester.

- Era do seu pai? – eu perguntei.

- Sim. – Sam concordou e eu o entreguei. – Ele nos ajuda por aqui. Tudo o que sabemos sobre os monstros veio daqui.

- Você tem um? – eu perguntei.

Sam balançou a cabeça concordando. – Dean também tinha, mas parou de escrever nele há muito tempo.

- Uau. – eu disse.

Eu me sentei do lado de Sam e ele abriu o computador para começar a pesquisar mais sobre a menina. Dez minutos depois, nós já tínhamos descoberto o nome e o endereço da garota.

- Janet Harisson, morava em Bloomington, em Illinois. – Sam me disse, assim que Dean saiu do banheiro com gotículas de água ainda em seu corpo, com apenas uma toalha enrolada envolta da cintura. Eu não parei de olhar para ele até que Sam me deu um cutucão e me fez voltar sua atenção até ele. – Só descobrimos isso até agora, amanhã nós vamos até o necrotério e vamos ver o corpo da menina antes que ele seja liberado. Depois iremos direto até a casa dela para olhar o quarto onde ela foi encontrada. De acordo?

- Beleza. – Dean concordou voltando para o banheiro. Ele ficou lá durante alguns minutos, depois voltou já com calça e com uma camisa na mão e na outra uma escova de dente. – O que vamos fazer hoje a noite? Rondar a cidade?

- Eu estou cansado demais pra isso, e além do mais tenho que arranjar os documentos falsos para a Kera. Você pode ir se quiser. – ele disse a Dean.

- Kera? – ele perguntou para mim, e automaticamente eu me virei para Sam. Ele não esboçou emoção alguma, o que me fez perguntar se ele estava realmente levando isso tudo a sério.

- Eu vou. – eu disse a Dean e eu vi Sam murmurar algo sob sua respiração.

- Tudo bem. Ainda está cedo. Tome um banho, se arrume que eu vou te esperar lá embaixo. – Dean disse, voltando para o banheiro para escovar os dentes.

Eu disse um baixo ‘ok’ e fui até a malinha, e a abri. Bem, eu tenho que dizer que tinha muita roupa naquela mala. Parecia que o negócio não tinha fundo.

Eu procurei por pelas roupas intimas que Bobby tinha comprado, e achei várias calcinhas pretas e algumas vermelhas, e vários sutiãs. Eu corei ao pensar em Bobby comprando essas coisas.

Procurando mais a fundo, eu encontrei uma calça com a lavagem um pouco escura, uma bata listrada em azul escuro e branco e uma jaquetinha. Eu decidi usar o meu all star mesmo.

Dean saiu do banheiro e eu fui até ele. Liguei a banheira com água quente, e a medida que ela enchia, eu entrei e fiquei lá. Resolvi lavar o meu cabelo. Eu devo ter passado uns quinze minutos na banheira, por que quando eu estava me levantando para me enxugar, Sam bateu na porta e perguntou se eu estava bem. Eu gritei um sim e voltei para me secar.

Eu terminei de me secar, coloquei a calcinha, a calça e depois o sutiã e a blusa listrada. Saí do banheiro e só encontrei Sam. Eu vasculhei o quarto, mas mesmo assim não achei o Dean.

- Dean foi sem mim? – eu perguntei a Sam, fazendo um biquinho. Se Dean tivesse ido sem mim, ele iria ter um grande problema.

- Não. – eu suspirei de alivio. – Só foi falar com a recepcionista sobre alguns bares da cidade.

- Ah. – eu respondi. Eu fui até a malinha de novo e procurei por uma coisa que eu tinha visto aqui antes. Eu o encontrei no meio das blusas com um bilhetinho de Bobby.

Para você ficar cheirosa para o a Sam.

Eu corei e dei um pigarro para tentar disfarçar a situação. Merda, Bobby já sabia? Sam tinha contado? Por que eu não tinha sido.

Eu suspirei pesadamente com a dúvida e olhei para o perfume. Borrifei um pouco nos meus pulsos e um pouco atrás das orelhas, e inalei o cheiro. Era uma coisa cítrica, bem elaborada. Tinha cheiro de rosas com madeira cítrica e eu fiquei muito apaixonada pelo cheiro. E parece que Sam também.

Ele, que estava perto da mesinha, veio até mim e dei uma pequena fungada no meu pescoço. Eu me arrepiei pelo contato repentino.

- Fica aqui comigo. – ele pediu, com uma voz sussurrante. Ele me abraçou por trás, e me segurou rente ao seu corpo. Eu estava quase cedendo. Merda, eu estava. Mas eu sabia que se eu ficasse aqui, Dean iria começar a desconfiar e eu não queria isso. Não ainda.

- Não, vou com Dean. – eu disse quase sem voz.

- Não, fiquei aqui. – ele depositou um beijo no meu pescoço. Eu suspirei de prazer quando ele foi descendo os lábios, fazendo uma trilha de beijos até o começo das minhas costas.

- Kera, já tá pronta?! – Dean entrou de supetão na porta, mas ele estava olhando diretamente para os seus pés que estavam sujos de lama. Eu deduzi que lá fora deveria estar chovendo.

Eu me separei de Sam rápido, pulando para o outro lado do quarto, enquanto escondia o bilhete de Bobby no meu bolso. Eu podia me sentir corada. E eu sabia que eu precisava me acalmar rápido se eu quisesse sair com Dean.

- Já. Estava terminando de pegar as minhas coisas e já estava descendo. – eu murmurei ainda virada para o banheiro, fingindo estar mexendo em alguma perto de lá.

Dean murmurou alguma coisa insignificante e me disse pra descer logo. Ele saiu do quarto e deixou a porta aberta. Eu podia ouvi-lo descendo as escadas, quando eu me virei para Sam.

- Essa foi por pouco. – eu suspirei.

- Foi mesmo. – ele disse e chegou perto de mim. Eu sorri e ele me devolveu o sorriso com um selinho rápido. Eu o empurrei e ele levantou as mãos em rendição, sorrindo.

- Já vou. Não saia daqui e, por favor, - eu implorei, brincando, - não deixe aquela recepcionista entrar, aqui ok? Eu não demoro. – eu corri até ele novamente e dei outro selinho rápido.

- Estou esperando. – ele disse, mas eu já tinha saído e fechado à porta atrás de mim.


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Notas finais do capítulo

quero reviews, hein! vamos fazer do mesmo jeito da outra vez *-* beijos ;*



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