O Romance que Eu sempre Quis escrita por sunakoshidou


Capítulo 36
Cap 36 - Separados


Notas iniciais do capítulo

Shibuya precisava ir so não era pra ser dessa forma.



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Eles chegaram em casa, mesmo depois de tantos pedidos de desculpas Naru não parecia normal, isso trazia um mau pressetimento pra Mai.

Shibuya entrou no quarto e sentou –se na cama, arrumou os poucos pertences que tinha na casa de Mai, pôs numa bolsa ouviu o chuveiro ser ligado, era a hora e partir. Escreveu um bilhete e deixou sobre a cama, fechou a porta do quarto e desceu as escadas, olhou a casa, seus olhos expressavam apenas frieza e mais nada, parou na porta da frente, o mercedez preto já esperava por ele, suspirou profundamente, caminhou lentamente para ele sem olhar para trás, e entrou no carro.

- Muito bem Shibuya vamos pra casa!

- Não sei por que ainda não saiu! Foi a única coisa que ele falou desde então.

Mai saiu do banho, trocou de roupa e desceu pra fazer algo para comer.

- Naru, está com fome?! Quer um chá?! Ela não teve resposta.

- Naru?! Está ouvindo?! Ela chamou ao pé da escada, mas sem resposta.

- Será que ele dormiu? Ela subiu as escadas, parou na porta do quarto deu duas batidas de leve e chamou novamente. - Naru? Estou entrando! Abriu a porta ele não estava no quarto, também não estava no banheiro pois a porta continuava aberta como ela deixou.

- Ora será que ele saiu pra comprar algo? Fechou a porta e nem notou o papel sobre a cama.

Já fazia mais de duas horas que Naru tinha saído, Mai andava de um lado para o outro impaciente, será que ele tinha se acidentado e novo ou algo assim? resolveu sair para procura-lo como estava frio entrou no quarto que Shibuya ocupava para pegar um cachecol e viu o papel sobre a cama

“ Mai,

Estou indo indo embora, não pude ter uma conversa franca então deixei este bilhete, não precisa se preocupar estou indo pra casa, obrigado por tudo, deixei dinheiro pra você use como achar melhor.

Naru.”

As lágrimas molhavam o papel, o sonho acabou! Estava sozinha de novo.

- Por que? Porque não me disse que ia embora? Por que não se despediu? Ela deitou na cama, chorava copiosamente e o pior não tinha quem a consolasse.

Liliam correu ao encontro do filho assim que ele abriu a porta e o abraçou.

- Tadaima! Disse ele retribuindo o abraço.

- Meu filho você me deixou tão preocupada! Ele a afastou e si.

- Vocês se preocuparam a toa!

- Oliver meu filho, você é um homem tão frio. Disse o pai dando um tapinha em seus ombro.

- Arigato pai.

- Filho, você está bem? Comeu direitinho? Por que não voltou pra casa meu filho?

- Podemos conversar depois estou com dor e cabeça. Ele deu as costas a todos e entrou no seu quarto, os lençóis negros bem arrumados a cortina fechada sentido mau por estar de volta, ele caiu na cama e ficou olhando pro teto e pensando.

-William seu filho é igual a você? Reclamou Lilian fazendo biquinho para o marido o fazendo rir.

- Ah sim, agora ele é só meu filho? Quando ele sumiu era seu e somente seu! Vamos deixe o garoto descansar amanhã conversaremos com ele. William fez menção de pegar no braço da esposa mas ela puxou rapidamente o surpreendendo.

- Eu quero ficar com ele esta noite!

- Liliam nos concordamos que você daria um abraço nele e iríamos pra casa.

- EU NÃO POSSO FICAR COM MEU FILHO?! Ela berrou de repente.

- Meu amor não se descontrole, eu só pensei que você quissesse fazer algo especial para ele comer pra trazer amanhã, só isso.

- Eu não posso deixa-lo? Eu não posso você entende William, entende? Ela o abraçou estranhamente.

- Eu entendo.

Shibuya voltou pra sala, sabia o que estava acontecendo, sua mãe estava tendo outra crise, ela se virou imediatamente quando percebeu os rostos se voltarem para a entrada do quarto de Shibuya.

- Mãe, daijoubu?

- Claro meu fillho! Ela se aproximou e passou a mão nos cabelos dele descendo pelo rosto.

- Vamos comer algo especial, nos quatro não é?

- Nós quatro?

- Sim, eu, você seu pai e Lin... não é filho?

- Claro.

- Pensou que eu estava falando do Eugene? Ele não vai voltar não é William? Ela olhou com desespero pro marido.

- Não amor ele não vai.

- Mas eu tenho você querido, e com você por perto nada pode me machucar.

- Mãe eu quero sopa de miso e cozido pode fazer pra mim?

- Claro meu filho, William precisamos de alguns ingredientes vamos no mercado?

- Vamos sim amor.

- Mamãe já volta ok? Ela beijou a testa de Shibuya  pegou a bolsa e garrou-se ao braço do marido com um sorriso nos lábios passou pela porta.

- Já são dois anos disso, dois anos Lin?

- É incrível como uma mulher tão forte ficou tão .... Lin não quis completar.

- Tão louca?

- Eu não quis dizer isso, gomen!

- O que dizer de uma mulher que surta toda vez que vê seu filho? O que dizer de uma mulher que não distingue o filho vivo do morto? Ela sequer lembrou que eu não gosto de cozido? O tratamento que ela tem feito é uma piada, não tem resultado algum, enquanto isso o que eu faço? Me diga? Eugene morreu mas eu fiquei preso para sempre a sua lembrança. Preso num carcere do qual só a morte me libertará, seja a minha, ou seja a dela.

- Não diga isso! Você deseja mesmo a morte dela?!

- Dentro das circunstancias? Atualmente desejo a minha! Shibuya deu as costas pra Lin voltando  pro quarto.

De volta ao  quarto Shibuya se joga na cama, estava cansado de tudo aquilo desde que Lilian presenciou o afogamento de Eugene  a dois anos atrás que ela não conseguiu superar a perda, primeiro passou seis meses catatônica sem dar uma única palavra, então um dia ela voltou a falar mas ela confundia Oliver com Eugene, ficava histérica ao perceber que estava errada e completamente descontrolada, o médico recomendou que Oliver fosse afastado dela para um tratamento mais intenso, então ele foi mandado para fazer pesquisas pelo Instituto no Japão com Lin, com o afastamento, sua mãe se recuperava lentamente, mas sempre que se falavam ao telefone ela entrava em crise, foi caracterizado como um distúrbio obsessivo degenerativo, onde provavelmente cada crise poderia prejudicar ainda mais a saúde de Liliam. Depois de 6 meses sem se falar Liliam teve uma crise que quase a levou a loucura, ela surtou por  pensar que tinha perdido Oliver também. Então ele foi as pressas aos Reino Unido e apenas com as presença ela melhorou consideravelmente o que fez o médico recosiderar o diagnostico fazendo com que  Oliver tivesse visitas regulares a Lilian para melhorar seu estado, ficando constatado que como paliativo eles deviam se falar dariamente sem que ela pudesse toca-lo, Shibuya voltou a o Jjapão e eles se falam por vídeo conferência dia sim e dia não, até agora seu estado tem melhorado mas de certa forma ele está preso a algo que poderá nunca voltar a ser normal.

Tantos pensamentos inundaram a mente de Shibuya que ele nem sentiu o sono chegar somente, apagou se apegando ao sono para fugir da realidade, Mai também adormeceu depois de chorar horrores nunca pensou que ele pudesse ir sem ao menos se despedir apropriadamente, ela se sentiu tão inútil e rejeitada que não pode controlar as lágrimas e assim cada um lidou com a dor da sua própria maneira aquela noite.

Mai saiu cedo pro supermercado tomou apenas um copo de leite estava deprida com a partida de Naru, conversou com o gerente e depois de um sermão pela falta de dois dias ele aceitou suas desculpas. Também com as olheiras que ela tinha não foi dificil acreditar que ela esteve doente, mas ela estava disposta a superar aquilo e continuar levando a vida como fazia antes de Naru aparecer.

Shibuya acordou indisposto e não quis comer por mais que Lilian insistisse ele rejeitou totalmente, William apenas acompanhava os fatos de longe como um bom guarda costas.

- Filho precisamos conversar.

- Sobre?

- Masako.

- Não tenho nada a tratar sobre aquela moça.

- Eu quero que você comece a namorar com ela apropriadamente. Lilian disse tomando um gole de chá.

- Eu já disse que não tenha NADA a tratar com aquela moça.

- Oliver Davis! William interferiu enérgico mas Liliam o acalmou esfregando a mão dela suavemente na dele.

-Sua prima E namorada ( ela frisou bem o E) vai viver aqui com você até que mude de idéia pois eu não aceito que você case, namore, fique ou se relacione de quaquer forma com outra garota que não seja ela. Lilian tomou mais um gole de chá.

- Estou farto desta conversa! Com licença. Shibuya jogou o guardanapo sobre a mesa e se retirou.

- Lin por favor prepare o quarto para Masako-chan. Ela disse com um sorriso aquecedor.

- Liliam, William você não acham impróprio para uma garota viver num apartamento com dois rapazes solteiros que não são seus parentes? No Reino Unido pode ser natural mas no Japão é praticamente um escândalo!

- Lin por favor não proteja o Oliver disse Liliam com um sorriso.

- Pois se ele não casar com Masako ele não vai casar com mais ninguém! Dizendo isso ela se retirou o apartamento, deixando no ar a sensação de derrota.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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