Frank e o resto da manada se dirigiu a alguma loja de instrumentos ou seja lá o que. Ele respondeu isso meio estranho, então acho que foi em uma revistaria mesmo, sabe né.

Mikey olhou para mim.

- Vamos?

Certo, sei que já disse isso, mas, ele estava simplesmente explendida e maravilhosamente lindo. Só para constar. Droga.

- Ok, - sorri - Mas eu quero pipoca primeiro.

Ele riu e se dirigiu ao balcão para comprar pipoca.

- Coca-cola?

- Sim. - sorri.

Mikey terminou de comprar nossa pipoca e refrigerante. E então nos dirigimos à entrada do cinema. Aparentemente, enquanto Frank e eu demoravamos para chegar, Mikey havia comprado as entradas. Ok.

Bem rapido ele, hm.
Estavamos a mais de uma hora dentro do cinema, ele estava tão concentrado no filme que nem ouvia meus protestos de medo. Terror. Bom, gosto de filmes de terror, mas depois de sair de um deles, você acaba ficando com alguns... medos, digamos assim.

- Tem refri ainda? O meu acabou. - ele perguntou depois de uma hora sem me dirigir a palavra.

- Toma. - entreguei.

O dedo dele encostou no meu. Juro que por segundos tive um choque, uma mini descarga elétrica nas mãos. Não sei se foi coisa da minha cabeça. Só sei que fiz questão de entregar aquela garrafinha logo e prestar atenção no filme.

Qual é Lizzie, você conheceu ele hoje! E cadê o Frank para me salvar numa hora como essas? Droga mesmo.
Depois que o filme acabou ele insistiu em me pagar um Mc Donald. E bom, nunca se diz não aos encantos do Mc e seu sorvete, certo?

- Mikey, sério, não precisa, nem estou com tanta fome assim. Comi pipoca durante o filme todo!

- Mas e o sorvete? - ele fez aquela carinha de "Por favor mãe, eu quero chocolate". Não resisti.

- Ok. Mas eu só quero batata, refri e depois sorvete.

- Feito.

E lá foi ele, comprar de novo.

Se Mikey continuar pagando tudo vou ficar mimada, sério.

Enquanto eu esperava, "comportadinha" como ele disse, sentada. Passou uma pessoa que há muito tempo não via, e ela me viu.

- Lizzie!

Droga, droga, droga, sorria, seja simpática.

- Anne! Quanto tempo... parece que foram...

- Meses. - ela abaixou o olhar, droga Lizzie.

- Isso... Anh, como você está? - ela se sentou. Droga, cai fora.

Seja simpática Lizzie!

- Vou bem... - ela riu - Por um momento eu ia te chamar de... cunhada.... Simpática, ok. Ri, tentei não ser falsa.

- Pois é, costumes as vezes não se perdem, não é? - sorri forçadamente. - Mas o que anda fazendo?

Mikey nessa hora voltou à mesa com nossos lanches, graças a Deus Mikey!

- Ah, nada de mais. O de sempre, você sabe. - ela olhou para o Mikey - Bom, vou deixar você e seu... namorado? A sós.

Mikey ficou vermelho, corei também.

- Anh, não. Mikey é amigo do Frank e, bom, meu amigo também. - sorri sem graça.

- ... Isso. - Mikey concordou.

- Ah! Bom, mesmo assim. Bom lanche para vocês. - ela se aproximou de mim para me beijar e disse ao meu ouvido algo como: "Se é só amigo mesmo, prevejo algo mais, e aconselho".

SEMPRE SE INTROMETENDO NA MINHA VIDA, MAS QUE... ARGH!

Fui obrigada a sorrir e me despedir dela. Nojenta.

Ainda penso mal dela, minha mãe diz que sou louca mas, ah vai saber. 

- Quem era? - perguntou Mikey.

Fui despertada de meus pensamentos malignos.

- Ex cunhada. Era namorada do meu irmão... - baixei o olhar para a comida.

Irmão era uma palavra que... doía.

Mikey tem esse jeito fofo... Parece que ele, sei lá, me entende. Eu sei, conheci ele hoje, mas...

Bom, de qualquer jeito, ele ficou quieto quando começei a comer sem olhar para ele. 

Após muito sorvete e batatas fritas, fomos dar uma volta no shopping. Parei em algumas lojas, entrei, olhei, sai. Depois daquela sessão de compras com minha mãe, não via algo que precisava comprar.

Meia hora passeando e encontramos o resto do pessoal. Bom, estava gostando de ficar sozinha com Mikey, mas Frank simplesmente me agarrou pela cintura e berrou "Minha", pra Deus e o mundo ouvir.

Mikey ficou com vergonha e foi pro lado do Gerard. Bati no braço do Frank.

- Frank, juro que se continuar possessivo desse jeito, te largo.

- Mas eu não vivo sem você. - e me deu uma mordida no pescoço.

ELE E ESSA MANIA DE ME MORDER!

- Frank mais uma mordida e você não terá herdeiros, prometo. - olhei malignamente para a área de "perigo" e ele logo entendeu.

- E ai Mikey, agarrou? - Ray perguntou, droga, cale a boca.

Mikey só ria. Envergonhado demais, awn, coisa fofa.

- Sim, muito. Fiquei sem ar, não sabia mais o que fazer, que bom que vocês chegaram. - respondi. Mikey riu mais ainda.

- MAS HEIN? - berrou Frank, escandaloso.

Todos riram da cara dele. Demos mais uma volta pelo shopping até que Gerard convidou para ir na casa dela.
-
Chegando lá a mãe deles foi super gentil e simpática comigo. Gerard me apresentou como "namorada do Mikey".

Mikey disse que era brincadeira, eu só ria. Não consegui... negar.

- Bom, amiga/namorada, - ela riu - seja bem vinda à nossa casa. 

- Muito obrigada. - sorri.

- Gerard, vou ter que sair, reunião de negócios, sabe como é. Cuide do seu irmão e da casa. E cuidado para ele não, - risadas - você sabe. Todos riram, boiei.

- Certo, tchau mãe.

Mal ela saiu, Ge levou o pessoal até a sala e começamos uma discussão sobre o que fazer. Ai eu vi uma guitarra e um play, ótimo.

- GUITAR HERO! Eu quero Guitar Hero. - fiz bico.

- Só pelo bico a gente joga. - Ray disse.

Os meninos começaram a jogar e eu fiquei só olhando. Mikey sentou do meu lado.

- Anthrax? - riu. Sorri.

- A mesma camiseta que a minha? - olhei para ele. - Não quis comentar antes, mas, tá me vigiando? - ri.

Fiquei ali conversando com o Mikey por um bom tempo. Ria escandalosamente as vezes, me acho chamativa demais quando do risada.

Frank lançava olhares o tempo todo para mim e Mikey, ignorei.

Mikey me encarou quando parei de rir numa hora. Encarei-o de volta.

O que foi isso que senti?