até o Fim. escrita por Srta-Maya


Capítulo 2
Capítulo II – Principes encantados jamais existira


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer por já logo no começo ter recebido dois comentários, fiquei feliz em saber que vocês gostaram meninas.

Esse capítulo está fraquinho, mas o próximo está melhor, posso garantir.



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Capítulo II – Principes encantados jamais existiram.

Puta cara, como minha mãe fala. Fiquei quase uma hora ouvindo os sermões dela.

Para me livrar de ser o primeiro nome em sua lista negra, fui arrumar meu quarto. Como eu era capaz de fazer tanta baderna naquele quadrado minúsculo? Eram papéis e mais papéis, roupas e mais roupas espalhadas, tinha até uma no cestinho de lixo que eu tinha.

Mas não fora só para me livrar da primeira colocação no livro negro de minha mãe que vim arrumar meu quarto. Eu precisava esgotar uma estranha adrenalina que havia se instalado por toda extensão de meu corpo. Me livrar de um frenesi arrebatador. E eu tinha que expulsá-lo de meu corpo o quanto antes.

Quando dei por mim, o quarto já estava todo bonitinho, arrumadinho e eu tinha levado apenas, ironicamente falando, duas horinhas para deixá-lo daquele jeito.

Tomei um banho demorado e bem relaxante, coloquei uma roupa simples e prendi meu cabelo, ainda molhado, num rabo-de-cavalo alto, calcei minha rasteirinha e desci.

-Mãe, vou dar um pulinho na casa do Ale. –Como não havia nada de interessante para se fazer em casa, e eu não queria ir para o computador, passaria na casa de meu irmão e o perturbaria um pouco.

-Já vai atormentar seu irmão, Paula?

-Ah mãezinha, não há nada para se fazer aqui, estou indo beijo.

-Como não há nada para se fazer? Tem louça para lavar, roupa para estender... –Ela continuou falando e eu dei no pé. É ruim que eu faça essas coisas, já basta ter arrumado meu quarto.

Caminhei umas duas quadras e cheguei em frente a casa de meu irmão. Fui entrando, a porta estava aberta mesmo. Me joguei no sofá e fiquei observando meu irmão.

-E aí maninha, o que me diz? –Perguntou assim que notou minha presença, mas sequer tirou os olhos do computador que estava consertando.

Alexandro tinha vinte e três anos, há pouco tempo havia se formado em Ciência da Computação, era um gênio se tratando de computadores. Mesmo sendo meu irmão, eu deveria confessar, ele era bonito, cabelos negros, olhos castanhos escuro, pele bastante bronzeada por conta do sol, musculoso, mas sem exagero, alto e o melhor de tudo, era extremamente extrovertido, diferente de mim, que era totalmente introvertida. Pelo menos eu me julgava assim.

-Levando, e tu? –Eu tinha um mal hábito de me referir as pessoas com o “tu”.

-Bem, bem. Cheio de computadores para consertar, mas isso é de menos. –Fiquei observando-o encaixar algumas pecinhas numa CPU, deveria ser bastante trabalhoso. –Mas o que faz aqui essa hora, não deveria estar na escola, mocinha?

-Sim, deveria, mas tudo hoje resolveu conspirar contra minha pessoa. –Me levantei do sofá após um longo suspiro. –O que tem de bom aqui hoje?

-A Vera comprou umas bolachas recheadas, estão no armário da cozinha.

-E como está minha cunhadinha?

Meu irmão e Vera estavam noivos há um ano. Ela fora a única namorada do Ale que eu simpatizei, sem contar que os dois formavam um belo casal e eu não via a hora de ganhar uma sobrinha.

-Trabalhado muito, coitada.

-Entendo.

Ficamos um bom tempo jogando conversa fora até que resolvi deixar meu maninho em paz, pelo menos, por hora. Outro dia eu daria as caras novamente.

Já era de tardezinha quando a Carol me ligou perguntando se eu podia dar uma volta com ela.

Mesmo que de muito mal grado, minha mãezinha deixou. E lá estava eu, sentada num dos bancos do parquinho com minha melhor amiga ao meu lado.

-Nossa Paula, que demais! –Carol estava com os olhos brilhando após eu ter contado a ela sobre o incidente com o garoto mais cedo.

-Demais? Se ta louca? O cara era um porre, pior que chiclete quando gruda em chinelo. Eu quase dei umas porradas nele. –Eu não era uma garota muito educada, tão pouco possuía um jeito afeminado de ser, por isso as vezes falava como se fosse um moleque.

-Ah, mas já passou por sua cabeça que ele pode ser seu príncipe encantado? –Puta, como a Carol sonhava.

-Acorda pra vida, sua tonta. Príncipes encantados jamais existiram. E Deus me livre um traste desse na minha vida, é capaz de ficar no meu encalço vinte cinco horas por dia. –Falei.

-Eles existem sim, você que é muito fechada para essas coisas, e não existe vinte e cinco horas. –Meu Deus, por que minhas amigas são tão tapadas?

-Eu sei que não...

-E você sabe o nome dele? –Perguntou, esperançosa.

-Eu não, estava mais preocupada com o portão do que em saber como era o nome do cara desconhecido que me seguia. –Disse sincera.

-Mas Paula... –Ela ia falar algo mas se calou. -Só você mesmo viu. O garoto, pelo que você me descreveu é um Deus grego e você nem se dá ao trabalho de saber o nome dele. Me diz que ao menos o telefone você pegou.

Meu Deus, definitivamente ela era tapada.

-Se eu disse que não sei o nome dele, você acha mesmo que peguei o número de telefone? Mais é claro que não. Deus me ajude a nunca mais encontrar esse traste. –Fiz minhas preces.

-Que horror, Paula. –Carol me repreendeu. –A próxima vez que você o encontrar, pergunte o nome dele e peça o número de seu telefone para uma eventual reconciliação, ou sei lá o que...

-Reconciliação? –Deixei isso pra lá e mudei de assunto, querendo tirar o foco do garoto desconhecido. -Mas e ai, como foi na escola?

-O Marcos sentiu sua falta. –Ela disse com os olhos novamente brilhantes.

-Outro que não larga do meu pé... –Disse carrancuda.

-Ele te ama! –Carol disse feliz.

-Ele é um galinha, e é só meu amigo, nada mais. –Que fique bem claro, Marcos podia ser o garoto popular da escola e ser meu amigo, mas eu não era a garota popular, muito pelo contrário, preferia mil vezes deixar as pessoas sem saber da minha existência do que ficar na boca desse povo, vai saber o que eles vão ficar falando de mim.

-Mas apesar de tudo ele realmente te ama. –Disse Carol sincera e um pouco... triste?

-Assim como ama você, somos amigas dele, isso é normal. –Expliquei impacientemente.

-Lógico que não, você não vê? –Persistiu no assunto.

-Ah, ok, Carol. Independente de ele gostar de mim ou não, eu só quero a amizade dele. –Falei convicta.

-Como você é fria. Não se importa em ferir os outros não? –Fez um draminha.

-Não sou fria, estou dizendo a verdade. Ferir os outros? Longe de mim fazer isso.

-Tudo bem, baixinha, mudemos de assunto. –Me chamou pelo apelido carinhoso que me dera.

Ficamos mais um tempo jogando conversa fora e depois eu fui embora, descansar.

Foi só então, na hora de me preparar para dormi que notei a ausência de meu celular, isso porque precisava colocá-lo para despertar. Rodei a casa toda, e no fim cheguei a uma conclusão: Eu havia perdido meu Ranhadinho, nome carinhoso do meu celular.

O jeito foi colocar minha televisão para despertar, fazer o que, só espero que ela não desperte atrasada.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, ele está fraco...

Ainda mereço review por ele?

Bom dependendo, eu venho postar o terceiro capítulo logo, logo. Já estou com oito capítulos prontos, o que facilitará a rapidez em postá-los.

É isso talvez nos vemos no próximo.



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