Pov Juh

-Argh! Ele nunca vai voltar não? - Katherine reclamou pela decima vez, enquanto andava pela sala.

-Calma, ele sempre demora mesmo... Daqui a pouco ele aparece... - Disse tranquila, ainda sem entender o porquê de Katherine querer tanto ver Will.

Mal acabávamos de falar, a porta da frente foi destrancada e logo Willian apareceu na sala sorrindo.

-Olá, Júlia e.. hum... Elena? O que faz aqui? - Ele parou rapidamente, olhando pra Katherine. Ela, por sua vez, olhou pra ele com um sorriso brilhante.

-Olá bonitão... Não achei que veria você novamente!

Willian permaneceu parado por um momento até que ele pareceu perceber o que ocorria ali.

-Katherine! Que surpresa revê-la! - Ele saudou num tom casual e veio se postar diante dela exibindo um sorrisinho galante.

-Por onde andou todo esse tempo? Pensei que havia cansado de mim.

Como assim? Will e Kat se conheciam? Eles estavam... Juntos? E porque essa ideia está me incomodando tanto?

-Estive ocupada... Mas vejo que pelo visto você esteve se distraindo, não? - Ela perguntou lançando um olhar para mim. Will deu um sorriso satisfeito e passou o braço por meus ombros.

-Ela é somente algo que aconteceu quando cheguei aqui e, sinceramente, veio bem a calhar... - Ele explicou. Bufei e me livrei rapidamente de seu braço, irritada com o jeito que ele falava de mim, como se eu fosse um objeto. Katherine pegou minha mão e me colocou atrás dela, num claro gesto defensivo e Will franziu o cenho.

Num movimento rápido e invisível pros meus olhos humanos, Katherine se lançou pra Willian e logo só o que eu pude perceber foi ele caído no chão com ela em cima dele, suas mãos em seu pescoço.

-Ouça bem o que eu estou avisando: Deixe Júlia em paz, ouviu? Não a envolva mais em seus planos! - Ela ameaçou e Will só continuou a fitando com aquela cara de chocado.

-Por que se importa? Ela é só uma humana! Um ser fraco feito para ser usado por nós! Você mesmo me ensinou isso antes de me transformar, Katherine! - Ele disse confuso, Kat se manteve imóvel sobre ele.

-Ela não é uma humana qualquer e, se souber que a está usando novamente, vou me certificar de que pague. - Ela falou convicta.

-Ok, se é tão importante... - Will respondeu num tom de desdem e eu fechei a cara, frustrada com o quão facilmente ele concordou em me descartar – Não que eu quisesse continuar sendo controlada por ele, mas eu esperava ser mais importante...

-Estamos resolvidos. - Katherine concluiu, levantando de cima dele e voltando com o ar de flerte.- Então, como descobriu tão rápido que eu não era Elena? Foram meus incríveis olhos expressivos? -Ela terminou, piscando pra ele.

-Fácil? Elena não me chama de bonitão... Ainda. - Ele falou num tom sedutor e, Deus! Esse cara era bom fazendo isso!

Katherine sorriu e se aproximou dele, seus dedos brincando com os botões da camisa dele.

-Hmmm... Ela não sabe o que está perdendo. - Ela ronronou se aproximando ainda mais dele, seus rostos separados por mínimos centímetros.

-Ah, não! Eu acho que vou vomitar! Isso é demais pra mim! Deus não me deixe vomitar agora, vou estragar o tapete! - Roguei, estragando o clima de pegação dos dois, que me olharam finalmente lembrando que eu estava ali, presenciando aquela ceninha ridícula.

Pov Lizzie

http://www.4shared.com/audio/lPd7GDWs/09_Please_Dont_Leave_Me.html

Não sei se eu poderia gritar mais alto

Quantas vezes eu te expulsei daqui?

Ou disse alguma coisa insultante?

-Por que homens são tão complicados? E ele ainda vem com aquela cara de inocente pra cima de mim! Ah, mas eu deveria ter dado mesmo uns bons tabefes naquele idiota! Se ele quer ser um imbecil que trate de fazê-lo bem longe das minhas vistas! - Resmungava, enquanto despetalava uma margarida.

Minha situação atual era deprimente: Sentada há horas sozinha no lado mais afastado do jardim da casa dos Salvatore, falando sozinha como uma completa maluca. Aonde eu vim parar...

Um grasnado despertou minha atenção e, logo eu pude perceber um pobre corvinho parado numa pedra próxima a minha: O pobrezinho tinha um graveto espetado embaixo de umas das asas e aquilo deveria estar doendo de verdade pelo jeito que ele se debatia pra se livrar da dor...

-Ah, pobrezinho! - Arfei, conseguindo capturar a ave e imobilizando-a sobre meu colo. Num movimento rápido, retirei o incomodo graveto de sua asa e em seguida, afaguei as penas escuras da cabeça da ave – A cor era tão escura que, sob a luz do sol refletia um arco-íris...Exatamente como o cabelo de Damon.

-Sabe, você é muito bonitinho e... Me lembra de alguém. - Murmurei pra ave que, levantou os olhos pra me fitar com um olhar quase... Cômico?

A percepção da verdade veio de uma vez e eu arfei, largando o corvo que alçou voo.

-Damon! - Grunhi, me virando e, sem surpresa nenhuma encontrando Damon com um soriso divertido no rosto, como se ele estivesse segurando uma gargalhada. Bufei e voltei a virar as costas pra ele, decidindo ignorá-lo. Dessa vez ele realmente gargalhou.

Eu posso ser tão má quando eu quero ser

Eu sou mesmo capaz de qualquer coisa

Eu posso te cortar em pedaços

Quando o meu coração está...partido

-Eu sabia que um animalzinho indefeso ia te derreter... - Ele comentou, ainda rindo e sentou ao meu lado. Continuei fitando o nada.

-Ei, eu gostaria muito de saber porque eu estou levando um gelo... Se importaria de me explicar? - Ele pediu, me olhando de lado. O encarei por um minuto, semicerrei os olhos e voltei a ignorá-lo. Damon fez um som impaciente.

-Lizzie, você sabe que não está sendo justa comigo! Eu não fiz nada dessa vez! Eu venho tendo uma conduta exemplar ultimamente! Estávamos bem até termos aquela conversa com Elena ontem e aí você ficou zangada e começou a me evitar! O que foi que eu fiz? - Ele voltou a perguntar. Respirei fundo.

-Sério que você não sabe? Nossa, as coisas devem estar feias mesmo! Você fica todo caidinho pela Elena e nem percebe mais! - Ironizei secamente. Damon levantou uma sobrancelha.

-É isso? Você está com ciumes? - Ele perguntou, um sorrisinho convencido crescendo em seu rosto.

-É, estou e isso é patético, mas não tão patético quanto você estar com ciumes da Elena! Ah, e pior: demonstrar isso tão claramente na minha frente! Isso é um saco, sabia? - Gritei pra ele, virando as costas. No mesmo segundo, ouvi o barulho dele se aproximando.

-o que pretende? Me dar um gelo pelo resto da vida? Vamos lá, eu sei que você não esta tao zangada assim. - Ele murmurou num tom divertido o que foi demais pra mim: Ele não esperava por isso e muito menos eu, mas num golpe só ei descontei toda a raiva que eu havia reprimido ontem e o resultado foi um sonoro tapa em seu rosto.

Como eu me tornei tão detestável?

O que você tem que me faz agir desse jeito?

Eu nunca fui tão indecente

Você pode me falar que isso tudo é só uma disputa?

Aquele que ganhar vai ser o melhor

Mas amor, eu não quis dizer isso

É sério, eu prometo

Damon me fitou surpreso e eu vi com uma pontada de culpa o formato perfeito dos meus cinco dedos estampados numa mancha avermelhada num lado de seu rosto. Puxa, eu tinha usado muita, muita força! O que foi que eu fiz?!

-Desculpa! Eu não... Não pretendia te bater tão forte! Venha cá, deixe-me ver! - Pedi, pegando seu rosto em minhas mãos. Felizmente, a marca que eu deixei estava começando a curar. A expressão perplexa de Damon se desmanchou, dando lugar a um sorriso quando os braços dele se aproveitaram de minha proximidade e se enrolaram em torno de minha cintura. Ele me puxou mais perto, colando ossos corpos e um arrepio passou pelo meu copro. Sem poder evitar mais, nossos lábios se encontraram e logo estávamos nos agarrando ao outro como se nossa vida dependesse disso.

-É assim que as coisas precisam ser. Você e eu: Soa perfeito, lembra? - Ele sussurrou no meu ouvido e eu engoli em seco.

-Mas nunca poderá ser só você e eu... Sempre haverá Elena e, você a ama. Eu não posso suportar isso. - Admiti baixinho. Os dedos de Damon deslisaram pelo meu rosto.

Eu esqueci de dizer bem alto

O quanto você realmente é Lindo pra mim

Eu não posso ficar sem você,

Você é o meu perfeito saquinho de pancadas

E eu preciso de você, me desculpe.

-Nós conseguiremos. – Ele falou, voltando a me beijar e meu corpo decidiu sozinho deixar essa discussão pra mais tarde.

Pov Elena

Eu nunca fiquei tão ansiosa pra encontrar alguém como eu estava para encontrar Stefan – O que será que ele esteve fazendo todo esse tempo que eu não o vi? Será que ele também estava pensando em mim? Será que ele estava se divertindo com Franciele? Me detive nesse pensamento, o pior de tudo era não poder vê-lo... Eu estava tão insegura!

A campainha da casa dos Salvatore tocou e, como Alaric e Angelina haviam acabado de sair, fui atender, mal sabendo o que me esperava.

-Katherine. - Disse fechando a cara.

Havia demorado, mas a vadia estava de volta...