POV Apolo

- Apolo. - Camila me interrompeu quando eu ia beijá-la. - A porta está aberta, meu pai pode... - eu a beijei. Finalmente.

- Hmmm então eu levo a culpa!

- Você é impossível de odiar...

- Isso é porque eu sou adorável!

- E nada convencido.

- Pois é, eu só tenho qualidades. - ela me deu um tapa no braço. - Ei!

- Isso é por você ser metido. E isso... - ela me deu um selinho. - É por você ser fofo.

- Eu sou... - ela me encarou. - Esquece.

- É, tá evoluindo.

- Que lindo, Apolo... - ouvi a voz de Ártemis me chamar - Está ficando com as mais novas?

- O quê você quer? 

- Tome cuidado, eu posso contar para o papaizinho dela...

- Você não seria capaz, ou prefere que eu conte sobr...

- Se você ousar abrir a boca e terminar essa frase, eu saio daqui e conto tudo que vi a Ares! - ela disse.

- Ok, eu não falo nada...

- Seu filho está aqui.

- Hã... Informação incompleta.

- Ah é, esqueci que você é um completo galinha. - ela revirou os olhos. - É o Zac.

- Ah não! - Camila se jogou na minha cama.

- Ele quer falar com você... - ela disse, saindo.

- Já volto.

Fui até lá. Ele me esperava impaciente na Sala dos Tronos.

- Finalmente!

- Ártemis só me avisou agora. 

- E como vai o nosso plano?

- Nosso... Plano?! Que plano, Zac?

- Pai, você tá lento de racíocinio ou o quê? - ele pausou. - Camila...

- Ah! - eu não estava praticando a idiotice do plano dele.

- E aí? Responde!

- Ahm. Está muito bem. - menti. Eu não estava próximo dela por causa do plano imbecil de Zac para reconquistá-la. Eu estava porque eu realmente gosto dela.

- Que plano é esse? - Camila entrou na conversa.

- Nenhum. - Zac disse.

- Nenhum? Você acha que eu sou idiota, né? Eu ouvi você perguntando para ele! - ela apontou pra mim. - Que plano?

- Não há um plano! - Zac continuou.

- Então por que meu nome foi citado? 

- Camila eu nunca esconderia nada de você, ou não se lembra dos nossos três anos?

Ela abaixou a cabeça e eu fuzilei Zac.

- Ah, então quer dizer que agora você lembra, né? Ou teve perda de memória recente e não se lembra que no aniversário de três anos você terminou comigo... Sem nem mesmo dar um motivo?

- Isso foi passado. Eu te amo. E temos que ficar juntos.

- Apolo. - ela olhou pra mim, seus olhos estavam cheios d'água, preste a transbordar. - Que plano?

- Eu... - eu me perdi. Tinha medo dela se revoltar contra mim.

- Conta, pai. O seu plano. - ele disse.

- Meu? Haha! Me poupe da sua falsidade, Zac.

- Apenas... Me conte! - ela pediu, quase chorava.

- É...

- Eu disse ao meu pai que eu queria namorar com você denovo, que eu fui tolo - onde esse garoto havia aprendido ser tão falso? -, e meu pai deu a idéia de ele se aproximar de você e... Fingir que gosta de você, fazer boa fama de mim e te magoar, ai você voltaria a mim. - ele pausou. - Eu não gostei nada do plano, eu tinha medo de que você ficasse com mais raiva de mim! - ele colocou a mão no ombro dela. - Mas ele insistiu tanto que, eu tive que ceder ao estúpido plano dele, e... Ai, eu vim aqui perguntar pra ele como estava indo, e tentá-lo convencer de parar com isso! Se quiser, acredite nele mas... Se eu fosse você eu acreditaria em quem você passou três anos e não alguns meses.

- Então, era tudo falsidade? Era tudo atuação? - ela me perguntou, chorando.

- Claro que não! É tudo mentira dele, Camila. O plano foi inteiro dele, e eu não fiz nada do que ele pediu, porque eu gosto de você!

- Quer saber, você devia ser deus da atuação também, Apolo! - ela bateu palmas. - Meus parabéns! Você consegue ser mais tonto que seu filho, agora sei da onde ele herdou e eu estava certa!

- Camila! - ela saiu correndo,e eu tentei ir atrás.

- Se gosta mesmo de mim, me deixa em paz! E não me procure! - ela gritou.

 Voltei para Zac, ele ria.

- Eu merecia ser deus da atuação, não acha?

- Idiota! - meti um soco no nariz dele. Ele caiu no chão e seu nariz começou a sangrar, mas 

- Você gosta mesmo dela! Você não vai competir comigo! Ela foi minha primeiro, e será minha por último!

- Você não decide com quem ela ficará!

- Mas eu posso manipular as palavras, e aí ela ficará com raiva de você e correrá comigo. Esse era meu plano B caso você não cumprisse o combinado.

- Eu nunca combinei nada com você!

- Pois é, mas eu considerei como se tivesse. E não fez. - ele pausou. - Passar bem, pai.

- Você não merece me chamar de pai, Zachary. - falei. - Você é um idiota, e eu não sou igual a você.

- Não, você é bom. E eu, nem tanto. Eu sei manipular as pessoas e as palavras e você, só sabe falar a verdade. Essa é a diferença entre nós.

- Resume-se, você é falso e eu não.

- Agora que falou o óbvio, eu vou indo.

E ele se foi, me deixando sozinho e pensando só em uma pessoa. Camila, o que ela estaria pensando sobre mim, agora, que Zac havia mudado tudo o que ele mesmo tinha feito, e jogado a culpa pra mim.

Só tinha uma coisa a fazer: tentar prová-la que eu era inocente, e que eu realmente gostava dela.

O problema é, eu não sei como.