Supernatural escrita por BrownSugar


Capítulo 10
"Apenas um sonho" pt. 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/142185/chapter/10

***

Sam acordou com um barulho estranho no andar de baixo como se alguém estivesse invadindo a casa pra roubar alguma coisa. Ele se levantou da cama e pegou o taco de softboll do pai e foi descendo as escadas. Quando ele chegou no andar de baixo alguém estava mexendo no armário das porcelanas de Mary ele levantou o taco e se preparou pra bater em seja lá quem estivesse ali, quando ele desceu o taco o homem segurou e se virou colocando seu corpo em cima de Sam

— Isso foi fácil. To sem graça por você maninho.

— Dean? O Que está fazendo aqui?

Ele gagueijou – Tava procurando uma cerveja.

— No armário da porcelana? – perguntou Sam enquanto andava pra acender a luz. Quando acendeu viu a prataria de Mary em cima da mesa

— A prataria da mamãe? Você invadiu nossa casa pra roubar?

— Eu sei, eu não tive escolha...

— O quê? O que é tão importante que justifica roubar da sua mãe?

— Quer saber a verdade? – perguntou Dean pensando em alguma coisa pra falar

— Quero.

— Eu devo uma grana à alguém.

— Quem? – perguntou Sam incrédulo

— Um agiota. Eu tenho que dar essa grana à ele hoje se não o bicho pega pro meu lado.

— Eu não acredito que você é meu irmão – disse Sam sem saber se sentia raiva, desprezo... Aquela expressão, aquela frase soou como um soco em Dean

— Sam eu lamento. – disse Dean – Eu lamento que a gente não se entenda. Eu queria poder ficar aqui, e me redimir, mas preciso fazer isso. Pessoas dependem disso – Disse Dean pegando uma das facas da prataria.

— O que quer dizer com isso? – Dean ignorou a pergunta em vez disso, passando por Sam e indo pra porta disse

— Diga a mamãe que eu a amo.

— Dean... – Sam chamou numa ultima tentativa de faze-lo ficar e dizer o que estava acontecendo

— Tchau, Sammy.

Dean abriu a porta e saiu andando pelo jardim, depois que entrou no carro ficou parado dentro dele, com a chave na ignição olhando pra casa.

— Pode sair do carro – disse Dean quando Sam entrou e sentou no banco de carona

— Eu vou com você – disse Sam num tom decisivo olhando pra Dean

— Você vai atrasar o meu lado.

— Azar.

— É perigoso, você pode se machucar! – começando a ficar irritado.

— E você também.

Dean olhou pra Sam e deu risada de como aquilo soava irônico

— E você quer me proteger?

— Olha – disse Sam desviando o olhar para a rua – a pesar de tudo, você continua sendo meu irmão.

— Sam...

— Seja lá qual for a estupidez que for fazer não vai fazer sozinho e ponto final.

Dean deu a partida no carro e saiu da frente da casa. Ele foi dirigindo pela estrada iluminada pelos faróis do Impala.

— Pra que a faca? – Sam perguntoiu apreesivo.

— Nada.

— Nada?

— É nada.

— Legal. – agora ele estava com raiva – Dean, eu não sou um idiota.

Dean soltou um suspiro e disse apertando o volante:

— Você não quer saber.

— Não. Eu realmente quero saber. – Sam franziu a testa e prendeu os lábios fazendo aquela careta que só podia ser do Sam.

Suspirando de novo Dean resolveu responder – Ia descobrir cedo ou tarde... Eu preciso de uma faca de prata, por que tem uma criatura, um djin e eu tenho que caçá-lo.

— O.K. Ham... Pare o carro.

— Eu sei que parece loucura.

— Ótimo, mas pare o carro.

— É verdade Sam.

— Eu quero te ajudar, ta bem? - disse Sam pegando o celular e discando o numero do manicômio – Você esta tendo um tipo de surto psicótico.

Dean abriu a janela do carro e pegando o celular de Sam o arremessou pra fora.

— Dean que diabos está fazendo? – gritou Sam – Era o meu celular.

— Eu não vou pro sanatório, Sammy.

— Eu estou tentando te ajudar, Dean – Sam ainda gritava

— Apenas se segure e tente não causar a nossa morte. Dean pisou fundo no acelerador e ligou o radio pra não ouvir o que Sam falava. Ele dirigiu até parar na frente do prédio em que se lembrava de ter entrado na noite anterior.

— Onde estamos? – Perguntou Sam

— Illinois.

— Acha que tem algo lá dentro?

— Sei que tem – disse ele tentando se lembrar de tudo que tinha acontecido antes de acordar ao lado de Carmem.

Eles foram entrando no prédio escuro que aparentava ter sido abandonado ha muito tempo não havia nada além de entulhos espalhados por todo chão.

— Viu? Não tem nada aqui, Dean. – Dean não respondeu em vez disso continuou andando seriamente e iluminando o caminho com uma lanterna. – Carmem deve estar preocupada com você, vamos embora, por favor.

— Carmem está trabalhando... – Dean parou pra ouvir um barulho estranho como alguém choramingando

— Que diabos é isso? – Sam também parou e agora sussurava

Eles seguiram o gemido até um saguão enorme cheio de caixas e lonas espalhadas por todo lado, então Dean pode ver as duas garotas amarradas pelas mãos em cordas de pano que caiam desde o teto. Elas estavam praticamente mortas. Haviam bolsas de sangue presas ao corpo delas que ainda tiravam sangue por seringas que estavam enfiadas em veias do pescoço.

— São vocês...

— Dean, o que está havendo – perguntou Sam quando a garota morena de cabelos castanhos começou a gemer e tentar se soltar, mas ela estava muito fraca e mal conseguia se mexer.

Então de trás de uma das lonas que estava no fundo do salão eles viram a sombra de um homem que vinha vindo. Quando ele saiu Dean pode ver que ele era o homem que havia tocado nele ontem. Era o mesmo homem completamente careca e tatuado. Ele andou até a garota que gemia.

— Onde está ele? – perguntou ela choramingando com a voz fraca – O que você fez com o Dean? Deixe-o em paz... – Ela tentava andar pra trás se afastando do homem, mas estava muito fraca e continuava chorando e fazendo a mesma pergunta.

— Shhhh! - disse ele tocando seu rosto - Durma.

Quando ele a tocou o rosto dela se tranqüilizou e a cabeça dela caiu pra frente, voltando a ficar desacordada. Ele foi até a bolsa de sangue e tirando uma das seringas presas a ela bebeu o sangue que corria pelos tubos. Sam, que via aquela cena de trás de caixas, fez um barulho de nojo atraindo a atenção do Djin. Ele andou até certo ponto, mas depois voltou pra trás da lona de novo.

— Isso é real! – disse Sam – Você não está louco.

— Ela não sabia onde estava. – disse Dean ignorando as conclusões de Sam – Está me procurando. Achou que estivesse comigo. – Dean voltou até a garota, seguido por Sam. – E se for isso que o djin faz? Ele não realiza desejos, só faz pensar que sim.

— Cara, aquela coisa vai voltar... – disse Sam desesperado pra sair dali, Dean mais uma vez o ignorou e foi andando até poder ver de perto uma lâmpada que lhe parecia familiar, então ele se sentiu como se estivesse tão ferrado quanto aquela garota presa à aquele lugar daquele saguão. Ele quase entrou em pânico.

— Dean, por favor...

— E se eu for como ela? E se eu estiver amarrado aqui em algum lugar? E se isso for tudo coisa da minha cabeça? – ele voltou para as garotas e as observou – Pode estar nos prendendo aqui com essas alucinações pra não tentarmos fugir.

— Dean, isso não faz o menor sentido, O.K.?

— Por isso elas apareciam pra mim. Não são fantasmas... Eu via lampejos da realidade, estou preso aqui em algum lugar, catatônico, absorvendo tudo de algum modo, mas não consigo me libertar.

— Tá você tinha razão – disse Sam atropelando as palavras – eu estava errado. Você não está louco. Mas temos que nos mandar agora!

Sam foi arrastando Dean pelo braço tentando forçá-lo a sair dali. Mas antes que ele pudesse ao menos sair do saguão Dean puxou o braço bruscamente.

— Acho que você não é real. – disse Dean seriamente Sam agarrou Dean pelo casaco e o sacudiu

— Pode sentir isso – perguntou ele – Eu sou real. Isso não é uma ilusão. E aquela criatura também e ela vai voltar e nos matar de verdade. Então por favor, vamos embora.

— Só ha um modo de descobrir – disse Dean tirando a faca de dentro do casaco Sam se afastou com as mãos na defensiva

— Oh. Oh. Oh. O que está fazendo?

— É uma velha historia que diz que se você está prestes a morrer em um sonho você acorda.

— Não! Não! Não! Não! Não! – disse Sam rápido – Isso é loucura, ta bem?

— Ou eu vou acordar.

— O.K. Olhe isso não é um sonho eu estou aqui, com você, agora, e você esta prestes a se matar.

— Não, eu realmente tenho certeza... Não absoluta, mas... Quase.

Ele apontou a faca pra própria barriga, mas antes que pudesse enterrá-la em seu estomago Sam gritou

— Espere.

Então Dean olhou pra sua esquerda e Mary estava lá com uma camisola branca exatamente como na noite em que morreu do seu lado direito vinha Jessica e atrás de Sam estava Carmem.

— Por que continua insistindo? – perguntou Sam

— Largue a faca querido. – disse Mary docemente

— Estava tão feliz – disse Carmem.

— Vocês não são reais! – disse Dean enfiando a faca

— Dean! – O grito de Sam foi a ultima coisa que Dean ouviu antes de se ver em sua realidade em que Sam estava na frente dele tentando reanimá-lo.

— Tia Em. Como é bom estar em casa! – disse ele fraco

— Achei que tinha te perdido. – Sam sorriu um pouco.

— Posso perder uma perna ou um braço, mas deixar você, Lili e Ella sozinhos no mundo, nunca. Agora me desamarre.

Sam tirou a agulha que estava em seu pescoço. Depois pegou uma faca e cortou as cordas.

— Sam!– gritou Dean vendo que o djin estava atrás dele. Sam se virou tentando cravar a faca no Djin, mas ele o empurrou e Sam caiu num monte de caixas, batendo a cabeça. O djin andou até ele enquanto Dean tentava se soltar. Ele se ajoelhou, mas antes que pudesse tocar em Sam, Dean enterrou a faca de prata nas costas da criatura.

— Lili e Ella. – disse Dean fracamente.

— O que têm elas? – Sam respondeu no mesmo tom recobrando a consciencia

— Elas estão aqui. – disse Dean fracamente

— Não! Elas estão com o Bobby! – Mas Dean já estava andando. Sam foi seguindo o irmão pelos corredores até acharem Lili e Ella, penduradas pelas mãos em uma barra de ferro. Lili estava acordada, mas muito fraca ela olhou na direção deles, mas não conseguiu falar nada. Ao redor delas estavam as pessoas, cujo desaparecimento motivou os Winchester à caçar o Djin. Sam foi de uma em uma desamarrando e pondo-as deitadas no chão, na esperança de alguma delas estar viva. Ninguém estava.

Sam foi até Ella tirou a agulha de seu pescoço desamarrou as mãos dela colocando-a nos braços de Dean pra poder soltar Lili também.

— Dean? – perguntou Ella abrindo os olhos

— Calma, vamos tirar vocês daqui – disse ele – vamos tirar vocês daqui.

Dean olhava o rosto morto delas tentando não chorar. Abraçou Ella com força cedendo à fraqueza das pernas ajoelhando com ela no chão enquanto via Sam tentando acordar Lili.

Eles entraram no carro – dessa vez Sam ia no volante – e foram para o hotel onde os garotos estavam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

mandem reviews s2



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Supernatural" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.