Unstoppable escrita por Lgirlsclub


Capítulo 2
Sempre aprendemos coisas novas...




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Sempre aprendemos coisas novas....

Todo dia aprendemos coisas novas. No meu primeiro dia de volta ao trabalho comecei a aprender cedo...
-Mas onde eu estou? What the hell é esse lugar?-  lição número um do dia, quando  se dorme em meio a uma tempestade em um banco de praça você pode ser acordado por passarinhos fazendo  um  ninho na sua cabeça e claramente encharcado. Mas o que é aquilo no meu pé? Dei um pulo caindo do banco e logo sendo acertado pela bola de pelos que me assustou. Deus,estou começando a me assustar com gatos, a situação está séria para o meu lado. Segurei o gatinho e puxei manga da minha camisa para poder ver o meu relógio. Ô droga tenho que correr se não me atraso. Agora imagine um cara correndo pela rua encharcado, com gravetos na cabeça, um gato no colo e estranhamente alegre. Sim sou eu. Corri para dentro indo me arrumar mas parei antes para dar um leite pro gatinho. Tudo bem ele me assustou e... comeu a barra da minha calça?! Deus que peste!! Mas ok  não sou vingativo. Mas que esse gato vai ver vai. Me arrumei e corri para pegar o trem trancando a minha casa e rezando para que nada valioso estivesse  ao alcance da peste comedora de calças. Não se preocupem esse nome é temporário. Eu acho.

Pensava nisso enquanto corria tirando o resto dos gravetos da minha cabeça. Tomara que o dia melhore, afinal ele só está começando. E algo me diz que será um longo dia. Olhei pelas janelas enquanto o trem avançava rápida e calmamente até o meu destino. Parei para comprar um café e corri para o trabalho. Deus é pai deu tempo! Me sentei do lado de fora do lugar combinado, ao lado de uma moça que parecia jovem demais para estar lá. Devia ser a estagiária do detetive que íamos conhecer. Me sentei calado e meio nervoso. Afinal não tinha idéia do que ocorreria daqui pra frente. Então me distraí revirando a minha carteira. Não que tivesse muita coisa dentro dela. Na verdade eu precisava de um aumento, mas ao menos me distraía. E assim fiquei até cansar. Humm droga o detetive se atrasou e estamos trancados do lado de fora. Muito bom,hein. Peguei meu mp4 já tão ultrapassado, mas que eu já tinha me apegado e comecei a escutar algumas músicas. Já estava quase dormindo quando o detetive chegou.

Imagine um cara loiro com pose de eu sou o maioral,óculos de grau e um olhar ameaçador. Pra que tudo isso, vou trabalhar para ele e não prendê-lo. Sem palavra alguma abriu as portas e entramos o seguindo. Ele estava emburrado e jogou na ligeira uma pilha de casos. Aparentemente com o sumiço do L que ocupava o lugar dos três melhores detetives do mundo  tiveram um grande crescimento de casos que agora são enviados aos montes para quem estiver disponível. E aparentemente o loirinho se achando ali pensou que iam separar só os melhores para ele. Com um ego desse me surpreendi o fato de cabermos os três nessa sala.

-Ahnn senhor eles desapareceriam de forma mais eficaz se os resolvesse.- ok isso foi errado, lá foi minha impulsividade me traindo. Lógico que o loirinho não pareceu feliz.

-Eu te perguntei alguma coisa?- bom eu pensei não, afinal nem deu bom dia, mas me segurei. Não queria ser demitido no primeiro dia. Vamos esperar eu ter ao menos um mês de serviço... estou brincando.

-Não senhor- ouvi ele bufar e descobri que fui rebaixado de policial para babá. Putz vou ter que ficar com esse chato? Por que alguém vira um detetive se não gosta das pessoas? É meio insano. Respirei fundo e puxei os papéis dos casos da lixeira olhando as prioridades deles. Nossa havia muitos mas de prioridade baixa. Puxei um que tinha prioridade alta e entreguei a ele. Ele olhou e abriu um sorriso bobo, como se achasse muito bom mas começou a ler o arquivo. Enquanto isso me sentei ao lado da estagiária e sussurrei:

-Você é a estagiária dele certo?

-Sim, já faz alguns meses-ela me respondeu no mesmo tom. Meses ? Como alguém aguenta meses com um cara daquele?

-Meus pêsames.- sussurrei enquanto observava o loiro a minha frente revirar o arquivo como se fosse um prêmio. O cara parece se divertir com o que tem em mãos. Como um cara pode se divertir vendo os arquivos de um assassinato? Esse cara não pode interrogar as vítimas, não há como ele fazer isso. Ele não parece respeitar aquilo. Ele parece só se importar com o fato dele poder resolver. Parecia não ter um motivo para fazer o que ele faz para sobreviver.  Fechei os olhos e esfreguei as têmporas tentando descobrir o que eu faria com esse cara e o que ele faria comigo. Por que eu não fiquei deitado na praça deixando minha calça ser comida pelo gato? Com certeza era melhor que isso. Então a imagem dos meus amigos invadiram a minha cabeça. Não vou desistir. Eu vim pra ficar. Se ele não se importa mas eu me importo, e por hoje isso me basta. Por hoje isso terá que me bastar. Peguei os outros casos e joguei sobre uma pequena mesa que ficava num canto. Provavelmente seria a minha já que era a mais afastada. Cedo ou tarde eu faria ele ajudar aquelas pessoas. Ele que me aguarde. Eu vim pelos meus amigos e por eles vou continuar aqui. Um vai ter que aguentar o outro. Por eles sou capaz de aguentá-lo, por mais difícil que isso seja.


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