Bring Me To Life escrita por sophiehale


Capítulo 1
Bring me to life


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu aqui mais uma vez com uma Emmelie =)
Foi uma ideia que surgiu enquanto eu escutava Bring Me To Life, do Evanescence.. Não sei se a história ficou muito a ver com a música, por isso não fiz uma Song, maas vejam ai a letra, achei a cara de Emmett e Rosalie.
link: http://www.youtube.com/watch?v=hOvgR_mWGco

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Eu sempre pensei que minha existência – eu simplesmente não conseguia chamar aquilo de vida – sempre fora um nada. Se eu tivesse tido a oportunidade de escolher, preferia ter encarado a morte.

Eu era um monstro; só queria encontrar a minha alma novamente. Eu me sentia miseravelmente incompleta; um pedaço de mim parecia ter ido embora junto com minha última batida de coração.

Por que eu tinha sido condenada àquela vida? Para quê?

A resposta veio dois anos depois nos Apalaches. Minha família – ou pelo menos o que fingíamos que éramos – havia se mudado para o Tennessee. Carlisle estava trabalhando na cidade, enquanto Esme, Edward e eu ficávamos trancados dentro de casa.

Trancados porque queríamos, insistia Carlisle; mas eu não encontrava uma forma melhor para “viver”. O que eu podia fazer? Correr o risco de ir até a cidade e matar pessoas?

Eu era uma vampira, tinha minhas necessidades. Nem todos eram o autocontrole em pessoa como meu “pai”; e ele parecia não entender aquilo... Ou quem sabe não querer entender.

-Vou caçar, Esme. – anunciei com o mesmo desânimo de sempre. Era mais um dia entediante do resto da eternidade. O pior era saber que seria daquele jeito para sempre, no sentido mais literal que se pudesse encontrar.

Não esperei minha “mãe” me responder. Corri para o leste – tinha ido para o sul da última vez – e segui para os Apalaches. Se eu tivesse alguma sorte, encontraria algum urso enorme que me desse alguma animação.

Bem, é claro que isso é uma figura de linguagem. Eu, animada? Sabendo que estava condenada a ser essa criatura sem alma o resto da eternidade? Completamente impossível.

Continuei correndo até que algo me fez parar. Apurei meus sentidos e descobri um cheiro delicioso, mas um tanto proibido. Era o cheiro de sangue humano.

Não pude controlar meus instintos e continuei correndo, dessa vez em direção ao cheiro, que ficava cada vez mais inebriante.

O sangue humano cheirava tão forte e anormalmente irresistível que eu automaticamente percebi que a pessoa só poderia estar machucada. O sangue certamente tinha deixado suas veias e agora escorria de alguma parte de seu corpo em grande quantidade, diga-se de passagem.

Bom, se a pessoa estava perdendo tanto sangue, estava morrendo. Então, segundo as teorias de Carlisle, não fazia mal eu me aproveitar daquele fato para poder me alimentar.

Corri ainda mais rápido. Era excitante saber que eu experimentaria o sangue humano pela primeira vez. Sempre cheirara tão bem...

-Não... – ouvi quando me aproximei. Era o gemido de um homem. Ele ainda não tinha desistido de lutar por sua vida.

E aquilo, de certa forma, fez com que eu me emocionasse pela primeira vez em toda a minha inútil existência vampírica.

Com a facilidade de quem levanta uma pena, eu tirei o urso de cima daquele humano tão valente, mas é claro que já era tarde demais. O homem já estava muito machucado, ele não sobreviveria.

Suspirei de desgosto. Se eu tivesse chegado poucos segundos mais cedo... Talvez, mas só talvez...

-Anjo – ele sussurrou quando me viu e abriu um ligeiro e inocente sorriso que me fez lembrar minha vida perfeita. As covinhas e seus cachos, que caíam de forma irregular na testa... Ele parecia tanto com Henry, filho de minha antiga amiga, Vera...

Só naquele momento eu percebi que não tinha vontade de atacá-lo, beber de seu sangue. Eu queria protegê-lo, mantê-lo em segurança como se aquela fosse a minha missão de vida.

E eu era egoísta o suficiente para condená-lo a mesma existência que a minha só para que eu pudesse fazer isso.

Três dias completos haviam se passado até que o homem de traços tão inocentes despertou para o inferno ao qual tinha sido condenado por mim. Carlisle, após muita insistência minha, o havia transformado no monstro que nós éramos.

Quando Edward, o leitor de pensamentos, me avisou que ele estava pronto para abrir os olhos depois de seu coração bater pela última vez, eu me aproximei; mesmo que todos ali dissessem o quanto aquilo poderia ser perigoso.

Eu não tinha medo daquele homem que eu nunca tinha visto antes. Ele era o meu protegido, nunca me faria mal.

-Anjo. – ele repetiu para mim sua última palavra antes de desfalecer em meus braços dias antes. Ele sorria para mim com aquelas covinhas; e, a cada vez que ele fazia aquilo, meu coração morto parecia ter vontade de bater outra vez.

-Você lembra o seu nome? – perguntei com um nó na garganta.

-Emmett. – ele respondeu de prontidão, sentando-se na cama; a qual quebrou com seu mínimo movimento. – Desculpe.

-Está tudo bem. – acariciei o rosto dele e sorri abertamente.

-Eu morri? – Emmett perguntou. Meu sorriso automaticamente se desfez e eu retirei minha mão de seu rosto, me afastando em seguida.

-Não. – eu respondi de costas. – Mas certamente teria preferido a morte se tivesse tido a escolha.

-Se eu não morri – ele apareceu atrás de mim, me fazendo virar para ele – Por que eu estou no paraíso?

Carlisle pigarreou, quebrando momentaneamente o contato visual que existia entre Emmett e eu.

-Aparentemente ele consegue controlar a sua força excessiva, pelo menos por enquanto – meu “pai” afirmou. – Está certo, Edward?

Meu “irmão” claramente lia os pensamentos de Emmett, que ainda me olhava bestificado.

Maldita beleza falsificada de vampira.

-Não sei – era a primeira vez que eu via Edward dar uma resposta incerta à Carlisle – Ele só não quer machucar Rosalie. Nem mesmo percebeu a sede ainda.

Ao fim dessas palavras, Emmett fez uma careta.

-Agora sim. – Edward anunciou com um sorriso de deboche. Eu revirei os olhos.

-O que eu devo fazer... Rosalie? –pela primeira vez, Emmett parecia preocupado. Seus olhos, porém, não alcançavam a sabedoria dos olhos de Carlisle, a bondade dos de Esme, ou a objetividade dos de Edward. Emmett nunca deixou de olhar para mim em um único momento. O modo como ele tinha pronunciado meu nome pela primeira vez tinha denunciado uma grande adoração.

-Vou te ensinar a caçar. – dei um sorriso tímido. – Vou te ensinar tudo o que fazemos. Você aprende rápido... Só não garanto se vai gostar.

-Eu gostaria de tudo de que você fizesse parte. – ele sorriu infantilmente e me estendeu a mão. Eu instantaneamente entrelacei nossos dedos e nós pulamos a janela em direção à floresta.

Meu coração morto parecia ter ganhado batidas e um sorriso que não existia em minha vida vampírica agora ganhava espaço em meus lábios.

Ali, naquele específico momento, eu entendi que estava caminhando em direção a uma vida, não mais a uma existência forçada.

Emmett tinha me dado a minha vida novamente... Algo que eu pensei jamais ter de volta.


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Notas finais do capítulo

Muito tosco? hahahaha
aceito críticas, sugestões e tudo o mais.. só não esqueçam dos reviews com as opiniões de vocês.
Se interessar uma longfic do mesmo casal, é só visitar a minha página que vocês encontram uma. Chama "Escolhas" =)
link: http://fanfiction.com.br/historia/113466/Escolhas
Obrigada por lerem!